Tales of Star Wars escrita por Gabi Biggargio


Capítulo 1
Uma caverna em Mandalore (Obi-Wan x Satine / Obi-Wan x Gui-Gon)


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos e queridas.

Sejam todos muito bem-vindos. Espero que gostem da leitura. Por favor, sintam-se à vontade para comentar e deixar a opinião de vocês. Ficarei muito feliz em interagir com todo!

Caso desejem, podem me enviar prompts nos comentários. Se eu me inspirar com a sua idéia, irei atender o pedido e irei lhe dedicar o capítulo. Não prometo atender todos os pedidos pois posso achar algumas idéias pouco interessantes, mas juro que farei o meu possível.

O conto de hoje é inspirado no tempo que Qui-Gon e Obi-Wan passaram protegendo a duquesa Satine, de Mandalore, e sobre os sentimentos que ela e Obi-Wan desenvolveram um pelo outro.

Espero que gostem da leitura :)

Por favor, comentem suas opiniões. Vou adorar poder interagir com vocês. E por favor, leiam os disclaimers :)



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Inebriada de prazer, Satine fechou os olhos. Enquanto Obi-Wan tapava a sua boca, Satine mantinha uma de suas mãos mergulhadas nos cabelos dele enquanto a outra se fechava contra as suas costas, provocando-lhe arranhões que, provavelmente, seriam convertidos em cicatrizes. Em cima dela, Obi-Wan ainda arfava e a pouca luz existente no interior daquela caverna em Mandalore, proveniente de uma fogueira que havia feito, fazia sua testa brilhar devido ao suor.

— Isso foi... incrível – ela mal conseguia proferir as palavras.

Ainda exausto, Obi-Wan escorregou pela lateral e ficou deitado ao lado de Satine, olhando para o teto, por alguns instantes até conseguir recuperar o fôlego.

— Acho que agora você deveria ir procurar o Mestre Qui-Gon – sugeriu Satine, deslizando o indicador suavemente sobre o peito dele, e Obi-Wan olhou para ela. – Ele vai ficar furioso se souber que você deixou de ajudar a procurar comida pra voltar pra cá e... bem... você sabe.

— Ah, claro – Obi-Wan ainda parecia desnorteado.

Com as pernas tremendo, ele lutou para se colocar em pé, tendo um pouco de dificuldade para colocar suas vestes Jedi e sua túnica. Satine abafou um riso.

— Não vai me dar um beijo? – ela perguntou quando Obi-Wan começou a se dirigir para fora da caverna.

Ele sorriu e retornou até ela. Lentamente, ele se abaixou, colocando-se sobre ela e segurando o rosto de Satine com as duas mãos antes de lhe beijar os lábios.

— Eu te amo – ele disse, ainda de olhos fechados.

— Você está delirando – ela riu.

— Pode ser – ele rebateu. – Mas uma coisa não excluí a outra.

Satine o beijou novamente.

— Eu também te amo, Obi – ela disse. – Agora, vai atrás do seu mestre.

Ele se levantou e saiu da caverna.

Era um fim de tarde escuro e frio e as próximas noites do inverno mandaloriano não prometiam trégua. Pelo menos, aquela caverna havia sido uma ótima coincidência: após a noite anterior, na qual dormiram ao relento, o o local seria minimamente confortável, apesar de não ser o ideal. A questão era que tinham que chegar até a base militar em menos de dois dias. Só então poderiam retirar Satine de Mandalore com segurança, sem que outros caçadores de recompensa viessem atrás dela.

Obi-Wan caminhou por alguns minutos floresta adentro, margeando um pequeno córrego até, por fim, atingir a armadilha que havia plantado apenas duas horas antes. Em seu interior, havia uma criatura que muito se assemelhava a um peixe quanto ao formato de seu corpo, às escamas e as barbatanas, mas chamava a atenção pelo único olho e pelas patas traseiras que pareciam frágeis demais para conseguirem carregar o próprio peso. Uma criatura da água que, com certeza, se arrastara do córrego até a sua armadilha.

Por alguns instantes, ele encarou o animal, perguntando-se se seria seguro comer aquela criatura ou se, caso o fizessem, todos eles morreriam envenenados. Antes que chegasse a uma conclusão, um som vindo das folhagens lhe indicou que não estava sozinho: antes que Obi-Wan terminasse de se virar, seu sabre de luz já estava em sua mão.

Ele respirou aliviado quando, à sua frente, saindo detrás de uma árvore, ele viu Qui-Gon Jinn carregando em suas costas um animal morto que muito se assemelhava a um coelho de grandes proporções.

— Conseguiu alguma coisa? – ele perguntou.

 – Não, Mestre – Obi-Wan respondeu, apontando para a armadilha. – Apenas... isso... mas eu não acredito que seja seguro comer isso. Nunca vi algo parecido e, sinceramente, não gostaria de ser uma cobaia.

— Uma escolha prudente.

Imediatamente, com a mão livre, Gui-Gon se direcionou para a armadilha do aprendiz, que se desfez. Como se estivesse assustado, o animal em seu interior saltou e, agitando freneticamente as barbatanas, voou de volta ao córrego. As pernas eram realmente inúteis, afinal.

— Acho que isso vai ser o suficiente para nós três – disse Qui-Gon, voltando-se para o caminho ao lado do córrego percorrido por Obi-Wan instantes antes, direcionando-se para a caverna.

Por alguns minutos, os dois permaneceram em silêncio, caminhando a passos lentos enquanto seus pés afundavam na terra úmida e o ar se tornava cada vez mais gelado.

— Sabe, eu fico feliz por vocês dois – começou Qui-Gon.

 Obi-Wan arregalou os olhos. Um calafrio percorreu a sua espinha no momento em que ele se virou para encarar o seu mestre.

— Perdão...?

— Você e Satine – disse Quin-Gon. – Não se faça de inocente, Obi-Wan. Eu sou bem mais velho que você e bem mais esperto. Além disso, você está fedendo a hormônios e suor. E ao perfume dela. Acha mesmo que eu não sei o que vocês dois estavam fazendo?

Obi-Wan sentia seu rosto em chamas.

— Mestre, eu... eu...

— Você não precisa falar nada – ele disse. – Eu fico feliz de verdade por vocês. Sabe que eu te considero um filho, não é?

Incapaz de olhar para Qui-Gon, Obi-Wan apenas confirmou com um “Uhum” tímido que deixou escapar de seus lábios.

— Se você achar que sair da Ordem para ficar com Satine vai te fazer feliz, eu quero que saiba que eu te apoio – continuou Qui-Gon. – Se você está feliz, eu também estou. Não importa qual decisão você tome. E, mesmo que escolha ela ao invés da Ordem, eu quero que saiba que sempre vai poder contar comigo.

Apenas nesse momento, Obi-Wan conseguiu encarar seu mestre. Os dois pararam se caminhar e se colocaram frente à frente.

— Obrigado, Mestre – foi a única coisa que ele conseguiu dizer.

— Apenas quero te pedir uma coisa – continuou Qui-Gon.

— É claro, Mestre – Obi-Wan não se sentia em posição de negar nada naquele momento.

 – Por favor, faça a sua escolha rapidamente – disse Qui-Gon. – Você está a menos de um ano de ser nomeado Cavaleiro e eu garanto que o impacto da saída de um Caveleiro da Ordem será muito maior do que o impacto pela saída de um Padawan. E eu não gostaria de estar vinculado a um impacto tão grande.

Nesse momento, Obi-Wan voltou a não conseguir encarar o seu Mestre. No fim das contas, quem seria questionado sobre seus motivos era ele mesmo. Mas era sob Qui-Gon que cairia a responsabilidade de ter treinado alguém incapaz de se manter dentro dos limites do Código Jedi.

— Farei, Mestre – ele disse, por fim.

Sem dizer mais nada, Qui-Gon retomou o seu caminho. Mas parou brevemente para um último adendo:

— E, depois dessas saidinhas furtivas que vocês andam tendo, torça para Satine não ficar grávida. Porque, se ela ficar, eu vou fazer essa escolha por você. E acredite em mim que, se for o caso, você vai viver o resto da sua vida em Mandalore trocando fraldas.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?

Comentem!

Um beijo e até a próxima :)



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