Hinata ligou para a mãe para averiguar sua segurança, escutou mais tranquilizada que a Sra. Hyuuga permanecia tranquila na maca.  Aquela fita lilás mostrava era usada pela mulher em todas ocasiões, foi um presente do pai para mostrar estar perto, desde então ela nunca retirou do cabelo. Seu avô trabalhava bastante, assim ficava pouco tempo em casa, criou praticamente sozinho a filha. 

Lembrou de quando a mãe estava pintando seus quadros como sempre fazia, desde criança possuía aquela visão da parente dando formas na tela. Num desses dias, ela reclamava do braço adormecendo, acreditava ser pelos movimentos repetitivos porém os sintomas foram piorando. Em uma tarde Hyume desmaia no ateliê e logo é diagnosticado o AVC, passou algum tempo internada depois retornou para casa. Agora fica somente cuidando de Hanabi, pois ainda não pode fazer o que mais ama. Nutria um grande sentimento pela mulher no qual protegeu esta quando seu pai só sabia ter palavras de ódio.

A médica sentou no chão abraçando os joelhos e apoiando sua cabeça nesses, estava assustada por o assassino tentar coisas ruins com a mãe, ainda mais num momento tão frágil dela. Sakura aproximou tocando na mão da outra tentando tranquilizá-la, sorriu mostrando empatia. 

— Não vou deixar nada acontecer, eu prometo.

— Obrigada.

A Haruno foi novamente na frente do computador vendo quais possibilidades poderiam ser aqueles números, ambas leram cada linha, acessaram vários sites que Inoichi entrou nos últimos dias. Shizune entrou trazendo alguns papéis, as legistas tinham analisado uma pequena escultura manchada de sangue, o objeto foi usado para dar golpes na cabeça.

— Tudo indica que primeiramente o culpado tentou esfaquear mas não tinha técnica nenhuma, pois nem atingiu algum órgão. Com certeza a vítima conseguiu reagir e tentou lutar, eu e Hinata encontramos fibras de tecido debaixo da unha dele. Logo quem procuramos trajava uma blusa, contudo recebeu vários a tal estátua várias vezes na testa, causando seu desmaio.

— Então ele morreu de hemorragia?

— Exato, a ferida precisava ser imediatamente tratada.

— Aquelas prateleiras vazias no escritório do Sr. Yamanaka me intriga, se era realmente dedicado deveria ficar muito tempo ali no escritório. Então porque o espaço desocupado? Deveria ter um acúmulo de materiais.

— Está insinuando que uma pessoa tirou antes de irmos para lá?

— Sim, estava trabalhando em algo secreto no qual não querem detetives fuçando.

Anko apareceu depressa perto delas as assustando.

— Ino sofreu um atentado.

— O que?!

Elas rapidamente foram para o estacionamento pegando um dos carros utilizados na patrulha e partiram para a residência da modelo. 

A mulher chorava copiosamente, mesmo assim sua maquiagem perfeita não se desmanchava. Quando notou as agentes da polícia ocorreu desejando amparo.

— O que houve? - indagou Sakura.

— Algum encapuzado entrou aqui e tentou me matar.

— Chamei policiais para realizarem uma ronda.

— Agradeço, estou tão aflita, vivi momentos de tensão. Primeiro tirou meu pai e agora isso.

— Encontraremos quem fez isso, fique calma.

— Nos conte melhor lá dentro - falou Hinata.

— Não quero ficar nesse lugar, levarei vocês ao meu estúdio.