Red Moon escrita por Tha


Capítulo 19
Uma ira divina


Notas iniciais do capítulo

Nos vemos lá em baixo e boa leitura



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Turim – Itália, dia 7, 00:00

Peguei um vaso e arremessei na parede furiosa, já havia se passado seis dias desde que a lua atingiu a sua coloração máxima do vermelho, Lilith cumpriu a sua promessa de me manter informada da situação, pelo que foi informado a luta estava de igual para igual, Victória morreu inutilmente pelas mãos da caçadora que era alvo de sua vingança.

Eu quase agradeci por ela ter morrido não aguentava mais ter que ouvi-la falar sobre os seus planos falhos, exército de recém criados, puf, grande bosta não serviu nem para fazer um puta estrago.

— Didyme se acalme – pediu Sulpicia colocando a sua capa

— Me acalmar, Sulpicia? – rosnei a vendo se encolher

— Desculpe interromper, mas já está na hora. Todos estão ocupados com a onda de demônios poderosos – informou Jane interrompendo

Peguei a minha capa e a coloquei, andamos até o portal onde eu o ativei e fomos parar exatamente no castelo Volturi, ouvimos os sons da batalha que ocorria dentro e fora do castelo, sentíamos o cheiro de sangue por todos os lados.

Pela primeira vez em dias abri um sorriso, dei uma ordem para as três que acataram a ordem e foram para a outra direção.

Com os dias de tortura de Anthenodora e Sulpicia causadas por Jane acabaram surtindo efeito e agora as duas me obedecem de joelhos.

Ouvi coisas sendo quebradas no lado esquerdo e a voz de meu irmão querido, Lilith deve ter feito a sua última aparição o deixando completamente louco facilitando a sua morte, sorrindo andei lentamente até lá.

Praça central, Volterra-Itália, 1:00 am

Os dias que se passaram foram luta atrás de luta, já estávamos todos esgotados, havíamos perdido muitos assim como matado muitos. Ao que parece Lilith havia guardados os demônios mais poderosos para o final sabendo que nós já estaríamos cansados das lutas anteriores dessa vez elas ocorriam dentro e fora do castelo.

A invasão dos demônios dentro do castelo foi algo repentino o que custou a vida de muitos.

As coisas com Bella não mudaram em nada, ela apenas se manteve mais afastada depois de ter acordado e ter me encontrado ao lado dela velando o seu sono, sua expressão torturada misturada com incredulidade me deixou ainda mais ferido.

Porem ela não rompeu o nosso laço de runa o que me deu uma pontada de esperança, e sua nova família não interferiu o que vou agradecer pelo resto da eternidade.

Agarrei um demônio pela jugular enfiando os dentes nela a dilacerando por completo, cuspi o sangue podre dele partindo para atacar outro esperando que tudo isso acabasse logo.

Quarto de Aro Volturi, 2:30 am

Didyme entrou no quarto de seu irmão vendo que o local estava praticamente de ponta cabeça, papeis e livros jogados no chão rasgados, vidros quebrados, a porta do guarda roupa quebrada assim como a cama e a escrivaninha e seu irmão gritando para a aparição de Lilith na forma de Didyme.

— Olá irmão – saudou Didyme atrás dele

— Não vai me cumprimentar? – perguntou Lilith imitando a vampira

Aro olhou para Lilith e depois para Didyme, ele repetiu esse movimento varias vezes antes de cair no chão com a mão na cabeça puxando os cabelos que já estavam descabelados e faltando em algumas partes.

— Para, para, para – repetia o telepata

— Olhe para mim que eu faço parar – Didyme se aproximou e tocou na mão do irmão o fazendo a olhar

A vampira fez um carinho com as mãos nas mãos do irmão e se agachou até ficar no mesmo nível que ele vendo o brilho da loucura brilhar em seus olhos.

— Xi, tudo vai passar – afirmou ela sorrindo tranquilamente

— Didy, eu não quis fazer aquilo com você, mas – Aro tentou argumentar

— Eu sei, eu sei, irmãozinho – interrompeu ela gerando ainda mais calma fazendo um carinho na cabeça dele – Eu lhe entendo, eu lhe entendo plenamente, venha comigo para um lugar melhor.

Ela viu o irmão ceder completamente em sua loucura que ele concordou tolamente, sorrindo colocou novamente as mãos nas mãos do irmão e rapidamente arrancou a cabeça de Aro.

Didyme se levantou limpando a mão na capa com uma expressão de satisfação, cantarolando ela pegou uma vela do chão e a acendeu, a jogando no corpo morto de seu irmão que pegou fogo rapidamente.

— Bravo, bravo – aplaudiu Lilith saindo de seu disfarce

— Obrigada, se não fosse por você acho que não teria conseguido – Didyme olhou para a demônio – Terminamos por aqui

Lilith soltou uma gargalhada alta e olhou para a vampira com um sorriso cheio de escarnio.

— Acho que você não leu a entrelinhas de seu pacto, vampira – falou Lilith

— Como? – perguntou a Volturi

A mãe dos demônios se aproximou da vampira como uma pantera.

— Sua alma de pertence – respondeu a demônio avançando

Didyme arregalou os olhos entendendo que havia sido traída o tempo todo e correu, mas antes que pudesse alcançar a sala central algo invisível a pegou pelas costas a jogando no chão e entrou em seu corpo.

A alma da vampira lutava pelo domínio, mas a força de Lilith era maior e acabou dominando por completo, possuindo completamente o corpo, mente e alma de Didyme Volturi.

Os olhos de Didyme se abriram, e ela se levantou confiante andando de forma determinada para a saída e desapareceu nas sombras, reaparecendo somente para matar Caius silenciosamente.

— Didyme? – Marcus chamou ao ve-la

Lilith parou e se virou para olhar o vampiro que pensava idiotamente que ela era sua esposa.

— Marcus? – Lilith começou a atuar

— Graças a Deus pensei que tivesse te perdido  

A demônio deixou que ele a beijasse, no meio dele, ela fincou as unhas que cresceram nas costas do vampiro cada vez mais forte e mais profundo.

— Que porra é essa? Está me machucando – Marcus interrompeu o beijo sentindo o grande incomodo

Ele viu os olhos vermelhos dela se tornarem inteiramente pretos e deles saírem cobras.

— Nos vemos no inferno, Marcus, pois é lá que sua esposinha se encontra seu merda – Lilith forçou os dedos para o lado com rapidez dividindo Marcus ao meio – He is Lilith!

Ela chutou as partes para os lados feliz por ter usado a icônica frase de O iluminado, recolhendo as garras continuou andando para fora do castelo se esgueirando pelas sombras até achar a caçadora que o seu falecido filho tanto falava.

— Isabella – sussurrou Lilith saboreando a palavra

Praça central, Volterra-Itália, 03:00 am

Arrancei um pedaço do pescoço do demônio que se desfez em pó e já parti para outro o matando em seguida.

Estava um puro caos não conseguia ver direito com aquela luz vermelha que a lua emitia e a névoa que cercava a praça inteira não melhorava em nada, de alguma forma sabia que a última visão de Alice espreitava esperando um momento para se realizar.

Ouvia o som do chicote de Isabelle estralar, os rosnados de vampiros e lobisomens, os gritos em latim vindo dos feiticeiros e os palavrões dos caçadores ao meu arredor.

Em um flash de consciência comecei a procurar Isabella, matava demônios que tentavam me impedir de avançar e foi então que gelei.

Bella matava dois demônios com as lâminas de serafim e nem de atentou quando a mulher de cabelos pretos apareceu atrás dela com um sorriso demoníaco, antes que eu gritasse a mulher agarrou Isabella pelo pescoço e desapareceu.

O céu ficou cada vez mais vermelho e a lua seguia o mesmo ritmo deixando a praça inteira tomada pela cor vermelha, olhei para os lados procurando novamente Isabella completamente desesperado.

Me virei em direção a entrada do castelo Volturi e as vi, Bella tentava sair do aperto da mulher que a segurava ainda mais forte, o braço esquerdo da mulher apareceu e na mão se encontrava a adaga prateada.

Ela ergueu o braço e a lâmina da adaga brilhou, comecei a correr em direção a elas, mas parecia que algo me desacelerava. A mulher sorriu de uma forma ainda mais demoníaca, seus olhos vermelhos se tornaram negros e cobras saíram dele, ainda sorrindo ela desceu o braço e apunhalou meu anjo no peito diretamente no coração.

— NÃO! – berrei vendo o corpo de Isabella dar um solavanco para frente

Minha Bella abriu a boca para gritar, mas nada saiu nenhum som. Cai de joelhos no chão, ouvi ao longe um grito de dor de Isabelle ao mesmo tempo o cheiro do sangue de Bella chegou até mim me inebriando, mas ao invés de atacar a minha sede atacou a minha raiva.

Me levantei e recomecei a correr matando demônios com fúria, pouco me importando que a gosma deles caiam em mim, mas novamente algo me impediu de correr em minha velocidade normal de vampiro era como se tudo tivesse em câmera lenta.

Vi flashs de luz aparecendo e desaparecendo em cada canto da praça, e quando elas desapareciam demônios caiam se transformando em pó e gosma, ninguém estava entendendo nada, mas olhavam impressionados para os flashs de luz.

— NÃO VOCÊS NÃO! – gritou a mulher que havia matado meu amor

Um dos flashs apareceu na frente dela e pude ver melhor, o flash na verdade era um homem de longos cabelos dourados e prateados com asas enormes com olhos nas pontas das penas e elas saiam das costas e várias marcas douradas espelhadas nos braços, reconheci algumas já que tinha as visto nos braços dos caçadores, ele segurava uma espada longa que brilhava como fogo.

— Um anjo – murmurei impressionado

Ele não falou nada apenas com um movimento com a espada degolou a mulher que desapareceu com um grito que percorreu toda a cidade de Volterra.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?
Enfim as visões de Alice se realizaram, os anjos e arcanjos apareceram para dar um fim a essa guerra, e tudo não se passava de um plano de Lilith desde o inicio. Lembram quando a Bella falou que não era nada legal fazer um pacto com um demônio?
Falando em Bella a última visão de Alice realmente se concretizou e a caçadora por apunhalada diretamente no coração bem na frente de Edward... Aguardem as cenas dos próximos capítulos
Comentários para o capítulo, perguntas ou criticas podem mandar elas são bem vindas
Bjs Bjs Tha