— Oi...irmão! O Cowboy murmurou rolando os olhos, o clima de romance e amor logo mudou para tensão, a ruiva segurou a mão do marido que encarava o irmão mais novo com um semblante de aborrecimento – Que cê faz aqui Embry?  Completou ele.

— É sério? Embry sorriu cruzando os braços – Desde quando eu preciso de autorização para vir a esse lugar?

— Num me diz que cê passou essas hora toda na estrada pra vir me amolar?

Embry riu – Por favor Jacob, eu odeio esse lugar, talvez não esteja lembrando, mas hoje é dia de prestarmos contas, dos valores que você recebe em espécie, assim como você presta contas comigo dos que eu recebo.

Jacob bufou, realmente havia esquecido da data, olhou para a esposa e segurou sua mão gentilmente – Infelizmente amo nos vai ter que ir pra casa, Embry e eu temo que presta conta mermo.

A ruiva sorriu tocando o rosto dele suavemente com a mão livre- Não se preocupe Jake eu compreendo – respondeu ela alargando seu sorriso ao sentir os lábios do Cowboy tocarem a palma da sua mão dando-lhe um carinhoso beijo, voltando a sua atenção para o irmão mais novo que os observava em silêncio.

— Te aguardo no rancho!  Disse o Cowboy puxando carinhosamente Renesmee pela mão caminhando com ela na direção de sua caminhonete, abriu a porta para que a ruiva entrasse e deu a volta pelo veículo entrando logo em seguida, apesar do pequeno aborrecimento Jacob relaxou ao sentir a mão de Renesmee tocar seu ombro.

— Não vamos deixar o Embry estraga nosso dia, não é? A ruiva murmurou curvando o corpo sobre o banco do veículo e aproximou seu rosto do dele, suavemente tocou seus lábios os entreabrindo buscando por um beijo, Jacob sorriu com o canto dos lábios retribuindo ao gesto da ruiva prendendo sua face entre suas mãos enquanto suas bocas encaixavam-se e suas línguas buscavam uma a outra, suas bocas se afastaram segundos depois encerrando aquele beijo com alguns selinhos molhados.

— Nós não vai! Sussurrou Jacob distribuindo beijos pelo rosto de Renesmee que riu baixinho se afastando ao ouvi o toque de seu celular, olhou para a bolsa curiosa, era a primeira vez que o aparelho havia tocado desde sua chegada na cidade.

— Quem será? Susurrou ela abrindo sua bolsa enquanto o Cowboy dava partida no carro, um sorriso alargou-se no rosto da ruiva quando viu de quem era a ligação.

— Oi Sara! Renesmee atendeu falando em voz alta.

— A mãe? Jacob sorriu olhando para a estrada, a ruiva confirmou com a cabeça sentindo-se feliz com aquela chamada.

— Olá querida.

— Que bom ouvir sua voz Sara, Jacob e eu ligamos, mas Laura nos disse que havia viajado.

— Sim meu amor, uma amiga realizou sua festa de aniversário em uma ilha acredita? acabou me convencendo— Sara riu do outro lado da linha – Mas me diga como vocês estão? E meu neto?

Renesmee sorriu, Jacob tirou uma das mãos do volante e segurou a mão livre de Renesmee, aproximou de seus lábios e a beijou – Nós estamos bem Sara! Respondeu a ruiva colocando a chamada em viva- voz – O bebê está bem, Jacob e eu temos algo a contar.

— Uma surpresa?

— Oi mãe! Disse Jacob em voz alta voltando a olhar para a estrada ao ouvir a voz de Sara – Sua benção!

— Deus te abençoe meu filho! Respondeu Sara – Eu estava com saudade de vocês.

— Eu já disse mãe. Cê tem que vir pra cá passar um tempo com nós.

— É verdade Sara! Concordou Renesmee.

— Eu liguei justamente para avisá-los que amanhã irei para o rancho.

O sorriso do casal alargou ainda mais ao ouvir a notícia de Sara – Que noticia maravilhosa Sara – Respondeu Renesmee.

— Que horas cê vem mãe? pra eu espera ocê na vila.

— Sairei cedo filho, quero passar um tempo com vocês, cuidar e mimar meu neto, ou neta mesmo ainda estando na barriga da mãe.

Jacob e Renesmee trocaram um olhar carinhoso – Neto mãe! Respondeu Jacob orgulhoso – Nessie e eu acabamo de sabe que é um moleque mãe, um potrozinho.

— Um neto? Que maravilhoso meus filhos, parabéns aos dois.

— Obrigada Sara! Respondeu a ruiva.

— Espero que tenham mais novidades para me contar, porém vou encerrar a ligação pois preciso terminar de arrumar minhas malas.

— Temos – disse a ruiva olhando para o Cowboy – Mas contamos a você pessoalmente amanhã.

— Espero que sejam ótimas novidades, nos vemos amanhã meus filhos, cuidem-se.

— Até amanhã mãe!

— Beijos Sara! Respondeu a ruiva encerrando a ligação, olhou para Jacob que tinha a atenção na estrada e beijou o rosto do Cowboy deitando a cabeça sobre o ombro dele – Estou feliz em saber que teremos a sua mãe conosco.

O Cowboy beijou suavemente a testa da ruiva  mantendo ambas as mãos no volante do carro – Eu também amor, vô ter as duas mulhé da minha vida com eu.

Nessie riu baixinho, e após mais alguns minutos de estrada finalmente Jacob estacionava a caminhonete diante da casa. Renesmee saiu do carro e logo em seguida Jacob também saiu, ambos deram as mãos observando o carro de Embry estacionar logo atrás da caminhonete.

— Jake tenta não revidar as provocações dele – Pediu Renesmee e o Cowboy assentiu.

— Esse lugar não muda nada, o mesmo odor de estrume – Embry falou ao sair do carro.

Jacob franziu as sobrancelhas – Cê larga de ser frescurento Embry, ou vou te jogar no estrume mermo, anda vamo logo presta conta que tenho o que fazer! Completou ele caminhando a frente com Renesmee na direção do portão da casa.

Ao entrarem Jacob e Embry seguiram diretamente para o escritório, Renesmee foi para a cozinha onde Leah, Emily e Claire preparavam o almoço.

— Tia Nessie! Sam e Vivi correram ao encontro da ruiva ao vê-la passar pela porta da cozinha.

— Cês chegaram agora? Perguntou Leah.

— Sim Leah, encontramos Embry na vila e ele está no escritório com o Jake.

— Vixe, tomara que os dois não se atraquem.

— Eu também! Murmurou a ruiva enquanto beijava carinhosamente a testa das crianças – Como vocês dois estão? Tem se comportado bem?

— Sim – Respondeu Vivi – Nó tava esperando ocê.

Renesmee olhou para as crianças surpresa – Me esperando? Por quê?

— Nós precisa prosear! Respondeu Samy.

Clarie e Leah riram juntas, Emily pegou um cesto e caminhou em silêncio passando pelas duas – Vou buscar uns tempero! Em seguida a morena saiu da cozinha.

— Emily não consegue nem mas desfarçar que num gosta de ocê! Disse Leah encostando-se na pia.

Renesmee suspirou – Eu sei, mas honestamente eu não ligo.

— Num sei naum Nessie mas cê tome cuidado com a Emily.

—Não se preocupe Claire, eu sei me defender – Respondeu a ruiva segurando as mãos das crianças – Agora vocês nos deem licença que precisamos prosear!

Claire e Leah sorriram balançando a cabeça enquanto Renesmee saia da cozinha com as crianças na direção da varanda – Então o que querem conversar? Perguntou ela.

— Nós quer que seja nossa professora – Respondeu Sammy.

O olhar da ruiva estreitou-se.

— Sim tia Nessie – Concordou Vivi – Nós quer aprender a escrever bonito igual como cê fez naquele dia, nós paga ocê.

Renesmee deu um sorriso largo e sentiu seu coração transbordar com a atitude das crianças, carinhosamente se ajoelhou ficando na altura dos dois – Não precisam me pagar, eu aceito ensinar vocês.

As crianças vibraram juntas – Mas nós quer que seja segredo.

— Porque segredo Vivi? Perguntou  ruiva curiosa.

— Pra nós escrever uma cartinha pro papai noel, ai nós quer fazer uma surpresa.

A inocência das crianças novamente enchia o coração da ruiva – tudo bem será nosso segredo, mas precisamos de um lugar secreto para as aulas.

Sammy e Vivi trocaram olhares e sorriram – Já sei! Disse a menina animada – Nós pode ficar debaixo do pé de ipê.

— De uma arvore? Murmurou Renesmee.

— É uma arvore muito grande – concordou o garoto – Nós leva você lá.

— Fica longe daqui?

— Não tia Nessie, vamos! Disse Vivi a puxando pela mão, Renesmee riu baixinho e como sabia que não conseguiria dizer não a eles acabou os acompanhando.

Enquanto isso no escritório Jacob e Embry continuavam em silêncio, o Cowboy entregou as planilhas de gastos e pagamentos a Embry que lia tudo atentamente e olhava para o celular – É está tudo como nas minhas planilhas! Disse Embry entregando os papéis a Jacob.

— Claro! Falou o Cowboy pegando os papéis das mãos do irmão mais novo – Cê tem uma coisa nessa vida que eu tenho é honestidade –Em seguida Jacob deu a volta pela mesa guardando os papéis em uma gaveta.

Embry riu – Ao menos nos negócios não é irmão, ou acha que eu acredito que o filho que essa...Embry percebeu o olhar de Jacob e auto corrigiu – que sua esposa espera é seu?

Jacob riu ironicamente – Eu sabia que cê num faria essa viagem em vão.

— Eu pensei em pedir um exame de DNA – Disse Embry se levantando da cadeira.

Jacob o encarou colocando ambas as mãos sobre a mesa a curvando seu corpo para frente – pois eu acho que cê deve pedir Embry.

Embry lançou sobre o irmão mais velho um olhar surpreso – Está blefando Jacob? Perguntou ele em meio a pequenos risos.

— Não! O Cowboy respondeu de forma séria – Nós aproveita e faz um bolo só, o DNA do meu filho e o seu, assim nós tem certeza que cê é realmente filho do meu pai.

A expressão de Embry mudou e o sorriso que tinha em seus lábios se desfez, o irmão arrumou o terno fechando alguns botões e caminhou até a porta – Eu preciso ir, tenho uma longa estrada pela frente – Disse ele antes de passar pela porta.

— Como que pode eu ter um irmão desse? Sussurrou Jacob consigo mesmo e em seguida saiu do escritório vendo o irmão passar pela porta da sala e ir embora.

Embry sentia-se furioso, estava ciente que sempre haveriam duvidas sobre Billy Black realmente ser o seu pai biológico, nem mesmo sua mãe tinha absoluta certeza disso, um DNA poderia ser sua ruina, não podia de forma alguma se colocar naquela situação, mas precisava se livrar do herdeiro de Jacob a qualquer custo.

Passou pelo portão e sorriu ao avistar Emilly se aproximar com uma cesta nas mãos – Olá Senhorita Young! Disse ele de forma gentil.

As sobrancelhas de Emily se ergueram – Fala o que cê quer Embry, cê nunca que me tratou bem.

— É verdade! Embry respondeu pegando uma maçã do cesto que estava nas mãos da morena – Mas a culpa é sua, sempre me tratou mal por causa do meu irmão, e não adiantou nada, ele se casou com outra.

— Jake é um malagraecido – Disse a morena.

— Eu concordo! Embry falou aproximando-se um pouco mais da morena – Você é quem merece ser a senhora Black, sabe que prefiro você a ela.

— Cê ta falando sério?

—Mas é claro! Disse Embry mordendo a maçã – Você é mais bonita e entende do rancho vai cuidar melhor disso aqui do que ela.

— É verdade! Emily Falou cheia de si.

— Então nós podíamos nos ajudar.

— Como assim Embry?

— Nós dois, podemos dar um fim na ruivinha – Sussurrou Embry no ouvido de Emily – Mas teria que ser como um acidente, uma queda de cavalo, um acidente de carro...

— Cê quer que ela morra?

— Você não quer Emily?

— Eu quero que ela e esse fio desapareçam, que o Jake volte e ser só meu.

— Então – Embry sorriu segurando o queixo de Emily em seguida soltou se afastando ao ver alguns peões se aproximando, colocou a mão dentro do bolso do terno e entregou a morena um cartão – Me liga Emily, precisamos conversar um pouco mais.

A morena pegou o cartão da mão de Embry que sorriu e caminhou até seu carro, abriu a porta e alguns segundos depois saiu cantando pneus.

— É cabelo de fogo, teus dias tão contados – Disse ela guardando o cartão em seu bolso – Mas num se preocupa com o Jake que eu vo consolar ele.