Havia sido um ato reflexo, talvez por ter tido que ouvir aquele “oops” descarado na voz de sua arqui-inimiga, então Hermione não pôde evitar: lançou a azaração mais próxima de uma tortura que era permitida por lei.

—  Rictusempra! —  A grifinória bradou e, infelizmente, ver Pansy Parkinson cair junto à meleca laranja não trouxe a satisfação que esperava, afinal, teria que ser algo que abrandasse a dor de sua demissão. —  Maldita sonserina!

A mulher fechou os olhos, tentando bloquear o riso histérico da criatura odiosa aos seus pés, mas isso foi se tornando cada vez mais impossível, a medida que uma sensação esquisita começou a surgir em suas entranhas.

Hermione se viu tomada por um impulso de rir incontrolável, além de outras sensações que não podia nomear, dado o protagonismo que apenas um Rictusempra poderia ter em um corpo humano.

—  Sua maldita... —  Assim que Pansy retomou o controle de suas ações e começou a amaldiçoar a grifinória, tentou sacar a varinha de sua saia verde, sem sucesso. Algo estava muito errado, porque... —  Quê?

Não podia acreditar: nesse exato minuto Pansy estava vendo a si mesma se contorcendo de tanto rir no chão. Como era possível? E o mais importante:

—  Meu cabelo!