Coração escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá
Flores do meu jardim



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Edward Masen batucava os dedos sobre a mesa de madeira. Não estava nem um pouco satisfeito, caso os boatos fosse verdadeiros. Estava de mau humor desde o dia anterior, quando o secretário de seu pai o havia procurado e deixado escapar a notícia.

De fato, já tinha ouvido os próprios empregados do escritório comentarem, mas não acreditou.

Sorveu um gole de sua bebida seca. Fez uma careta. Odiava aquele tipo de bebida, só que seu estado de espírito mereciam aquela amargura.

Ganharia uma nova madrasta.

Riu em desagrado.

 Se bem lembrava dos gostos do pai, seria mais uma moiçola que vinha acompanhada com certeza, de  alguma família bem interesseira e que em menos de 3 meses exigiria num divórcio e metade do patrimônio dele. Voltou a sorrir em sinal de amargura, tanto pela bebida como pelas atitudes imaturas do pai.

Nunca aceitou a reputação de seu pai como mulherengo. Perdeu a conta de quantas mulheres passaram na vida de seu pai e por conseqüência, da sua também. Desde a morte da mãe, quando ainda tinha 12 anos, seu pai teve inúmeras mulheres como amante. Se casara 5 vezes e nenhuma delas ficou, apesar de Carlisle  ter prometido uma generosa pensão em cada união.

Talvez tenha sido por isso. Sorriu. Sorveu mais gole da amarga bebida.

Pelo jeito, agora estava chegando a sexta senhora Masen.

Edward, na verdade não se importava que esta demorasse muito mais que três meses na vida de seu pai. O mesmo tempo das anteriores. O problema estava nos processos que arruinavam junto com o pai, o nome e a credibilidade da empresa. E por isso mesmo tinham perdido vários contratos milionários nos últimos tempos.

Agora que finalmente a empresa estava voltando a se solidificar no mercado financeiro, vinha essa nova bomba. Isto estava tirando seu sono naquela noite.

 Pegou sua taça de vinho, bebeu tudo e bateu com a taça na mesa, revelando o turbilhão de pensamentos que invadiam sua cabeça naquele momento.

Geralmente, costumava adorar a vibração de Nova Iorque, aquele formigueiro de pessoas agitadas,  indo e vindo. Ruas lotadas, as luzes ofuscantes, o zunido dos carros, tudo aquilo lembrava sua casa na Grécia. A vida que levava na cidade, a batalha pelos negócios que trazia o desafio que ele tanto apreciava.

Mas quando ficava escuro, frio e úmido como naquela noite de inverno, ele preferia estar em qualquer lugar que não em Nova Iorque. Tinha saudade do calor do sol grego em suas costas, o barulho das ondas quebrando nas pedras que cercavam a ilha da família. Saudades do som da língua de seu povo. Saudades da sua família.

Merda! Como tinha saudades de casa!

— Não vamos te morder, minha gata. Relaxe! O que gostaria de beber? Eu pago.

Ouviu a frase dita de maneira incompreensível próximo a sua mesa, fazendo-o olhar naquela direção.

Vários jovens estavam sentados à mesa, bebendo cerveja enquanto muitas garrafas se aglomeravam na superfície de madeira.

Mas foi uma das  mulheres que estavam com eles que  lhe chamou a atenção. O conquistou no mesmo instante.

Não conseguia ver seu rosto. Ela estava de costas, mas dava para perceber que ela era espetacular. E podia dizer que tanto fisicamente como sexualmente ela era espetacular, de um jeito que faz o seu desejo se contorcer e esquentar por dentro em reação imediata.

Cabelos longos cacheados e brilhantes caindo pelas costas como uma cascata com reflexos que cintilavam com a meia luz do bar. Pareciam que pequenos diamantes estavam presos neles reluzindo.

Tinha estatura mediana, não muito magra, ombros estreitos e coxas bem delineadas e bonitas e um traseiro firme, ligeiramente empinado. Vestia uma blusa branca de mangas compridas e uma calça azul Royal super justa no corpo. Calçava uma sandália de salto baixo.

Havia algo nela que lhe chamava a atenção.

Provavelmente porque estava há muito tempo sem mulher nenhuma. Era por isso que estava interessado. Desde que Victoria partiu, quatro meses atrás que ele não se envolvera com mais ninguém.

Nem mesmo para encontros casuais ou simples transas. Sabia sem falsa modéstia, que seu tipo moreno atraía a atenção e o interesse das mulheres. Para completar, tinha a fortuna que vinha da família e do seu próprio trabalho, garantia de só ficar sozinho à noite se quisesse.

Mas ultimamente saber daquilo não era mais suficiente, não bastava mais. Andava  genioso, querendo mais que isso.

Mas não com Victoria. Foi por isso que eles discutiram e por isso que ela foi embora. Victoria  achava que tinha conseguido se dar bem. Planejava já a igreja, padrinhos e madrinhas e lua de mel. E ele teve que fazê-la acordar de seu sonho.  Victoria partiu sem nem olhar para trás. Ela não era o tipo de mulher que insistia quando percebia que não iria conseguir o que queria.

E para ser honesto consigo mesmo, não estava realmente com saudades dela.

— Não, obrigada!

A voz dela se destacou em um daqueles momentos raros de silêncio que parece que todos ao mesmo tempo haviam planejado emudecerem-se momentaneamente.

E que voz! Grave e sensual, surpreendentemente rouca por uma mulher.  Edward começou a imaginar naquela voz coisas pra ele em sua enorme e aconchegante cama king-size. Eduard ficou com a boca seca e contraiu os músculos do corpo só de pensar.  Mas no momento seguinte o clima sexy desapareceu e os pensamentos eróticos foram carregados para longe por uma dramática mudança de tom em sua voz.

— Eu já disse que não! Você está me confundindo!

Edward se levantou antes de se dar conta. As palavras dela soaram de um jeito, como se estivesse constrangida, rejeitando a posição em que se encontrava. Era evidente que ela não estava contente.

Após meia dúzia de passos ele parou atrás dela. Nem ela nem os homens com quem ela estava falando o notaram.

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Isabella Swan sabia que tinha tido um dia impossível. Esperava que ao menos sua noite fosse menos tenebrosa e pudesse colocar seus pensamentos em ordem.

Na verdade, soube disso logo após cair na besteira de dar conversa aqueles dois. Entrou no bar por impulso. Parecia cheio, bem iluminado e quente. Enquanto lá fora caía uma chuva torrencial e um vento gelado batia em seu rosto como agulhas. Só entrou para esperar passar.

Passara muito tempo sozinha e isso a deixava vulnerável e com pensamentos tristes.

Fazia mesmo menos de um mês que recebera a notícia de seu pai. Perdera tudo assumindo  que seus problemas financeiros eram bem piores do que ele deixava transparecer. Por desespero, desviou quantias milionárias de seu chefe para saldar a dívida com os bancos. Ele tinha intenção de pagar, ela acreditava, mas o chefe, Carlisle Masen, dono de uma das maiores redes de restaurantes espalhadas pelo mundo, na qual seu pai era gerente executivo, havia descoberto tudo muito antes.

— Não posso ir para  a cadeia, Isabella! - ele disse, chorando. – Sua mãe não agüentaria passar por isso. Seria humilhação demais para ela.

O problema no coração da mãe já havia causado muita preocupação antes, mas ultimamente sua saúde estava piorando. Tudo indicava que se a próxima operação não desse resultado, a única esperança seria um transplante de coração.

— O senhor tinha que ter pensado antes! – brigou com ele. – Por que guardou tudo para si? Por que não me disse que estávamos devendo a hipoteca da casa? – continuou – Agora perdemos nossa loja e tudo que tínhamos!

A pequena loja em que trabalhava junto à mãe, o banco também já havia pego, como uma parte do pagamento da divida.

— Eu darei um jeito, Isabella, mas estando na cadeia...não poderei fazer nada. Não poderei ajudar nem a você nem a sua mãe.

— Vou fazer tudo que puder pai. - disse Isabella derrotada. Sabia que não havia mais nada que pudesse dizer. - Faço qualquer coisa pai, apesar de não saber o que posso fazer. – assumiu desesperada.

Mas o pai sabia. Seu chefe, Carlisle,  já havia sugerido uma maneira de escapar da terrível armadilha na qual  se metera. E Isabella escutou a tudo horrorizada. A cada palavra pronunciada por seu pai sua boca escancarava de incredulidade e nojo.

O pai revelava como ela seria a peça chave para dar um herdeiro.  Para tanto, evidentemente precisava de uma esposa, e como seu ultimo casamento terminou em divorcio litigioso, ele escolheu Isabella para mãe de seu filho. Se ela se casasse com ele e lhe desse o herdeiro que ele tanto queria, Carlisle não diria nada a policia.

Para salvar Charlie da prisão, ela teria de casar com um homem mais velho que seu próprio pai. E tinha de dar a resposta amanhã. Por isto estava sozinha, aproveitando sua ultima noite de liberdade entre as luzes da cidade e os bares agitados de Nova Iorque.

Tudo o que queria era se distrair e não pensar no que teria de encarar no dia seguinte. Não se afundar em um buraco negro de amargura e depressão. Mas era isso que via a sua frente. Não conseguia mudar o foco por mais que o mundo estivesse desabando a sua frente.

Entrou no bar e foi direto pedir a bebida.

Imediatamente sentiu que havia cometido um erro.

Sim, o bar estava quente e suficientemente iluminado. Também tinha muita gente. E todos pareciam se conhecer. Ninguém estava sozinho, sem ninguém, com quem conversar, para quem sorrir. E mesmo se estivessem sozinhos , ela pensou, ninguém poderia estar mais sozinho do que ela naquela noite.

Em uma das mesas avistou umas colegas da faculdade. Apenas acenou, mas foi o suficiente para que fosse arrastada para o grupo. Ouvia os comentários,  alguns alcoolizados sobre os antigos dias da faculdade. Riam sem parar, enquanto sua vontade era de cair no choro. Desconversou daqui, desconversou dali, nunca havia se sentido tão só e quando estava para sair do bar, viu outra pessoa que estava, como ela, sem companhia.

O homem estava sentado algumas mesas afastado dela. Não sabia dizer o que primeiro chamou sua atenção para ele. Talvez as caretas que fazia quando consumia sua bebida, talvez sua aura misteriosa que irradiava por todo aquele ambiente, ou quem sabe sua beleza.

Com certeza era sua beleza.

Ele era grande e moreno demais, parecia perigoso demais com aquele corpo imenso jogado sobre a cadeira, aparentemente à vontade em sua força cuidadosamente controlada. A cabeleira castanha dele estava virada para o outro lado e seus olhos contraídos miravam a taça de vinho em suas mãos. Havia algo nele que fez o coração dela disparar no peito, ela quase perdeu o fôlego.

Quase.

Os problemas que tinha naquele momento eram superiores. Decidiu que ficar ali encarando o deus nórdico e ouvindo conversa de bebum em nada tinha a ver com o que a esperava.

Decidiu ir embora. Quando começou a se despedir, seu braço foi agarrado por um dos rapazes da mesa.

— Onde vai querida?

— Marquei com uma pessoa e ela já deve estar chegando. – mentiu. – Vou esperá-la lá fora.

— Bem que eu me lembrei de você, assim que a vi entrar. – disse um outro rapaz sentado ao lado do primeiro. – Foi da minha sala de Sociologia. – confirmou.

— Infelizmente não. – negou com a cabeça enquanto tentava se soltar.

Os sorrisos dos rapazes e o modo lascivo e atrevido com que a olhavam de cima a baixo a fez  sentir mal. Ela podia estar querendo passar uma ultima noite na condição de mulher solteira de 2 anos, mas não era nada disto que tinha em mente.

— Por que não se senta aqui e esperamos juntos?

As colegas da mesa também começaram a insistir. Ela tentava recusar as ofertas de bebida com um sorriso educado, mas viu que o rapaz ainda segurava com mais força seu braço. Eles não estavam aceitando. O louro estava ficando cada vez mais agressivo e quando ela tentou se afastar o outro de cabelos escuros se levantou e ficou em sua frente.

—Ei caras...- uma das colegas falou embriagada – ela não quer ficar. Deixe ela ir embora.

— Então, qual o problema, nós não somos bons o bastante para você? – indagou o moreno.

— Não é nada disso. É como eu disse. Estou esperando uma pessoa.

— Quem? – perguntou , demonstrando não acreditar nela.

— Meu..meu namorado. Ele marcou... de me encontrar aqui.

O louro olhou ao redor teatralmente, como quem procurava a procura do  sujeito imaginário;

— Então acho que ele lhe deu um bolo, gata. Ele não vem mais.

O moreno voltou a se sentar e dessa vez puxou a cadeira para que ela sentasse.

— Sente um pouco.  Não vamos te morder, minha gata. Relaxe! O que gostaria de beber? Eu pago.

Eu tenho certeza que estudamos juntos.

—  Eu já disse que não! Você está me confundindo!

— Sabe o que eu acho, gata? - a voz dele era um sussurro irônico, e seus olhos tinham um brilho maldoso.  - Acho que ele não vem. Na verdade, tenho para mim que você está mentindo...que este cara não existe.

—Ah existe sim!

Bella quase pulou como uma gata assustada ao escutar aquelas palavras vindo atrás de si. Aquela voz masculina, profunda e com um sotaque bonito que era a ultima coisa que ela podia esperar. Era a fantasia que ela podia ter, a do amor de sua vida salvando-a de uma situação horrível, mas não se tratava de fantasia nenhuma. O olhar perplexo dos rapazes e as bocas abertas das mulheres na mesa, saiu do foco de sua mente. Eles estavam embasbacados. Ela ainda não tinha se virado para ver quem era o tal homem.  O rapaz que apertava seu braço afrouxou a mão e finalmente a soltou, chocado:

—Ah!

O discreto muxoxo de assombro saiu de Isabella enquanto um par de braços musculosos deslizou por sua cintura, vindo de trás. Aquela figura potente e poderosa parada atrás de si lhe abrasou a alma com seu calor e sua força.   

Ela se sentiu segura, protegida, envolvida por aquele homem desconhecido. Sua afabilidade e seu vigor a cercavam, o som de sua respiração dominava seus ouvidos e o cheiro de sua pele preenchia suas narinas.

— Desculpe pelo atraso, coração. – murmurou a voz rouca contra seu pescoço. – Você sabe como estas reuniões demoram, mas já cheguei.

— Humm....

Foi tudo que conseguiu dizer, e não se importava se soou  mais como uma reação sensual do que  como uma resposta coerente.

Seu corpo estava latejando por inteiro ardendo em reação ao mero toque daquele desconhecido.

Ela não estava vendo seu rosto, as únicas partes do seu corpo que conseguiam ver eram as mãos que ele pôs na sua cintura e eram mãos extremamente masculinas, grandes, quadradas e ágeis. Os dedos dela até diminuíram de tamanho quando ele tomou sua mão. Ele não usava aliança ou anel. Seu único adorno era um relógio de platina no pulso.

— Você me perdoa?

— Sim , claro!

Como ela poderia dizer outra coisa? Ela teria concordado com qualquer coisa, aceitando qualquer coisa vinda dele. Era impossível pensar direito.

Ela sentiu o movimento detrás de si, fora do campo de visão. Percebeu o roçar de pelos sedosos na bochecha e a pressão daqueles lábios quentes na nuca. Quase perdeu o fôlego, seu coração por pouco não pulou do peito. Reclinou, então, a cabeça com os olhos semicerrados sobre aquele ombro protetor e firme.

— Meu bem. - a voz do estranho soou suave, com um tom de leve reprovação, cingida por uma risada perturbadora. - Aqui não, querida. - ele disse maldosamente – Melhor esperar chegarmos em casa.

Em casa!

Aquilo  a fez voltar a realidade num piscar de olhos.

Ela não estava indo a lugar nenhum com aquele homem...

Aprumou a cabeça incisivamente e abriu a boca para dizer algo. Mas ela não conseguia dizer nada.

—Vamos coração. Despeça-se de seus amigos.

Foi o jeito que ele falou amigos que a alertou. Ela quase entregou a mentira. Se ela reclamasse, deixaria claro que ele estava apenas salvando-a, não era namorado coisa nenhuma.

— Tchau, pessoal! Obrigada pela companhia!

Quem era aquele homem que veio salvá-la tão prontamente?  A questão voltava a sua mente enquanto saía do bar de mãos dadas com ele.

Ele era alto e de costas largas e forte, isto  ela podia dizer só de olhar de canto de olho. Ela se deixou conduzir, aliviada por se afastar daqueles homens inconvenientes.

Saíram.                                                                                                                         

—Agora, espere! - ela parou como se estivesse freando a si mesma soltando a mão do homem misterioso. - Já está bom! - Desta vez sua voz o alcançou. Ele parou de repente, deu meia volta para encará-la, e ela viu seu rosto pela primeira vez sob a iluminação do poste.

Ela já vira aquele rosto antes. Aquele rosto anguloso e de expressão arrogante. Os olhos negros  como piche, profundos , contrastando com as maçãs do rosto penetrantes, o nariz retilíneo e os cabelos encorpados e mais negro que as sombras noturnas que o envolviam.

— Você!

A palavra escapou com estupor ao reconhecer o dono daquele rosto  como o homem que vira do outro lado do bar. A única outra  pessoa que estava sozinha naquele bar tão agitado.

O homem que ela não ousou se aproximar por  um medo instintivo que a deteve. Sua intuição aflorou por alertá-la , piscando luzes vermelhas onde se lia:

“ Perigo! Perigo! Mantenha distância! Corra!”

Ela sabia que algo de muito profundo e primitivo estava acontecendo dentro dela, o que a fez sentir que ele era alguém que devia tratar com muita cautela, como quem se aproxima de um felino selvagem em meio da caçada.

E visto de perto a impressão redobrava.

Mais perigoso, mais devastador.

E muito mais  atraente ainda.

Não era o tipo de homem que ela costuma encontrar. Não lembrava em nada o tipo de homem que ela conheceu em casa e no trabalho, os poucos com quem saiu. Este homem estava além de sua experiência e de seu conhecimento. E com toda certeza, muito além de sua capacidade de auto controle.

Seus instintos estavam gritando mais uma vez que ela estava perdida nas mãos daquele homem.

Por um momento, esqueceu-se de toda a merda que estava envolvida.

Sentia-se quente. Muito quente.

Sentia-se uma fagulha indo direto para a fogueira.


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