Quem não tem diretor, caça com o quadro escrita por LC_Pena
Notas iniciais do capítulo
Exatamente mil palavrinhas, espero que o contador do Nyah concorde com o do Word. Você não leu errado, essa fic tem Lily Luna (a neta de Lily) e Snape, porque esse é o mundo das fanfics e tudo posso naquele que me fortalece, amém.
A história é todinha baseada nessa fanart: https://br.pinterest.com/pin/176907091603067903/
Tudo havia começado com um pedido besta da sua prima Rose – metida a jornalista naquele semestre – mas agora havia se tornado uma questão de honra: iria conseguir entrevistar o temível diretor de Hogwarts, Severus Snape, mesmo que nenhum jornalista houvesse conseguido tal feito.
Esse era exatamente o pensamento de Lily Potter ao testemunhar sua melhor amiga, Sarah Parker, chegar correndo na borda da Floresta Proibida, para mais uma aula de Trato das criaturas mágicas.
— Cheguei à tempo dessa vez? — A grifinória de cabelos cacheados perguntou esbaforida, olhando ao redor à procura de seu professor favorito.
Lily conferiu as horas no seu relógio trouxa, que sempre avançava dois minutos e retrocedia um, por conta da interferência mágica na tecnologia. Havia sido um presente de seu avô Arthur e não iria se desfazer dele tão cedo, tinha valor sentimental.
Fez uma careta para calcular o horário: pelas suas contas, devia ser quase meia noite.
— Obviamente chegou, já que o professor Shadowtamer* ainda não deu as caras. — A garota resmungou emburrada, voltando a atenção aos seus problemas.
— Ótimo! — Sarah suspirou aliviada, então animada. — Ei, já te contei sobre o meu plano de mandar bombons com poção do amor para o professor no dia dos namorados?
— Eu não quero saber desse seu plano e quero menos ainda ser sua companheira de castigo! — A garota respondeu com intensidade, porque nem queria imaginar que tipo de punição o ex-Quarter de Azkaban daria a alguém que tentasse envenená-lo. Ainda mais no reino de terror do diretor Snape!
Falando no diabo... Ou melhor, pensando nele:
— Sarah, preciso de um plano para conseguir uma entrevista com o diretor. — A garota ruiva sussurrou, do nada.
— O que? Por quê? — A grifinória de cabelos cacheados questionou surpresa e então horrorizada para a amiga.
— Ele nem sequer está no castelo essa semana... — Nora Benson informou solicita, mas assim que recebeu um olhar enfezado da filha do grande herói do mundo bruxo, a lufa-lufa disfarçou sua intromissão nos problemas alheios. — Olha, o professor Shadowtamer chegou!
Lily aceitou a distração, embora ainda não satisfeita. Todos os alunos murmuraram impressionados ao perceber que o ex-Quarter – famoso na escola por suas tatuagens de runas e cicatrizes de um ataque misterioso de Merlin sabe o quê – chegou acompanhado de nada mais, nada menos do que um unicórnio!
— Oh, um unicórnio de verdade, nem acredito! — Sarah sussurrou encantada.
— Não era essa aparição rara que eu estava esperando... — Lily devolveu o comentário com irritação, sentia que o milagre do ano havia sido gasto com a criatura errada!
— Ora, Lily! Se está tão obcecada assim pelo nosso carrasco, por que não entrevista o quadro dele? Vai ser ignorada do mesmo jeito, mas ao menos.... — Sarah começou debochada, porém a ruiva sorriu, agora sim, devidamente encantada. — Lily, foi só uma brincadeira, viu?
— Não, essa foi sua ideia mais genial, minha cara.
— Lily...
— Shhhh, a aula já vai começar!
***
— Ok, diretor: o senhor me responde três perguntas e nunca mais vai precisar olhar para mim pelo resto de sua existência. — Lily Luna falou tudo isso enquanto arrumava suas coisas próximo aos quadros dos últimos diretores, que agoram ficavam enfileirados em uma sala pomposa.
Sala esta o mais distante possível dos ouvidos do atual diretor.
— Por que eu iria querer isso, Lily? Eu gosto bastante das nossas conversas. — O quadro do diretor Dumbledore respondeu gentilmente.
— Me referia ao nosso amado diretor Snape, diretor Dumbledore. — A quintanista anunciou, fazendo o quadro do homem citado a olhar desconfiado. — Três perguntas e eu vou embora para sempre.
— Não, obrigado. — Severus Snape, tão antipático no retrato quanto era na realidade, respondeu hermeticamente.
— Primeira pergunta: o que o senhor veria no infame espelho de Ojesed? — A grifinória continuou, investindo no seu plano da maneira que o havia concebido: torto e sem pé nem cabeça.
— Nesse momento, uma punição à moda do falecido zelador Filch: alunas enxeridas penduradas pelos pés nas masmorras. — O pocionista respondeu sarcástico, recebendo um olhar suspeitosamente divertido de seu antigo mentor.
A neta dos heróis de guerra, Lily e James Potter, tomou nota de tudo, com sua pena de repetição rápida.
— Ok... Em quem já lançou o seu maldoso feitiço... — A garota pausou dramaticamente sua fala, olhando o diretor por trás do bloco de notas, apenas seus olhos verdes visíveis. — Sectumsempra?
O retrato congelou, comicamente quase como uma fotografia trouxa, mas recuperou a compostura bem a tempo de tirar aquele brilho satisfeito, de quem havia atingido em cheio seu objetivo, dos olhos daquela garotinha intrometida.
— A pergunta correta, senhorita Potter, é: em quem o seu pai já usou esse feitiço, cuja existência uma quintanista não deveria saber. — Snape respondeu venenoso, mas se surpreendeu ao ver um sorriso irônico se abrir no rosto da menina.
— Devolutiva intrigante, diretor Snape. — Dessa vez Lily fez questão de tomar nota no bloquinho sozinha, sem a ajuda do feitiço de repetição. Não queria que o diretor ouvisse seus comentários adicionais. — Última pergunta...
— Mas já? — Não havia sido Snape quem havia dito isso. Lily piscou divertida para o quadro de Albus Dumbledore.
— Qual o seu lugar favorito em Hogwarts e por que as masmorras? — Dessa vez a menina falou molhando a ponta da pena na língua antes de escrever, um velho hábito que lhe rendia vários pontinhos pretos nos lábios.
— A cozinha é meu lugar favorito, senhorita Potter. — Snape respondeu sem emoção, porém abriu um sorriso felino ante a surpresa da garota.
— Verdade? — Lily perguntou realmente curiosa, não esperava por aquilo.
— É uma quarta pergunta?
— Não, só uma confirmação. — A grifinória respondeu cinicamente, porque sabia o que o diretor estava fazendo, estava rindo dela, embora a menina tivesse certeza de que Severus Snape nunca ria de verdade!
— Jogue xadrez comigo em um horário decente e eu te darei mais três respostas, caso ganhe. — O homem falou como um gênio da lâmpada cruel, oferecendo três desejos.
— Não sei jogar xadrez. — Lily respondeu com o orgulho ferido, porque a verdade é que nunca havia entendido as regras ou a graça daquele jogo.
— Venha de todo jeito.
No dia seguinte, ela retornou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
* Shadowtamer vive e foi para Hogwarts (referências à saga Black Destiny, se não conhece, tá perdendo)
Não tem romance e não tem pedofília, só Snape sendo minimamente humano com a neta da mulher que ele amou um dia. Always é always, né? Mas não vamos fazer disso algo bizarro, por favor!
Bjuxxx