O Conde que me seduziu escrita por Mari


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Começando por aqui, só irei continuar se tiver comentários, caso contrário acho melhor guardá-la pra mim! Espero que gostem ♥



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Lá estava ela. De novo. Suspirou com pesar, por já não aturar aquele ritual. Sua primeira temporada foi cativante, com todos os bailes, teatros, ópera, soirées e tudo mais. Agora, pela terceira vez, já havia se tornado mais que tedioso. Os homens eram – que Deus a perdoasse – enfadonhos e incansáveis, as mulheres – excluindo sua amiga de infância Alice da lista – superficiais e mortalmente competitivas, e ela, bem, ela era apenas Bella. Olhou para o lado e Alice também não disfarçava seu desânimo. Estava linda, com um vestido cor lavanda com detalhes de brilho, sentada de forma nada polida naquele banco chique.

                - Alice, será questão de tempo para sua mãe vir aqui repreender-te na frente de todas essas mulheres sanguinárias. – disse Bella, chamando sua atenção. Ela se compôs e também suspirou.

                - Isso é tão chato! Confesso que até eu que possuo uma inabalável autoestima estou me sentindo murcha depois dessa terceira temporada. Na verdade, já não sei se desejo um marido. Não se ele for parecido com estes lordes aqui. – enojada, acenou com o rosto para o evento que parecia ser uma caçada. – Afinal, quem que precisa de marido para ser feliz? Eu não! Esta ideia já está me cansando há um tempo, mas eu não ousaria falar isso perto dos meus pais. A não ser que eu desejasse ir embora deste mundo. – ela soltou um risinho, imaginando o enfarte de seus pais se ela explanasse tal pensamento para eles. – E sinceramente, não há autoestima que suporte essas mulheres. Embora estonteantes, não devem ter nenhum amor próprio ao ponto de competir agressivamente por estes senhores odiosos. Ali está Rosalie Hale, na sua primeira temporada, se dando bem. Eles parecem abutres ao redor de carne fresca. Santo Cristo. E ela parece estar amando toda a atenção. Tenho que admitir, ela é perfeita... – Alice tagarelava sem parar e Bella, por mais que desejasse do fundo do coração estar atenta, não conseguia. Era assim com Alice.

                O salão agora se arquitetava para a próxima dança – que elas haviam recusado - e Clair de Lune pairou pelo cômodo. Bella, desejou apreciar e olhou para o piano e viu a tímida Angela Weber tocar a melodia que parecia estar acalmando seus nervos. Alice deu um cutucão no seu braço.

— Ai! – exclamou bela, alisando seu braço.

— Olhe quem acabou de chegar! – ela praticamente gritou olhando em direção a enorme porta. – Cristo, ele é quente! – Alice sorria maliciosamente. Quando Bella o avistou, seu coração quase parou. Conteve o impulso de levantar desesperadamente daquele banco para não aparentar seu desespero.

Seu irmão Beaufort Swan chegava no salão recebendo olhares de quase todas as damas daquele lugar. E não precisava de um convite. Beau, como Bella o chamava, não tinha um título de importância, porém era extremamente rico, o que era suficiente para a sociedade londrina inteira adorá-lo. Não o via há muito tempo. Desde que terminara a faculdade, Beaufort começou a trabalhar como contador de uma família quase que imperial de tão abastada. Devido a este cargo e a sua faculdade em Economia, Beaufort aprendeu muito sobre o mercado financeiro, em suma sobre investimentos. Agora aplicava todos os seus conhecimentos em ações e como um matemático lógico nato, quase não cometia erros, o que o gerava uma fortuna. Ele estava mais incrível do que nunca, porém ela era suspeita para afirmar tal coisa, uma vez que eram bem parecidos. O cabelo dele era de um castanho bem mais claro que dela, um pouco ondulado e estava caindo sobre a testa, o que deixava ele cinco anos mais novo. Ela sorriu. Sentia tanta saudade! Ignorando qualquer etiqueta existente, ela foi até ele em passos apressados. Ele corria os olhos pelo salão, e os parou nela. Foi ali apenas para procura-la, pois havia acabado de chegar de Olympia e não pôde esperar mais para ver sua irmãzinha. E teve uma pequena – para não dizer gigantesca – surpresa ao ver em como ela estava diferente. Ainda pensava nela como a magricela e branquela de quatorze anos.

— Beau! – exclamou com alegria. Ele a pegou nos braços como se ela não pesasse nada. A sensação era maravilhosa e... sufocante. – Ah... está me apertando!

— Desculpe, Bella. Deus, como eu senti sua falta! – disse ele, pondo-a no chão. – Faz jus ao seu nome agora, pelo menos em italiano. – sorriu ele, elogiando a beleza da sua irmã, agora adulta. Ela sorriu pelo elogio educado, raro na relação entre irmãos que eles tinham.

— O que te traz à grande Londres? – indagou ela, pois o irmão não tinha o costume de fazer visitas.

— Negócios, mas mal pude esperar para vê-la. Já fui na mamãe e no papai procurar por você. Disseram que estava aqui – disse ele com um sorriso meia boca. A relação entre Beau e seu pai Charles não era das melhores. Como no mundo animal, machos lutavam por liderar um território, quando Beaufort chegou à idade adulta, ele e seu pai começaram a se desentender. Eram muito ciumentos um com o outro. Charles não era de má índole, porém, quando se tratava de seu filho, ele era instintivamente chato. Ele cumprimentou Alice, também de um jeito esquisito, já que os dois tiveram uma pequena história de amor adolescente há alguns anos atrás.

                - Pretende passar muito tempo?

                - Não sei ao certo, porém acho que tudo que temos para resolver aqui será concluído em breve. – Bella estranhou. Temos? Logo avistou no grande gramado um homem vindo na direção deles. Alice que estava quase atrás dela arfou. Bella olhou pra trás repreendendo-a.

                Era compreensível a atitude de Alice Brandon. Bella deu uma olhada rápida no lorde que acabara de chegar até eles e o ar lhe faltou por um breve momento. Ele era alto e forte, o que dava a impressão que ele era feito de pedra. Seus olhos eram de um verde como duas esmeraldas, e seu cabelo era cor de cobre, também caindo pela testa como o de Beau. O maxilar era largo e bem definido, e havia depressões no lugar das bochechas, dando ao rosto os traços mais masculinos e ameaçadores que ela já havia visto. Sua expressão era letárgica, como se quisesse ir embora logo dali, sendo que havia acabado de chegar. O único curto instante que seu rosto se iluminou foi quando seus olhos pararam na srta. Swan. Ele nunca havia visto uma beleza daquela magnitude. Já havia se deitado com mulheres muito mais bonitas e sensuais segundo as convenções da sociedade, mas ela era sublime. Ela era a mulher mais linda que ele já havia visto segundo seus próprios conceitos. Era parecida com seu empregado Beaufort, porém seus cabelos eram bem mais espessos, cheios e escuros, quase pretos, com exceção das partes que o sol tocava, que eram avermelhadas. Eram ondulados como o do irmão, e chegavam até o meio das suas costas. Ela era branca e sem nuances, sua pele parecia uma ilusão de tão limpa e natural, ao contrário das outras que ali estavam. Seus olhos eram castanhos cor de chocolate derretido e continham um misto de ingenuidade com seriedade, ele não sabia ao certo decifrar. E o corpo... só poderia imaginar como era debaixo daqueles panos e daquele vestido rosé. Afastou o desejo repentino que sentiu e ignorou a beleza tentadora dela. Não era homem de estar admirado em demasia, muito menos de fantasiar. Era direto. Quando sentia atração física ia direto ao ponto, todavia este não era o caso, pois a lady em questão era irmã do seu amigo.

                - Este é... – Beaufort começou a introduzi-lo mas ele o interrompeu.

                - Sou Edward Cullen, conde de Olympia. Encantado em conhecer as senhoritas. – disse, lacônico e direto. Beau já havia se acostumado com o jeito de Edward, principalmente com quem ele não convivia. Isabella estava surpresa em como a voz do conde podia ser tão suave e rígida ao mesmo tempo.

                - Honra em conhecê-lo, milorde. – Alice respondeu antes que se passasse minutos em que elas estariam ali hipnotizadas. Bella repetiu e ele apenas assentiu com o rosto.

                - Ah! – a anfitriã exclamou, desesperada, pois estava ocupada demais a dançar com outros jovens e não se dera por ver um dos homens mais poderosos da Inglaterra e outro tão rico quanto alguém podia imaginar. – Que prazer ter vossa presença em nosso baile!

                - Perdoe-me, lady Denali. Não desejava ser um penetra, vim buscar Isabella. Chegamos agora de Olympia para resolver pendências aqui na cidade. – Beau explicou-se cortês embora não devesse nenhuma explicação.

                - Ah, isto não é necessário. Veio buscar a linda Isabella não é? Que jovem... – disse ela suspirando exageradamente, contemplando Bella, que por dentro bufou. Não havia recebido tanta devoção antes do irmão chegar. Carmen Denali virou-se para o conde. – Conde, que honra tê-lo aqui. Irei chamar meu marido, Eleazar, certamente milorde lembra-se dele do clube de golfe... – ela começou a tagarelar, porém logo calou-se ao ver a expressão do conde, que não era muito conhecido por ser extrovertido.

                -

Enquanto deixavam o evento social, Beau voltou a ficar nervoso. Foi ótimo rever sua irmã, porém mal sabia ela porque ele estava ali de verdade.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Devo continuar?



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