La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 6
Capítulo 6 - DesConfortável...


Notas iniciais do capítulo

Gente, to atualizando a fic mais cedo, por alguns motivos!
Primeiro: eu tenho prova sexta e sabado, em meus cursos, tenho que estudar e nao to podendo escrever! (isso vale para quem lê NDUVQ, AF e OY)
Segundo: Essa fic tem ate o capitulo 9 pronto, por isso.. eu só atualizo! =D
e Terceiro: DEDICO INTEIRAMENTE ESSE CAPITULO A MINHA BETA, que corre o risco de me abandonar por motivos maiores! Te amo Juh!

enfim.. BOA LEITURA!++



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/79122/chapter/6

6 - Desconfortável...
 
PDV RICHARD
 
Aposto que Peter esta dando em cima da nova enquilina. Ele sempre faz isso, com todas! Sem exceções... A pessoa que ocupava aquele apartamento era uma jovem que trabalha aqui perto...
 
Como se chamava? Giulia... É, esse era seu nome! Se mudou por causa da indiferença que o "garanhao" a tratou depois do que conseguiu. Murphy nao sabe disso, mas eu sei... E só nao contou por dois motivos!
 
Primeiro: Ele mora aqui ha muito tempo e eu trabalho aqui a pouco tempo. Murphy, por pura indução errada, vai acreditar na palavra dele. Segundo: Peter tem uma irmã... a minha paixão platônica! Soltei um suspiro.
 
-Algum problema? - voltei a realidade com a voz dela. Meu Deus... - Richard?!
 
-Ah, desculpe-me Emillya... - engoli seco. Fico tao nervoso em sua presença. - Deseja alguma coisa?
 
-Apenas companhia... - disse-me.
 
Emillya e eu somos amigos, grandes amigos... Mas eu ha pouco tempo passei a enxergá-la com outros olhos. Com os olhos do amor! Eu nao a forçaria a nada, só estar ao lado dela já é de bom tamanho!
 
-Parece triste... - comentei, indicando para ele se sentar numa cadeira próxima a mim. - Aconteceu algo?
 
-Peter, sempre Peter... - disse. Assenti. - Sabe, as vezes ele é tao... tao... argh! Eu nao o suporto na maioria das vezes... Tenho horror a ele... como ele pode ser meu irmão? - "é o que eu me pergunto todo dia..."
 
-Qual o B.O. da vez? - eu vi que ela precisava soltar todos os pensamentos, ou iria morrer sufocada com eles.
 
-O B.O.? - ela riu e eu também. - Peter me proibiu de namorar... de namorar?! Quem ele pensa que é? Ele nao é nossos pais... - ela disse a ultima frase com frieza.
 
-O que levou ele a isso?
 
-Vê se pode! A onde esta a moral dele pra falar: eu ti proíbo? Foi depois de eu falar que... - ela parou, mordeu o lábio inferior e corou. - Deixa quieto!
 
-Tudo bem, você que sabe... - falei dando de ombros. - Mas, ficou sabendo? Temos uma nova enquilina...
 
-Ah nao! Porque nao podia ser um homem? Seria bem melhor... - resmungou arrancando risos de mim. - Ela vai morar em qual ape?
 
-No antigo de Giulia... - falei e Emy deu um soco na mesa.
 
-Coitada dela, será que devo abrir-lhe os olhos? - sabe, a ironia dela é o que mais me atrai. - Sabe onde meu irmão esta? - antes de eu abrir a boca ela me cortou. - Que pergunta mais idiota... ¬¬ Aposto que esta dando aquela velha desculpa de...
 
-"Reformei o meu apartamento a pouco tempo, tenho tintas e papeis de parede..." bla bla bla... - eu disse revirando os olhos. Rimos ate chorar.
 
-Rich, eu tenho que ir... - falou com melancolia.
 
-Tao cedo? - falei surpreso, ela assentiu. - Ok, nos vemos depois...
 
Falei me levantando e dando um breve aceno pra ela. Emy se afastou alguns passos meio relutante e olhou para trás. Ela voltou dando-me um beijo rápido na bochecha.
 
-Ate Rich... - ela disse envergonhada e saiu apressada. Fiquei maravilhado. "Foi apenas um beijo na bochecha, só isso!", repeti a mim mesmo. "Nao foi só um beijo, foi O beijo...", me corrigi com um sorriso bobo nos lábios.
 
PDV ANNIE
 
Amsterdã - 02:36AM
 
Eu me remexia de um lado para o outro... Nunca pensei que uma cama faria tanta falta assim! Peter, um vizinho muito simpático, me ofereceu um colchonete, mas nao aceitei. Que burra eu fui...
 
Besta, besta, besta! Morra de arrependimento agora... Ainda bem que ele nao mata! Oh que ironia falar em morte... Malditos pensamentos que nao me deixam dormir...
 
Eu estava deitada em alguns cobertores. Mas ainda podia sentir o chão duro e frio sob mim... Soltei um suspiro! Olhei para a janela, que devo ressaltar que nao tinha cortina, e observei a lua minguante que se escondia diante de algumas nuvens.
 
Fechei os olhos... "Vem sono, vem sono, vem sono..." repetia mentalmente. Estava tao cansada... eu só queria dormir um pouco, isso nao faz mal a ninguém! Um arrepio percorreu meu corpo...
 
Um sentimento estranho se apoderou de mim... A sensação de estar sendo observada me deixou inquieta. Afinal, eu estava sozinha aqui... E isso me dava mais medo ainda.
 
-Nao é nada Annie... - falei a mim mesma em voz alta, só para me convencer.
 
"Aposto que se Luigui estivesse aqui, nao estaria assim!". O pensamento me feriu como acido e me cortou como navalha. Amaldiçoei ate a oitava geração de minha consciência. Mas que... droga! Fechei os olhos com força, se nao dormi por bem, que seja por mal!
 
[...]
 
Alguns raios solitários do sol me acordaram. Abri os olhos preguiçosamente... Bocejei e espreguicei...
 
-Hmmmm... - gemi me contorcendo sobre os cobertores. Senti uma pequena dor no pescoço. -Rá, tudo o que eu precisava... ¬¬
 
Sentei olhando ao redor. Meu quarto...meu ape... MEU! Nunca tive tanto orgulho de ter algo só meu... acho que porque nunca tive algo inteiramente... meu. Sempre tive que dividir com alguém...
 
Meu quarto de casa eu dividia com a Alycia, minha irmã... Na faculdade, dividia com minha colegas de quarto, Rebeca e Alínea... Depois, eu e Lu planejávamos morar juntos. Plano falho... Mas agora nao, só meu!
 
Levantei "alegre" e fui fazer a higiene matinal. Escovei os dentes, penteei os cabelos e troquei de roupa. Andei ate a sala... a tenebrosa sala! Cara, ela dá um ar de assustadora ao resto da casa.

Respirei fundo... Preciso comprar algumas coisas essenciais pra cá! Foi ai que meu estomago roncou... "Nossa, nao devia ter dormido sem comer...". Andei ate a cozinha e...

-Que ótimo!

Nada, nao tinha nada pra comer! Garanto que ate rato morreria de fome... Comecei a abrir todas as portas dos armários, geladeira e...

DIM DOM, DIIIM DOOOM

Corri ate a porta. Quem será a essa hora? Eu nem sabia que horas era agora, mas deduzi ser cedo... Nao é? Abri a porta...

-Bom dia! - uma moça branca com cabelos castanhos de olhos verdes disse com um prato em mãos.

-Bom dia... - falei me apoiando na porta. Quem é ela?

-Sou Emillya... - ela disse com um pequeno sotaque europeu. Franzi a testa. - Irma de Peter...

-Ah, claro! - falei mais empolgada. - Nao sabia que ele tinha irmã... - comentei.

-Ele nunca fala... - resmungou. - Mas ele pediu pra mim trazer algo para você comer...

-Nao precisava! - falei simpaticamente.

-Tem algo no mínimo comestível ai? - perguntou e eu sinalizei um "nao". - Bom aqui está!

-Obrigada... - peguei o prato de suas mãos. Só então me lembrei da educação ¬¬ - Quer entrar?

-Nao, nao... fica pra próxima! - ela sacudiu as mãos no ar e olhou o relógio. - Estou atrasada! Ate mais...

E saiu correndo em direção ao elevador. Dei de ombros e entrei em casa de novo, fechando a porta atrás de mim. O cheiro estava bom...

-Bolo de chocolate... - murmurei salivando. Ah, quanto tempo eu nao comia bolo de chocolate?

[...]

Eu estava uma loja de moveis. Precisava de um sofá, de cama e outras coisas... Aff, hoje será um dia daqueles! Sem tirar que terei que arrumar tudo quando chegar em casa.

-E o que acha dessa aqui? - o vendedor me mostrou e eu nao o ouvi mais.

Era perfeita! Feita de ferro batido, entalhado com flores,  numa cor opaca, cinza escuro, mas tudo muito brilhante. O vendedor mexia as mãos e abria a boca falando algo que eu nao me dava ao trabalho de ouvir.

-É essa! - interrompi-o determinada.

-Sim, mas...

-Agora, preciso de um sofá! - falei nao dando espaço pra ele se opor. O carinha assentiu.

Apos um tempo rodando a loja inteira, achei um a minha cara. Ele era cor de creme, mais puxado pro bege, listrado de verde menta claro, tudo muito lindo e delicado. Apos efetuar a compra da cama, sofá, dois criados mudos, abajur, mesa de centro e uma TV. Voltei ao ape, para dar um basta nele...

Os moveis seriam entregues ainda hoje. Bom, depois de choramingar horrores, eles falaram que entregariam ainda essa tarde. Cheguei ao prédio exausta.

-Bom dia! - disse o garoto.

-Ei, bom dia... - parei tentando me lembrar de seu nome. Henri, Jerry, Rickson...

-Richard! - ele disse. Nossa ainda bem que nao arrisquei. Sorri.

-Richard... - repeti. - Ate mais! - acenei e entrei no elevador.

As portas se abriram e eu sai apressada, nao olhando para os lados. Tirei as chaves da bolsa, abri a porta... Estava eufórica demais para...

-Bom dia, ou devo dizer tarde? - Peter disse próximo ao meu ouvido. Me assustei. - Perdão, fiz de novo nao é?

-É... - arfei com a mão no coração. - Ei, entre! A proposta de me ajudar ainda esta de pé nao é?

- Claro... eu ajudo no que quiser! - senti uma malicia em sua frase de duplo sentido. Eu hein, to viajando...

-Venha! - chamei-o e ele entrou. Fechei a porta.

PDV LUKE

"Ela nao esta sentindo a sua falta, ela nao esta sentindo sua falta..." Eu repetia mentalmente, querendo acreditar nisso. Afinal, eu estava sentindo a falta dela. Me lembro de Annie ter passado o endereço de onde o prédio que agora habita é.

Coloquei uma blusa mais grossa e sai. Estava animado demais com a situação, eu iria vê-la! Um misto de emoções passaram-se por dentro de mim.

TRIM TRIM TRIIIIM

-Na escuta... - atendi o celular. Tinha a certeza de ser Greg... só ele tem o numero atual ¬¬

-Fala vagal... - nao disse? - Tudo... certo?

-Ah fala serio... desde quando fica preocupado comigo Greg? - perguntei andando apressadamente.

-Ai, insensível! Desde quando? Desde quando tua sanidade corre risco... - com essa eu tive que rir.

-HAHA Greg, fique calmo, eu estou bem... - falei, quase chegando em meu destino.

-Mas nao ti liguei pra isso teu convencido... - creio eu, que Gregory é o primeiro vampiro que sofre com perda de memória... Cruzes!

-Ah nao!? Foi pra que então? - perguntei parando numa esquina esperando o fluxo de carros diminuir.

-EstouindoparaaEuropatambem... - ele disse tudo junto. Petrifiquei!

-Como é que é? - falei mais alto, fazendo algumas cabeças próximas a mim me olharem. Baixei o tom outra vez. - De onde tirou essa idéia Jackson?

-Sabe, eu descobri que tu é meu UNICO amigo... - me sensibilizei ¬¬ - E, preciso de uma compainha masculina!

-Quando você vem? - perguntei massageando a testa.

-Na verdade... já estou dentro do avião! - disse na maior cara dura.

-Tua sorte, é que a distancia nos separa, ou então estaria ferrado, me ouviu? - rosnei pra ele.

-Ah, qual é? Vamos tacar fogo ai onde você esta... é a onde mesmo? - nao falei? Ele sofre de amnésia.

-Amsterdã! - falei como se fosse obvio.

-Claro, claro... Amsterdã, foi o que eu disse! - ¬¬ - Tenho que desligar, a conta esta ficando cara...

TU TU TU TU TU

-Claro! - falei pro celular mudo. Péssima mania essa a dele...

Em frente ao prédio, entrei. Na recepção me deparei com dois jovens conversando.

-HAHA, você tinha que ver a cara dele, foi hilária! - a moça disse rindo.

-Com licença? - perdi. Os dois foram atraídos pelo som de minha voz.

-Pois nao? - perguntou o rapaz.

-Fiquei sabendo que aqui tem um apartamento vago, é verdade? - perguntei me aproximando do balcão, analisando-os.

-Sim, é verdade... O apartamento 707 esta vago a uma semana! - o rapaz a tornou dizer.

-Posso ve-lo? - perguntei. Os dois se entreolharam.

-Murphy nao esta aqui, nao posso sair da recepção e...

-Eu o levo, Rich! - a moça disse determinada. Hmmm... ela é daquelas mandona, mas nao deixa de ser sensível.

-Tem certeza? Nao sei nao... - ele disse inseguro, me olhando de canto. Abri um sorriso cativante.

-Sim, tenho... - ela sussurou pra ele. - Venha comigo, companheiro!

Ele me chamou com a mão e nos dirigimos ate o elevador. Creio que ficar numa caixa de ferro com um ser como eu totalmente instável, nao é muito seguro. Nao estava com "fome", era apenas uma incomodassão no fundo do estomago.

-Sou Emillya, e você é... - bem comunicativa ela! Gostei dela, daria uma ótima amiga...

-Bryan! - falei apertando-lhe a mão delicada.

Saímos do elevador e fomos em direção ao ape, quando Emillya começou a remexer na bolsa.

-Ah meu Deus... - arfou. Fiquei preocupado. - Ah meu Deus... hmmm... ah nao!

-Que foi? - "será que ela esta passando mal?". Paramos em frente a alguma porta.

-Esqueci de pegar a chave... Já volto! - e ela saiu em disparada indo direto pro elevador. Me virei de costa pra porta, observando ela se afastar. Ouvi risos vindos de trás da porta, olhei para trás...

E lá estava ela. Mas estava acompanhada! Fechei a cara... Annie estava contra a parede, enquanto o cara tinha o braço apoiado por cima da cabeça dela. E se aproximava aos poucos, eu sabia o que iria acontecer...

A raiva me dominou... luzes começaram a piscar, deixando-os assustados. Móveis começaram a tremer, eu sei que em algum canto da minha mente, eu precisava me controlar!

-Jesus... - Annie arfou. O aproveitador a abraçou, me deixando mais furioso ainda. Estreitei os olhos...

Os poucos moveis que ali tinham pulavam com a intensidade... As lâmpadas piscavam, ate que uma estourou. "Acalme-se Luke...", eu tentava recuperar meu controle... mas é mais forte que eu!

-Voltei! - a voz de Emillya me despertou. Pisquei os olhos, zonzo, acabei cambaleando. - Você esta bem?

-Sim, eu acho que sim... - respondi com a respiração acelerada, ainda olhando para dentro do apartamento, onde os dois estavam paralisados.

-Ei, Peter... - ela nao notou meu interesse. O cara olhou para nós. - Venha, me ajude! Ele esta passando mal...

-Ér... - ele hesitou. Filho de uma...

-Bryan?! - Annie olhou pra mim maravilhada. Mas logo foi substituído pela preocupação. Sentei-me no chão, estava me sentindo fraco... péssimo sinal! - Oh meu Deus...

-Eu estou bem... - falei enquanto ela me tateava. Testa, bochechas, barriga... -Eu to bem! - falei de novo, mas agora segurando suas mãos.

-Ei, você está branca feito porcelana, o que houve? - Emillya disse fuzilando o irmão, mas a pergunta foi pra Annie.

-Nao foi... nada! - eu me senti culpado, novamente! A culpa nao vai me deixar em paz? - Venha Bryan, você precisa descansar...

-Mas eu já disse que estou...

-SEM discussões! - "hmmmmm, nao conhecia esse seu lado Annie, me surpreendeu!". Sorri timidamente, assentindo.

Levantei me do chão com a ajuda delas. Peter só me olhava, com ar de desafio. Fingi que ele nao existia nesse mesmo ambiente que eu. Adentramos o apartamento de Annie...


FIM DO CAPITULO!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hmmmmmm... tenso não? RÁ, EU SEI...
Já se perguntaram: qual o dom do meu, do seu, do nosso LUKE? Nao? Bom... vai ficar no ar essa questao! Se quiser, chutem... quem acertar, eu conto! muahahahaah...

Nao vou esperar uma semana para atualizar a fic... mas depois a gente conversa!

um super, mega, hiper beijo à: caroline_03, Jullyxp, gatinha_2299, taylaine, rocketgrasy, Mika Loka, rocketgrasy, babupereira



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "La Lumière Au Bout Du Tunnel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.