La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 20
Capítulo 20 - Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

(:



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20 – Reconciliação

PDV LUKE

-Você não vai caçar? – Greg perguntou sem tirar os olhos de seu novo parceiro: notebook.

-Vou em instantes... – respondi olhando as noticias no CNN.

Se minha audição não fosse tao perfeita, eu não teria ouvido a porta se abrir e fechar rapidamente num ruído quase inaudível. Mas eu ouvi. E eu sabia que esse tipo de ação só pode vim de seres miticamente fantásticos. E então o cheiro tipicamente de...

-Ola Sandy... o que veio cheirar aqui? – perguntei sem tirar os olhos da TV. Ela bufou. “Que som irritante...

-Ah, veja... – a voz de Greg era alegre. – Olha quem veio me visitar!

-Visitar? – sibilou. A olhei com a sobrancelha arqueada e depois analisei Greg. “Ah não... ele achou um novo parque de diversões!” – Eu devia ti torcer o pescoço, americano! – ameaçou com os olhos em fendas.

-Sabe que vou continuar vivo, né? – provocou. Suspirei. Eu teria mesmo que agüentar essa discussão sem lógica? ¬¬

-Avise ele... – agora ela se dirigia a mim. A olhei inocentemente. – Se ele pisar no meu território de novo sem ordem, você vai receber ele... aos poucos! – seu olhar era perverso.

-Você ouviu a moça, Greg... – resmunguei sem saber o que dizer.

-Fala serio... precisa mais do que isso para me assustar! – Jackson provocou.

-Eu já avisei... quer ser extinto!? – Sandy perguntou colocando as mãos na cintura com a postura tensa. Greg estava relaxado na poltrona.

-Eu? – riu com gosto e eu lutei para ficar serio. – Nunca ficarei extinto, meu bem... eu garanto, tem vários pequenos Jacksons pelo mundo, faço questão de deixar minha marca em quem eu realmente gosto...

-Você é irritante!

-Concordo... – resmunguei. Fui fuzilado por dois pares de olhos. – Tudo bem, calei.

-Fala serio, o que eu fiz de tao grave para atingir seu ego? – Greg estava pisando em solo arenoso. – Fiquei com outra garota mais bonita que você?

Num piscar de olhos, Sandy estava em cima das coxas de Greg enquanto apertava o pescoço dele. A expressão dele era de deboche, a dela de ira fundida com inveja. Suspirei de novo e voltei minha atenção para a TV.

Uma ajudinha... por favor...

-Sandy, vai mesmo matá-lo? – perguntei opaco. – Realmente quer arranjar confusão comigo? – cutuquei a ferida dela.

-Tente se manter longe de onde não deve pisar... – avisou saindo de cima dele. Olhou para mim. Dei de ombros, não me responsabilizando por nada. – Eu sei onde você mora, americano, mas você não...

-Tem certeza que eu não sei? – perguntou sorrindo. Observei atentamente os dois. Eu não queria estragar minha sala nem perder um amigo. –Você não sabe nada de mim...

-Está avisado... – e saiu do mesmo jeito que entrou: rápido.

-O que você fez? – perguntei descrente. Greg jogou a cabeça para trás e riu com gosto. – Prefiro não saber, deixa quieto, ok? – sugeri enquanto ele ainda ria. – Vou caçar, é melhor...

E sai do ape, deixando aquele louco sozinho.

PDV HANNAH

Eu não esperava que o apartamento de Aninha fosse tao confortável. Não sinto a mínima vontade de ir embora. Mas não posso abandonar minha carreira de modelo. Estou de férias, mas segundo meu empresário, ele esta fechando negocio com a Victoria Secret’s.

Suspirei olhando para a pizza no prato.

-Quantas calorias isso tem? – perguntei-me em voz alta. Aquilo faria um mal danado ao meu corpo, mas eu não sei cozinhar. E era capaz de minha queridíssima irmã cuspir na comida que eu comeria.

Eu teria que viver com isso.

Gemi de frustração ao imaginar quantos quilômetros eu teria que correr para gastar o que estaria entrando agora. Estremeci. Se bem que... eu podia comer coisas lights num restaurante, não é?

-É, eu posso... – resmunguei. – ANIIIINHA!!! – gritei minha irmã. Que saco, ela não sai daquele quarto. Levantei-me com um suspiro e segui para o outro cubículo que ela chamava de quarto e que me obrigou a dormir.

Remexi nas minhas malas. Eu não podia sair como uma maltrapilha. E se alguém me reconhecesse? Seria o fim do mundo para mim... para a minha carreira.

Achei uma calça de cetim preta, uma camisete branca, um peep toe não tao alto e minha bolsa num tom de pastel Prada. Vesti-me rapidamente e dei um jeito de me maquiar. Coisa bem leve: corretivo, base, pó compacto, blush levemente rosa nas bochechas, sombra perolada, rimel, delineador e um gloss que não chamasse a atenção. Sai do quartinho.

-Hannah, me empresta seu... – e ela olhou para mim. – A onde você vai? – perguntou.

-Vou jantar fora... porque? – perguntei. Será que algo não estava combinando? A blusa estava amarrotada? A maquiagem estava borrada? Entrei em desespero!

-Não, por nada... só estranhei! – deu de ombros. E eu agora reparava nela.

Estava medíocre! Camiseta preta surrada deixando aparecer bem pouco na barriga lisa, calça de moletom preta e tênis de corrida. Os cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo.

-Me empresta seu Ipod? – pediu como se tivemos realmente alguma ligação. Eu sempre tratava de cortar. Minha mãe dizia que não era bom ser amiguinha da “outra”.

-Pra que? – questionei.

-Vai emprestar ou não? – rebateu. É, ela aprendeu a se defender... e outra, eu estou na casa dela! Melhor não abusar tanto da sorte, ela ainda pode me por para fora!

-Tá na sala... pega lá! – falei. Aninha me deu as costas e seguiu para a sala. A segui.

Na mesa de centro, ela pegou o aparelho e enganchou no cós da parte de trás da calça de moletom e colocou um dos fones. Dei um pequeno aceno e sai na frente dela. Se eu sabia me mover na Florida, eu certamente saberia me mover aqui. Não é?

PDV ANNIE

Eu estava pronta para correr. Tinha visto na internet que correr ajuda a pensar. Assim que Hannah saiu, eu sai. Tranquei a porta e olhei ao redor. Não tinha ninguém à vista. Rapidamente me abaixei e coloquei a chave debaixo do tapete da porta, onde tinha escrito “bem vindo”.

Assim que cheguei à rua, iniciei a corrida, que mais parecia um trotar. Agora eu tinha os dois fones no ouvido e uma musica eletrônica tocava alto, dando-me uma energia desconhecida.

Eu passava pelas ruas pouco conhecidas. Rostos estranhos passavam por mim. Mas eu não queria saber o que estava ao meu redor, só queria pensar. E por mais alto que a musica estivesse, não estava interrompendo nada.

Ali, eu podia extravasar meus pensamentos mais obscuros e secretos.

Pela primeira vez, em quase dois meses, eu me permiti pensar no acidente. Meu queixo se travou automaticamente. Não era muito bom lembrar, mas eu tinha que enfrentar.

A sensação do carro capotando, o gosto de sangue na boca, os pedidos incessantes para que alguém acordasse. Para que Luigui acordasse. Mas ele não podia responder, estava no sono eterno. A dor... ainda estava presente! Meus olhos se encheram de lagrimas, e por isso, corri mais rápido, sentindo os músculos das pernas reclamarem.

O enterro...

Sufoquei um soluço e forcei a correr com mais intensidade. A musica mudara e agora, tinha um quê melancólico. Não ajudou em nada. Mas também não parei. Era doloroso lembrar das expressões tristes e desoladas dos pais de cada amigo meu. Os pais de Luigui que me olhavam acusatoriamente, como se eu tivesse culpa. Não tinha culpa se fora a única a sobreviver!

Sem conseguir mais correr, parei apoiando as mãos nos joelhos. Estava ofegante, quase cuspindo os pulmões. Espirei pela boca e soltei pelo nariz, assim era fácil normalizar a respiração. Passei a costa de mão pela testa, secando o suor.

Como uma bolada na cara, tive a sensação de estar sendo observada.

Olhei ao redor e do outro lado da rua, tinha um cara que me olhava fixamente. Acho que a pequena distancia estava me deixando louca, pois pude jurar que os olhos negros como breu ficaram vermelhos. Um ônibus tapou minha visão por alguns segundos e quando saiu da minha frente, ele já não estava mais lá.

Balancei a cabeça e resolvi voltar. Pensar me deixou culpada. E para deixar de senti-la, eu tinha que me desculpar com uma pessoa. A pessoa mais maravilhosa desse mundo. A única pessoa, depois de meus pais, que me apoiou. Correndo devagar, fiz o trajeto de volta para o apartamento.

[...]

Minhas mãos suavam.

Tirei os fones do ouvido e desliguei o Ipod. Bati na porta e esperei. De novo, lembrei-me que ali tinha a porcaria da campainha, a qual eu não dera atenção para tocar novamente. Esperei. De repente, aquele amigo do Luke (o loirinho que não me lembro o nome) abriu a porta.

-Pois não? – perguntou todo cheio de graça. Retorci as mãos em nervoso.

-Luke esta? – sussurei roucamente. Pigarreei baixinho.

-Sim, esta no quarto... fazendo não sei o que com meu Ipod. – respondeu carrancudo, como se abominasse a idéia do amigo estar com um objeto seu. – Entra ai... e vai lá!

-Tá... – sussurei de novo, entrando lentamente.

-Aposto que não precisa de ajuda para achar o quarto dele, não é mesmo? – perguntou com um sorriso muito do que satisfeito no rosto. Corei.

-Eu acho, não se preocupe! – falei num tom normal.

-Claro que acha... – sussurou e voltou para o sofá na sala (onde havia a TV e o notebook ligados), após fechar a porta. Sentou-se e me ignorou facilmente.

Andei lentamente pela sala e após virar à esquerda, caminhei pelo pequeno corredor ate chegar numa porta branca. A abri devagar e tive uma visão muito privilegiada.

Luke estava sem camisa, deitado no chão com os fones no ouvido enquanto fazia abdominal. Seu corpo estava suado e muito... sexy! Estreitei os olhos. A musica estava realmente alta, porque EU estava ouvindo perfeitamente bem os acordes de um solo de guitarra.

Entrei e fechei a porta delicadamente. Não queria assustá-lo! Se um jeito estranho, desejei o corpo daquele homem... de um jeito promiscuo. Ou, vulgarmente falando, de um jeito pervertido! Ele estava tao concentrado.

Subindo.

Descendo.

E então, após subir e descer, ficou ali mesmo no chão, descansando. Estava de olhos fechados e eu percebi que eu não respirava. Eu o desejava tanto, que meu intimo palpitava ansiando por algo realmente desconhecido. E eu me dei conta: eu estava excitada! Oh meu deus...

Luke abriu os olhos e me viu.

-Annie? – perguntou na duvida, tirando os fones e me fitando com os olhos em fendas.

-Sim. – minha voz não tremeu e eu agradeci silenciosamente por isso.

-O que faz aqui? – e ele se levantou. Ah Deus... perdi a linha de raciocínio totalmente!

Estava ali, tao perto, suado, sem camisa... Quase resisti ao impulso de levantar a mão e tocá-lo no abdômen. Fechei a mão em punho. Soltei o ar pesadamente.

-Annie?! – chamou minha atenção. Só então eu percebi que secava descaradamente seu “tanquinho”. Umedeci os lábios e o olhei ansiosa.

-Sim? – o que ele havia perguntado mesmo?!

-O que faz aqui? – perguntou aproximando-se um passo.

-Eu... eu... – gaguejei confusa. Eu estava ficando constrangida pela situação. – Eu não lembro! – sussurei arfante. Sorriu de canto.

-Enquanto se lembra, fica a vontade ai... vou tomar um ban...

E eu não sei o que deu em mim. Eu realmente não sei o que deu em mim, mas automaticamente minha mão se levantou e tocou sua pele macia. “Eram tantos gominhos...” pensei admirada. Fiquei rente a ele, querendo ver tudo aquilo mais de perto. Subi a mão, do abdômen ate o peito. Do peito aos braços. Mordi o lábio inferior.

-Annie... – sussurou sedutor. “Qual seria o gosto da sua pele? AH... da onde estão vindos esses pensamentos?!” Num movimento rápido, ele me imprensou contra a parede e me beijou do jeito que eu desejava.

Segurei em seus cabelos, ao senti-lo apertar minha cintura. Seus lábios eram macios e se moldavam nos meus, encaixando-se. Meu corpo começou a agir de um modo estranho, como se eu não estivesse mais no comando. Subi a perna ate a altura de seu quadril.

Luke me alisava, deixando-me louca, quase subindo pelas paredes! Ele a segurou firme e, agindo sozinho de novo, subi a outra perna, enlaçando sua cintura. Eu queria ar, mas não queria parar aquele beijo enlouquecedor.

Já não sentia a parede em minhas costas. Na verdade eu me senti sendo deitada na cama. Eu estava amortecida! Sentia suas mãos em toda a parte, seus lábios abandonaram os meus e davam uma atenção especial ao meu pescoço. Sua mão subia pela minha barriga.

-Ah... – arfei fechando os olhos. Eu não estava acreditando que eu ia...

FIM DO CAPITULO


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Notas finais do capítulo

eu acho linda a conhecidencia da fic ser atualizada junto com TVD
HSAUSHUAHSUAHSUAHSUAHSUAHSUASHAUSHAU
Não me matem!
Por favor... ai, ai, ai... *desvia das sapatadas*
Parte critica de novo, sorry, mas é compusilvo!
Estrelinhas?
Reviews?
Recomendação?
To aceitando os 3
bj =*



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