Nunca mais só. escrita por Shaina


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Sejam Bem vindos, a essa história maluca que me fez escrever por uma semana sem parar.
Leiam a nota da história para depois não virem reclamar.
Espero que gostem.



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Bella era uma garota simples, se conformava com o que a vida lhe jogava, mesmo que por vezes ela achasse que não pertencia a família a qual foi criada, se sentia diferente de mais deles, ela era grata, tinha uma cama e comida, era tudo que precisava para começar. 

 Bella vivia em uma pequena cidade chamada Lapidibus, o nome fazia muito sentindo para o local, afinal a cidade era rodeada de pedras enormes, a cidade pequena e baixa era um contraste enorme, ficava a duas horas da maior e mais rica cidade do mundo, Ignis, apesar da cidade não ser feita de fogo como o nome o diz, Ignis era enorme, e brilhava, afinal era onde a maioria dos ricos moravam, assim como os que tinham algum título.  

 Não era o caso da família Edburgue, a família vinha de uma longa linha de pobreza, um sempre tentando chegar a algum lugar, mas ninguém chegando a lugar nenhum. Bella desejava deixar Lapidibus para trás, mas sabia que era quase impossível. 

 Filha única de James e Victoria Edburgue, morava com os pais e os tios em uma casa pequena, onde dividia o quarto com os primos, os tios Laurent e Irina, tinham tido quatro filhos, duas mulheres e dois homens, Joshua era o mais velho com 20 anos, depois vinha Sofia com 19 anos, Carlos com 18 e a mais nova e da mesma idade que Bella, Beatriz de 16 anos. 

 As duas deveriam ter sido amigas pra uma vida, afinal moravam juntas, tinham a mesma idade, mas os primos odiavam Bella, a forçavam trabalhar mais do que era o pedido, os pais não se metiam nas brigas, talvez por não terem pra onde ir. 

 Enquanto os primos, os tios e os pais tinham os cabelos loiros e olhos claros, Bella se destacava com seus cabelos mognos arruivados e os olhos chocolates, não era uma mistura conhecida pela cidade, assim apesar de Bella ainda ser jovem, e não se vestir bem, não podia negar os olhares que a seguiam. 

 A vida dela estava para mudar, ela sabia disso no momento que servia uma sopa a um soldado que passava pela cidade, muitos deles vinham, provavelmente vindo de alguma cidade vizinha a mando do rei. Ela lhe deu um pequeno sorriso em agradecimento quando ele lhe pagou, os olhos dele deslizaram por Bella e ela se sentiu estremecer. 

 Seu corpo aparentemente tinha finalmente terminado de mudar, seus seios eram redondos e um pouco grandes, sua cintura era fina e sua bunda era arrebitada para trás. No ano anterior ela ainda era gordinha e mesmo com a diferença dos cabelos recebiam poucos olhares, mas desde que seu corpo se formou notou que teria que começar a tomar cuidado com os homens, isso incluía os primos. 

—Como é seu nome menina? -O soldado questionou, Bella passou as mãos no avental que vestia e levantou os olhos para vê-lo. 

Bella senhor. -Respondeu, mesmo que temesse os motivos do interesse do soldado sabia que não responder lhe colocaria em mal lençóis. -Bella Edburgue. 

Bella, não deveria estar aí parada. -Victória rosnou se aproximando da tenda onde a menina trabalhava. -Me desculpe senhor, minha filha lhe importuna? 

—Sua filha? -O soldado avaliou Victória com os olhos, Bella viu a mãe tremer apenas por um segundo, se perguntou se era medo que a mãe sentiu, ou se era desejo, Deus sabia que Bella conhecia as escapadas de ambos os pais. 

—Sim, minha filha. -A mãe respondeu firmando o minha, o soldado assentiu e voltou seus olhos para Bella. 

—Obrigado pela sopa. -Ele falou para a menina antes de se levantar assentir para Victória e sair, a mãe deu a volta no balcão e agarrou Bella pelo braço. 

—O que ele te perguntou? -A mãe a fez sentir pequena, apesar de ela não ser tão pequena a muito tempo. 

—Apenas meu nome. -Ela se soltou. -Vou voltar para meu trabalho agora. 

 Ela só fechou a barraquinha de caldo no fim da noite, já havia se esfriado, ela foi para casa se encolhendo com o frio, era pior quando ouvia os sons em volta, o medo lhe atingia o estomago. Era pobre e vinha de uma família difícil, se fosse violada sua pequena honra seria tirada, não importasse que ela não concedesse a virgindade a quem fosse, uma vez tomada ela estaria arruinada e nunca se casaria, nunca sairia da casa dos pais. Ou pior, seria expulsa pelos pais também e só Deus sabia o que lhe aconteceria. 

 Ao chegar em casa ignorou os outros em volta da mesa comendo o restante do que fosse o jantar, foi para o banheiro pequeno, tomou um banho com a água gelada lhe fazendo querer chorar, mas não reclamou, assim que achou que estava limpa o suficiente, se vestiu e saiu, ela se encaminhou então para a cama, queria apenas dormir para que o frio em suas veias passasse. 

 Era meio da madrugada, ela sabia, sentiu alguém se juntar a ela na cama, seu coração acelerou, sua mente processando o fato de que alguém tinha deslizado para de baixo do seu cobertor, ainda de olhos fechados ela pensou nas suas escolhas, ela tentou dizer a si mesma para apenas gritar, mas Bella podia ser um anjo, ela não se importava de trabalhar o triplo isso a mantinha longe dos outros, mas ela nunca deixaria alguém tocar nela, não assim, não sem que ela desejasse. 

 Então assim que o invasor tocou sua cintura, ela ergueu o cotovelo e acertou seu queixo, ela ouviu o grito do primo, mas não parou o jogando para fora da cama e se erguendo, os gritos dele tinham acordado a casa, ela podia ouvir os passos, seu pé encontrou a virilha do primo em uma velocidade que ela tinha esquecido que possuía. 

—O que é isso? -Irina entrou no quarto assustada, os outros primos estavam em suas camas surpresos. 

—Seu filho bastardo tentou me atacar. -Bella respondeu, o sol começava a nascer lá fora, o céu ganhava um tom mais claro. 

—Eu estava te tampando sua louca. -Joshua rosnou se afastando dela. 

—Me tampando, precisava deitar na minha cama para isso? -Ela gritou pronta para continuar seu ataque quando o pai a puxou. 

—Chega. -James rosnou a puxando para fora do quarto, ele a levou para a cozinha ainda rosnando. -Eu tenho que ir trabalhar em algumas horas, e eu não posso dormir com seus gritos. 

—Queria que eu tivesse deixado ele me arruinar? -Bella questionou puxando os braços de volta, os olhos do pai fixaram, Bella tinha apanhado muito na infância por enfrentar o pai, tinha aprendido nos últimos anos a ficar longe dos seus olhos, mas naquele momento ela estava movida por sangue. 

—Abaixe esse tom pra falar comigo menina. -James rosnou, ele levantou a mão para acerta-la quando a porta da frente foi arrombada, os dois pularam no susto e encontraram soldados armados invadindo a casa. 

—Se afaste dela agora. -O soldado que tinha a visto no dia anterior se aproximou empurrando o pai para longe. 

—Ela é minha filha. -James ladrou, toda a família foi traga para a cozinha enquanto outros soldados revistavam a casa. 

 Bella notou que vestia apenas a roupa de dormir, era um vestido justo no corpo, se encolheu tentando tampar o corpo, ela não era a única em suas roupas de dormir, suas primas, a tia e a mãe também estavam indecentes para isso. Nenhum dos soldados parecia dar uma olhava para nada mais que seus rostos, mas ainda assim, a criação não lhes permitia algo como aquilo, o soldado se virou para ela. 

—Levante seus olhos. -Ele pediu, a voz baixa, Bella levantou os olhos, o homem então assinalou para que trouxessem alguém. -Srta. Swan, é uma honra finalmente lhe achar. 

—Acho que está enganado senhor, meu sobrenome é Edburgue. -Bella sussurrou e ele lhe deu um pequeno sorriso. 

—Olhe para mim. -Um outro homem entrava nos aposentos e trazia uma foto em mãos, ele ergueu a foto colocando ao lado de Bella. -Parabéns soldado Faleris, achou a filha do duque. -Bella sentiu seu sangue gelar, o moço lhe entregou a foto e ela podia ver uma menina gordinha de 2 anos no colo de um homem que tinha os olhos e os cabelos chocolates como os dela. -Deveria lhe vestir milady, lhe levaremos de volta para sua verdadeira casa. 

—Os outros vão para a cadeia. -O soldado Faleris avisou. 

—Essa é minha filha. -Victória gritou. 

—Vá milady. -O soldado Faleris disse a Bella que decidiu não argumentar, a foto da pequena criança não seria prova o suficiente se não fosse o fator que ninguém da sua família tinha nenhum dos seus traços. 

 Bella se vestiu rapidamente, quando voltou a cozinha não havia mais ninguém além do soldado Faleris, ela olhou em volta ainda surpresa em como aquela noite tinha girado. Ela se permitiu avaliar o soldado, o homem era alto e forte, sua pele morena, os olhos castanhos e o cabelo um pouco cumprido amarrado na nuca. 

—Você tem certeza? -Bella o questionou. -De que eu sou filha desse Duque? 

—Sim milady. -Ele abriu a porta lhe incentivando a sair. -Seu pai lhe procura desde seu sequestro, a milhares de soldados do rei que ajudam a lhe procurar, ninguém tinha lhe procurado nessa cidadezinha ainda, foi uma sorte cruzar vosso caminho. 

 Ele abriu a porta de uma carruagem que parecia cara, Bella respirou fundo antes de entrar, nunca tinha andado em uma carruagem antes, principalmente nenhuma como aquela, ninguém na cidade tinha uma carruagem como aquela, talvez o Barão tivesse uma carruagem bonita, mas não era nada como aquela. 

 Durante as duas horas seguintes eles se mantiveram na estrada, o soldado ficou em silencio completo, já Bella via finalmente algo diferente do que a cidade onde crescera. Ela mantinha sua mente em controle, pois se começasse a se questionar nunca mais iria parar, um Duque, seu pai era um Duque o que significava que ele era próximo do rei, talvez algum parente. 

 Ela se sentia assustar ao ver uma cidade luminosa com casas grandes a frente, havia um mundo novo a sua frente, algo que ela nunca se permitiu sonhar. O cheiro parecia diferente, ainda não havia muitas pessoas na rua, imaginou que os que estavam a caminhar fossem se encaminhando para o trabalho. 

—Bem vinda a Ignis milady. -O Soldado Faleris lhe deu um pequeno sorriso ao ver como seus olhos brilhavam. Ela nunca se sentiu tão mal vestida e tão destoante do resto do mundo como naquele momento, afinal suas roupas estavam mais para maltrapilhos do que os das pessoas que caminhavam pela rua, ela não tinha feito mais do que um coque em seu cabelo. 

—Ele estará esperando por nós? -Se permitiu a questionar, afinal era bom saber o que esperar do homem que lhe procurou durante tantos anos. 

—Sim, junto com sua mãe. -Ele assentiu passando a mão para ajeitar o traje que já estava perfeito, Bella passou as mãos pelo vestido e suspirou, não havia muito o que pudesse fazer, desde criança foi ensinada que deveria se manter quieta sempre que um homem falava, e seu pai biológico ou não, o Duque tinha poder de mais para que ela quisesse lhe contradizer. 

—Chegamos. -O soldado não precisava dizer, a carruagem parou e ela pode ver a mansão que se estendia a sua frente. 

 Ele desceu primeiro, ela respirou fundo o acompanhando depois, ele a guiou com a mão em suas costas em direção a porta, enquanto subia os degraus da entrada sua mente não parava de girar. E se o Duque fosse um homem horrível? E se a mãe não gostasse dela? Procuravam a filha por 14 anos, mas Bella sabia que estava bem longe de se parecer com a filha de um Duque e de uma Duquesa, sua educação era rasa, ela não sabia nada sobre etiqueta. 

 O soldado tocou a campainha, segundos depois um homem abriu a porta, o homem a avaliou por uns segundos antes de lhe dar passagem, o mordomo se vestia com elegância e requinte, sua roupa estava em perfeito estado, Bella notou que perto dele se parecia com uma mendiga. 

—O Duque Swan lhe espera por aqui. -Ele foi na frente lhes mostrando caminho, tudo era amplo, limpo e branco, a claridade que entrava pelas cortinas a faziam se sentir em um conto de mágica, o mordomo entrou na sala primeiro e anunciou que os convidados já haviam chegado e só depois deu espaço para que eles entrassem. 

 Demorou um segundo para que Bella varresse a sala com os olhos, mais janelas, os sofás eram claros e sofisticados, a mulher tinha os cabelos castanhos, era branca e magra, seu corpo curvilíneo era escondido pelo vestido verde que usava, a elegância em pessoa, o homem usava um terno elegante ajustado o corpo e nem mesmo Bella poderia consternar a ideia de ser sua filha, os cabelos mognos curtos, os olhos chocolates que brilharam assim que os dois se encararam. 

—Isabella. -O sussurro veio da mulher. -Minha filha. -Ela deu passos até Bella e a puxou pelos braços, a abraçando tão apertado que Bella chegou a estremecer, ela nunca tinha sido abraçada por Victória daquela maneira, a mãe que conhecia nunca havia lhe deixado faltar nada, a não ser afeto. 

—Essa é Renée, minha esposa e sua mãe. -O Duque disse se aproximando delas quando a esposa enfim havia largado a filha. -Eu sou Charlie Swan, seu pai. 

—Milorde. -Bella curvou a cabeça minimamente se lembrando a onde estava, e quem eram aquelas pessoas. 

—Você não se curva, não para nós. -Charlie avisou sorrindo, levou a mão ao rosto da filha. -Achamos que nunca mais iriamos te encontrar. 

—Pai. -Ela ouviu um homem chamar, se virou e então viu o rapaz a porta, os olhos dele deslizaram para a menina irreconhecível, ela pode ver as diferenças e as semelhança que os ligavam. 

 O menino tinha os cabelos castanhos de Renée, os olhos castanhos quase no verde, era forte e alto, mas o queixo e o nariz eram os de Charlie, iguais os de Bella. Ele deu um passo ainda a encarando, ela se sentiu pequena, muito pequena quando ele se aproximou, Charlie era maior que ela, mas não tão maior. 

—É você! -Ele sorriu, um sorriso que mostrou covinhas, ele não lhe deu tempo de retribuir o sorriso antes de lhe tirar do chão em um abraço que a sufocou. 

Emmett, vai machuca-la! -Renée avisou, Emmett a pôs no chão ainda sorrindo. 

—Esse é Emmett, seu irmão de 20 anos. -Charlie avisou. -Mas ele consegue ser mais criança do que as crianças de verdade. 

—Eu não sabia que tinha um irmão. -Bella sussurrou. -Me desculpe tudo isso é demais. 

—Está tudo bem. -Renée passou o braço por seu ombro maternalmente. -Vamos lhe levar até seu quarto, mandamos preparar tudo para você, e então vamos tomar um café da manhã reforçado. 

—Obrigada, por me trazer. -Bella disse ao soldado que continuava parado com o rosto sereno, ele assentiu e ela não pode deixar de sorrir, se perguntou se um dia o veria de novo, Renée a levou para o segundo andar e a mostrou seu quarto, era completamente dela, uma suíte enorme com bastante espaço e um banheiro com uma banheira. 

—Eu pedi que lhe trouxessem algumas roupas, eu não sabia qual era o seu tamanho, mas podemos comprar tudo que precisar mais tarde. -Renée cantarolou lhe mostrando um closet com muitos vestidos, alguns curtos no joelho para o dia, outros longos para as noites. 

—Obrigada, eu nunca tive nada disso. -Bella suspirou tocando o vestido, suas unhas faziam um contraste e tanto, estavam sujas, ela não conseguirá limpa-las o suficiente no banho da noite anterior. 

—Nem acredito que nos roubaram você para não lhe dar o que um mundo tem de melhor. -Renée pareceu raivosa por um momento antes de balançar a cabeça e voltar a sorrir. -Onde estão suas criadas? 

 Aquilo pegou Bella desprevenida, duas moças um pouco mais velhas que ela entraram no quarto, as duas eram diferentes, usavam o uniforme, uma delas era loira e tinha um sorriso pequeno, ela também era menor, a outra era morena e tinha a pele pêssego. 

—Essas são Jéssica e Ângela, elas lhe ajudarão com tudo que precisar. -Renée sorriu para as criadas que lhe sorriram de volta. -Ajudem Isabella a se vestir para o café. 

—Vou preparar-lhe o banho imediatamente. -Jéssica se curvou minimamente antes de caminhar até o banheiro. 

—Gosta de alguma cor preferida milady? -Ângela perguntou se encaminhando para o closet. 

—Não. -Bella respondeu envergonhada. 

—Se elas te incomodarem apenas peça que elas parem. -Renée avisou sorrindo. -Estarei lá em baixo. Bem vinda de volta querida. 

 Então ela estava sozinha com as criadas, antes que ela pudesse pensar muito elas estavam lhe mandando tirar a roupa e entrar na banheira, a água estava morna, nem muito quente, nem fria, ela tentou lhes dizer que poderia se lavar sozinha, mas elas insistiram em lhe ajudar, lavando suas costas os seus pés e as unhas, elas se esforçaram em limpa-las ao máximo, seus cabelos foram lavados. 

 Quinze minutos depois estava em um belo vestido azul florido, sua manga ia até o cotovelo, e seu cumprimento era até a batata da perna, seu cabelo estava preso em um coque e uma pequena flor artificial foi posta entre os fios. 

—Obrigada. -Agradeceu ao seu olhar no espelho. 

—Milady precisa de mais alguma coisa antes do café? -Ângela questionou. 

—Me chamem de Bella, e parem de fazer reverências. -Bella sorriu em pedido. -Eu não sei nada sobre ser uma Lady. 

—Mas irá aprender. -Jéssica garantiu. -O Duque com certeza já mandou providenciar uma professora para a senhorita. 

Bella, ou você. -Pediu de novo. -Pelo menos quando estivermos só nós. 

—Como desejar. -Elas concordaram e a encaminharam para a sala de jantar, ela foi a última a entrar e se sentiu envergonhada, mas se sentou ao lado do irmão pedindo desculpas pela demora. 

 Ela esperou que todos começassem a comer para então os imitar, tomando cuidado com o que tocar a mão, ela sentia Renée lhe avaliar, sabia que estava reprovando em todas as regras de etiqueta, também não havia notado que estava com tanta fome até comer o primeiro pedaço. 

—Isabella querida, eu sei que a muito o que precisa entender. -Renée chamou com um sorriso nos lábios. -Mas o que achas de nos dizer o que espera? 

—Não espero nada milady. -Ela sussurrou as mãos indo para o lenço que estava em seu colo, ela o torceu se sentindo nervosa com os olhos nela. -Eu ainda não tive tempo de entender tudo que aconteceu, também sei que não me pareço em nada com a filha que sonhavam em encontrar. 

—Não seja tola. -Emmett resmungou se virando para ela. -Você é da nossa família a única coisa que esperávamos encontrar era uma garota viva, qual quer outro desejo era apenas estupidez. 

—Emmett. -Charlie chamou o repreendendo pela linguagem. -Apesar das palavras do seu irmão, ele não mente. -O Duque sorriu, era um pequeno sorriso, mas ainda sim leve. -A única coisa que desejamos para nossa família era reencontra-la, mas agora que estás aqui, só queremos que sejas feliz. 

—Mas esperam que eu esteja à altura do nome. -Bella esticou as costas, prometeu a si mesma que não se permitiria se afugentar em medo e terror. 

—Bom, se nos permitir, claro que gostaria que fosse uma dama da sociedade. -Renée colocou a mão sobre a do marido apesar de ainda olhar para a filha perdida. -Se nos permitir, claro que gostaríamos que debutasse no próximo ano, mesmo que não escolhesse um marido, mas ainda sim gostaríamos que tivesse todas as oportunidades. 

—Eu prefiro não ter nenhum homem cortejando minha irmã tão cedo, pode ser? -Emmett pediu e o pai rolou os olhos para ele. 

—Você não deveria estar na faculdade ou algo assim? -Bella se virou para o irmão que apenas sorriu. 

—Eu estou de férias, duas semanas. -Ele deu de ombros. -Você chegou em uma ótima época senão eu teria abandonado a faculdade para lhe conhecer. 

—Bom tem uma pergunta que preciso fazer. -Charlie se mexeu na cadeira vergonhoso, ele foi ficando vermelho enquanto todos esperavam. -Você por acaso ainda é.... -Ele olhou para a mulher e depois de volta para a filha. -Bom, você sabe, ainda é uma moça. 

—Virgem. -Emmett concluiu para o pai. -Ele quer saber se você foi desonrada.  

—Pelos Deuses não. -Ela negou e ouviu os suspiros dos adultos na mesa, Emmett podia fingir que não, mas ele relaxou. -Apesar da vida em que fui criada, sempre fui ensinada a me manter pura para o casamento. 

—Ótimo! -Renée bateu palminhas rindo. -Eu quero saber tudo sobre seus gostos, e depois do almoço quero lhe apresentar uma moça que irá lhe dar aulas. 

—Tudo bem. -Bella assentiu, agora não tinha mais volta, ela se tornaria uma dama da sociedade, a verdadeira filha de um Duque. 


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Notas finais do capítulo

Comentem e compartilhem, volto na sexta com novo capitulo.