Percy Jackson - Uma Nova Profecia escrita por Contadora de Histórias


Capítulo 3
II - Minha amiga ninja prende um monstro com flores.


Notas iniciais do capítulo

34 vizualizações em dois dias era mais do que esperava, principalmente para uma história já um pouco antiga e em processo de repostagem... Mas obrigada a todos que aceitaram o meu convite para conhecer esse maravilhoso Mundo que ainda está no inicio de sua jornada aqui ; )



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 -Ai meus deuses!

  Não é normal ouvir esse tipo de coisa, ainda mais quando se está no meio da floresta em plena madrugada, fora que até onde eu sabia nós estávamos invisíveis, mas conhecendo o Júlio e sabendo que provavelmente ele deve estar sonhando com dragões, gigantes, deuses...

  Enfim. A barreira já era!

  Antes que eu pudesse pensar ou fazer qualquer outra coisa, um sátiro parou bem na minha frente, ele estava ofegante e tentava me dizer algo, mas não precisou, logo em seguida ouvi um barulho que pareceu tremer a floresta inteira (e eu não entendia como aqueles dois ainda estavam dormindo), no mesmo instante me levantei e peguei... quer dizer, tentei pegar a minha espada, mas o meu corpo resolveu bugar bem naquela hora. Para disfarçar fingi que tinha sido de propósito, então peguei a espada do chão e o puxei para dentro da barraca.

 -Beleza, me fala o que está acontecendo?

 -Vasilisc ...

 -Que?

  Ele respirou fundo e me encarou. -Ele está vindo.

  Bufei. Por que será que os sátiros não podem falar nada sem serem dramáticos?

  Ele percebeu e puxou mais folego antes de continuar. -O basilisco está aqui!

  Fiquei um tempo sem dizer nada até processar essa informação, e quando caiu a ficha olhei para os dois deitados sem nem notarem a minha presença e acabei por fazer a coisa mais sensata do mundo (pelo menos eu achava que era). Puxei o cobertor deles e gritei:

 -ACORDEM!!! ESTÃO ATACANDO.

  Tainara levantou de seu colchão em um pulo e me olhou com cara de espanto e sono ao mesmo tempo, já o Júlio continuou deitado por um tempo, depois se sentou calçou seu tênis pegou seu livro, se levantou e disse:

 -Tudo bem, vamos acabar logo com isso.

 

 

 

 

  Estávamos todos já do lado de fora da barraca, com armas na mão e sem plano nenhum de ataque. E Júlio me fez a pergunta que eu temia.

 -Então, como a gente mata essa coisa?

 -Eu esperava que o seu livro nos dissesse.

 -Tudo bem. Vão distraindo essa coisa, enquanto procuro um jeito de mata-lo.

  Enquanto eu pensava em um plano me lembrei de algo muito importante que certa amiga me disse...

 -Não olhem para os olhos dele, se não vocês morrem. Entenderam? -Todos assentiram e continuei. -Coloquem uma venda nos olhos para evitar acidentes, sátiro nos de cobertura...

 -De que sabor vocês gostam? Posso por chantilly por cima para acompanhar.

  Eu o encarei por um tempo até ele ficar sem graça e começar a gaguejar.

 -Desculpa, eu costumo fazer piadas quando estou nervoso.

  O ignorei e voltei meu olhar em direção á Tainara, que naquele exato momento estava desamarrando seu enorme cabelo liso e preto e amarrando a fita nos olhos.

 -Tainara eu irei subir na arvore para te guiar, enquanto você...

 -Pode deixar eu já sei o que fazer.

  Ela já estava com a espada em mãos esperando que eu a guiasse, resolvi fazer a minha parte e comecei a escalar, chegando ao topo peguei a adaga de annabe... quer dizer, minha, e passei a olhar para o basilisco pelo reflexo. Tainara começou a correr em direção aos sons de arvores caindo e quando chegou próximo ao monstro ela pegou impulso em uma das arvores e deu um mortal por cima do monstro.

 -Volta um pouco, você está muito perto!

  Ela me ignorou completamente e sem perceber chega mais perto. Gritei mais uma vez, mas Tainara estava longe demais e não me ouvia, então comecei a descer de cima da arvore para ajudá-la.

  Ouço um grito de guerra, logo em seguida um sibilo e depois alguma coisa oca. Termino de descer e corro o mais rápido que posso para perto de tainara, mas assim que chego ela está gritando de dor e fúria e sua espada está no chão.

 -Cansei desse bicho asqueroso e nojento!

  Dito isso, Tainara levanta a mão e o chão ao redor deles começa a tremer para logo em seguida começar a brotar um monte de flores e espinhos que se enrolaram em volta do brasílico (inclusive nos olhos). Por um momento fiquei imóvel processando o que havia acabado de acontecer, mas então resolvi seguir o plano que até então não existia.

 -Tudo bem Tainara, pode abrir os olhos.

  Ela tirou a fita e depois amarrou os cabelos novamente.

 -E agora?

 -Vamos cortar a cabeça!

 -Certeza?

 -Nenhuma.

 -Ok, mas com a minha espada não dá.

 -Não se preocupe eu faço as honras.

  Me aproximei do brasílico, porém quando estava prestes à cortar-lhe a cabeça ouço um grito vindo das arvores derrubadas.

 -Nãaaaaaao.

 -Júlio?

  Ele estava ofegante e com o livro em suas mãos tremulas de tanto esforço.

 -A não ser que você conheça outro semideus que está correndo no meio da noite para salvar suas vidas. Sou eu mesmo.

 -O que foi, achou um jeito de matar essa coisa?

 -Claro estamos falando de mim né.

  E esse é o Júlio que eu conhecia, não sei por que a tremedeira dele até passou. -Fale logo, antes que ele se solte.

 -Calma, não tenho culpa se vocês resolveram ir tão longe do nosso...

  Nós dois começamos a perder a calma e Tainara acabou explodindo primeiro.

 -Não aguento mais! Júlio se você não percebeu nós estamos com pressa.

  Ele parou e a encarou, ela estava com um aspecto de cansada e respirava com dificuldade.

 -O único jeito de mata-lo é fazendo olha-lo para o próprio reflexo, não tente cortar a cabeça ou tocar na pele, pois há veneno em todo o corpo. Um espelho poderia ser útil.

 -Tá. E onde a gente vai arrumar um espelho?

 -Eu posso até transformar alguma coisa em espelho, mas pode demorar um pouco.

 -Pessoal, acho que nós não temos muito tempo.

  Olhamos em direção de tainara e imediatamente entendemos o que estava acontecendo. As flores que prendiam o brasílico começaram a fumegar.

  Tente pensar em algo que pudesse substituir um espelho...

 Pense, pense...

  O que ela faria se estivesse aqui?

  Foi então que olhei para a adaga em minha mão e sem pensar duas vezes a coloquei na frente do monstro que naquele mesmo instante estava livre e prestes a dar o bote, fechei os olhos com muita força e não ousei sair do lugar. Ouvi um sibilo, algo se endurecendo e caindo no chão, mas permaneci com os olhos fechados até que Júlio disse:

 -Tudo bem cara, já acabou.

  Dei uma pequena espiada pelo reflexo da adaga e quando vi que só havia cinzas no lugar do monstro, me sentei no chão e respirei aliviado por finalmente ter acabado. Mas então me lembrei de um detalhe muito importante.

 -Júlio, se você está aqui, quem está com o sátiro?

 -Isso é o de menos, temos que arrumar essa bagunça.

 -Não vai ser necessário, tem uma tempestade forte se aproximando que será a culpada pela queda das arvores e quanto a poeira, ela se espalhará com o vento. Até por que nós não o conhecemos, ele pode acabar roubando a gente.

 -Se você diz, eu não irei discutir, além do mais estou muito cansado para pensar em outra coisa.

 -Então vamos. 

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  Por que tudo de ruim que eu falo acontece?

  Sério. Se eu dissesse que iria chover um monte de dracmas, não iria acontecer nada (vai por mim eu já tentei), mas se eu falar que alguém vai até o nosso acampamento e roubar tudo...

  Adivinha?

  Dito e feito!

  Assim que chegamos o sátiro ainda estava de olhos vendados batendo no ar com um galho perguntando o que mais deveria fazer. Eu quase voei em seu pescoço, falando que ele deveria se jogar do monte olimpo, mas tinha mais coisas com que me preocupar, já que enquanto o sátiro brincava de acertar a pinhata invisível, algum monstro idiota roubou todas as nossas coisas, incluindo o notebook dela!

  A nossa sorte é que as harpias que nos roubaram não estavam tão longe e foi fácil manda-las de volta para o tártaro. Mas para piorar ainda mais as coisas, quando voltei para o local do acampamento encontrei Tainara caída no chão, tremendo, suando e com a respiração muito fraca. Júlio estava ao seu lado com o livro de magia nas mãos, falando algo em voz baixa, enquanto o sátiro estava sentado tentando dar néctar e ambrosia para ela. Corri em direção a eles.

 -O que aconteceu?

  Júlio olhou sério para mim, ele estava com um aspecto horrível, tremia muito e quando falou sua voz estava rouca:

 -Você a deixou tocar nele?

 -Nele quem? Do que você está falando?

 -Daquele mesmo monstro em que eu deixei bem claro que não era para tocar nele nem tentar mata-lo com a espada ou qualquer outra arma. Você se lembra?

  No mesmo instante me toquei do erro que havia cometido, e por conta disso coloquei mais uma vez a vida de meus amigos em risco.

 -O brasílico!


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Notas finais do capítulo

★♡★



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