Mais Uma Vez Bamon escrita por Tatti Rodriguez


Capítulo 1
Capítulo 1




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Era só mais uma das festas que Caroline havia organizado, uma festa com o pessoal da faculdade. Mas que nessa festa, ele estava. E ela sabia o quanto eu estava o evitando. Principalmente depois do que aconteceu a umas semanas atrás.

— Ora, vamos lá, Bon! — Caroline trazia um copo de refrigerante para mim, ela sabia que era fraca com bebida — Se divirta!

— Não tem como. Não com eles aqui. — beberiquei um pouco do refri, enquanto eu me certificava de que nem Damon e nem Elena estavam perto de nós.

— Isso é ridículo. Não pode parar de viver por causa daquele vampiro estúpido! — Caroline esbravejou e tirou o copo de minhas mãos. Me empurrou para a pista de dança e pegou em minhas mãos — Bonnie, esqueça-o.

— Eu queria muito. — confessei enquanto eu e Car dançavamos juntas — Mas sinto que é impossível.

— Nada é impossíve, amiga. Você só precisa se esforçar. Você vai ver que vai conseguir. Vai esquecê-lo.

— Quem a BonBon vai esquecer? — a voz do homem que não saía de meus pensamentos surgiu atrás de mim.

Automaticamente eu estanquei no lugar. Meu coração disparou e minha respiração desregularizou, e eu sabia que ele ouviu.

— D-Damon? — falei debilmente me virando.

E lá estava ele, lindo de morrer com as roupas tipicamente escuras e aqueles olhos brilhantes, o sorriso sempre malicioso nos lábios e os cabelos desgrenhados. Eu nunca vi ninguém mais lindo que aquele estúpido.

— Bonnie! — Elena me abraçava mas eu não conseguia retribuir. Estava em choque e hipnotizada pelo namorado dela — Estava com saudades.

Eu não podia dizer o mesmo, então apenas sorri acenando a cabeça em concordância. Fazia um tempo desde que vi Elena. Ela havia saído da faculdade para viver a eternidade ao lado de Damon.

— Não vai me cumprimentar, BonBon? — Damon sorriu de lado e eu suspirei.

— Olá, Damon. — falei baixo e avistei Charlie, um garoto da minha sala com a qual eu estudava no fim do dia na biblioteca — Tchau, Damon.

Eu praticamente corri até o garoto loiro que sorriu ao me ver.

Eu precisava ficar longe dele, eu precisava parar de ser uma garota idiota e apaixonada por um cara que nunca sentiria o mesmo. Eu sabia disso porque ele deixou muito claro. Tão claro quanto o dia. E claro foi em uma das inúmeras discussões que tivemos. 

— Que merda Bonnie! — o vampiro gritava exasperado — Qual o seu problema?

— Qual o meu problema? Você ainda pergunta qual é a merda do meu problema? — eu também gritei. Estava na quarto da mansão Salvatore. No quarto e na cama de Damon para ser mais exata.

Havíamos feito de novo. Havíamos transado de novo. Havíamos sido fracos de novo. Depois de termos feito isso duas vezes no Outro Lado juramos que não se repetiria. Mas quando voltamos, esquecemos o juramento e continuamos a nos deitar. Eu me sentia culpada por Elena, mas eu já estava apaixonada por ele. E esse foi o pior erro da minha vida.

— Eu não entendo você, Bonnie! Nós somos amigos e transamos, ponto. Uma amizade colorida. Não está bom para você?!

— Não, não está! — me levantei da cama e comecei a caçar minhas roupas pelo quarto.

— E porque não está?

— Porque eu quero mais! Eu quero muito mais do que isso, Damon!

— Ah, é? — Damon passava as mãos pelo cabelo nervosamente e eu sempre achei isso sexy nele — Deixa eu adivinhar, você quer um relacionamento sério.

— Isso Damon! — eu já terminara de vestir minhas roupas — Eu quero um relacionamento sério! Não quero ter que ser o seu brinquedinho enquanto tenta reconquistar Elena!

— Mas me responda uma coisa, Bonnie. Porque eu teria um relacionamento sério com você se não amo você?

Eu parei de respirar quando aquelas palavras adentraram em minha mente. Eu me senti tonta e eu me apoiei no guarda-roupas me impedindo de cair.

— Tem razão — eu lutava para minha voz não sair embargada, eu limpava a garganta para continuar — Eu esqueci que é Elena que é o amor de sua vida.

— Sim, ela é. — falou convicto.

— Okay... — eu sentia as lágrimas descerem por meu rosto. Eu não me incomodava pelo fato de Damon me ver chorar. Eu já estava tão cansada de tudo.

— Ah, qual é, Bennett! — ele ria e andou em minha direção — Vai me dizer que está apaixonada por mim e que não aguenta me ver lutar pela amor de Elena?

Ele falava rindo, e eu levantei meu olhar para seu rosto. Eu acho que ele viu o quanto tudo aquilo que havia dito era verdade, porque o riso morreu e deu lugar a uma expressão de preocupação.

— Bonnie eu...
— Tem razão Damon. Eu me apaixonei por você! E foi a pior coisa que poderia ter acontecido comigo! — gritei furiosa — Mas tudo bem! Eu vou matar isso que eu sinto por você! Porque são sentimentos sem nenhum futuro mesmo!

— Bonnie, olha, eu...

— Isso tudo, nunca aconteceu okay? — perguntei apontando para nós dois — Eu vou esquecer tudo isso. Nada disso vai ter importância em minha vida, assim como não tem na sua.

— Não mesmo. Foi apenas um caso. Nada demais. — ele deu de ombros, e eu me senti fraca novamente.

— Nada demais. — eu também dei de ombros -— Adeus.

—Tchau. 

— Bonnie, você está bem? — Charlie me perguntou preocupado.

— Ah, sim. Eu estou. — sorri fracamente.

— É ele de novo, não é? — me perguntou enquanto sentavamos em uma das cadeiras do salão.

Charlie sabia que era apaixonada pelo meu melhor amigo que era namorado da minha melhor amiga. Ele e eu havíamos nos tornado próximos durante aquele semestre. Ele era um cara genial! Eu sabia que poderia contar tudo para ele, bom, quase tudo. Sabe, tirando as coisas sobrenaturais que envolvem minha vida. Ele era a única coisa normal em meio ao meu caos.

— Sim, ele de novo. — suspirei e ele me abraçou pelos ombros.

— Bon, não fique assim. — ele pediu pela centésima vez — Ele não merece o seu sofrimento.

— Eu sei disso. Mas é que...

— Você o ama.

— Exatamente.

Eu olhava para Damon ao longe sorrindo e dançando apaixonado com Elena. Ele a abraçava e a girava em seus braços. E eu nunca senti tanta inveja dela. 
Ele sorria tão lindamente e Elena apenas o olhava encantada. Mas então ela falou algo que ele não gostou e apontou para minha direção, então nossos olhares se encontraram.

Aquele azul era o mais lindo que já havia visto em toda a minha vida. Eram tão intensos que as vezes eu me sentia sufocar. Ele sempre foi um mar de emoções. Quando ficava feliz, era feliz demais, quando estava irritado, era irritado demais. Ele era tudo demais. Era tudo ao mesmo tempo. E eu sentia tudo por ele o tempo todo.

Será que Elena sabia disso? Sabia que as vezes ele queria apenas algo ou alguém apenas para descontar tantas emoções diferentes? Ele era uma confusão, será que Elena era a clareza dele? Assim como ele era a minha?

Acho que sim. Com toda a certeza Elena era tudo o que ele precisava e buscava. Era toda a razão e circunstância, toda a luz e paz para ele. Era a vida dele. Assim como ele era a minha. 
Talvez, eu precisasse finalmente esquecê-lo, eu precisava tentar. 
Talvez e só talvez eu precisasse encontrar uma clareza sem ser Damon.

Eu precisava ser forte o bastante para entender que eu jamais o teria. Ser forte nunca foi o problema para mim, eu sempre tive que aprender a ser mais forte a cada dia por aqueles que eu amo. Mas minha fraqueza se esvai quando o assunto é ele. Quando o assunto é esquecer o amor que sinto por ele.

— Bonnie, vamos dançar? — Charlie me perguntou e eu aceitei.

Fomos para a pista de dança e Charlie foi gentil quando escolheu um lugar bem longe do casal 20.

A música era animada, as luzes eram piscantes e vibrantes, Charlie poderia ser desengonçado a maior parte do tempo, mas era um tremendo pé de valsa.

Mas de repente tudo mudou. Não era mais uma música agitada que tocava, era uma lenta e romântica, as luzes fortes agora eram baixas e brancas e meu par não era mais Charlie. E sim Damon.

— Como...

— É só uma dança — ele falou enlaçando minha cintura com seus braços fortes. Eu derreti por dentro.

Minhas mãos permaneceram em seu peito, meus olhares no seu e minha respiração de perdeu na sua.

— Estava com saudades — ele falou - Sabe, não é fácil ficar sem te irritar e você me irritar. Eu... Sinto falta da minha melhor amiga.

—Mas, sabe, não precisa. — eu tentei parecer indiferente com a proximidade de nossos corpos, mas era impossível — Você tem tudo o que precisa e tudo o que sempre quis bem ao seu lado. 
Ele sabia do que eu falava, e desviou o olhar do meu.

— Eu sei. Mas é como se faltasse alguma coisa. Eu me sinto incompleto.

Eu sabia como era. Eu me sentia assim sem Damon. Foi difícil me afastar e de um certo modo, fugir dele. Tudo, absolutamente tudo me lembrava aquele velho rabugento. Uma música, uma foto, uma palavra, uma cor... Parecia que Damon era o centro de todo o meu universo.

— Hmm, bom... Com certeza não é nada.

— Mas... Eu me sinto completo quando estou com você. É como se o buraco que eu sinto quando estou longe de você se fechasse quando eu to perto de você.

— Damon... - sussurrei. Meu coração martelando fortemente em mim. Eu não queria me apegar à aquelas palavras. Mas eu me apegava em tudo relacionada a ele.

— Bonnie, me desculpe por aquele dia. - falou com pesar — Eu não queria ferir seus sentimentos. Eu queria poder sentir o mesmo por você. Mas não mandamos nos nossos sentimentos.

Eu assenti e ele me abraçou. Me permiti chorar silenciosamente em seu peito.

Porque Damon tinha tudo de mim e eu não podia ter nada dele?

— Não se preocupe com isso. - sorri para ele em meio as lágrimas - Eu fico feliz por você finalmente ter quem ama ao seu lado. Eu te falei que iria esquecer isso. E eu vou.

A música acabou, assim como nosso abraço e a minha vida. 
Eu nunca teria Damon Salvatore. Eu tinha que me acostumar com isso.

Damon POV

" Você tem tudo o que precisa e tudo o que sempre quis bem ao seu lado. [...] Eu fico feliz por você finalmente ter quem ama ao seu lado."

Aquelas palavras não saíam de meus ouvidos. Eu sentia que não era verdade. Não me sentia seguro com aquelas palavras de Bonnie. Elas tinham peso. Assim como tudo o que ela falava para mim. Eu sempre ponderei o que ela me falava. Ela sempre foi minha razão, eu querendo ou não. Ela era minha Judgey. 
Após aquela dança, ela havia ido embora com aquele tal de Charlie. Eu não entendia o porque de meu peito arder tanto ao ver aquele cara tão próximo à Bonnie. Mas o fato de eu não entender, não era a mesma coisa de não sentir raiva e de esquecer aquilo tão rapidamente.

Bonnie estava triste mais uma vez por mim. E isso me matava por dentro. Eu queria consolá-la. Mas como, se eu era o motivo pelas lágrimas derramadas? Eu odiava ser o motivo da tristeza de Bonnie. Depois que nos tornamos amigos, eu queria ser o motivo da alegria dela. Mas eu fui além. Eu me tornei o cara pela qual ela está apaixonada e que ama.

Eu queria poder retribuir os sentimentos dela, porque Bonnie é especial e única. Mas não podia. A garota em meus braços que era a dona do meu coração. Ela não tinha o mesmo sorriso e olhos de Bonnie, nem seu jeito ou até mesmo seu perfume, mas era por ela que meu coração morto pulsava.

" Eu te falei que iria esquecer isso. E eu vou. "

Aquilo doeu. Eu não queria que Bonnie se esquecesse de mim, do que sentia por mim. Eu sempre fui uma pessoa egoísta, nunca tentei esconder isso. Mas meu egoísmo duplicava quando o assunto era Bonnie. Eu deveria ser um bom amigo e respeitar a decisão dela e até mesmo ajudá-la. Mas eu tinha medo. Medo de que Bonnie deixasse de me amar. 
Porque você pode amar outra, mas Bonnie tem que amar exclusivamente você?

Essa pergunta pairava sobre minha cabeça.

Eu já tinha Elena. Deveria estar contente com isso. Isso era o bastante.

Bom, deveria ser.

" Mas... Eu me sinto completo quando estou com você. É como se o buraco que eu sinto quando estou longe de você se fechasse quando eu to perto de você. "

Eu só havia dito verdades. Eu me sinto estranhamente incompleto sem Bonnie ao meu lado e tão preenchido quando ela está comigo. Eu consigo respirar de novo.

Ela era tudo o que eu jamais seria. Era tudo o que eu jamais mereceria. Ela era tudo ao mesmo tempo e eu era nada o tempo todo. Absolutamente nada em relação à ela.

"Eu vou esquecer tudo isso Damon."

Sim, apesar do medo de perdê-la para sempre eu respeitaria e iria ajudá-la com isso. Ela precisava me esquecer e era isso que faria.

Havia se passado alguns dias - longos dias - desde que a vi. E achei que era melhor assim. Achei também que pelo fato de depois da nossa discussão e termos ficado sem nos falar por semanas seria mais fácil agora. 
Mas não era nem um pouco fácil. Como aquelas semanas não haviam sido.

Haviam sido os piores dias da minha vida. E agora era só uma extensão daqueles dias.

A cada momento do meu dia havia algo que eu queria falar com Bonnie. Mas eu segurava a vontade e falava com Elena. Mas ela não era uma boa ouvinte e tinha conselhos péssimos, isso quando ela se importava de ouvir.

Havia momentos do meu dia em que eu queria só estar com aquela bruxinha insuportável. 
Ou momentos em que eu apenas queria olhá-la.

Era estranho e ao mesmo tempo natural sentir tanta saudade de Bonnie.

Mas eu ainda permanecia na minha, eu não a procurava. Mas havia dias em que eu a via de longe andando pela cidade nos fins de semana. E puxa... Eu nunca vi nada tão bonito quanto ela andando em meio as folhas alaranjadas no chão e o vento balançando seus cabelos. O perfume dela invadia meus sentidos os aguçando para apenas prestar ainda mais atenção nela.

Claro que havia dias que ela não estava sozinha. Ela andava ao lado do Charlie e ele a fazia sorrir. Isso me torturava. Em minha mente somente eu posso fazê-la rir.

Aos poucos eu achava que Charlie poderia tomar meu lugar na vida e nos dias de Bonnie. 
Isso me amedrontou. E então em um momento totalmente impulsivo eu fui a casa de Bonnie.

E estava parado lá na frente da porta velha e branca. Bati com a adrenalina ainda em meu corpo.

— Pois não? - era a voz dela, e eu queria esquecer o porque de eu ter ido. E eu esqueci. Por um instante eu esqueci.

Ela estava bem ali na minha frente. Vestida em seu pijama sexy, os cabelos levemente bagunçados, os olhos verdes e brilhantes confusos. Eu ouvia seu coração e o sentia pulsar em meus dedos.

— Damon...

Aquilo foi o bastante para me fazer a tomar em meus braços e lhe beijar.

Sim. Eu a beijei.

Juntei nossos corpos e afundei uma das mãos em seus cabelos. Seus lábios se encaixavam perfeitamente nos meus. Bonnie tinha um sabor doce e viciante. E naquele momento eu me lembrei porque eu nunca conseguia a beijar apenas uma vez enquanto estivemos no Outro Lado. 
A peguei no colo sem separar nossas bocas e fechei a porta com o pé. Sentei no sofá com ela em meu colo. Minhas mãos em sua cintura deslizando pela lateral do corpo delicado e pequeno. As mãos quentes em meu pescoço e cabelo.

Nos separamos para que ela pudesse recobrar o ar.

Os olhos semi cerrados e nublados, os lábios inchados e entre abertos. Eu sentia o calor de suas bochechas e eu sorri com isso.

Eu a beijaria de novo, se ela não tivesse pulado de meu colo.

— Damon... O que foi isso? - ela estava confusa e arrumava o cabelo.

— O primeiro beijo... - eu me aproximei dela até a encurralar na parede - De muitos que daremos hoje.

— Está louco? - ela tentava sair de perto, mas a peguei pela cintura e juntei seu quadril no meu.

— Não Bonnie.

Ou melhor, eu estava. Estava louco de saudade e louco de vontade de tê-la em meus braços, vontade tê-la todos os dias. 
Beijei seu pescoço e sorri ao ouvir seu gemido. Apertava meu aperto em sua cintura e ela puxava meu cabelo.

— Damon, porque está fazendo isso?

A pergunta dela me atingiu como um tapa.

Porque eu estava fazendo aquilo? Porque estava ali beijando minha melhor amiga, que estava decidida a matar o amor que sente por mim? Porque é que eu estava com ela tão segura em meus braços para que não ousasse sair de perto de mim?

Levantei meu rosto do vão de seu pescoço para encarar aquela imensidão de jades.

Então eu soube o porque.

— Porque não posso viver sem você. E não vou deixar que me esqueça.

Ela abriu a boca e arfou. Ela apertou aos mãos em meus ombros e eu ouvia seu coração bater rápido.

— Você é o maior idiota de todos! - ela gritou e começou a socar meu peito e a se debater para sair de meus braços. Mas eu não a soltaria. Nunca mais.

— Como você ousa? Seu grande estúpido egoísta! Eu tenho todo o direito de esquecer você!

— Não, não tem. - segurei suas mãos e a prendi acima de sua cabeça.

— Tenho sim. E o esqueci.

Ela falou com tanta convicção que eu me magoei. Ela realmente queria me esquecer. Mas eu conhecia ela como ninguém jamais conheceu ou vai conhecer. 
— Mente tão mal BonBon. - falei a provocando.

— Não é mentira.

— Então abre os olhos e fala isso olhando para mim.

Ela abriu os olhos e me encarou com coragem. Ela abriu e fechou a boca muitas vezes, mas nada saiu.

Sorri convencido e ela parou de forçar sua saída de meu aperto.

— Porque faz isso comigo Damon? - seus olhos estavam se inundando de lágrimas - Acha que só você pode ser amado? Acha que só você pode ser amado do jeito que eu amo você? 
— Não, não acho Bonnie. Mas eu tenho certeza que apenas eu posso te amar do modo como você me ama.

Ela me olhou assustada e eu não pensei em mais nada a não ser deixar meu coração velho e morto falar para ela que apenas ela é que eu posso amar verdadeiramente.

— Eu vim aqui para te dizer que não era para ficar tão próxima daquele magrelo seu amigo.

— Charlie?

— Esse mesmo. - bufei e revirei os olhos - Eu não quero que ele roube meu lugar em você. Quero que seja apenas eu que você vai amar pelo resto da vida Bonnie. Quero que seja eu quem vai fazer você sorrir e fazer seu coração bater mais forte... Quero ser eu quem vai fazer você se apaixonar todos os dias.

— Sempre vai ser você... - ela sorriu nervosa - Mas eu queria ser essa pessoa para você também Damon.

— Você é. Bonnie você é muito mais que eu poderia merecer. Você... É você quem tem meu coração Bonnie.

— Você ama Elena.

— Mas não como eu amo você. Eu achava que amava Elena. Mas eu só era obcecado pelo que ela me representava. Era a chance de eu ter vivido meu passado. Mas você... Você é o meu presente e meu futuro. Você é tudo Bonnie.

— Damon... Eu queria tanto acreditar...

Peguei em sua mão e a coloquei em meu peito aonde ficava meu coração.

— Você pode não escutá-lo, pode não senti-lo. Mas eu o escuto. Eu o sinto quando você está comigo. Ele só vive ao seu lado. E eu gosto muito dessa sensação. Eu quero ter essa sensação para sempre. Eu só quero você pra sempre.

— Você não sabe o que diz... 
Ela estava com medo. Medo de não ser aquilo realmente o que eu queria dizer. Mas era a verdade.

— Eu demorei mas vi okay? - a abracei e aspirei seu perfume de lavanda - Eu faço qualquer coisa para que acredite em mim Bonnie. Qualquer coisa. É só pedir que eu faço. Eu faço qualquer coisa por você. Quer que eu ligue para Elena e acabe com tudo? Eu faço isso. Quer que eu vá até o México a pé sem usar habilidades vampiro eu vou. Me peça qualquer coisa. Mas só acredite em mim.

Ela se afastou e em meio as lágrimas ela sorriu e afagou meu rosto.

— Eu te amo Bonnie. Acredita em mim.

— Eu acredito.

E então eu sorri como eu nunca sorri antes. Um sorriso de pura felicidade. Um sorriso que apenas Bonnie tirava de mim.
A beijei com delicadeza e paixão. E encostei nossas testas.

— Eu te amo Damon.

— Eu sei. Não precisa ter medo. - garanti a ela - Eu sei bem o que eu falo. Eu nunca tive tanta certeza em toda a minha vida. 
Eu percebi então que tudo o que passamos no outro lado contou muito. Todas as brigas, risadas, conversas, beijos... Tudo ficou em mim. Tudo fazia sentido. Todas as sensações que eu nunca provei antes de ter Bonnie em minha vida. O porque de me sentir completo com ela.

Eu a amava.

Eu a amaria para sempre. 


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