A normal life escrita por Dark Angel


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo! Esse e meu jeito de me desculpar por ter sumido por tanto tempo. Não gosto de fazer promessas e não sou lá muito boa com prazos, mas pretendo postar com mais frequência. Espero que apreciem :)



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Ben acelerou antes mesmo de eu atar o cinto de segurança; a situação toda parecia ser surreal. Eu estava de biquíni em um carro conversível com um estranho e havia alguém nos seguindo. “Quando minha vida virou uma cópia dos filmes do James Bond?” 

Observei com atenção as ruas pelas quais estávamos passando. Quão distante do hotel eu estava? Eu não havia andado por aqui antes. 

Tentei procurar pelo homem de camisa vermelha que havia visto antes ou qualquer um que parecesse suspeito. Droga! Eu nem sabia exatamente o que procurar. 

Ben estacionou o carro em uma rua bem iluminada e com mais movimento do que aquela em que eu o encontrei. 

Observei as pessoas andando ao nosso redor, com roupas e sapatos. Como eu sairia do carro? De biquíni e descalça. 

—Acho que consegui despistá-lo – disse Ben ao meu lado, me tirando de minhas lamentações. 

Olhei para ele sem saber como agir. Eu devia sair do carro? Devolver o casaco? Devia pedir para ele me levar ao hotel?  

—Eu volto já - disse ele, me deixando totalmente surpresa ao sair do carro me deixando ali. 

Aquela situação toda estava além da minha capacidade. Eu não sabia nem o que fazer para voltar ao hotel, quem dirá como agir caso encontre o perseguidor vermelho. 

“Deus, eu acabei de ganhar uma família. Sou jovem demais para morrer. Morrer de vergonha, inclusive. Me ajuda a sair dessa e eu nunca mais questiono se você é real.” Orei, enquanto olhava o céu. “Por que ele não baixou a capota? Assim é muito mais fácil para o perseguidor vermelho me enxergar!” 

—Porque assim eu poderia te ver de lá de dentro – disse Ben ao meu lado. 

—Droga – reclamei em voz alta, fazendo-o levantar uma sobrancelha, sem entender minha reação. - Eu não sou sempre assim estranha. Um pouco estranha, talvez. Mas não costumo dizer tudo que penso. Eu sinto muito se o deixei constrangido. Eu realmente não sei o que está acontecendo comigo. 

Ben me estendeu um copo branco com algo quente enquanto entrava no carro. 

—Está tudo bem. Não fiquei constrangido com nada. Peguei um cappuccino para você, não sabia do que gostava, mas imaginei que algo doce fosse ser adequado. 

—Obrigado – disse eu, tomando um gole da bebida quente. 

Eu ainda estava com frio, e o calor da bebida contra minhas mãos era agradável. 

—Posso te deixar em casa? - Perguntou o homem que agora eu pensava em chamar de herói. - É o mínimo que posso fazer... Você pode estar em perigo e não acho prudente andar por aí sozinha. 

—Eu estou hospedada no hotel perto da praia... Droga, eu não sei o nome – olhei para Ben para ver se ele se zangara. Como eu podia não ter olhado o nome do hotel quando cheguei? Ah, sim, eu estava tão animada que não me preocupei com isso. - Ele tem uma praia privativa? - Falei, embora parecesse uma pergunta. 

Era demais eu esperar que aquilo fosse ajudar uma pessoa estranha a descobrir para onde eu devia ir? Era. Eu ainda tinha esperança de que isso desse certo? Sim. 

—Acho que sei de que hotel está falando – disse ele, e deu partida no carro novamente. 

Eu tentei prestar atenção no trajeto e aproveitar o cappuccino que ele havia me comprado, mas havia uma sensação pesada em meu peito. Como eu pude ser tão boba? Eu me perdi, esqueci meu vestido e sapatos, interagi com um estranho e fugi com ele de outro estranho que parecia estar nos vigiando. Talvez eu devesse mudar meu sobrenome para Bond. 

“Eu sou Bond. Rey Bond.” Testei. Soa bem para mim. 

—O que? - indagou Ben ao meu lado, rindo levemente. Ele ainda olhava para frente quando levantou a mão esquerda e a abanou levemente. - Esquece, eu não preciso saber.  

Depois dessa me segurei para não abrir a boca novamente até avistar a entrada do hotel, que para minha sorte era o hotel certo. 

—É o lugar certo? 

Acenei fervorosamente com a cabeça. Não queria arriscar deixar alguma besteira sair por minha boca novamente. 

Um rapaz de uniforme abriu minha porta e eu saltei para fora do carro, pronta para agradecer por toda a ajuda, mas Ben estava saindo do carro também, enquanto outro homem de uniforme levava o carro. 

—Eu estou hospedado aqui também - esclareceu ele. Eu não sabia se meu rosto transparecia o choque que eu sentia agora, mas apostava que a resposta era sim, uma vez que ele parecia estar reprimindo um sorriso. -  Vamos entrar? 

E sem uma resposta, ele foi adentrando o saguão do hotel. 

Tentei apressar meus passos e alcançá-lo. Tinha de agradecer e devolver seu casaco. Mas antes mesmo que eu pudesse chegar perto, um terno branco se materializou na minha frente, bloqueando a passagem. 

—Senhorita Palpatine! Está bem? Está ferida? Aconteceu alguma coisa ruim? - Perguntava Phasma, enquanto parecia me medir dos pés à cabeça para se certificar de que eu estava inteira. - Mackenzie relatou que a perdeu de vista quando a senhorita entrou no carro de um estranho. O que houve? 

Meu cérebro parecia estar funcionando em câmera lenta. Ela disse tantas coisas...  

—Quem é Mackenzie? - Foi a primeira coisa que saiu de minha boca. 

—É um de seus seguranças. Homem caucasiano, na faixa dos trinta anos. Estava usando uma camisa vermelha. Recebeu ordens de se passar por civil para não incomodar a senhorita. 

Espera. O que?!  

Um riso explodiu em meus lábios.  

—Eu tenho seguranças? Como assim? Eu achei que ele era um maluco me seguindo! 

Phasma me olhou atentamente enquanto eu tentava conter o riso de desespero. Eu havia feito tanta confusão hoje. Meu Deus. Seguranças. Eu tenho seguranças. James Bond teria vergonha de mim. 

—Senhorita, comuniquei seu sumiço a seu avô. Precisamos voltar para casa imediatamente – me contou a loira. Havia um vinco entre suas sobrancelhas que me fazia crer que estávamos em apuros. Nós duas. 

E sem perder muito tempo, fui até o quarto tomar um banho rápido e me vestir, enquanto Phasma arrumava minha mala.  


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Notas finais do capítulo

Acho que falei tanto de James Bond nesse capítulo porque a amo a música Skyfall. Ela é tão perfeita para esse casal.
Deixe o céu cair
Quando desmoronar
Estaremos de pé, orgulhosos
E iremos encarar tudo juntos
Ah, Adele. que trabalho maravilhoso.
Se você leu até aqui. obrigado :)



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