Segunda chance para o nosso amor escrita por Denise Reis


Capítulo 28
Capítulo 28




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Após Kate dizer "sim" ao pedido de casamento do Castle, ambos se sentiam mais felizes do que nunca.

Muitos beijos e carícias foram trocadas e dava para sentir que aquilo era só o início de uma linda história de amor.

Kate o pegou pela mão para voltarem à mansão – Vamos, amor, estou louca para contar a novidade para Martha e Alexis e também quero telefonar para minha mãe.

Apaixonado, ele a impediu de ir e a puxou de volta, com carinho – Já? Ah, não, amor... Vamos ficar aqui mais um pouquinho, recebendo essa brisa gostosa. – ele lamentou – Vamos ficar aqui... Abraçadinhos. Eu quero te encher de beijinhos... – ele sorriu, sedutor.

Castle olhou para os lados e admirou o local tão bonito e ventilado – Vamos sentar aqui, veja, nesta pedra onde estão as conchinhas.

Antes mesmo de Beckett aceitar o convite, ele se sentou na tal pedra que tinha aproximadamente a altura de uma mesa.

Kate continuou de pé e, com um jeito divertido, querendo que sua noiva aceitasse o convite, Castle a puxou para si e a colocou entre as pernas dele, aprisionando-a, de um jeito amoroso.

Beckett adorava aquele jeito carinhoso dele, sempre muito fofo e então, se derreteu.

Ela aceitou ficar ali com ele, feliz da vida.

A brisa do mar estava suave.

Ficaram abraçadinhos e a conversa fluía até que o Castle puxou o assunto do casamento.

— Kate, que tal marcarmos logo a data do nosso casamento?

— Gostei desse assunto! – ela se mostrou animada – Mas você sabe que acabamos de ficar noivos...

— Novamente os seus medos, detetive?

— Não! Tudo bem... Um pouquinho... – ela confessou – Mas nada que atrapalhe nossa vida. Eu estou pronta para o nosso amor, Rick. Eu sei reconhecer quando recebo uma bênção de Deus...

— Ah!? Quem é você e o que foi que você fez com a minha Kate? – ele a provocou.

— Engraçadinho! – ela o provocou – Mas estou falando sério, Rick... Saiba que vou aproveitar cem por cento essa segunda chance para o nosso amor, viu?

— Eu também, Kate, por isso que estou propondo que a gente, pelo menos, escolha o mês do nosso casamento.

Ela olhou para seu noivo e logo respondeu – Que tal um ano.

— Não concordo! – ele foi direto – Amor, nós já esperamos mais de quatro anos para ficarmos juntos e neste meio tempo eu fiquei desaparecido por seis meses. Você até pensou que eu estivesse morto... Eu perdi a memória. Ou seja, que tal apressarmos esse casamento, eihm? Por mim, a gente se casava amanhã, ou na próxima semana ou no próximo mês. – ele brincou.

— Nossa Senhora! Que homem apressado!... Ficamos noivos com um mês de namoro e você já quer casar?

— Não acho que namoro e noivado prolongados sejam pré-requisitos para um casamento bem sucedido, Kate. Eu conheço casais que tiveram namoros longos e noivados mais longos ainda e se divorciaram depois de dois anos de casados e outros que nem chegaram a completar o primeiro ano juntos. E também conheço casais que tiveram um casamento relâmpago, continuam casados, apaixonados e muito felizes há bastante tempo. Tenho vários exemplos e você também deve ter.

— Então... vamos escolher um meio-termo. Que tal seis meses?

— Acho muito tempo... Mas... Tudo bem. Aceito! – Rick aprovou – Agora é escolhermos a Catedral e o hotel onde faremos a festa.

Ao ouvir aquele comentário sobre Catedral e festa, Kate gelou, pois nunca se imaginou com aquele tipo de casamento.

— Amor, preciso te dar uma péssima notícia... – Castle a olhou alarmado, mas tinha certeza que a notícia não seria tão péssima como ela avisou.

— Kate, nós vamos nos casar daqui a seis meses, ou seja, mais um item do meu sonho se realizando, então, amor, tenho certeza que não existe nenhuma notícia péssima. – Castle sorriu e a puxou para um beijo.

O beijo apaixonado arrepiava os corpos dos dois.

— Então, já que você pensa assim, Rick, fico mais aliviada para te comunicar que eu não desejo um casamento com o glamour que os fãs do Richard Castle imaginam.

— Então... – ele ficou pensativo – Essa seria a péssima notícia? – ele indagou, rindo muito.

— Sim.

— Jesus! Nem se preocupe. Eu falei sobre a Catedral e o hotel imaginando que seus pais e você iriam querer. Por mim eu caso aqui mesmo... – ele brincou – Até no loft!

Beckett riu com o jeito brincalhão do seu noivo.

— Falando sério, amor... – Kate voltou a falar – Não quero que nosso casamento faça parte de alguma competição entre as revistas de fofoca, onde todos vão ficar calculando a quantidade de convidados, rastreando as roupas de grifes, fuçando o meu vestido de noiva, os tipos de alimentos que serviremos, se foi de um algum bufe da alta sociedade, se os gastos foram astronômicos e comparando com casamentos de outras celebridades. Acho isso um horror!

— Também acho isso um nojo, Kate. Nunca gostei disso.

— Exatamente, Rick. O foco do nosso casamento é o nosso amor e não quanto se gastou na festa, no vestido e com o Cerimonial. Sei que tem gente que contrata celebridades para serem convidados, somente para dar ibope. Não concordo com isso. Foge totalmente do ponto central do nosso casamento.

— Bingo! Concordo contigo, amor.

— Mas, eu não quero ser a noiva chata e não quero que você desista de mim... Poderemos conversar. Poderemos chegar a um consenso. – ela deu um selinho nele.

Castle riu e a abraçou apertado, dando uma mordidinha na orelha dela – Sem chances de você ser taxada de noiva chata como também não tem a mínima chance de eu desistir de você, Kate. Jamais! Mas... Prossiga o seu raciocínio que está interessante. 

— Prosseguindo... – ela deu outro selinho no noivo – Como não quero ser a noiva chata para você não desistir de mim, proponho continuarmos mantendo o padrão do meio-termo também na escolha do tipo de casamento e recepção.

— Também concordo. Então, mocinha, diga primeiro a sua proposta. Diga onde você sempre pensou em se casar. Imagino que algum dia você já teve esse pensamento. Acho que toda moça já teve.

— Pensei que você me conhecesse melhor, Escritor... – ela zombou.

— Ah, mas quando se trata de casamento, muitas moças se transformam... – ele fez um gesto divertido e Kate riu muito – Acredito que você não vai querer casar com um colete à prova de balas... – ele riu e a fez rir muito.

— Até que você me deu uma boa ideia...

— Pois é, Kate, as opiniões podem mudar um pouquinho e as vezes as coisas até fogem do controle... – Castle fez uma careta, ao fazer aquela provocação.

— Você já sabe que não sou muito de padrões. Mas, o que você não sabe é que nunca fui aquela garota que ficava sonhando com príncipes encantados e casamento. – ela foi sincera.

— Você é mesmo uma mulher de sorte... Mesmo sem sonhar com um príncipe, ele apareceu... Eu! Eu sou o seu príncipe bonitão. – Castle afirmou abrindo os braços, se exibindo como o próprio príncipe.

Kate não se aguentava de tanto rir. Ela amava esse jeito expansivo dele.

 - Verdade! Sou mesmo uma mulher de sorte – ela ainda sorria – Ainda bem que o meu príncipe bonitão apareceu... Te amo! – ela deu mais selinho nele – Mas, falando de vestido de noiva... Nunca abri uma revista de vestido de noiva. Entretanto...

— Ah, sabia que haveria esse tal de “entretanto”. – ele sorriu – Pode continuar, mocinha. Você sabe que, como escritor, adoro observar e ouvir. Pode falar que estou anotando tudo. – ele brincou.

— Continuando o que eu estava dizendo...

— Estou ouvindo.

— Então... Entretanto, quando você apareceu na minha vida e me vi completamente apaixonada por você, passei, sim... Aliás, eu sonhei me casar com você. E quando você despareceu, passei até a acreditar em milagre, pois eu sonhava em te reencontrar. Lógico que deveria ser um milagre, pois eu estava com a sua certidão de óbito nas mãos e até participei da leitura do seu testamento... Então, só mesmo um milagre para te reencontrar. Fui taxada de louca por muitos. Então, depois que te reencontrei, maravilhoso, cheio de saúde, e agora, então, já com a memória recuperada, eu até me permito fazer algumas alterações do jeito que imaginei para o nosso casamento, Rick, mas continuo não querendo um casamento em uma Catedral, tampouco uma recepção num hotel ou num local podre de chique, mas, sim, quero um casamento lindo. Quero usar um vestido lindo! Quero estar linda e quero tudo lindo.

— Esta é a minha garota! – ele a abraçou apertado. – Então, seu pedido é uma ordem. Teremos um casamento lindo! Achei tudo muito fácil, inclusive você ficar linda... Facílimo!! Você já é linda, amor!

— E você, então, eihm... Isto não é problema, né, Bonitão? – ela riu ao olhar para o noivo e o que viu nos olhos dele, foi o amor de sempre. O mesmo amor puro e verdadeiro. Ele a observava, admirado.

— Você que está dizendo... – ele piscou para ela – Mas eu concordo.

Eles riam de felicidade.

— Ah, estou com rosto doendo de tanto rir... – Kate comentou, sem parar de rir, e tocou nas mandíbulas.

— Bom ser feliz, né, amor. – ele também tocou nas suas mandíbulas doloridas.

— Rick, só não imagino onde poderia ser o nosso casamento. Hey, amor, que tal você me ajudar, eihm... O casamento é nosso.

— Sim, o casamento é nosso, mas você é a noiva e é a noiva quem tem que sugerir o local do casamento.

— Ah...

— Mas se você tiver mais de uma opção, então eu posso dar meu voto.

— Então... – Beckett olhou ao redor e arqueou as sobrancelhas – Que tal se o nosso casamento fosse aqui nos Hamptons, eihm, amor? Tanto a celebração religiosa quanto a recepção... A depender da estação do ano, pode ser na praia, no jardim ou dentro de casa. Apesar de eu nunca ter aberto uma revista de vestido de noiva, eu sou bastante inteligente para saber que cada um desses locais, pediria um tipo diferente de vestido, que eu sei... – ela piscou o olhou para o noivo.

— Kate, cada dia que passa você me surpreende mais, viu...

— Ótimo! Então, eu dei três opções de local para o nosso casamento, amor. Você prefere qual dos três?

— Bem, vamos por exclusão e você vai me ajudar.

— Tuto bem! Pode perguntar.

— Ah, antes de mais nada, daqui a seis meses estaremos na primavera, então, o clima aqui nos Hamptons não assusta. Pode, sim, ser ao ar livre.

— Perfeito!

— Então vamos escolher qual das três opções que você listou... Primeiro você falou sobre casamento na praia. Vejamos... Ou todo mundo fica descalço ou a areia vai entrar no sapato, incomodar... Iremos ter areia sujando as barras dos vestidos... Outro detalhe: A extensão de areia não é tão larga quanto em outras praias que conhecemos e sempre pode aparecer umas ondas mais atrevidas e molhar o local da cerimônia religiosa e todo o resto...

— Ok! Pode parar... Entendi. Nem precisa usar mais argumentos, amor. A opção praia está vetada e eu concordo com você. Prossiga, com sua análise, amor. Pode ir logo para a segunda opção que eu te dei.

— Sua segunda opção foi que nosso casamento seja realizado no jardim da nossa casa...

— Uauu!! Amei ouvir isso... “nossa casa”...  – Kate sorriu. Ops! Eu te interrompi. Desculpa, amor.

— Você é uma figura, Kate! – ele sorria feliz – Claro que é “nossa casa”, amor.  Então, continuando minha análise... Sua segunda opção foi que nosso casamento seja no jardim da nossa casa. Eu já tenho em mente um local muito bonito para a cerimônia. Acredito ser um local perfeito porque tem uma vista cinematográfica, ainda mais se você escolher que a cerimônia aconteça no cair da tarde, pois teremos o pôr do sol ao fundo. A área é plana e muito ampla e há bastante espaço, inclusive, para acontecer a recepção e até montar a pista de dança.

Castle explicou para ela os detalhes do local e ela se recordou, pois já tinha ido lá com ele.

Extrovertida, Kate aplaudiu a exposição de motivos do seu noivo – Perfeito, amor, e nem sei se quero ouvir sua análise sobre a minha terceira opção, que seria dentro de casa... Aliás, eu já descarto, ok?

— Então, vamos organizar a pauta dos assuntos já decididos nessa reunião sobre o nosso casamento. – ele falou divertido, fingindo uma formalidade que não existia.

— Sim, senhor!

— Vamos listar os itens já decididos.

— Vai ser daqui a seis meses. A cerimônia religiosa com efeito civil será no jardim da nossa casa daqui dos Hamptons com vista para o pôr do sol, onde também será a recepção. – Beckett listou – Falta, então, falarmos sobre os convidados e a data exata da festa.

— Acho que a parte dos convidados é mais fácil, amor. Por mim, chamaremos apenas nossos parentes próximos e nossos amigos mais chegados que estarão aqui com o objetivo de brindar o nosso amor e a nossa felicidade. E concordo com você, viu, Kate, nada de chamar a nata da sociedade, muito menos celebridades, etc, etc, etc.

— Ótimo! Perfeito! Próximo ponto: a data... – ela deu de ombros – essa parte eu acho que você escolheria melhor... Você pode consultar na previsão do tempo o melhor dia.

Quando a Kate pediu para o noivo consultar na internet, ele foi logo acessando o site e perguntou para ela – Você quer sexta ou sábado, amor?

— Sábado, para não atrapalhar a agenda de audiências do meu pai, nem o trabalho dos convidados.

Castle continuou a pesquisa e mostrou para Kate e ela aprovou.

— Ótimo! Registre logo aí na sua agenda a data para não ter nenhum lançamento de livro neste dia, ou qualquer outra coisa. Aliás, acho que você pode reservar quinze dias antes e quinze dias depois, para ficarmos a disposição do nosso casamento. Acho que merecemos, né amor? Depois de tanto sofrimento...

— Registrado! – ele concordou – Perfeito! Já temos tudo organizado para o nosso casamento, amor: Data, local e a quantidade aproximada dos convidados. Antes de voltarmos a Nova York a gente pode procurar uma empresa de cerimonial aqui da região para tratar de tudo.

— Concordo!

— Como o nosso casamento será no pôr do sol, nada mais natural do que servir jantar, então, vou querer que o Cerimonial contrate o Restaurante Sol Dourado para preparar o jantar. Que tal? Lógico que além de eles serem os responsáveis pelo jantar, eles também serão nossos convidados, pois eu só estou vivo por causa deles. Eles são pessoas maravilhosas!

— Concordo com você, Rick.

— E nossos trajes, eihm?

— Este item é o mais fácil, Rick. A gente providencia lá em Nova York mesmo. Será mais fácil, pois a gente mora e trabalha lá, né?

— Acho que nós batemos o recorde, viu. Nenhum casal de noivos resolveu o casamento assim tão rápido e sem brigas. – Castle comentou, fazendo graça.

— Acho que nossa cota de brigas já se esgotou nos quatro anos que trabalhamos juntos, Castle. Agora já chega, né, até porque, todas aquelas brigas e birras era por conta de paixão reprimida. Você, louco para me pegar e eu louca para pegar você... Como isso não acontecia, a gente brigava por qualquer coisa...

O comentário irreverente de Kate os fez rir muito.

— Além disso, ainda tinha os ciúmes que sentíamos um do outro... – Kate continuou seus comentários divertidos – Eu queria matar cada mulher que dava em cima de você. Até hoje eu sei o nome e a aparência de cada uma delas. E você, Castle, nem tente negar, sei que também morria de ciúmes de mim...

— Eu? – ele simulou que não se importava.

— Sim, senhor, nem adianta fingir. Eu posso listar as vezes em que você fez ceninhas de ciúme. Quer que eu comece? Posso dizer até os nomes...

— Não! – ele fez bico – Acho até que a gente pode mudar de assunto, senão voltaremos a brigar.

Ela sorriu diante do comentário dele. – Eu te disse!

Castle sorria, provando que estava tudo bem.

 

 

... Continua...


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