After the Stories escrita por misstsuki


Capítulo 2
Capítulo 2: Decoração


Notas iniciais do capítulo

Hi mina-san!!!
E aqui está um novo capítulo! Tive uma nova ideia e precisei postar!^^
Espero que gostem!



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Akane encarou pensativa para o lugar no qual moraria de agora em diante, ou pelo menos até provar seu ponto de vista para o Sistema Sybil. 

Quando ela ainda era uma inspetora, ela tinha o luxo de morar em apartamentos com sistemas holográficos, então ela nunca se preocupou muito com a decoração, entretanto, agora que havia se tornado uma Enforcer, ela iria morar nos quartos/apartamentos dentro do prédio da PSB. 

Os quartos do prédio eram todos no mesmo formato, uma espécie de kitnet ela diria, sala de estar bem no centro do espaço, uma cozinha mais ao canto e um curto corredor que dava acesso a um quarto interligado a um banheiro. Simples, mas que possuía os móveis necessários, sofás, geladeira, fogão, armários, estantes, e uma cama. 

Mesmo assim, Akane queria dar seu próprio toque agora que ela não possuía mais o sistema holográfico. Ela já estava morando ali há uma semana, e dentro de alguns dias ela começaria a trabalhar, então ela precisava arrumar o espaço logo e de maneira que achasse mais conveniente, porém ela ainda não tinha ideia do que ela queria colocar em sua nova casa.

Plantas? Não...ela provavelmente esqueceria de regá-las, a não ser que ela comprasse hologramas, mas normalmente esses eram artigos caros.

Quadros? Ela até poderia pensar no caso.

O que mais pessoas normalmente usavam para enfeitar suas casas? Ugh...em uma sociedade onde normalmente se usava hologramas, era difícil se pensar em formas criativas de decoração.

A Tsunemori começou a andar pelos cômodos, murmurando ideias e possíveis objetos que ela poderia colocar em sua nova casa, estava tão distraída que quase não ouviu alguém lhe chamar pelo interfone de vídeo ao lado da porta.

—Tsunemori-san?

Akane direcionou-se à porta e encarou surpresa o rosto da pessoa que se encontrava na pequena tela, o que teria acontecido para ele aparecer às - ela olhou o relógio - às oitos horas da noite em sua porta?

Quando a porta se abriu, o rapaz sorriu, e Akane não pode evitar abrir um sorriso.

—Bom noite Shindou-kun.-Akane disse educadamente.

—Boa noite!-exclamou animadamente.-Desculpe aparecer essa hora da noite, não tive tempo o bastante para conseguir vir durante a manhã.

—Não se preocupe.-respondeu a mais velha rindo.-Eu sei como é difícil arranjar tempo nessa profissão. Como posso ajudá-lo?

Arata apenas sorriu.

 

 

—Ela saiu?-indagou Kougami arqueando uma sobrancelha.

Shinya havia ido ao PSB naquela manhã para entregar um arquivo de relatórios confidenciais a respeito das ações tomadas pela Ministério de Relações Internacionais no último caso que trabalharam juntos, mas ele aproveitaria a viagem para visitar Akane e levá-la para comer alguma coisa, já que agora que ela era uma Enforcer, a Tsunemori só poderia sair do prédio se acompanhada de algum inspetor ou de alguém do MOFA (por algum motivo Homura Shizuka havia concedido a Akane esse “privilégio”).

—Sim, ela saiu com o inspetor Shindou mais cedo.-falou Shimotsuki Mika pronta para abrir os documentos em seu computador.

Shindou Arata? O que o novo inspetor queria com a Tsunemori?

—Sua chefe precisa de alguma coisa?-questionou Mika ao perceber que Kougami ainda se encontrava em sua sala.

—Não.-respondeu o mais velho.-Já estou de saída.

Bem, ele poderia ver Akane em um outro momento, e além do mais, em alguns dias a mulher voltaria a trabalhar efetivamente na PSB, então eles se encontrariam com mais frequência. Satisfeito com sua linha de pensamento, Shinya deixou a sala.

 

 

—Obrigada por me convidar, Shindou-kun.-falou Akane se sentando em uma das mesas do café que eles haviam escolhido para fazer uma pausa.

—Não precisa agradecer Tsunemori-san.-respondeu o rapaz levemente envergonhado.-Afinal, você está me ajudando a escolher um presente.

—Mas você poderia ter chamado qualquer um no seu dia de folga, e mesmo assim resolveu me chamar. Como Enforcer não posso sair desacompanhada, então eu agradeço por ter me dado a oportunidade de sair um pouco da PSB para um passeio.-disse Akane.

—É o mínimo que posso fazer por você.-comentou Shindou olhando o cardápio virtual do café.-Pois foi graças a sua recomendação que estou trabalhando como inspetor e tenho acesso a mais informações que teria se estivesse em outro departamento.

Os olhos castanhos da mulher encararam o rapaz a sua frente, ela sabia o que ele havia insinuado com aquelas palavras, mesmo assim, ela não o questionaria, da mesma forma que ele não havia questionado o motivo dela ter sido colocada em um centro de correção logo depois de recomendá-lo para a PSB.

—E para quem exatamente seria esse presente, Shindou-kun? Pelos itens que você me mostrou até agora, só posso deduzir ser uma mulher. Sua namorada talvez?

—Não! É...para uma amiga.-respondeu Arata com as bochechas levemente vermelhas, o que fez Akane sorrir. Uma amiga. Claro.-É que ela me ajudou com algumas coisas no último caso que trabalhamos e eu queria agradecer. Mas sinceramente, não sei bem o que dar para garotas já que a vida toda eu só dei presentes para uma amiga de infância, por isso eu gostaria de opiniões.

—Bem, eu não sou exatamente a pessoa mais feminina do mundo, mas espero estar ajudando.-falou a mulher sorrindo.

—Eh?-indagou o mais novo um tanto perplexo.-Eu acho você bonita, Tsunemori-san. Até as roupas que você está usando hoje, gritam o quão feminina você é.

As bochechas de Akane coraram com o elogio. Aquele rapaz realmente falava tudo o que pensava, mas ela não esperava menos de alguém com as habilidades de Arata. Afinal, ler as pessoas era a habilidade que mais destacava o inspetor.

—O...obrigada.-respondeu por fim.

Arata apenas sorriu, antes de continuar a falar.

—E você tem alguma coisa que queira comprar, Tsunemori-san?

—Ah, bem…-iniciou pensativa.-Na verdade, preciso comprar algumas coisas para decorar minha nova casa. Eu tinha o sistema de hologramas no meu antigo apartamento, então eu nunca realmente me preocupei com essas coisas, mas agora que estou usando as acomodações da PSB, queria algo que pudesse deixar o lugar mais...aconchegante.

—Entendi…-falou Arata.-Bem! Nós temos o dia todo Tsunemori-san! Vamos achar o presente e as decorações perfeitas!

Akane riu ao ver a animação do novo inspetor, algo a dizia que seria um bom dia.

 

 

Um leve sorriso surgiu em seus lábios, a sensação de poder estar andando pela ruas de Tóquio novamente era algo que ela sentia falta. Apesar de já estarem no final de março e as árvores de cerejeiras já estarem florescendo, o clima continuava um tanto frio, mas Akane aproveitaria o máximo possível sua curta liberdade, pois agora ela só poderia estar saindo da PSB quando recebesse autorização e tivesse alguém disponível para acompanhá-la. 

—Tsunemori-san, o que acha desse?-perguntou Arata, apontando um estranho bicho de pelúcia na vitrine de uma das lojas.

—Shindou-kun.-falou a morena tentando segurar sua risada.-Eu não acho que…

—Pode ficar tranquila, até eu sei que esse bicho de pelúcia é estranho.-falou o rapaz.-Só acho que pelo menos hoje você devia parar de pensar sobre...as regras no geral. 

—...Estava tão na cara?

Shindou apenas assentiu com a cabeça.

Akane suspirou, ele estava certo, naquele momento ela estava fora da PSB, e ela nem sabia direito que o que ela faria na PSB já que suas novas funções, direitos e deveres só seriam explicados em seu primeiro dia de trabalho. O mínimo que ela podia fazer era agora era aproveitar.

—Shindou-kun?-disse a mulher chamando a atenção do jovem que até então encarava outras pelúcias.-Acho que sei o que pode dar de presente para sua amiga.

 

 

—Tsunemori-san…-comentou Shindou encarando a pequena sacola cor de rosa em mãos.-...algo me diz que você sabe exatamente quem é a amiga de quem estou falando… 

—Quem sabe.-respondeu a mais velha depois de comer mais um pedaço do crepe doce que eles haviam comprado em um pequeno trailer na praça em que se encontravam.-Normalmente maquiagem é uma das melhores amigas para mulheres.

O rapaz por sua vez só concordou. Mesmo tendo habilidades de mentalista, as mulheres continuavam sendo difíceis de entender em determinados aspectos.

—Mas no final das contas, não encontramos nada para decorar seu apartamento.-falou o inspetor antes de comer mais um pedaço do doce.

—Não se preocupe, em algum momento vou ter alguma ideia.-disse a nova Enforcer sorrindo para o rapaz que estava sentado ao seu lado no banco de praça.-Além do mais, poder ter passeado por aí depois de tanto tempo já foi mais do que o suficiente, graças a você pude fazer boas lembranças. Obrigada, Shindou-kun.

Lembranças? E de repente uma ideia surgiu na mente de Arata.

—Tsunemori-san! Eu tive…

Entretanto, antes que ele pudesse terminar sua frase, seu comunicador começou a tocar. O nome de Shimotsuki Mika brilhava insistentemente, e os dois tinham uma leve suspeita sobre o que seria a ligação.

—Vocês tem alguma ideia de que horas são?!-gritou Mika assim que Arata atendeu a ligação.

—Eh...oi Chefe...bem...são oito da noite certo?

—Nós já estamos voltando Mika-chan.-disse Akane se colocando de pé.-Não se preocupe.

—Eu nunca disse que estava preocupada!—exclamou a Shimotsuki do outro lado da linha.-Eu sei exatamente onde vocês estão, Senpai!

Arata e Akane se entreolharam, eles haviam sido monitorados esse tempo todo?

—Voltem agora mesmo! Entendido?!

—Sim senhora.-disseram os dois ao mesmo tempo, e assim Mika desligou.

—Bem, acho que devemos indo.-comentou Akane.-Obrigada por hoje Shindou-kun.

—Eu que agradeço, Tsunemori-san.-respondeu o rapaz.

Ele havia tido uma ideia de decoração para a nova moradia da nova Enforcer, mas ele preferia fazer surpresas.

 

...

 

—Shindou-kun? 

Akane havia acabado de abrir a porta de seu alojamento, pronta para ir tomar um café, quando se deparou com o jovem inspetor, que estava prestes a tocar seu interfone.

—Bom dia, Tsunemori-san!-disse Arata sorrindo.-Desculpe aparecer sem nenhum aviso de novo, mas eu queria te entregar isso.

O rapaz então estendeu uma espécie de quadro ou lousa de madeira, a mulher aceitou o objeto, e imediatamente o levantou na altura dos olhos para analisá-lo. De fato, era um tipo de quadro de madeira com espaços retangulares e com uma placa de vidro por cima, o objeto parecia…

—Um porta retratos!-disse Arata.-E nesse tipo de moldura, você pode colocar várias fotos.

—Onde...onde você conseguiu esse porta retratos, Shindou-kun?-indagou a mulher surpresa.-Esse tipo de objeto não é mais produzido a anos.

—Na verdade, esse quadro estava no meio das coisas antigas do meu pai.-respondeu.-Ele guardou isso por anos no sótão, acho que ele ficaria feliz em ver alguém fazer bom uso dele.

—Tem certeza? Afinal, era algo do seu pai.-disse Akane estudando o porta retratos.

Arata sorriu.

—Sim. Algo me diz que você tem muitas memórias especiais.

E a Tsunemori retribuiu o sorriso, de fato, ela tinha.

—Eu só tenho um favor para pedir Shindou-kun. Eu gostaria de uma foto de toda sua unidade.

 

 

Em dois lugares diferentes de Tóquio, duas mulheres loiras receberam uma curta mensagem:

 

“Poderiam me enviar uma foto de todos?".

 

 

Na noite daquele mesmo dia, Akane se viu pendurando o porta retratos que havia ganhado do novo inspetor da Unidade 1. Os nove espaços destinados para fotos estavam todos completos, cada um carregando um pedaço de suas memórias. 

Haviam fotos tiradas naquele mesmo dia, como os da ex-Enforcer Kunizuka Yayoi junta da ex-Enforcer, mas ainda analista de sistemas, Karanomori Shion, e a foto de Frederica Hanashiro junto de Ginoza, Kougami e Sugou, que tinham expressões de surpresa no rosto no momento em que a foto foi tirada. Até mesmo a nova Unidade 1 havia lhe enviando uma foto de toda a equipe. O jovem inspetor sorria de orelha a orelha sobre os ombros do melhor amigo Kei, enquanto os Enforcers tentavam não rir da cena.

Outras fotos eram mais antigas, como a de sua avó a carregando no colo enquanto contava uma história, a de seus pais em sua formatura de colegial, e a última foto que tirou junto de Kaori e Yuki. Haviam fotos dela na companhia de sua atual chefe Shimotsuki Mika, Hinakawa, Ginoza, Sugou e Yayoi, sua antiga unidade antes do caso que resultou em seu aprisionamento, e uma outra onde somente ela, Mika, Yayoi e Shion estavam fotografadas, afinal, era uma foto da noite das mulheres, como Shion gostava de se referir.

E por último, bem no centro do quadro, a memória que ela guardava com mais carinho, pois foi onde tudo começou. Uma foto da primeira unidade 1 com quem ela trabalhou. Os sorrisos de Kagari e Masaoka, o rosto  estóico da Kunizuka, a face surpresa de Shion, a expressão de irritação de Ginoza, que tentava impedir Kougami, que possuía um sorriso no canto dos lábios, de bagunçar os cabelos curtos da garota de 20 anos.

Akane riu, aquele dia seu cabelo havia ficado bagunçado para a foto, mas as risadas de todos compensaram. E aquela era uma memória que ela levaria para sempre.

Um único porta retratos era o bastante como decoração.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam do capítulo?
Eu queria escrever como seriam as conversas entre a Akane e o Shindou, e bem, tivemos então esse cap.^^
Espero que tenham gostado!
Até o próximo capítulo!^^

Kissus



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