Spencer Sutherland escreveu sobre nós escrita por Biazitha


Capítulo 1
Eu quero o meu pedaço de pano preferido de volta


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?

GENTE, ASSIM... CALMA, EU ‘T?” NERVOSAKJKKKKK
KibaHina é vida, eu estou cada vez mais caída por esse casal e quero dedicar essa shortfic à todos que me incentivaram a escrever com eles

E AGORA EU AGRADEÇO DE CORPO E ALMA À @peatch PELA CAPA MAIS DO QUE PERFEITA!
Vou dar cinco minutos para vocês voltarem na página principal e babarem um pouco mais nessa capa, porque elA MERECE!
JÁ DISSE, MEU CORAÇÃO É SEU! Talento demais

Spencer Sutherland é maravilhoso, a fanfic toda é baseada no EP - None of this has been about you.
É muito difícil escrever com adolescente, mas eu me diverti DEMAIS porque o Kiba como narrador é sensacional. A personalidade dele na obra original é maravilhosa, então não precisei me esforçar muito para trazer ela para cá nesse romance água com açúcar!

Peguei a Hina do grupo FAKY para ser a Hinata. E o Hanazawa Masato para ser o Kiba. Estou apaixonada pela estética desse casal


Boa leitura!



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That's my sweater (my sweater)

Why the fuck you got it on?

We're not together (together)

Should've let that shit at home

       Era a última sexta-feira do mês, o dia oficial para jogar boliche com os amigos e a namorada.

Bom, ex—namorada.

Seria mais um dos milhares de encontros marcados que teríamos depois do término, já que continuávamos frequentando os mesmos lugares e mantendo amizade com as mesmas pessoas. Eu não sabia lidar muito bem com mudanças, Hyuuga Hinata também não. E — apesar do clima estranho que pairava entre nós — a rotina de passeios divertidos permanecia a mesma. Nenhum dos dois parecia disposto à ceder o seu lugar ao outro, então nos encontrávamos com frequência e fazíamos de tudo para agir com uma naturalidade mecânica.

— E aí, vai querer um combo? — Shikamaru questionou, me arrancando do transe em que estava. A música tocava em meus sentimentos e as luzes piscantes funcionavam como uma hipnose barata, assim eu conseguia me perder em pensamentos com mais facilidade do que gostaria. Olhei-o segurando a sua bandeja contendo dois lanches, um balde enorme de batata frita e o copo transbordando de refrigerante, quase me convencendo a comprar o mesmo que ele. Mas um incômodozinho no meu cérebro fazia também o meu estômago ficar agitado e sem fome.

— Você viu a roupa que a Hinata ‘tá usando? — Expus a minha angústia sem rodeios, não precisava fingir que estava bem quando eles estavam por perto. Voltei a observar a Hyuuga e suas amigas sentadas na bancada da lanchonete, cochichando e gesticulando com fervor de tempos em tempos. Ela olhou para mim apenas uma vez — por mais que não fizesse nem quinze minutos que havia atravessado as portas de entrada —, porém tinha certeza de que sabia muito bem que eu a encarava com a maior cara de besta, ansioso para protagonizar alguma cena de filme clichê romântico. 

Como poderia ser diferente? Não podia me culpar por ser tão emocionado e abobalhado. O meu jovem coração de 16 anos nunca havia sofrido tanto em tão pouco tempo. Nem quando achei um artigo aleatório na internet falando que o Alf de “O ETeimoso” foi capturado pelos militares no último episódio da série consegui chorar tanto como na semana em que Hinata e eu terminamos.

Aquela tarde quente de uma terça-feira ficou gravada na minha memória e eu a repetia diversas vezes antes de dormir. Foi um término quase combinado, ambos estávamos cansados da rotina repetitiva de 6 meses de namoro, e concordamos em experimentar outros amores. Na hora que ela disse que precisava conversar e explicou que sentia que não éramos um casal, que não agíamos como tal, o meu cérebro imbecil não conseguiu pensar em solução alguma. Eu só desisti, não queria mudar a nossa relação. Tantas vezes escutei que amor de colégio não dura e são muitos raros os casos que dão em alguma coisa; “puppy love” são só os hormônios da idade gritando dentro da gente. Eu não queria me entregar de vez e ficar decepcionado quando tudo acabasse, tanto amor em vão. 

Minha irmã depois explicou que em uma relação precisa haver equilíbrio e eu não quis ceder a minha comodidade para agradar a minha namorada, por isso não deu certo.

E também que eu precisava demonstrar mais o que sentia, sem pensar no depois porque me arrependeria por não ter tentado. 

Só que na hora eu fiquei quieto e foi por tal que Hinata insistiu que terminássemos, e eu — com o orgulho um tanto ferido — aceitei com veemência, argumentando que não queria que ela ficasse com ciúmes de mim enquanto eu tentava algo com outras garotas.

Conclusão: a única garota que eu queria era ela e minha irmã tinha toda a razão — eu estava 100% arrependido, envergonhado e com medo de tudo o que sentia pela Hyuuga. 

— O que tem?

— Aquele é o meu suéter! — Respondi com o tom de voz um tanto exaltado, puxando a própria blusa escura que vestia e a sacudindo. — É o meu suéter, cara. Eu sabia que não tinha perdido ele. Por que ela ‘tá usando? 

— Ela nem deve saber que é seu. — Shino alegou com um tédio absurdo na face; quase forcei o resto do lanche que ele comia em sua goela. Não era a resposta correta naquele momento. 

— Impossível. — Shikamaru rebateu antes que eu o fizesse. Senti os meus olhos cada vez mais arregalados, esperando que ele comentasse sobre a obviedade da situação. — Tem um “K” enorme no meio e um cachorro nas costas. 

— E foi ela quem tricotou para mim! — Eu não sabia dizer o que mais me incomodava naquilo tudo. O meu coração agitado ao vê-la tão linda usando algo que me pertencia, a lembrança de quando ganhei o suéter de aniversário ou a falta de atenção que ela me dava. Qual é, eu estava sofrendo!

— É só um pedaço de pano, por que você se importa tanto?

Senti o meu sangue ferver com a falta de tato de Shino, ele conseguia me irritar cada vez mais. Abri a boca para argumentar, mas não encontrei palavras boas o suficiente para expressar com exatidão o que eu queria que ele entendesse. O Nara riu de mim, fazendo “não” com a cabeça alguma vezes. 

— Oi, rapazes. Podemos começar? — Temari sentou na cadeira vaga ao nosso lado, dando um leve tapa em meu braço para que eu prestasse atenção nela e deixasse de enforcar o Aburame com os olhos. Hinata estava mais atrás, ainda sem olhar diretamente para mim, arrumando o maldito suéter no corpo.

— Bonita a roupa. — Comentei meio desesperado para que fosse notado, falando mais alto para que tivesse a certeza de que ela me ouviria. Sentia-me lamentável, de dar pena...

— Eu sei, e é bem confortável. — Deu um sorriso mínimo para mim, depois envolveu o próprio corpo com os braços e se balançou levemente. Aquele momento poderia ficar eternizado como sendo algo bom e fofo, todavia a minha felicidade durou pouquíssimo. 

— Ainda bem que eu insisti para que ela não jogasse fora. — Ino sorriu divertida ao abraçar a amiga. Senti o meu rosto cair e todos da mesa olhavam para mim, esperando alguma explosão. A Yamanaka sussurrou um “ops, exagerei” após alguns segundos em silêncio. 

Passei a odiar aquele pedaço de pano, a me odiar por ser um bundão e a odiar o fato de que ela estava tão bem sem mim. 

Praguejei baixo qualquer coisa que nem eu entendi e levantei-me, caminhando apressado até a pista.

— Vamos jogar logo! 

Ela podia estar vestindo o meu suéter preferido, mas eu ganharia dela no boliche. O que uma coisa tinha a ver com a outra eu não sabia, porém era o que mais fazia sentido no momento.

Eu precisava extravasar.


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Notas finais do capítulo

Disponível em: https://www.spiritfanfiction.com/historia/spencer-sutherland-escreveu-sobre-nos-18565687

Música do capítulo para quem quiser: https://youtu.be/0qsAeS2lJZY

‘Tá aí, nasceu esse nenê mais fofo e cheiroso que já escrevi! Vai ser muito amável, eu prometo

Fiquem à vontade para expressar suas teorias, surtos, críticas e comentários no geral. Muito obrigada quem leu até aqui!



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