Libertinamente Marotos - HIATUS escrita por Lady Anna


Capítulo 6
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Oie meus queridxs leitores!
Um aviso importante sobre a fic: como meus sábados a noite estão disponíveis atualmente, eu tentarei postar toda semana nesse horário. Talvez eu não consiga manter esse horário de postagem, mas como já tenho alguns capítulos escritos farei o possível para postar toda semana.
Enfim, boa leitura*-*
Kiss, Anna.



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“O amor está na sutileza dos pequenos gestos, está em ver o que é dito com o coração e não com os ouvidos.” Mayara Benatti

James Potter, o conde de Rynnor, estava em cima da macieira enquanto Emmeline Vance jogava nele seu segundo sapato de salto. Incrivelmente, ela acertou o nariz de James e isso o fez cair da árvore.

—Idiota! Eu te odeio!

—O quê está acontecendo aqui? –Perguntou Marlene que esperava encontrar uma cena totalmente diferente daquela, assim como todos ali.

—Essa doida me fez uma proposta indecorosa e eu a trouxe no jardim para recusar educadamente, mas ela está fora de controle! –James levou a mão ao nariz. –Ai meu Deus! Você quebrou meu nariz!

Estáticos e boquiabertos ninguém sabia o que fazer ou falar. Até que ouviram uma risada baixa a princípio que foi aumentando até se tornar uma gargalhada.

Lily não sabia por que estava rindo, quer dizer, sabia sim. Ela presenciou uma cena que nunca achou que veria: um dos maiores libertinos de Londres se negando a ter um caso com uma mulher linda e essa mulher jogando um sapato nele e quebrando seu nariz! Ah, fala sério! Isso era demais!

—Do que você está rindo? –Perguntou o Potter raivoso.

—Isso é hilário, Lorde Potter. –Respondeu Lily entre risos. –A Srta. Vance desceu do salto, literalmente.

Nem mesmo James segurou a risada diante do comentário de Lily e isso fez com que o seu nariz doesse mais e começasse a sangrar.

—Ai!

Automaticamente Lily pegou um lenço do bolso interno do vestido e estendeu para James. Quando notou o gesto seu rosto ruborizou-se.

—Desculpe. –Disse Lily envergonhada. –Provavelmente isso é inapropriado, quer dizer, uma dama oferecer seu lenço a um cavalheiro. Damas respeitáveis não fazem isso, fazem?

—Desculpe se a ofendi mais cedo, não quis sugerir que não era uma dama respeitável. E eu não vejo nada de errado em aceitar seu lenço. –James estendeu a mão e pegou o lenço de Lily, mas, ao invés de puxar a mão rapidamente, eles ficaram parados se encarando, surpresos com a própria reação.

—Não acredito! –Emmeline disse. –Você está quase cortejando ela! Lily Evans! Sério? Ela nem mesmo é domesticada!

—Domesticada? Está pensando que a Srta Evans é o que, sua vaca? –Marlene já estava de saco cheio de Emmeline. Ora, ela era uma dama, mas também sabia descer do salto.

—Vaca? Que vocabulário precário, Srta. McKinnon. –Respondeu Emmeline não percebendo a fúria real de Marlene.

—Que tal nos acalmarmos? –Perguntou Dorcas de modo conciliador. –Vamos simplesmente esquecer tudo que vimos e ouvimos aqui e voltar para o salão de baile antes que notem nosso sumiço.

Todos concordaram com a ideia de Dorcas, mas Emmeline não parecia satisfeita com o rumo que as coisas tomaram e estava disposta a descontar sua fúria em qualquer um. Até mesmo na conciliadora Dorcas.

—E você! –Disse Emmeline apontando o dedo para Dorcas. –Quem pensa que é? Uma de nós? Uma dama da alta classe londrina? Há! Você não passa de uma piada, com esses seus vestidos e joias falsas. Achou mesmo que ninguém ia perceber? Pelo menos eu faço algo para manter a minha família bem vestida e alimentada.

—E isso seria o quê, Emmeline? –Dorcas apertou os olhos ameaçadoramente.–Abrir as pernas para qualquer um que estiver disposto a te aceitar como amante?

O silêncio que se seguiu só foi quebrado pela risada irônica de Sirius, que achava a situação hilária. Realmente, ele nunca fora em um baile mais divertido! Mas para Dorcas aquilo não estava nada divertido. Ela percebeu o erro de pronunciar aquelas palavras quando viu o ódio nos olhos de Emmeline.

—Pelo menos minhas roupas são dignas desse baile!

Dizendo isso, Emmeline se aproximou rapidamente de Dorcas e pegou o corpete do vestido dela com as duas mãos. Ela puxou cada mão para um lado, fazendo com que toda a costura cedesse e várias pedrinhas voassem pelo chão. O corpete destruído caiu ao lado das saias do vestido, deixando Dorcas somente com o espartilho e com a camisa debaixo.

—Ah! –Dorcas não sabia como reagir. Ela certamente nunca passara tanta vergonha e nunca ficara tão desnuda na frente de cavalheiros. Seu rosto se coloriu de vermelho no mesmo instante. Remus rapidamente tirou seu paletó e colocou nos ombros de Dorcas e a segurou possessivamente pela cintura.

—Escuta bem senhorita.—Disse Marlene ameaçadoramente. –Você não tem o direito de ofender as minhas amigas só porque se acha melhor que elas de alguma forma.

O estalo do tapa que Marlene desferiu no rosto de Emmeline foi alto e estridente. Marlene parecia muito satisfeita consigo mesma e Emmeline borbulhava de raiva e estava pronta para revidar. Mas, eles ouviram vozes de pessoas se aproximando.

—Ai meu Deus! –Disse Dorcas desesperada. –Eu não posso me envolver em um escândalo!

—Venha por aqui. –Disse Remus calmamente. –Vamos sair pelos fundos do jardim, assim ninguém verá a senhorita.

Assim que eles saíram, apareceram quatro pessoas no campo de vista dos presentes: o Sr. e a Sra. Evans e dois guardas da portaria.

—Ouvimos barulho vindo daqui. Achamos que poderia estar acontecendo algo impr... –Começou a dizer a Sra. Evans, mas parou ao ver o rosto inchado de Emmeline. –O quê aconteceu aqui?

Como todos estavam estáticos para responder, Emmeline se aproveitou do silêncio deles para contar sua versão destorcida dos fatos:

—Oh Sra. Evans, eu e sua encantadora filha estávamos dando uma volta pelo jardim com os cavalheiros presentes, quando a Srta. McKinnon apareceu. Ela estava com ciúmes porque Sua Graça não lhe deu atenção. Também pudera! A Srta. McKinnon não passa de uma despreparada.

—Senhora, eu não... –Começou Marlene estupefata com a rapidez da garota de inventar uma mentira.

—Quieta! –Sibilou a Sra. Evans. –Eu lhe contratei para ajudar Lily, não a envolver em um escândalo com Sua Graça!

Falsa, pensou Marlene, fora exatamente pra isso que aquela senhora a contratara. O escândalo somente deveria ser diferente.

—Se nos dão licença, eu e Lorde Potter vamos continuar nosso passeio. –Disse Emmeline calmamente.

James olhou incrédulo para a Srta. Vance, ele não iria a lugar nenhum com aquela garota.

—Veja bem senhorita... –Começou James, mas foi interrompido pelo Sr. Evans.

—Vamos embora Lily. Deixe essa garota aí, os guardas cuidaram dela.

—Mas pai... –Começou Lily e o pai a segurou pelo cotovelo.

—Vamos. Agora. –Disse o Sr. Evans. –E quanto a você, Srta. McKinnon, resolva esse escândalo e não coloque o nome de Lily no meio.

Vendo que daquilo não teria um bom resultado e ciente de que o Sr. Evans não estava nada calmo, James olhou para Sirius, que sinalizou que cuidaria da Srta. McKinnon.

—Deixe-me acompanhar sua filha até o salão senhor. Acho que ainda não fomos apresentados, sou James Potter, conde de Rynnor.

James puxou delicadamente Lily enquanto conversava com o Sr. Evans.

—E eu? –Esganiçou Emmeline.

—Suma daqui, Srta. Vance. –Disse Sirius ríspido. –Antes que eu perca a paciência com a senhorita.

Percebendo o perigo iminente, Emmeline saiu. Agora, só restavam os dois guardas, Sirius e Marlene. Um deles se adiantou e segurou as mãos de Marlene para trás.

—Ai! Me solta, seu animal! Eu não fiz nada! Aquele víbora estava mentindo!

—Quieta, garota! Se você for boazinha eu vou ser bonzinho com você, mas se não...

Enquanto o sangue de Marlene gelou com a frase, o de Sirius ferveu. Em duas passadas rápidas ele alcançou o guarda e segurou o braço dele.

—A senhorita pediu para soltá-la. Obedeça!

—Milorde, eu estou apenas cumprindo ordens e por mais que o senhor peça, eu não vou soltá-la.–O guarda disse petulantemente.

Sirius ouviu a respiração descompassada de Marlene e percebeu o quanto ela estava com medo daquele imbecil. Por Deus, Sirius queria matá-lo.

—SOLTE-A AGORA!

—Mas... –Começou o guarda hesitante.

—Mas nada! Eu sou o duque de Secorfly e mandei soltá-la! –Sirius não gostava de usar seu título daquela forma, porém o guarda não o deixou outra escolha. No momento que ele soltou o braço de Marlene, Sirius a segurou pela cintura e apoiou-a em seu peito. –Escutem bem: vocês não viram ou ouviram nada do que se passou aqui. Se eu ouvir uma só palavra sobre isso em algum salão, eu procurarei vocês e farei com que se arrependam de saber falar.

Os homens assentiram em uníssono e rapidamente sumiram dali. Eles ficaram alguns momentos quietos, abraçados, se acalmando.

—Obrigada. –Disse Marlene por fim. –Foi muito gentil da sua parte. Você não precisava fazer isso.

—Não precisava. –Concordou Sirius. –Mas aqueles brutamontes precisavam que alguém lhes ensinasse a lidar com uma dama.

—Bem, a partir de hoje não sou considera mais uma dama, senhor. –Disse Marlene tristemente. –Pelo menos não depois do que aconteceu aqui. Os Evans não vão me querem de volta e dificilmente outra família vai me aceitar depois de ser mandada embora tão abruptamente.

—É claro que você é uma dama.

—Uma dama que nem tem pra onde ir.

—Não seja por isso. –Disse Sirius calmamente. –Você vai pra minha casa.

—O quê? Não! –Marlene empurrou Sirius consternada com a proposta. Não fora aquele homem que disse que ela era uma dama? –Sua Graça é mesmo um libertino inescrupul...

—Calma, senhorita. –Disse Sirius achando graça. –Fique somente por essa noite e se os Evans não a quiserem pela manhã e não conseguir encontrar emprego, você pode trabalhar como dama de companhia para minha mãe.

—Bem... –Marlene não via muitos problemas na proposta, exceto que seu futuro patrão seria ele.—Acho que tudo bem. Mas os empregados falaram da minha chegada no meio da noite e logo não terei reputação nenhuma e sua mãe não me quererá como dama de companhia e...

—Calma, minha querida. Não se preocupe com isso. Meus empregados são discretos e o primeiro que disser algo que soe ofensivo sobre a senhorita, será despedido imediatamente.

—Eu não sou sua querida! –Marlene respondeu ameaçadoramente– Mas hã...Obrigada, eu acho. É muita gentileza me oferecer um trabalho em sua casa e um lugar para passar a noite.

Sirius abriu um sorriso pra lá de malicioso e disse:

—Pode ter certeza que meus motivos para ajudá-la não tem nada a ver com gentileza. –Ele olhou descaradamente para o corpo dela. –Além disso, não agradeça antes de conhecer minha mãe, ela é uma víbora.


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Notas finais do capítulo

Bom meus queridos, é isso!
O próximo capítulo é essencial para o desenrolar da fic e eu estou muuuito ansiosa para postá-lo, mas primeiro eu quero saber o que acharam desse capítulo. Enfim, comentem e façam esse humilde escritora feliz!



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