Me Encontre escrita por SouumPanda


Capítulo 17
Readaptação




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Tudo era igual, como se não tivesse saído daqui, mas a sensação era diferente. Quando entrei em casa, Angelina me abraçou fortemente, saudosamente assim como relaxei em seu abraço caloroso, logo ela me soltou e olhou Louise que brincava com John, vi seus olhos emocionados e marejados, fui tirando meu sapato sentindo o chão, meus pés latejavam, ser a esposa de John exigia uma classe que eu não conseguia ter, mas tentava. Angelina tomou Louise de John e abraçou ela fraternalmente, Louise apesar de ser reclusa não era de estranhar ninguém, já gargalhava com Angelina que brincava com ela, John veio em minha direção beijando ternamente minha testa e relaxei em seu abraço.

— Quer tomar um banho? – Ele disse com uma certa malicia, apesar do cansaço queria muito passar um tempo com John sentia a falta dele e afirmei com a cabeça.

— Angie, seria demais pedir que ficasse com Louise para que tomasse um banho? – Eu olhei Angelina que sorria incansavelmente brincando com Louise e Isaac a tempos não a via tão radiante.

— Seria uma ofensa se não deixasse comigo. – Ela disse gentilmente, então John pegou em minha mão me conduzindo para o quarto. Quando as portas se abriram, parecia um novo quarto, John fez mudanças estando aqui sozinho, era mais sobreo, com cores neutras e sem moveis, apenas a cama e os criados mudo, minha tv tinha sumido, ergui a sobrancelha e o olhei brevemente, não disse nada, quando escutei ele fechar a porta e me abraçar por trás beijando suavemente meu pescoço.

— Que saudade do seu cheiro. – Ele sussurrava em meu ouvido me fazendo sorrir e nossos corpos dançavam em um abraço terno, ficando ali por instantes. – Vou cuidar de você agora. – Ainda abraçados andamos para o banheiro, quando ele me soltou indo colocar para encher a banheira, enquanto John colocava os sais de banho vendo a espuma se formar, tirei minha roupa vendo seu rosto surpreso ao se virar e me ver ali diante dele. – Nossa como pode cada vez que te vejo está mais linda. – Ele veio em minha direção com um riso bobo em seu rosto, me beijando intensamente, o ar estava rarefeito pelo beijo intenso, mordi suavemente seu lábio inferior o ajudando a tirar toda a roupa que ele vestia, quando o mesmo sentou na banheira se ajeitando para que eu sentasse entre suas pernas, abraçando todo meu corpo por trás. – Que saudade de ficar assim com você, só curtindo.

— Senti sua falta também, muita. – Eu disse sentindo ele alisar minhas costas com as espumas, aquilo me relaxava, o cheiro de lavanda da espuma, o toque dele suave em minha pele. Logo senti suaves beijos em meu pescoço, me fazendo sorrir e me virar para ele. – Eu te amo sabe disso né? – O beijei brevemente o vendo afirmar com a cabeça. – Então temos que conversar seriamente sobre Caleb. – Vi seu semblante mudar, seu maxilar marcar e uma breve ruga em sua testa preocupada surgir.

— O que temos para falar desse cara? – Ele disse seco recuando seu corpo do meu.

— Que se ele me procurar, não vou me esconder dele. Apenas irei falarei com ele, não sobre a Louise, mas conversarei seja lá o que ele queira conversar comigo e preciso que você confie em mim. – Eu disse engolindo seco o vendo respirar profundamente. – E coloque em sua cabeça que é você que escolhi para a vida, e que não importa o que aconteça é com você que vou ficar.

— Me sinto impotente, sabe disso. – Ele disse com o olhar distante e logo me encarando. – Eu confio em você, não confio nele. Que com essa obsessão em falar com você não sei o que ele seria capaz de fazer. – Ele acariciava meu rosto ternamente mesmo seu semblante sendo sério.

— Ele não fará nada, se passou tanto tempo não acho se quer que ele ainda queira falar comigo. Ele entendeu que segui e provavelmente deve ter feito o mesmo. – Forjei um sorriso e selei nossos lábios ternamente vendo um sorriso brotar no rosto de John. – Eu te amo John Stewart. – Sussurrei iniciando um beijo intenso e o vendo me encostar do outro lado da banheira debruçando seu corpo sobre o meu enquanto elevava minha perna em seu quadril, ele me beijava intensamente, mas ainda assim era carinhoso, sentia sua mão apertar minha coxa e a banheira transbordava com os movimentos do quadril dele o que nos fazia gargalhar por todo molhacero que causávamos. John conseguia me deixar inerte, conseguia me deixar avoada e o querer mais do que qualquer coisa. Eu amava ter ele comigo, amava nossa química sexual, assim como química emocional, a forma que conseguimos nos acertar sem nunca levantar a voz, a confiança e o sentimento de realização, nosso relacionamento conseguia nos transmitir segurança na individualidade, principalmente após morar por quase um ano separados e nos vermos com menos frequência, apreciávamos estar perto um do outro, não sabia o que me aguardava se visse Caleb, o que poderia sentir, mas não importava a incerteza, ela sumia quando estava com John.

Após uma semana e tudo arrumado, Louise estava quase se acostumando com o fuso horário, Isaac estava animado, agora que estava maior conseguia ter diálogos e explicar melhor toda situação a ele, ainda não tinha tomado coragem em ligar para ninguém em falar sobre meu regresso, sentia como se fossem me crucificar por me desconectar deles. Eu tentava ser dona de casa, cozinhando sempre que conseguia, Louise era tão boazinha que era fácil conseguir me organizar, Angelina me ajudava apenas com ela, ela se sentiu ofendida sobre contratar alguém para cuidar de Louise, então essa era sua única função agora. Coloquei música no meu Ipod e fones para conseguir cozinhar, eu deslizava pela cozinha como se soubesse o que estava fazendo, cantando a musica  Rewrite the Stars de James Arthur quando picava os temperos necessários, quando notei meu pai ria da minha atuação e revirei os olhos o vendo e fui ao seu encontro o abraçando. Tirei os fones e ele se sentou no banco da ilha me vendo preparar o jantar.

— Porque não avisou que estava vindo? – Questionei e o vi corar. – Algo errado?

— Não, eu estou aqui faz uns dias, comprei um flet no centro da cidade. – Ele disse me fazendo arquear a sobrancelha.

— E porque não me falou? Teríamos ido conhecer, preciso tirar Louise um pouco de casa, com discrição. – Eu jogava as coisas na panela mexendo o vendo pressionar o lábio como se quisesse me falar algo. – Quer me falar algo?

— Encontrei sua amiga, Peyton esses dias. – Ele disse prendendo minha atenção e peguei vinho servindo para nós e dando um breve gole.

— E como ela está? – Eu disse espreitando o olhar nele.

— Me pareceu muito bem, está corada e tudo mais. – Comecei a gargalhar com o que ele tinha dito e tornei a beber o vinho negando com a cabeça. – Falei que tinha voltado. – Ele disse me vendo o olhar e ficamos em silencio, virei a taça para molhar minha garganta que estava seca.

— Só isso? Digo, só falou isso para ela? – Eu questionei e ele afirmou tomando o vinho.

— Eu prometi não falar de Louise e não vou. – Ele disse ríspido como se estivesse ofendido.

— Juro que ia falar que tinha dormido com ela. – Eu disse me virando e se fez um silencio constrangedor, me fazendo me virar para ele novamente e o encarar. – Pai, transou com a Peyton?

— Não me olhe assim Zoey. – Ele dizia bebendo o vinho, se encarávamos, quando notei que pressionava a faca sobre a tabua com certa força. – Não transei com a Peyton. – Ele disse me dando certo alivio. – Estamos namorando. – Ele disse me deixando em choque, nunca na vida imaginei meu pai namorando alguém, sendo romântico ou tendo qualquer laço afetivo, ainda mais com Peyton, bufei com a situação, mas procurei respirar fundo, nos encarávamos, não conseguia tirar meu semblante apavorado do rosto, quando John chegou beijando meu rosto carinhosamente e nos encarando.

— O que está acontecendo aqui? – Ele questionou rindo.

— É pavoroso demais para ser dito em voz alta duas vezes. – Eu disse piscando voltando em si e enchendo minha taça e a virando. Terminei o jantar e quando estávamos todos a posto, o silencio ainda predominava, não conseguia parar de encarar meu pai, eu estava tentando buscar compreensão por tudo em meu coração, mas eu tinha pedido a ele para não se envolver com ninguém, ainda mais Peyton, porque a Peyton? John notava o desconforto, meu pai jantou de cabeça abaixada evitando meu olhar de puro julgamento, quando pigarrei chamando atenção de todos, limpei a boca e forjei um sorriso. – Então Isaac, animado para ir passar um tempo na casa do papai?

— Estou, ele disse que comprou um novo videogame e vamos jogar um contra o outro. – Isaac contava o feito enquanto eu sorria bebendo água para digerir a comida, apoiando o cotovelo na mesa e batucando a mão na testa. “ Zoey não age assim, você não é uma garota mimada, você tem que ficar feliz pelo seu pai e sua suposta melhor amiga. ”  Eu repetia para mim mesma tentando me convencer.

— Nossa isso será maravilhoso. – Eu disse forjando um sorriso e olhando meu pai. – E o papai já te contou da namorada dele?

— Da Peyton? – Isaac disse naturalmente me fazendo franzir a testa. – Já, acho que antes de voltarmos para cá, tem uns meses não é papai? – Isaac questionou meu pai que sorria sem graça, que maravilha porque fui a última a saber de algo assim? Nos encontros com meus amigos e meu pai junto, como seria? O chamaria de papai? De Robert? E Peyton? De madrasta? Minha cabeça estava um caos e todo silencio que se formou foi quebrado pelo telefone que tocou me fazendo pular de susto, Angelina passou por nós para atender, engolindo seco enquanto falava.

— Querida. – Ela disse baixo e todos olhamos para ela, John mais curioso que eu. – É o Caleb, o que falo para ele. – Todos se olhamos, John visivelmente estava incomodado, seu maxilar marcado mostrava isso, tornei a beber água e limpar a boca, olhei John que sabia que eu falaria com ele, mas era perceptível sua inquietação me vendo levantar e pegar o telefone.  O silencio era mortal na linha, vi John o olhar curioso e aflito de John em minha direção, a respiração alta de Caleb me deixava aflita, engoli seco quando ouvi um suspiro.

— Zoey, fico feliz que tenha voltado e que esteja bem. – Ele disse cordialmente com uma voz aliviada. – Tenho procurado meios de falar com você e não consigo.

— Oi Caleb. – Eu disse baixo sem segurança nenhuma na minha voz, meu corpo tremia, não queria transparecer estar ansiosa em falar com ele, meu coração de comprimia em ouvir a voz dele, assim como o choro ficava entalado em minha garganta, sendo uma mistura de medo e um pouco de felicidade em saber que ele estava bem. – Só preciso que saiba que estou bem e quero que fique bem e o principal, pare de querer falar comigo. – Tentei falar calmamente, se ele percebesse que estava aflita e quisesse saber o porquê? Olhei Louise brincando inocentemente em seu cadeirão. – Foi um prazer falar com você. – Eu disse desligando o telefone e olhando petrificada para John e meu pai, John se levantou vindo em minha direção e beijando minha testa, respirei fundo me aterrando em seu peito e sendo engolida por um abraço reconfortante. – Achei que fosse ter um treco falando com ele.

— Passou amor, passou. – John acariciava meu cabelo e o beijava, tentei não me mostrar distante, nem frigida com John, não queria que ele soubesse o quanto ouvir Caleb poderia ter mexido comigo. Sentamos um pouco na sala de jantar até meu pai se despedir e ir embora, subi com Isaac para garantir que ele escovasse os dentes, logo deitei na cama com ele lendo uma história para que dormisse, isso me fez ter um pouco de distração.

— Então os cavaleiros das cruzadas tinham que defender a cruz que no caso era a igreja, tinham que recuperar Jerusalém, travando grandes batalhas e dando suas vidas. – Eu lia viajando no conteúdo, quando dei por mim Isaac dormia sobre minha barriga e meus dedos afundavam em seu cabelo em um carinho, sorri ficando ali um pouco olhando para ele, quando John parou na porta sorrindo, saí de fininho cobrindo Isaac, lhe dando um terno beijo. John me abraçou dando um selinho terno, me levando em direção ao quarto, enquanto terminava meus rituais para dormir hidratando a pele, observava o olhar de John em mim, ele já deitado apenas me observava, quando me deitei ao seu lado, nos encaramos e o vi suspirar. – Pode falar o que te preocupa? – O encarei mordendo os lábios, mas já sabendo o que seria.

— Confesso que tenho receio deste Caleb chegar perto de vocês duas, de você. E não sei o que faria, porque vocês têm mais laços, tem a Louise juntos, isso pode ser mais forte do que temos, se ele quiser, terá você. – Ele suspirou, me olhava, mas o percebia distante. – Se quiser mais filhos, ele poderia te dar, eu não. Me perdoe por parecer um adolescente inseguro, mas quando se trata dele me vem tantas maneiras de te perder.

— Já te disse que não vai nos perder, eu sou sua, ela é sua. – Eu disse me aproximando e se aconchegando em seu peito. – Se falarmos que ela é sua, ninguém tem que duvidar disso, porque em seu coração e no dela, você é. Laços sanguíneos nada se compara a isso. – Eu disse sentindo um beijo terno na cabeça enquanto sentia uma suave caricia onde os dedos de John deslizava pelo meu braço.

Quando acordei John já não estava na cama, me levantei colocando o hobbie e minhas pantufas confortáveis, desci e vi todos já postos a mesa, John estava vestido para o trabalho, tomando seu café com Louise em seu colo. O vi abrir um sorriso assim que me avistou, assim como também fiz ao vê-los ali. Me sentei servindo um pouco de suco e algumas frutas, suspirei olhando todos tão imersos em seus mundos, John com Louise quase nem notavam nós a mesa, tinham uma dinâmica muito deles, Isaac vendo algo no seu celular, revirei os olhos comendo.

— Falta poucas semanas para seu aniversário, pensa em fazer algo? – John questionou colocando Louise no chão e se encaramos. – Uma festa talvez?

— Acho que está muito em cima para isso, não acha? – Limpei a boca e sorri cordialmente. –Mas posso pensar em algo. – Ele abriu um sorriso concordando. – Tem o aniversário dessa bolotinha. – Olhei Louise que se arrastava pelo chão brincando e nos olhamos. – Isso sim é para se comemorar.

 - Concordo. – Ele disse babando em Louise que sempre que o olhava abria um sorriso, meu coração se aquecia cada vez mais com cenas assim, nunca iria me acostumar.

— Isaac se troque, vou para a cidade e te deixo na escola tudo bem? – Isaac terminou seu leite e subiu se arrumar, quando selei meus lábios ao de John que já estava em pé pronto para sair. – Vou tomar um banho e ir a cidade, precisa de algo? – Perguntei a ele que me abraçava e selava mais demoradamente nossos lábios.

— O que eu quero nesse momento não seria possível. – Ele disse baixo e sorrindo maliciosamente, revirei os olhos em bom humor. – Te vejo mais tarde.

— Tudo bem, te dou o que quer mais tarde então. – Eu disse em bom humor me separando do nosso abraçado e subindo as escadas sentindo o olhar dele em mim. Ia em direção a cidade com Isaac olhando a paisagem do lado de fora, o olhei brevemente em silencio, pigarrei chamando a atenção dele para mim. – Animado para estudar aqui novamente Isaac?

— Sabe Zoey, estou animado, agora que estou maior, vi muito da vida poderei arrumar uma namorada, arrumar um bom emprego e ter uma família como você e John. – Seu tom de irônica era perceptível, dei risada e ao mesmo tempo me senti feliz sabendo que ele nos via como exemplos.

— Primeiro precisa terminar a 3ª série senhor pronto para ter uma família. – Parei o carro diante do colégio e ele olhou para o prédio aflito, e depois ficou olhando as mãos por instantes, os pais observava o Aston Martin parado diante a escola, os vidros pretos não dava visão de ninguém dentro do carro, mas víamos a atenção que isso achava.  – Quer que eu desço com você ou pode fazer isso? – Não conseguia evitar a preocupação.

— Posso fazer isso, John me disse que não importa do que me chamem, vão querer se aproveitar de mim quando vocês não estiverem por perto e tenho que aprender a usar o sim e o não com as pessoas certas, enfrentar tudo isso saindo do seu carro chamativo é o primeiro passo. – Ele me abraçou forte e ficou ali por instantes, sentia que estava com medo de ser hostilizado o beijei forte e estralado no rosto.

— Me ligue mesmo que eu estiver em qualquer lugar do mundo venho o mais rápido possível. – Ajeitei o cabelo dele, respirando fundo e segurando o meu choro, não queria demostrar preocupação para ele. Juntamos nossos mindinhos em um laço e sorrimos um para o outro. – Não estarei longe tudo bem? Amo você Isaac. – Eu disse o soltando e o vendo tornar a respirar e descer do carro, fiquei ali o olhando andar retraído até sumir de vista e entrar no prédio, meu peito se comprimia em nervosismo e ansiedade por ele, que me fazia querer chorar, será que quando fosse com Louise seria assim também? Sorri com meu pensamento e segui com o carro ainda pensando o que fazer já que faltava um pouco para me encontrar com as meninas, quando dei por mim estava no estacionamento do shopping apertando forte o volante lembrando de quando encontrei Caleb no trocador da Farm, mordi o lábio e desci, iria comprar algo para animar Isaac e algumas roupas para Louise, após algumas lojas, entrei na loja de eletrônicos atrás de um videogame para Isaac, quando escutei uma voz me chamando e gelou minha espinha, relutei em virar, respirei fundo, forjando um sorriso e procurando forças para não pirar e me embaralhar.

— Zoey? – O questionamento e a voz estavam mais próximo então me virei e sorri.


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