Tudo que uma Cullen Quer escrita por Ellen Cullen


Capítulo 1
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Nova fanfiction, e gostaria que comentassem o que estão achando!
Obrigada e boa leitura!!!



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POV Nessie

 

Meu nome é Renesmee Swan, nasci no estado de Washington, em uma cidadezinha chamada Forks.

Eu sempre morei com a minha mãe, sempre foi apenas nós duas, mas todos os anos, no meu aniversário, eu faço apenas um pedido.

Então a frase tão familiar de minha mãe, soa em minha mente:

“Faça um pedido querida”.

Então eu fecho os olhos e penso:

“Queria que mais alguém estivesse aqui”. – E a cada ano que isso não acontece, eu peço a minha mãe para me contar a mesma história de sempre.

— ... “Você não se cansa dessa, não é?” – ela diz. – “Era uma vez, uma garota jovem, com muitos sonhos, que um dia resolveu partir e conhecer o mundo...Ela foi parar no deserto do Marrocos, mas o destino esperava por ela. E o seu nome era Edward Cullen. Eles se apaixonaram perdidamente, e se casaram por um príncipe beduíno em Marrocos. Então Edward a levou para sua conhecer sua Família, para que então pudessem se casar de verdade, mas o destino não foi tão bondoso desta vez... Ela definitivamente não era o que eles estavam esperando. Mas quando o pai de Edward morreu repentinamente, ela sabia que teria mais pressão sobre ele, para viver um certo tipo de vida, por que ele era agora um Lord Cullen, e a garota sonhadora não era “ideal” para uma “Lady”.

Minha mãe balançou a cabeça, repetindo as palavras duras ditas pelo assessor de meu pai:

— “Edward precisa focar em sua carreira agora...Esse relacionamento só irá atrapalha-lo. É melhor que você vá embora agora.” — minha mãe suspira, e então continua:

“Então, mesmo com um coração partido, ela sabe que tem que deixa-lo... Mas, alguns meses depois, o destino lhe deu o melhor presente de todos.” – ela sorri para mim. – “Uma bela bebezinha, que ela chamou de Renesmee.” - Então termina a história.– Bons sonhos querida, eu te amo. – ela diz beijando a minha testa.

— Eu também te amo. – eu digo.

Então, esse é o meu ritual, desde que eu me conheço por gente.

Todos os meus aniversários, é assim que a noite termina. 

Depois de minha mãe me contar a sua história, eu acabo encolhida em minhas cobertas.

Ao invés da tão sonhada dança pai e filha, que eu vejo todos os finais de semana acontecerem no meu trabalho, eu termino a noite abraçada a uma foto antiga de um pai que eu nunca vi na vida, desejando que no próximo ano, tudo seja diferente.

— Boa noite, Edward. – eu digo beijando a foto surrada.

No meu aniversário de 17 anos, eu e minha mãe tivemos que trabalhar, e é aí que a minha história realmente começa...

Minha mãe dirigiu sua Picape Chevrolet Truck 53 vermelha desbotada, herança de meu Avó Charlie, até o local que íamos organizar o evento daquele dia, desta vez, seria um casamento.

Eu já estava com meu habitual uniforme de garçonete, seria mais um aniversário meu que passaria trabalhando, mas eu gostava, por que minha mãe sempre estava comigo, não como garçonete, mas como cantora, e era uma maneira de ocupar minha mente.

— Vai entregar alguma coisa? – Um homem de uniforme formal e óculos escuros perguntou na entrada.

— Sim. – minha mãe respondeu. – Umas três horas de Rock and Roll. – minha mãe disse sorrindo ao homem.

— Ah, sim, Sra. Swan, a senhora é aguardada. – ele disse sorrindo, liberando nossa entrada.

Seria mais uma festa em uma mansão, nada extraordinário, pelo menos, não para mim.

Como todos os finais de semana, a empresa que nos contratava, contava com uma pequena equipe de funcionários para ajudar a organizar e servir os convidados.

Já faziam dois anos que trabalhávamos com as mesmas pessoas: Angela, Leah, Embry, Paul e Jane.

Angela era a minha favorita, era muito calma, e doce, e quando falava, nunca era sobre si, eu a considerava como uma irmã.

Leah era mais irritável, do tipo que você não gostaria de se meter em uma briga. Nós nunca tivemos nenhum problema, mas eu gostava de manter apenas um relacionamento profissional com ela.

Jane era muito espirituosa, era um ano mais nova do que eu, e um pouco mimada, mas eu gostava da sua presença, ela sempre deixava o ambiente mais animado.

Embry e Paul eram irmãos, mas eu sentia que havia uma pequena competição entre eles.

Paul era o mais irritável, ele tinha quase o mesmo temperamento de Leah, não é à toa que eram namorados.

Embry era mais tranquilo, mas as vezes ele me deixava um pouco desconfortável, ainda mais quando ele tentava dar em cima de mim, mesmo eu já ter dito diversas vezes que queria apenas sua amizade.

A festa de casamento estava toda montada, e os convidados já estavam sentados a mesa. A decoração era a coisa mais cafona que eu já havia visto na vida: Toda rosa e branca, cheia de frufrus, cadeiras antigas pintadas em dourado, rosas enfeitando as mesas com laços de fitas, e esculturas de animais em gelo. Parecia mais a decoração de uma festa de debutante, mas quem era eu para dizer alguma coisa? eu só era a garçonete.

Havia um palco montado ao ar livre, onde minha mãe já estava posicionada com seu microfone, um tecladista e baterista que foram contratados a parte pelo evento.

Já fazia quase uma hora que eu estava servindo as mesas, e tinham muitos convidados, e eu já estava exausta.

Então assim que deixei os mini croissants em uma mesa, ouvi quando a noiva, que se chamava Jéssica conversar com uma mulher, que deduzi ser a sua mãe.

— Eu não sei! – ela disse irritada. – É o nosso casamento, e não consigo encontra-lo!

— Tem certeza que ele disse que ia ao banheiro? – ela perguntou.

— Onde mais... – Então ela parou. – Você acha que Mike... – ela disse colocando a mão na boca.

Sai de perto delas, carregando a bandeja de prata vazia, levando- a para dentro da cozinha.

Quando voltei, fui até a mesa perto das fontes repondo alguns doces que foram comidos, então tropecei em algo.

Era um par de pernas.

Olhei para os lados, para ver se alguém havia visto, mas estavam todos ocupados enchendo a boca de comida e conversando.

Olhei para de baixo da comprida toalha, e encontrei um noivo bêbado e encostado nas pernas da mesa.

— Olá! – ele disse, exibindo um sorriso simpático. – Como vai?

— Oi. – eu disse surpresa.

Então o noivo apagou.

Mas que droga!

Sai de baixo da mesa, disfarçando, então fui até uma das mesas.

— Com licença. – eu disse pegando uma faca.

Fui até uma das esculturas de gelo, cortando um pedaço do bico do cisne, e voltando para debaixo da mesa.

O noivo ainda estava apagado.

— Desculpe por isso. – eu disse para ele. – mas você precisa acordar.

Então peguei o gelo, e enfiei por dentro de sua roupa.

Imediatamente o homem deu um pulo, levantando e saindo debaixo da mesa.

Ele estava pulando, em uma tentativa de retirar o gelo de suas costas, então disfarcei tentando imitar seus pulos, em uma dança animada. As pessoas da festa acharam que estávamos dançando, então rapidamente a banda do palco mudou de música, e minha mãe começou a cantar uma música mais agitada. Algumas pessoas da festa começaram a se juntar a nós, em uma dança confusa, e o noivo ainda lutava com o gelo derretendo em suas roupas, mas pelo menos agora ele estava consciente.

Passado aquele evento, já estávamos chegando ao fim da festa, e eu terminava de retirar os pratos da mesa.

— Posso retirar este prato senhor? – eu perguntei.

— Renesmee! – Uma voz feminina falou atrás de mim.

Reconhecia a voz familiar, revirando os olhos.

Minha ex-colega do ensino médio, Victória.

— O que está fazendo aqui? – ela disse, como se o que eu estivesse fazendo já não fosse obvio o bastante.

— Ah, estou apenas recolhendo os pratos. – eu disse dando de ombros.

— Oh meu deus, isso é tão divertido! – Ela disse, como se eu tivesse dito que estava surfando. - Adivinhe só... – ela falou animada. – Vou fazer um estágio na Europa, antes de entrar para a faculdade de Direito! – ela disse. Então olhou-me de cima a baixo. – E você, o que vai fazer?

— A sobremesa. – eu disse, ignorando sua pergunta.

— Não. – ela disse insistente. – Quero dizer, para que faculdade você vai?

— Ah. - eu disse tentando disfarçar meu desanimo. – Vou para a faculdade dos indecisos. – eu disse.

Faculdade não era uma prioridade, pelo menos não agora.

Ela pareceu pensar.

— Fica em Ohio? – ela disse.

Tentei não rir.

— Sim! – eu disse concordando. – Fica em Ohio dos indecisos.

— Ah... – Ela disse pensativa, se ela entendeu, eu não sei.

Então começaram a esvaziar o palco, e eu sabia que o momento  que  eu mais esperava  estava chegando.

A dança do pai com a noiva.

— Tenho que ir. – disse.

Minha mãe começou a cantar a música que sempre cantava nos casamentos, era a minha música favorita.

Um homem de terno cinza chumbo pegou a mão da noiva a levando para o palco, então começaram a dançar. Então pouco a pouco alguns pais, e avôs estavam com suas filhas, netas no palco, dançando, e eu continuava a recolher os pratos das mesas, os observando.

Um homem de cabelos cacheados levou uma menininha de uns 5 anos para o meio do palco, e começou a dançar com ela, então de repente senti as lagrimas se formarem nos cantos dos meus olhos.

Esse era o meu sonho, era o momento que eu mais desejava. Ter meu pai ali, dançando comigo. Mas isso nunca iria acontecer, então eu me contentava em observa-los.

Quando a música terminou, eu já havia terminado de recolher os pratos, com ajudas dos outros funcionários, e tirei o meu avental, exausta.

 Os aparelhos de músicas estavam sendo desmontados do palco, e então senti alguém atrás de mim.

— Eu sei. – minha mãe disse. – Eu vi o seu olhar.

— Eu não quero falar sobre isso. - Disse, tentando não desmoronar. – Mas... – eu suspirei.

— O que querida? – minha mãe disse.

— É que toda vez que fazemos esses eventos, e eu vejo a dança do pai com a filha... – senti novamente as lagrimas se formarem. – É eu que não posso evitar de pensar que eu não vou ter a chance de fazer isso.

Minha mãe se aproximou de mim, colocando uma mão em meu rosto.

— Ah querida. — ela disse suspirando.

— Eu sei que você pensa que está fazendo a coisa certa, me afastando dele, mas...- disse balançando a cabeça. – mas eu...

— Eu sei. – ela disse. – Eu apenas estou fazendo isso para protege-la de se magoar como eu. – ela suspirou.— Só eu sei o quanto eu sofri.

— Mas foi você quem o deixou mãe, você se lembra? – eu disse.

— Mas ele nunca veio atrás de mim, nunca pegou um avião, ou me ligou Renesmee! – ela disse mais exaustada.

— Bem, talvez ele a tivesse procurado se soubesse da minha existência! – eu disse.

Suspirei, sentando-me em uma das mesas que estavam vazias.

Minha mãe se sentou comigo.

— Não é tão simples assim. – ela disse.

—Por que você não me entende, mãe? – eu disse olhando em seu rosto que tinha uma expressão triste. – Eu sinto como se metade de mim estivesse faltando! – disse enxugando as lagrimas. – e como poderei saber quem realmente sou, sem essa outra metade? – eu disse me levantando da mesa.

— Renesmee. – ela disse triste. – Já conversamos sobre isso tantas vezes. - ela balançou a cabeça. - Conhecer uma pessoa, só por que compartilha do mesmo DNA com você, não é a resposta. É sobre conhecer você mesma.

Revirei os olhos.

— Sabe, era exatamente o que ele faria. – ela disse olhando para mim. – Vamos querida, vamos comer alguma coisa, a lasanha parece ótima.

Eu não estava me sentindo muito animada para comer, mas não queria que minha mãe se chateasse mais.

— Claro. – eu disse a seguindo até a cozinha.

Mais tarde no meu quarto, depois daquele longo dia que tive, não conseguia parar de me revirar na cama.

Peguei novamente a foto da minha gaveta.

Eu observava o homem que não sabia da minha existência, mas que eu carregava uma grande quantidade de características: o mesmo tom de verde nos olhos, o mesmo tom dos cabelos bronzes, e algo me dizia que poderia ter mais coisas.

Minha mãe estava errada.

Conhecer o meu pai poderia ser a chave para todo o vazio que sempre senti em minha vida.


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Notas finais do capítulo

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