O Colecionador de Histórias escrita por Akiel


Capítulo 5
20 de Ellanaris, 1318




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20 de Ellanaris, 1318

Três dias...

Levei três dias para aceitar o convite dos Soberanos Silenciosos. Toda vez que meus pés me guiavam pela trilha para o Jardim Congelado, meus passos paravam no meio do caminho, antes mesmo que a primeira rosa pudesse ser vista. Eu temia... Eu temia que pudesse estar enganado, que tivesse apenas imaginado a voz que me chamava, me convidando para vir. Mas hoje eu deixei meu medo de lado e segui a trilha das rosas, meus dedos brincando com as macias e coloridas pétalas e, sem realmente perceber, procurando por uma que fosse igual a que me foi ofertada. Contudo, não havia nenhuma rosa mesclada sobre a neve, apenas pétalas tão azuis quanto os lábios da personificação do Inverno ou tão vermelhas quanto o longo cabelo da personificação do Fogo. Eu finalmente vi Iverith e nenhuma história conseguiu verdadeiramente descrever a intensidade das chamas nele.

Sob o silêncio do branco jardim, eu encontrei uma raposa da neve. Ou deveria dizer que foi ela que me encontrou? Distraído com as rosas, não notei de onde a raposa apareceu, mas quando percebi, ela estava lá, em meio às rosas, tão quieta quanto o próprio jardim. Por um momento, temi um ataque ou um aviso para ir embora, só que meu medo não se concretizou. A alva raposa apenas me olhou, a cabeça um pouco inclinada para o lado e um brilho que parecia ser curiosidade nos olhos tão azuis quanto as Rosas de Inverno. Por um longo momento, permanecemos em uma silenciosa contemplação, até eu sentir um início de coragem me impulsionando a agir. Eu estiquei minha mão na direção da bela raposa, meu coração batendo com toda força no meu peito, e deixei que ela decidisse se iria se aproximar.

Para minha surpresa, a raposa da neve pareceu sorrir, os olhos azuis se fechando por um momento antes que ela se aproximasse com passos lentos, o gelado focinho tocando as pontas dos meus dedos esticados. Naquele momento, eu senti todo nervosismo e medo que já havia sentido desaparecer, meu coração encontrando calma e paz sob o toque da raposa, meus dedos seguindo um caminho próprio através da branca e macia pelagem e meus olhos sendo capturados pelo contraste entre os alvos pelos e minha própria pele escura. Eu ri quando os bigodes da cor da neve deslizaram pelo meu rosto e tentei me afastar, mas foi esse movimento que me fez perceber que não estávamos sozinhos. Havia outra sombra na neve, a poucos passos de nós e eu a segui com o olhar até encontrar a quem pertencia.

Um homem não muito mais velho do que eu, pelo menos na aparência. Ele parecia ter passado um pouco dos vinte anos, mas ainda longe de completar trinta. Contudo, eu logo descobri que ele é muito, muito mais velho do que eu. As roupas escuras destacavam o longo cabelo tão vermelho quanto as Rosas de Fogo e a pele clara que parecia absorver os últimos raios do sol. Ele esticou o braço direito na nossa direção, a mão aberta como em uma oferta. A resposta da raposa foi instantânea, se afastando de mim e correndo até o homem, pulando sob o carinho que foi imediatamente oferecido. Mas os olhos do homem estavam em mim, tão castanhos quanto os troncos das árvores que limitam o Jardim Congelado e tão intensos quanto o fogo queimando na lareira. Por um momento, a lembrança de Ileanna despertou na minha mente e foi o contraste da memória com a imagem do rapaz à minha frente que me deu a resposta sobre a identidade dele.

Iverith.

A personificação do Fogo.

Sem pensar, dei um passo para trás, toda calma dada pela raposa se afastando com o retorno da dúvida e do temor. Mas Iverith apenas riu, suave e silencioso. Com a mão direita ainda sobre o branco pelo da raposa, ele ergueu a esquerda para mim, a cabeça inclinando na direção do castelo de ardósia negra. Um convite. Meu olhar caiu para a raposa da neve, encontrando o azul olhar me observando tão atentamente quanto a personificação do Fogo. Sob o silêncio do Jardim Congelado, senti meu coração batendo com uma força que ameaçava quebrar meus ossos e oferecer fuga do meu peito e meus olhos retornaram para a mão estendida a mim. Apesar do medo e da dúvida dançando na minha mente, me encontrei hipnotizado pela luz do sol que alcançava os dedos pálidos do Soberano.

O sol já começava a se esconder no horizonte além das árvores e do mar, os últimos raios caindo como pequenos cristais que derretiam contra a mão de Iverith, se transformando em chamas que penetravam a pele e brilhavam sob o início da noite. O convite que me era oferecido era como a promessa de segurança e conforto dada pela lareira acesa no auge do inverno ou depois de um dia inteiro trabalhando na taverna. Procurando pelas irises castanhas, encontrei apenas calma e serenidade e, por um momento, o som do crepitar das chamas em meio a madeira invadiu minha mente, tranquilizando meu coração e meus pensamentos e guiando meus pés sobre a neve, me levando até a personificação do Fogo. Parei a um passo de Iverith, a bela raposa voltando a se aproximar e procurar meu carinho. Mas antes que minha atenção pudesse ser roubada pelo branco animal, a mão do Soberano pousou em meu rosto, um toque quente que pareceu sussurrar na minha mente.

Bem-vindo, Leandro.

Foi uma surpresa ouvir meu nome em uma voz forte e imponente, educada e suave, e não ver os lábios de Iverith se moverem. Demorou um momento para que eu compreendesse que era a voz dele, que ele falava diretamente na minha mente, para meu coração. Capaz apenas de assentir, vi meu Soberano sorrir para mim e afastar a mão. Ainda dividido, segui os passos da personificação do Fogo até o castelo de ardósia negra, a branca raposa nos acompanhando, permanecendo ao meu lado quase como um apoio a me manter amparado no desconhecido caminho que eu sabia — como sei ainda mais agora — que estava iniciando. Parecendo perceber o pendular do meu coração, a bela raposa diminuiu a velocidade o suficiente para se aproximar ainda mais, o gelado focinho tocando minha perna por um momento, o insistente contato me guiando ainda mais para a morada dos Soberanos Silenciosos.

Vulpi gosta de você. A forte voz ecoou na minha mente uma vez mais, atraindo meu olhar para meu guia, que observava a mim e a branca raposa com um pequeno sorriso nos lábios finos. Sem nenhuma outra palavra, Iverith continuou a caminhada e o toque do focinho de Vulpi me encorajou a seguir. Foram apenas poucos passos, mas a cada um, meu coração parecia bater com mais força no meu peito, curioso e temeroso, alarmado e encorajado, perdido em um mar de emoções e ainda assim atraído pela força na voz da personificação do Fogo, no trêmulo brilho de chamas que pareciam dançar sob a pele clara.

Agora, recordando dos meus primeiros passos no castelo, subindo os poucos degraus que levam até a alta e dupla porta de madeira, meu coração bate com a mesma mistura de ansiedade e curiosidade daquele momento. Meus pensamentos dançavam como os flocos de neve em uma nevasca, imaginando o que acharia dentro da bela morada, se encontraria a personificação do Inverno uma vez mais. A porta foi deixada entreaberta, o toque de Iverith a empurrando sem dificuldade e abrindo o caminho para que Vulpi nos deixasse, correndo para o interior do castelo com uma energia quase contagiante. Sentindo meus lábios se esticarem em um sorriso, percebi o mesmo movimento na face do meu soberano e o momento em que o castanho olhar foi capturado por algo que se encontrava além das portas.

Sem pensar, segui os passos e o olhar de Iverith, encontrando Vulpi parada aos pés de uma larga e alta escada, os degraus se erguendo na direção de um extenso vitral, no qual a última luz do dia fazia uma rosa vermelha e uma rosa azul brilharem, o intricado reflexo bailando sobre o chão. Contudo, foi a companhia buscada pela raposa que capturou minha atenção e atraiu os passos de Iverith quase como um feitiço. Ileanna. Bela como a primeira vez em que a vi, o longo cabelo branco caindo sobre o vestido pintado com tons de azul em um suave dégradé e os olhos da cor do céu noturno completamente focados naquele que caminhava até ela. Vi o sorriso que nasceu nos lábios azulados da personificação do Inverno, os dedos pálidos logo sendo erguidos para a face do Soberano em uma carícia que, apesar de simples, fez com que sentisse meu rosto esquentar com embaraço, como se eu tivesse me tornado testemunha de algo que deveria permanecer privado.

Ainda assim, fui incapaz de desviar meu olhar e, por um momento quase eterno, observei o amor dos Soberanos Silenciosos. Um amor antigo, profundo e intenso, em que um toque, um sorriso, um simples olhar pode dizer mais do que mil palavras. Eu imagino se, um dia, encontrarei esse tipo de amor, que reine em meu coração e transpareça toda vez que olho para a pessoa que amo ou me encontro perto dela. Mas naquele momento, meu rosto queimou ainda mais quando o azul olhar de Ileanna foi dirigido a mim, o sorriso nos lábios finos se tornando gentil e acolhedor. E, uma vez mais, me peguei questionando por que eles me chamavam, por que estava lá, vendo o interior de um castelo que só foi descrito em nossas histórias mais antigas.

Bem-vindo, Leandro.

Novamente, as palavras são ditas diretamente na minha mente, para meu coração, só que, agora, com a voz suave da personificação do Inverno. Minha surpresa e confusão devem ter aparecido em minha face, pois minha Soberana riu com silencioso divertimento e eu me peguei fazendo o que deveria ter feito quando fui recepcionado por Iverith. Abaixando meu olhar, inclinei o tronco para frente em uma rápida e respeitosa reverência. Apesar do distanciamento que marca nosso atual relacionamento com as personificações do Inverno e do Fogo, eles ainda são nossos Soberanos e merecem nosso respeito. Quando voltei a endireitar meu corpo, percebi a silhueta de algo à minha direita e minha curiosidade acabou ganhando do embaraço.

Em um primeiro momento, pensei que era um quadro — tão amplo que dominava quase toda extensão da parede de ardósia negra. Sem pensar ou perguntar, deixei que meus passos me guiassem até a imagem pintada, apenas para descobrir que o que foi usado não foi tinta, mas sim linhas coloridas, entrelaçadas até formarem um mapa dos Quatro Reinos. Uma tapeçaria. E o bordado foi feito de modo a representar as terras do nosso mundo de um modo peculiar. No Oeste, havia as montanhas do deserto enlaçadas ao sol. Ao Norte, a lua cheia quase se perdia no abraço dos galhos da floresta que pareciam querer protegê-la das asas de um corvo. No Leste, o mar invadia a terra, se misturando aos raios de uma tempestade. E, no Sul, uma Rosa de Inverno se entrelaçava a uma Rosa de Fogo. Também havia uma pequena ilha que não reconheci, escondida entre o Leste e o Sul.

Olhando para os desenhos costurados de modo tão perfeito, eu percebi que aquele não era um mapa dos reinos, mas sim da localização das Primeiras Crianças do Mundo. Lathia e Fenris no Norte, iluminando as sombras da Bruxa da Floresta. Loras e Castelli no Oeste, protegendo o deserto que criaram. No Leste, a Senhora da Mar envolve o reino que tomou como lar junto com os Trigêmeos da Tempestade. E no Sul... Os Soberanos Silenciosos. Sem que eu percebesse, minha mão caiu sobre a ilha solitária. Se aquela tapeçaria mostrava a localização das Primeiras Crianças, então que lugar seria aquele? Poderia ser o local de origem das Crianças do Mundo?

— Esse é seu local de nascimento? — perguntei, meu olhar buscando pelos Soberanos ao pé da escada — De todos vocês?

Sim.

A mesma resposta em duas vozes, os sorrisos nos lábios das personificações do Fogo e do Inverno adquirindo uma sombra de satisfação que não compreendi. Meus pensamentos corriam na minha mente, o questionamento sobre minha presença no lar dos Soberanos Silenciosos novamente despertando e se misturando a inquietação que nascia no meu coração. Distraído, meu olhar retornou para a pequena ilha, só então percebendo os discretos pontos cinzentos que foram bordados ao redor, como uma barreira de neblina envolvendo o desconhecido lugar. Com as pontas dos dedos, segui os pontos acinzentados até que meu caminho encontrou o do toque levemente gelado da personificação do Inverno. Minha mão parou sobre a tapeçaria e eu observei o contraste da minha pele escura contra a palidez de Ileanna enquanto minha Soberana guiava meus dedos para o centro da ilha.

Nós o chamamos de Refúgio. Nosso Refúgio.

Eu ouvi a voz de Iverith, percebendo então que a personificação do Fogo também se aproximou, o calor da presença do Soberano se transformando em um inquietante contrapeso ao frio do toque do Inverno.

É nosso lar. Nosso lar longe de nossos lares.

Havia um eco de divertimento na voz de Ileanna, mas minha atenção permaneceu na imagem da ilha rodeada pela neblina — mesmo depois do gelado toque ter se afastado. O que eu estava vendo e ouvindo, ninguém havia descobrido ainda. Por mais que haja histórias sobre as Primeiras Crianças do Mundo, nenhuma conta sobre o Refúgio, sobre o lugar onde elas nasceram, de onde elas partiram quando se espalharam para as regiões que se tornariam os Quatro Reinos. Eu senti que um segredo estava sendo revelado para mim, uma peça que se encaixa em todas as histórias que conhecemos. E, ainda assim, apenas um pequeno pedaço do que pode existir por trás de tudo que ouvimos e contamos. Foi esse pensamento que fez com que a dúvida em minha mente sobre minha presença no castelo de ardósia negra se tornasse um questionamento:

— É por isso que estou aqui? — assim como minhas palavras, meu olhar procurou pelo rosto da minha Soberana — Vocês querem contar a sua história?

Um toque suave em minha face foi a primeira resposta que recebi, o gelado carinho seguindo por minha bochecha até parar um pouco acima do meu pescoço. Por um momento, uma sombra pareceu passar pelo azul olhar de Ileanna, como uma nuvem de tempestade que cruza brevemente o céu que aguarda a nevasca. Os dedos da personificação do Inverno retomaram seu caminho, contornando meu olho quase como se houvesse algo a ser procurado em meu rosto.

Há algo em você que não encontrávamos há muito tempo.

Antes que pudesse questionar o que Ileanna queria dizer, ouvi a voz de Iverith. Dessa vez, foi a mão da personificação do Fogo que procurou meus dedos sobre a tapeçaria, o toque do meu Soberano quente como o sol sobre minha pele.

Seu carinho por nossas histórias, seu respeito por quem nós fomos e quem nós somos para o Reino do Sul.

O frio toque em meu rosto se intensificou, atraindo meu olhar para as brilhantes irises azuis.

Mas nós não imporemos nada a você. Pense e, se decidir nos ouvir, retorne amanhã.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, os olhos da cor da noite desviaram de mim para a personificação do Fogo parada às minhas costas. Por um momento, pareceu que os Soberanos conversavam em silêncio, as palavras escondidas de mim. Sob a ausência de som, aproveitei para observar a personificação do Inverno. A face pálida que, tão perto, parecia estar coberta pela neve, o longo cabelo branco como um rio sobre o azulado vestido e o intenso olhar... Sempre mais brilhante — mais do que a lua mais cheia — quando dirigido para Iverith. Um toque quente nos meus ombros me tirou dos meus pensamentos e, sob o peso da força da personificação do Fogo, sinto o convite para me guiar de volta ao jardim e ao caminho de casa. Um suave sorriso esticou os lábios de Ileanna, uma despedida e, ao mesmo tempo, um convite para retornar.

Sob a orientação do meu Soberano, dei um passo para trás, mas imediatamente um peso pareceu nascer em meu peito — um que permanece até agora. Não queria partir. Mesmo se meu corpo obedecesse ao confortável toque em meus ombros, me sentia sendo puxado de volta a cada passo que dava em direção à saída. Queria saber mais, descobrir mais. Quando meus pés tocaram o tapete de neve que cobre o Jardim Congelado, meu olhar foi atraído para as Rosas de Fogo e de Inverno, agora cobertas pelas sombras da noite, apenas alguns raios de luar conseguindo tocar as macias pétalas. A imagem me fez recordar e desejar minha própria rosa, deixada no meu quarto, e que agora permanece ao meu lado, uma silenciosa observadora da dança que a pena executa nas páginas do meu diário.

Pesado com o desejo de não ir embora e com a saudade da minha rosa, virei meu olhar para a face de Iverith, meus passos parando abruptamente sobre a neve. A luz da lua caía sobre as rosas, mas parecia evitar o corpo do Soberano, que permanecia envolto pelas sombras noturnas. As chamas que, antes, pareciam absorver e refletir a luz do sol, naquele momento brilhavam como o fogo na lareira, como uma fogueira sob a pele. Sem pensar, ergui minha mão, meus dedos perseguindo as chamas, e minha mente apenas reconhecendo o movimento quando a personificação do Fogo sorriu. Sentindo meu rosto queimar com embaraço, comecei a afastar a mão, mas meu Soberano continuou a sorrir, o pescoço inclinando levemente para a esquerda. Uma permissão e um convite.

Com cuidado, toquei a pele iluminada pelo fogo, sentindo o calor emanado, mas não mais intenso do que o do meu próprio corpo. Por um momento, as chamas pareceram brilhar mais e se espalhar, quase escapando para meus dedos, iluminando minha pele como o sol sobre os troncos das árvores no início da manhã. E, então, eu senti em cada batida do meu coração, em cada osso e músculo que possuo, em minha mente e em minha alma que tudo é real. Todas as antigas histórias, todos os contos que chegam com os navegantes, as vidas das Primeiras Crianças, os caminhos que ela seguem, entrelaçados aos nossos. E eu quis — e eu querotudo.

Quero ouvir a história dos Soberanos Silenciosos, mas não só a deles. Quero ouvir todas as histórias, quero conhecê-las, do Norte ao Sul, do Leste ao Oeste. Quero ver a verdade do nosso mundo, descobrir os segredos ainda mantidos naquela pequena ilha cercada pela névoa. Quero encontrar mais das Primeiras Crianças, ouvi-las, aprender com e sobre elas.

Quero...

Vou retornar ao Jardim Congelado e ao castelo de ardósia negra. Quero ouvir as histórias.


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Notas finais do capítulo

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