Querido professor escrita por mjrooxy


Capítulo 16
A calmaria antes da tempestade




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/785506/chapter/16

Acordar com Hinata adormecida em meus braços era a visão do paraíso, aliás, ela se tornara meu próprio paraíso particular.

No qual eu havia me perdido profundamente, sem passagem de volta.

Eu queria apertá-la e nunca mais soltar. Eu não a queria em minha cama apenas por uma noite. Pelo contrário, a queria por toda uma vida. Porquanto, ainda sentia um medo visceral de perdê-la.

Enquanto ela dormia, minha cabeça dava voltas e mais voltas. Lembrando da conversa que tive com o diretor. No entanto, se Hinata acordasse agora e não me quisesse, ainda assim, eu seria grato. Grato por ter ao menos sentido o gostinho de como era tê-la comigo, em meus braços, falando meu nome entre um gemido e outro. Eu seria grato não só por ela me proporcionar a noite mais incrível da minha existência e por fazer com que eu me sentisse homem novamente. E sim, por sua doçura, seu carisma, sua teimosia, seus carinhos. Por tudo isso, eu não poderia reclamar.

Depois de ter me tirado tudo naquele acidente de carro, no qual meus pais e meu irmão, Menma, morreram. A vida finalmente resolvera me dar um presente tão valioso quanto ela. Aliás, Hinata era o que eu tinha de mais precioso agora. Portanto, eu só poderia ser grato.

Pensar tal coisa, em perder o que havia conseguido conquistar com muito custo, chegava a secar minha garganta. A verdade, era que eu me sentia um garotinho amedrontado. Principalmente depois de saber sobre Toneri, cujo o pai era dono da metade do Japão.

Kakashi? Bem, ele era peixe pequeno perto deste. Aliás, sabia que estava sendo um puta inseguro, pensando todas essas coisas. Visto que Hinata já tinha afirmado e reafirmado que gostava de mim.

Era que, se tratando de Hinata, eu ficava assim. Estar com ela era como viver um sonho bom e eu não queria acordar. Eu até sabia que Hyuuga era um sobrenome renomado, no entanto, com Hinata sendo tão humilde. Não a liguei ao magnata Hiashi Hyuuga. Me sentia pior ainda por tratá-la tão mal no início do semestre. Hinata aguentou estoicamente e não desistiu, ela poderia ter recorrido ao pai e eu talvez perdesse bem rapidinho meu emprego. Contudo, Hinata era mais determinada do que eu imaginava.

Sorri ao lembrar da primeira vez que a vi na sala. Ela estava incrivelmente linda e não demorou muito para roubar minha atenção.

Suspirei pesadamente e o diálogo da noite anterior veio todinho em minha cabeça.

— Você é um dos meus melhores professores, Naruto. Esperava uma atitude assim vinda de qualquer um, menos de você. Se desistir disso, eu o mantenho em meu quadro de funcionários. - o diretor anunciou, me olhando de frente.

— Desculpe, mas eu amo a Hinata. - afirmei convicto. - Não abrirei mão dela e isso não interfere em minha conduta acadêmica e profissional.

— Se é assim, não tenho outra opção a não ser desligá—lo. Isso se Hiashi não tentar algo contra você, fique esperto, tenho um apreço por você, Naruto. Não quero que se prejudique por causa de uma paixão juvenil.

— Eu tenho vinte e nove anos, o que sinto é real, não efêmero.

— Mas e Hinata? Será que sente o mesmo? Ela acabou de completar vinte e um anos apenas. Está na idade da escolha e você já é mais maduro, pense bem Naruto. - sua explanação veio em minha direção como adagas afiadas. - Você conhece o pai dela, não conhece? É o magnata das indústrias Hyuuga. E, pelo que seu, Hinata tem um histórico com Toneri, eu acho que ele não ficará feliz sabendo desse relacionamento.

— Assumirei o risco. - eu disse e ele assentiu.

E, apesar de sentir o peso de tais palavras, eu não desistiria tão fácil. Jamais desistiria de Hinata, se ela quisesse me largar, que largasse. Porém, eu, Naruto Uzumaki; não escolheria meu emprego a ela, em hipótese alguma. Desistir de Hinata estava fora de cogitação.

— Uma pena, perdi meus dois melhores professores em menos de um mês.

— Se refere a Kakashi, certo?

— Sim, o próprio. - confirmou pesaroso.

— Bom, acho que vou indo. - anunciei, aquele assunto já estava encerrado.

— Tudo bem, se cuide. - apertamos as mãos. - Sabe que estou fazendo isso, porque se Hiashi quiser, pode acabar com essa faculdade e eu não quero ficar em seu caminho.

— Eu sei, regras são regras. Eu as quebrei, devo arcar com as consequências.

— Espero que não se arrependa dessa decisão. — ouvi em resposta.

— Não me arrependerei. - dito isso eu sai da sala, levando comigo o envelope recheado de fotos minhas com Hinata.

Ainda ponderando sobre tudo o que tinha acontecido.

— Amor? - ouvi a voz doce de Hinata e sorri instantaneamente.

— Que foi, meu anjo. Já acordou? - respondi, puxando-a para mim, só não o fiz antes temendo acordá-la.

Hinata estava deitada em meu peito nu, com seus cabelos escuros esparramados sobre mim e apenas um lençol envolvia seu corpo. E, quando ela abriu seus olhos perolados, meu mundo parou. Era sempre assim com Hinata. A pele branquinha e macia, o cheiro adocicado, o nariz pequeno, a boca rosada. Tudo em Hinata me enlouquecia, tanto que eu a apertei contra mim, querendo muito que ela não fugisse nunca mais.

— Acordei e não vou a lugar nenhum, não precisa me apertar assim. - gracejou e deixou um beijo em meu peito.

— Só quero garantir.

— Bobo.

— Você me deixa desse jeito, Hinata. - assumi, sem ter vergonha de parecer um tolo apaixonado. - Você é muito importante pra mim.

— Você também é pra mim, Naruto. - ela sorriu, se enroscando ainda mais ao meu corpo.

— Pode parecer clichê, mas essa foi a melhor noite da minha vida. - beijei o topo de sua cabeça e enfiei meus dedos por entre seus cabelos escuros, depois fui distribuindo beijos por todo o rosto de Hinata.

Começando pela testa, passando pelo nariz, bochechas e parando nos lábios.

— Você beijou minha remela. - brincou.

— Não ligo. - ela riu.

— Será que posso ficar aqui?

— Eu adoraria, hime. Mas você não tem que trabalhar?

Hinata fez uma careta adorável.

— Tenho, né. - devolveu. - Trágico.

— Eu te busco na faculdade e você volta pra cá, que tal?

— Perfeito. - Hinata fez um movimento rápido, parando em cima de mim, fazendo os seios fartos pularem, quase me matando do coração logo cedo. - A minha noite também foi incrível; inclusive, eu queria repetir tudo antes de ir para o estágio. O que acha? - ela me olhou com uma expressão travessa e mordeu o lábio.

— Já falei que amo quando faz essa carinha de safada? - segredei e a envolvi em meus braços. - Preciso confessar que meus sonhos eróticos com você, nem se comparavam ao que experimentei ontem.

— Que bom, sinal de que sou melhor ao vivo e a cores.

— Bem melhor. - eu a puxei e colei nossos lábios em um beijo rápido.

— Estou me sentindo muito suja. - Hinata disse, após o término do contato. - Preciso de um banho, você não? - dito isso, ela se levantou, permitindo que o lençol que a cobria deslizasse por seu corpo curvilíneo.

Praticamente me levando a loucura ao presenciar tal cena, em plena manhã. Será que um dia eu me acostumaria a vê-la nua sem quase ter um infarto? Aliás, ontem, quando visualizei aquelas fotos, achei que fosse cair duro ali mesmo, eu fiquei literalmente duro, se é que me entendem. E, quando vislumbrei pessoalmente seus seios e pude tocá-los, achei que tivesse subido aos céus e voltado. Porém, poder fazer tudo isso e mais um pouco na noite passada, com a promessa de repetir agora, era demais para mim. Será que eu conseguiria dar conta daquele mulherão? Bem, confesso, se dormir foi uma delícia, acordar estava sendo igualmente prazeroso.

Eu nem esperei uma segunda chamada, apenas me levantei num pulo e a segui. Sentindo as mesma sensações que experimentei ontem, quando a vi se despindo na minha frente pela primeira vez.

Hinata era uma visão, definitivamente. Uma mulherão e tanto, eu nem sabia como tinha dado conta do recado na noite anterior. Ela era areia demais para o meu caminhãozinho. Entretanto, faria duas, três, quatro... Quantas viagens fossem necessárias, a única coisa que eu não faria, de forma alguma, era abrir mão de Hinata.

Que, sem sombra de dúvidas, era a mulher da minha vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Querido professor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.