Love is in the air escrita por Alina Black


Capítulo 81
Agente disfarçado




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Dois dias depois estávamos de volta ao voou com destino a Pequim, havia acontecido um aumento de policiais no aeroporto e tinha notado que Leah estava agindo de uma forma estranha, ela que sempre tinha algo a dizer estava calada demais, parecia pálida, infelizmente não tínhamos tido tempo de conversar a sós e por isso não tinha perguntado a ela.

Quando a vi com uma expressão série em seu rosto enquanto ajudava uma criança a por o cinto de segurança não controlei minha curiosidade, a puxei pelo braço ate uma fileira dupla de assentos desocupados enquanto ela me olhava com os olhos arregalados deixando ser levada como uma boneca, mantive minha voz baixa.

—Leah o que está havendo? Você parece distante, o que há com você?

Ela apertou meus pulsos e olhou para os lados como se procurasse por alguém e depois se virou para mim – Ness...

—O que?

—Sam conseguiu informações sobre a morte de Paul.

—O que ele disse?

—Ele falou com um policial que está participando das investigações do DEA.

—E?

— O problema está limitado a nossa companhia aérea, mas ainda é pior do que isso, é especificamente em nosso avião.

Cerrei meus olhos – então a morte de Paul não foi uma coincidência? Isso que quer dizer?

—Não posso confirmar mas Sam pediu para que eu tenha cuidado.

Imediatamente liguei o pedido de Sam ao de Alec – Como Alec me pediu lembra, com certeza ele sabe de alguma coisa, e ele terá que me responder.

— Cuidado Nessie, pode haver alguém suspeito nesse avião, até mesmo o assassino de Paul.

A ansiedade de dominou.

— Eu acho melhor mandar a mensagem dentro do cockpit ao lado de Jacob, vou contar a ele.

Leah respirou fundo.

— Eu não acho que estejamos em perigo, mesmo que tenha uma pessoa suspeita aqui tem muitos passageiros que são todos revistados ao embarcarem.

—Sim a segurança anda bem rígida.

— Mas Sam não me alertaria se não fosse algo sério, mas dividir com você me ajudou, de qualquer forma não conte a ninguém.

—Nem ao Jacob?

—Sim a ele pode contar, mas não quando Embry estiver por perto, afinal de contas não o conhecemos direito.

—Certo – concordei.

Decidimos voltar a nossas funções.

Eu entrei na cabine onde guardávamos nossos pertences e dei de cara com Jasper que pulou como uma criança pega no flagra quando me viu chegar – O que está fazendo?

Ao lado dele havia uma mala aberta e um pano roxo – Essa é minha bagagem, não é?

—Sim eu confundi – respondeu ele – Eu vim pegar uma bateria extra pro meu aparelho celular e como nossas malas são iguais minha mente estava em outro lugar que nem olhei a etiqueta.

Ele me entregou seu telefone para comprovar suas palavras e a bateria estava apenas seis por cento, eu ia dizer a ele tudo bem, mas assim que abro a boca uma mensagem iluminou seu celular, era de alguém chamada Vicky.

“ James responda essa mensagem assim que chegar”

Dei dois passos para trás – James? Ele puxou de imediato o aparelho de minhas mãos e olhou para a tela, o rosto sempre indecifrável demonstrou desanimo, novamente dei mais um passo para trás, ele franziu a testa e eu engoli minha saliva – Seu nome não é Jasper?

As palavras de Leah vieram a minha mente de imediato, minhas pernas começaram a tremer e eu lentamente comecei a me afastar – Quem é você?

Ele esticou a mão para mim me fazendo dar mais um passo para trás – Por favor me escute, não sei o que pode estar pensando, mas não é o que parece, não se preocupe.

— Não me preocupar? –  Minha voz saiu trêmula assim como minhas pernas apesar dos meus esforços para me manter calma – A minha mala estava trancada, eu sempre tranco a minha mala, e tenho certeza de que hoje não foi exceção, você saberia que não era sua mala porque não conseguiria abrir e mexeu nas minhas coisas apesar da mala estar trancada, que pessoa honesta abriria a fechadura da mala de um colega?

Meu tom de voz se tornou mais agressivo, mas sentia que o pânico começava a me vencer, se eu gritasse o suficiente me ouviriam no cockpit? Jacob conseguiria me ouvir e me ajudar?

Jasper passou ambas as mãos em seu rosto e suspirou com um olhar pesado e parecia exausto – Me deixe explicar, posso provar tudo que vou dizer, posso mostrar a você só precisa confiar em mim.

Ele deu um passo para trás – me dê cinco minutos para explicar, prometo não me aproximar.

Eu hesitei, me perguntei se não era um truque para ganhar minha confiança, mas acabei concordando.

—Na verdade meu nome não é Jasper Hale e sim James Winters.

Sua resposta não me surpreendeu pois eu tinha visto em seu celular.

—Mas por quê?

— Eu sou policial, sou agente do DEA.

Meus olhos se arregalaram – DEA?

—Sim, estou no seu time com uma identidade falsa infiltrado em uma missão.

— por quê?

Ele me olhou surpreso – o assassinato de Paul Lahote não é o suficiente para indicar que algo está errado?

— Concordo, mas você entrou antes dele morrer.

— Verdade, estávamos investigando bem antes de sua morte e eu sinceramente sinto em não ter salvado a vida dele.

Minhas suspeitas não diminuíram, embora ele dissesse que era da polícia quem me garantia que era verdade? Por isso não baixei a guarda.

—Você disse que pode provar.

— Sim estou com meu crachá – Disse ele colocando a mão no bolso e tirando um pequeno retângulo branco me mostrando de longe – Eu sei que não quer se aproximar, então vou deslizar para você pelo chão, só precisa pegar.

O observei se abaixar e colocar o cartão no chão empurrando para mim, o plástico bateu em meu sapato e me abaixei para pegá-lo sem tirar os olhos dele em seguida analisei o crachá.

Na frente havia logotipo da DEA e a foto dele junto com o nome que ele dizia ser verdadeiro, atrás uma frase que dizia que ele era agente especial e um código de barras, e se fosse falsificado, eu deveria acreditar?

As vezes eu era ingênua, mas naquele situação eu achava melhor pecar pelo excesso de cautela do que pela falta.

—Mas alguém sabe disso? Que possa me confirmar?

—Sim seu chefe, ele está cooperando com as investigações e o comissário que eu estou substituindo que sabe porque foi transferido.

—Alec! Eu sabia que ele estava me escondendo alguma coisa quando tinha me dado alertas sem explicações – então se eu mandar uma mensagem ele irá me confirmar?

James concordou.

—Mas por favor use um sistema de mensagens criptografado.

—Ok.

Peguei meu celular do bolso da jaqueta e abri o aplicativo de mensagens tentando escrever rapidamente uma mensagem para Alec, meus dedos tremiam de nervosismo enquanto eu tocava no teclado, acabei apagando e reescrevendo a mensagem algumas vezes.

—Seu substituto é do DEA? A verdade por favor.

Olhei para James e ele continuava imóvel.

— Espero que saiba que não vou confiar em você até ele responder.

— Não posso culpá-la por ser cautelosa, mas por enquanto me dê o benefício da dúvida e não diga nada a ninguém ou isso irá atrapalhar nas investigações.

— Sim, tudo bem, mas se Alec confirmar você vai me dizer o que está acontecendo?

—Eu tenho outra escolha se quiser que mantenha isso em segredo?

— Se for realmente do DEA não vou revelar seu segredo, eu prometo até ajudá-lo no que for preciso.

— tudo bem eu acho.

Franzi minha testa – Eu posso contar ao Jacob? Honestamente é difícil eu esconder algo dele e ele vai saber que estou escondendo assim que olhar para mim.

—Impossível! Respondeu ele – não vou poder manter esse disfarce se todos os membros da tripulação souberem, eu também estou investigando a equipe.

—Somos suspeitos? Não temos nada com isso, principalmente o Jake ele não machucaria uma mosca.

—Acalme-se.

— Não estou o culpando e nem a ninguém só explicando pois não sabemos até onde vai o problema e temos que suspeitar de todos, espero que entenda isso.

— Eu entendi.

—Então peço que não diga nem a seu noivo e nem a ninguém.

— Como eu disse ele me conhece, e por mais que eu tente ele vai perceber.

— Se preocupe com isso quando isso acontecer.

Então Leah entrou na cabine e percebeu o clima estranho entre nós dois, mas James deu como desculpa que eu estava dando uma bronca por ele ter aberto minha mala acidentalmente


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