O dever nos chama escrita por Artemis Stark


Capítulo 1
Capítulo Único




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Olhou extremamente irritado para o outro lado da mesa, encarando a cadeira vazia antes ocupada pelo ministro. Depois olhou para seu relógio, mexendo os pés nervosamente no ritmo do ponteiro dos segundos.

A porta abriu-se. Ela entrou com o salto retinindo no chão e na ampla sala.

Malditas missões.

— Essa merda não poderia esperar até amanhã? – Draco perguntou, sem disfarçar sua irritação. Ao mesmo tempo, sabia que não podia esperar. Estavam muito próximos de prender os bruxos que começavam uma nova ordem de caos, mortes, estupros.

Obviamente, Hermione nem se dignou a responder, apenas colocou a pilha de pergaminhos sobre a mesa e sentou-se ao lado do auror.

— A espionagem de Zabini trouxe bons resultados. Aqui está tudo que escreveu no relatório de ontem e, a partir disso, podemos triangular onde está o esconderijo dessa corja.

O loiro pegou o rolo de pergaminho, lendo e relendo com atenção o texto do amigo – que depois dos longos meses infiltrados estava agora em sua casa, apreciando um bom uísque. Balançou a cabeça e voltou a focar no texto, fazendo algumas anotações.

— Aqui está o mapa dos povoados bruxos mais afastados, porém, achamos que eles estão escondidos à plena vista.

— Faz sentido, Granger – disse, depois de refletir uns instantes e pegar um mapa do Beco Diagonal – Onde acha que pode ser?

Ela apontou um ponto no mapa, fazendo com que o homem arregalasse os olhos. Depois, voltasse a ler o relato do amigo. Um sorriso apareceu em seu rosto e Hermione não conseguiu que sua memória a levasse novamente aos anos de Hogwarts.

Nenhum dos dois queria estar lá agora, no ministério, vestindo proteção por baixo do uniforme de auror. Afinal, era véspera de natal e ambos queriam estar em suas casas. O gesto entre ambos já era automático, então Draco rapidamente prendeu com força o colete à prova de feitiços. Novidade que Hermione trouxe do mundo dos trouxas. Posteriormente, a mulher fez o mesmo com ele.

Quando saíram, um grupo de bruxos encontrava-se pronto. Potter e Weasley estavam de licença naquele dia e, apesar dos protestos, não puderam comparecer. Hermione fez questão disso, enfeitiçando para que ambos não saíssem de casa.

— Cuide-se, Granger.

— Ainda isso de Granger? – perguntou irritada, porém a auror sabia que não era hora de cair nas provocações do loiro.

— Foco, Granger.

Sabiam que o lugar escolhido era uma boa alternativa, afinal estavam em um ponto movimentado, com acesso à Londres trouxa. Além disso, acesso à plataforma 9 ¾.

— Não – Hermione respondeu antes que aparatassem – Ela não sabe o que está acontecendo. Devem ter criado algo no porão.

Draco respirou fundo, ajeitou os ombros e segurou sua varinha com força. O grupo sumiu no ar e chegou em um local que estava com quase nada de movimento. O vento frio chocou-se contra todos, fazendo flocos de neve grudarem em seus corpos.

Aurores mais jovens dispersavam os poucos transeuntes, a maioria pessoas solitárias. O loiro olhou novamente para seu relógio achando que os ponteiros avançavam mais rápido a cada passo.

Merda.

As embalagens e o uniforme da loja foi o que fez Blaise desconfiar em primeiro lugar que o esconderijo era ali. Hermione olhou com pesar para loja que seria destruída num piscar de olhos. Talvez fosse a data, o momento, não sabia precisar, mas estava difícil não pensar no passado. A voz de Draco Malfoy voltou à sua mente: Foco.

Não havia qualquer movimento na loja, nenhuma réstia de luz. Com um aceno de cabeça de Hermione o grupo cercou o perímetro, enquanto ela ia para a porta de trás com Draco.

— Se alguém tentar sair, estuporem.

Sua vontade, sua vontade mais forte era dizer: matem.

Tomou à frente e mentalizou um feitiço, fazendo com que a porta abrisse. No entanto, ao empurra-la um leve rangido tornou-se forte por conta do silêncio no lugar.

O primeiro feitiço veio veloz, passando ao lado de sua cabeça e sendo desviado por Hermione.

— Putos – Draco murmurou. Depois elevou a voz – Rendam-se! A loja está cercada!

Um feitiço silencioso de Hermione fez com que as luzes se acendessem, revelando o ambiente agora vazio. Algumas roupas balançavam nas araras. Ela apontou para baixo, indicando que havia um porão. O auror assentiu com um breve aceno de cabeça.

A porta de entrada, não deveria estar longe. Sabiam que era a hora de desbaratinar o grupo que ainda estava no início. Outros dois aurores entraram atrás deles, dificultando uma possível fuga.

Hermione chegou até uma porta e encostou na maçaneta, girou-a e abriu a porta. Foi entrar, mas Malfoy a impediu e disse em voz baixa:

— Nunca fui cavalheiro. Nada de damas primeiro – e tomou a dianteira. Dessa vez, porém, ambos não foram pegos de surpresa, lançando um feitiço que iluminou o ambiente de maneira forte, surpreendendo os bandidos.

— BOMBARDA – um deles gritou, sobre o teto, assim que os dois aurores terminaram de descer as escadas. O impacto fez com que se separassem. Logo mais aurores desceram, parte do teto caiu estrondosamente.

— ARESTO MOMENTUM! – Hermione gritou, dando possibilidade para desviarem dos destroços.

— Petrificus totalus – o feitiço de Draco fez com um dos bruxos inimigos caísse para trás.

— Sectumsempra! – os dois aurores desviaram do feitiço, porém um jovem, que vinha mais atrás, foi atingido.

— Merda! – Draco foi até o bruxo, enquanto Hermione protegia a todos com um escudo. O contra feitiço fez com que o auror se recuperasse levemente – Tire-o daqui. Vamos acabar com esses bostas.

Havia um filete de sangue escorrendo do supercílio dele.

— Está sangrando.

— Não é nada. Vamos terminar com isso. Quero voltar para casa.

Havia agora três bruxos lançando feitiços, tentando encontrar uma saída. A única era passar pelos dois.

Porém, agora, uma maldição havia sido lançada e sabiam que logo viria outra. Apesar da resistência inicial em trabalhar como equipe, Hermione e Draco formavam uma excelente dupla em batalhas.  E, de forma alguma, morreriam no porão da Madame Malkins na véspera de natal.

A grifinória fez um rápido movimento, cedendo o escudo de proteção e lançando um feitiço estuporante na bruxa que parecia a líder. Ela voou contra a parede e caiu, desacordada.

— Rendam-se – Draco repetiu o que disse anteriormente – Estão cercados. Vocês ainda têm alguma chance de redução na pena se entregarem-se agora.

— Joguem as varinhas para cá.

Os dois homens entreolharam-se e obedeceram ao mesmo tempo. Outros aurores apareceram, removendo os pedaços de teto. Um deles pegou as varinhas no chão, enquanto outros imobilizavam os remanescentes dos ideais de Voldemort.

Hermione e Draco saíram da loja pela porta da frente.

— Eu cuido disso – ela falou, apontando para o ferimento. Com um rápido feitiço, estancou o sangue e fechou a ferida – E agora? Temos relatórios para preencher.

— Não ligo mais para isso agora, Granger. Depois do feriado preenchemos essa merda.

Ela pensou em argumentar, porém sorriu. Draco estava certo. Era véspera de natal e ambos queriam estar com suas famílias.

— Eu conduzo a aparatação – falou, segurando a mão dela.

Draco sabia que apesar de frequentar aquela casa há anos, jamais se acostumaria com sua aparência de casas empilhadas que poderiam cair a qualquer momento. No entanto, aprendeu a se sentir em casa naquele lugar.

— Sempre essa impressão? – a mulher perguntou, olhando-o. Não havia censura em sua voz – Vamos entrar.

— Espere – ainda segurava a mão dela e puxou-a para um beijo – Não estou inteiramente errado ao te chamar de Granger, já que é Granger-Malfoy, Hermione.

— Velhos hábitos, Draco?

— Claro, Granger – disse provocativo, mas com um sorriso – Vamos entrar.

A casa estava cheia, com crianças correndo para todo lado. Sentiram algo pular sobre eles. Duas crianças que não tinham dois anos de diferença já estavam pedindo colo.

— Meus amores – Hermione disse, ajoelhando-se. Draco imitou seu gesto, abraçando o casal de filhos.

— Amo vocês – suas palavras dirigiam-se aos três.

 


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Notas finais do capítulo

N.B.: OH MY GOD. Estou com um verdadeiro quentinho no coração. O que foi isso amiga? Fechando o ano com chave de ouro, certeza!!! Eu amei completamente. E como sempre. É uma honra betar para você. – apesar de você não me dar trabalho nenhum rsrrss – Bjs, bjs. Fhany Malfoy



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