Sra. Cullen escrita por Ellen Cullen


Capítulo 7
Batizado


Notas iniciais do capítulo

Finalmente mais um capitulo :)
Peço desculpas a demora.
Boa leitura a todos!



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POV Edward

 

 

Ela saiu correndo da mesa, chorando.

Por algum motivo, eu não acreditei que fosse só pelo que eu havia dito, e isso me incomodou.

— Edward! – Ouvi minha mãe furiosa esbravejar a mesa. – Que diabos estava fazendo? Eu não acredito que fez isso! - ela me fuzilou.

— Me desculpe. – eu disse levantando as mãos. – mas foram respostas muito contraditórias! – tentei me defender.

— Como você ousa ser tão insensível assim? - ela disse, seu rosto vermelho. Eu raramente via minha mãe se exaltar.

— Eu só acho que tem alguma coisa estranha nesta história merda! – eu disse batendo a mão na mesa.

O padre pulou.

— Desculpe Sr. Clearwater. – eu disse, depois direcionei meus olhos para minha mãe. – Primeiro: Edmund sempre gostou de mulheres loiras, e essa aí que chegou não se parece com nenhuma mulher que ele já tenha namorado. – Ela é morena, seus olhos são cor de chocolate derretidos... Tentei voltar ao foco da conversa. – Segundo: Quando Edmund disse que ela era uma legitima inglesa...- Balancei a cabeça incrédulo. - Esse ai de inglesa não tem nada! Que espécie de inglesa não tem sotaque? - muito estranho.

— Isso não me parece nada de mais. – minha mãe disse, defendendo-a.

— Você não percebeu como ela pareceu nervosa quando perguntei sobre o casamento? – eu disse.

— Isso não era necessário Edward! Parecia um interrogatório! - Ela esbravejou. – A coitada passou por um inferno, é claro que está confusa!

— Ela está escondendo algo... – Eu disse. -  Viu as roupas dela? As roupas nem parecem ser dela...- Balancei a cabeça. -    E depois Edmund havia dito que ela era filha de banqueiros. Banqueiros o cacete!

— Edward! – Esme disse horrorizada.

O padre Clearwater estava chocado.

— Pode falar cacete, não é padre? – perguntou Esme preocupada a ele.

O padre Clearwater pigarreou.

— Err,Bom... – ele disse nervoso. – No capitulo 15 do livro dos juízes...Sansão caceteou os filisteus com uma queixada de jumento...- ele disse. Esme incentivou que ele continuasse com um gesto. - ...Mas acho que o sentido aqui é outro.

Revirei os olhos.

— A questão... - eu continuei. – É que ela está escondendo algo.

Esme levantou-se da mesa.

— É a viúva do seu irmão! – ela disse séria. – E deu à luz ao meu neto, mesmo sob mais de 200 toneladas de metal retorcido. – ela pausou. – Ela poderia até ser traficante de drogas, e eu continuaria fazendo o que pudesse por ela! Então eu espero que daqui para frente, você a trate com mais respeito!

Eu não disse nada.

Eu não ia ficar ali ouvindo minha mãe defender aquela intrusa.

Levantei da mesa e andei em direção a saída.

 

 

POV Bella

 

 

Estava sentada na janela do quarto. As lagrimas ainda corriam pelo meu rosto.

O que eu estava pensando?

Eu não podia culpar Edward.

Essa mentira estava ficando cada vez mais difícil de sustentar.

Olhei para o imenso jardim iluminado.

Então ouvi o som de duas batidas de leve na porta.

Senti meu coração acelerar.

— Tanya? - a voz suave de Esme surgiu no quarto.

Suspirei quando vi seu rosto, ela estava acompanhada do padre Clearwater.

Tentei limpar as lagrimas disfarçadamente, mas Esme as percebeu.

— Ah querida! – ela veio em minha direção. – Por favor, queira desculpar meu filho. Ele está apenas muito sensível por tudo que aconteceu.

— Por que ele me odeia tanto? – deixei escapar.

Esme olhou para o padre, e depois para mim, com uma expressão triste no rosto.

— Não diga uma coisa dessas. - Esme disse abraçando-me, e depois voltou a me olhar. - Edward é muito... – ela pensou por um momento. – difícil de lidar. – ela disse suspirando. – Desde a morte do pai... – ela balançou a cabeça, com o olhar distante.

Depois Esme voltou a olhar para mim.

— Bem, diante a interrupção do nosso jantar, acabei não conseguindo lhe dizer o propósito da presença de Harry Clearwater. – ela disse gesticulando para ele.

Eu realmente havia ficado um pouco confusa com sua presença.

— E o que queria dizer? – disse.

— Bom, como você deve saber, Edmund era católico. – ela disse.

— Claro. – eu disse concordando como se isso fosse obvio.

Ela sorriu.

 – Eu o havia convidado para conversarmos sobre o batizado de Edmund.

— Ah. – eu disse.

— Na verdade... – ela disse abaixando a cabeça. – eu já havia tomado a liberdade de organizar tudo, se você não se importar, então eu já enviei os convites.

Fiquei surpresa. Não sabia que um batizado precisaria de tantos convidados.

Bem, talvez fosse um costume de pessoas ricas.

— Claro Sr. Cull... Esme.

— Então está tudo bem?

— Claro. – eu disse. – Quando será?

— Amanhã. – ela falou sorrindo nervosamente.

Amanhã?

— Eu sei, eu sei, vai ter um monte de pessoas estranhas, mas será bom para você- ela disse. - Conhecer os amigos e pessoas que conviveram com Edmund. – ela sorriu.

Conhecer estranhos... Isso não parecia ser uma coisa muito boa para mim, tentei sorrir para os dois.

— Claro, será ótimo.

— E depois teremos um coquetel no jardim. - ela disse por fim.

— Coquetel? – eu disse surpresa.

— Sim querida, para exibirmos o meu netinho a sociedade. - ela sorriu. - Bem Harry, agora é com você. – ela disse.

Harry colocou-se a minha frente, sentando-se em uma cadeira.

— Sra. Cullen, é uma tradição na família o batismo. Edward, e Edmund foram batizados por mim quando tinham poucos dias de vida, como seu filho. – Ele disse olhando-me nos olhos. – A que religião a senhora pertence?

Parei para pensar. Reneé nunca foi uma mulher religiosa, não que eu me lembre. E Charlie levou-me para a igreja por poucas vezes, nunca foi um frequentador assíduo. Apenas balancei os ombros.

— Minha família nunca se importou em ter uma religião. – eu disse.

O padre olhou para Esme, com a testa enrugada.

— Mas neste caso, está tudo bem que batizemos Edmund? – ele perguntou.

— é claro. – eu disse simplesmente.

— Tem certeza que isso não a incomodara? – perguntou Esme com um tom preocupado.

— É claro que não.

Esme sorriu para mim, e o padre.

— Bem, então está tudo certo. – ela disse para nós dois.

Depois que Esme e Harry me deixaram no quarto sozinha, eu não conseguia parar de pensar no que Edward havia dito.

Então por que mentiu?

Eu não conseguia parar de repetir essa frase em minha cabeça.

Acordei com a luz do amanhecer na janela do quarto.

Fazia muito tempo que eu não dormia em uma cama tão confortável, como a que eu estava.

Depois do café da manhã, que foi silencioso, porém sem a presença de Edward, subi para me trocar.

Eu estava muito nervosa com esse batizado.

Estava preocupada de descobrirem que eu não era quem realmente deveria ser.

Pensei em meu filho.

Eu não podia deixar nada acontecer a ele.

Eu não poderia cometer mais erros.

Esme havia separado um terninho preto para que eu usasse durante a cerimônia de batismo, pois embora estivesse batizando meu filho, eu estava de Luto.

Desci com Ed que estava vestido com uma roupa branca que pertencera a Edmund.

A igreja era majestosa. Feita em tijolos a vista com belos vitrais coloridos e gigantes.

A igreja estava repleta de pessoas estranhas, que Esme com certeza conhecia. Esme também estava de preto na igreja. Edward estava a seu lado, evitei olhar para ele. - sem sucesso.

Ele vestia um terno preto muito elegante. O cabelo estava molhado e bagunçado.

A cerimónia iniciou-se, o padre Clearwater leu algumas passagens bíblicas e por fim levei meu filho a frente do altar, onde ele o abençoou.

— Edmund Arthur Cullen Filho. Eu o batizo em nome do pai...- ele molhou sua cabecinha. – do filho... E do espirito santo....

Eu não pude deixar de encarar o gigantesco crucifixo a parede.

Está tudo errado.

Vou para o inferno.

A cerimonia finalmente terminou, e depois seguimos de carro para a mansão.

Os empregados haviam arrumado o jardim com várias cadeiras brancas. Havia um piano preto de cauda no jardim, uma extensa mesa com toalha branca, que estavam colocando comidas. Fiquei boquiaberta diante tanta decoração.

— Querida, vá se trocar, os convidados estarão chegando em instantes. Dê-me o meu netinho. – ela disse estendendo os braços. – e pode ir.

Balancei a cabeça e subi para o quarto.

Abri o guarda-roupas, e escolhi um vestido salmão de mangas curtas que iam até acima de meu joelho. Ele parecia melhor do que os outros vestidos de Tanya.

Tentei dar um jeito em meu rosto, ele parecia muito pálido, usei um pouco de blush nas bochechas e um batom rosa. Olhei para minhas unhas, eu estava com um esmalte vermelho vivido, pensei em tira-lo, mas não havia tempo para isso. Arrumei meu cabelo em um coque desajeitado e sai do quarto. estava indo em direção as escadas, quando uma porta de madeira chamou minha atenção.

Ela ficava no fim do corredor, e era toda trançada.

Abri e lá havia um elevador. Em instantes ele me levou para outra porta, que eu reconheci, era a biblioteca.

— Vejo que você descobriu a passagem secreta. – uma voz disse atrás de mim.

Era Edward.

— Que bom, por um momento eu pensei que estava perdida.

Edward se aproximou de onde eu estava e olhou para mim.

— Peço desculpas por meu comportamento de ontem, foi imperdoável. – ele disse olhando-me com seus olhos verdes profundos.

— imperdoável, não. – eu disse.

Ele franziu a testa surpreso.

— Venha, mamãe a espera para sua festa.

— Festa? – Eu disse confusa. – Pensei que seria apenas um coquetel.

Edward sorriu.

— Vejo que ainda não conhece a minha mãe. – ele disse rindo.

Quando Edward abriu a porta, quase cai para trás.

O jardim estava abarrotado de estranhos.

AI MEU DEUS.

Esme veio em nossa direção, segurava Ed no colo. Ela também havia trocado de roupa, usava um terninho azul claro.

— Finalmente. – ela disse. – venha Tanya, quero apresenta-la a algumas pessoas.

 

 

POV Edward

 

 

Vi minha mãe arrastar Tanya para uma roda de pessoas. Eram suas amigas do clube. Conhecendo-a bem, ela iria exibi-la para todas as pessoas possíveis.

Observei-a de longe.

Tanya estava tão simples, mas tão bonita.

Fiquei surpreso por reagir assim.

Então vi Rosalie com sua irmã Irina, que conversavam. Quando Rosalie me viu, veio em minha direção.

— Edward! - ela disse como se fosse uma surpresa me encontrar aqui.

— Olá Rose. – eu disse sem dar muita atenção a ela.

— Sabe, fiquei surpresa de não ter me ligado mais. – ela disse melosa.

Revirei os olhos.

— Estava ocupado. – eu disse seco.

— Então, aquela é a tão famosa Tanya? – ela disse olhando-a de cima a baixo com olhar de nojo.

— Sim. – eu disse.

— Sabe, não é quem eu imaginei para Edmund. – ela disse com olhar de inveja.

Fiquei incomodado de sua análise

O que está acontecendo comigo?

 

 

POV Bella

 

 

— Tanya venha aqui, deste lado tem muitas pessoas velhas. Quero lhe apresentar pessoas da sua idade, terão mais coisas em comum. – ela disse.

— Tudo bem – eu disse concordando.

Eu já havia falado com tantas pessoas desde o momento que Esme me arrastou para seu jardim. Ouvi muitos sentimentos de pessoas estranhas me desejando meus pêsames e saudando meu pequeno Ed.

Então ela me apresentou a duas mulheres loiras que estavam em um lado do jardim conversando.

— Olá meninas. – Esme as cumprimentou. – Tanya, está é Rosalie Hale e Irina Hale.

— Olá. – eu as cumprimentei simpática.

As duas se olharam, e depois deram sorrisinhos amarelos para mim.

— Você tem um filhinho muito bonito. – A mulher que se chamava Irina disse.

— Obrigada. – eu agradeci.

 - Bem Tanya, preciso checar o som, enturme-se. – Esme disse deixando-me sozinha com Ed e as duas mulheres.

— Sabe, eu estava comentando com Irina...- Rosalie disse. – Que preciso saber quem é seu cabelereiro! – ela disse olhando para mim.

Eu sabia que ela estava sendo sarcástica.

Fechei minha cara.

— E eu queria saber quem é sua maquiadora, a sua maquiagem é tão... Dinâmica! – Irina disse debochada, rindo com Rosalie.

Eu estava tomando implicância dessas duas mulheres.

— Sabe. - Rosalie disse. -  Sou conservadora demais, este é o problema... Por exemplo. – ela disse me rodeando. – eu jamais combinaria esse batom com esses esmaltes...

Olhei para minhas unhas, fechando o punho.

— Onde você viu essas dicas? Em uma revista? – Irina disse rindo.

Não disse nada, apenas fiquei fuzilando-as.

Uma música começou a tocar. Uma introdução em piano.

— Ei, ouçam. - disse Rosalie. – Essa era a música favorita de Edmund.

— Eu sei – eu disse irritada. – Ele vivia assoviando-a. Cantávamos o tempo todo.

— É mesmo? – Irina disse em tom de voz duvidoso.

— Sim.

Felizmente fomos interrompidas por Esme que veio em nossa direção.

— Querida. – ela disse para mim. – Eu sei que pode parecer tolice... Mas Edmund e eu tocávamos essa musica no piano. Posso canta-la para o bebê? - ela disse.

— É claro. – eu disse entregando Ed a ela.

— Venha aqui querido. -Esme disse.

Ela estava se encaminhando para a frente do palco improvisado quando Rosalie e Irina a seguiram. Aproximei-me para ouvir o que elas iam dizer.

— Sabe, Sra. Cullen, acho que deveria deixar Tanya cantar também...

Não!

— É mesmo, soube que tem uma voz linda! – completou Irina.

Esme veio em minha direção.

— Venha. – ela disse pegando minha mão e me levando para frente de todos os convidados.

— Obrigada. – eu disse sarcástica as duas que estavam rindo.

— Boa sorte. – as duas disseram em coro.

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Notas finais do capítulo

Comentem!!!!