Sra. Cullen escrita por Ellen Cullen


Capítulo 10
Emmett


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Mais um capitulo!
Não deixem de comentar :D
BOA LEITURA!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/784940/chapter/10

POV Edward

 

 

Família Cullen

Isabella Marie Swan e seu filho ainda não nascido foram listados entre as mortes do acidente de trem.

Assinado departamento de policia, Chicago.

Já era a milésima vez que eu lia aquelas palavras.

Isabella Swan

Isabella Swan

Quem era Isabella Swan?

Guardei a carta novamente em minha gaveta.

Fiquei pensando durante toda a manhã sobre o passeio que havia dado com Tanya, mas eu precisava falar com minha mãe.

Depois do jantar, desci as escadas, eram 21:30 da noite.

Então alguém tocou a campainha.

Esme estava na sala principal, sentada no sofá, lendo um livro.

— Mãe, precisamos conversar. - eu disse sério.

Logo fui interrompido com a visita.

— Riley! Que bom que veio. – minha mãe disse.

Riley era nosso advogado da família.

— Riley. – eu o cumprimentei. – o que o traz aqui?

— Sua mãe mudou o testamento, quer incluir a nora e o neto. – ele me informou.

Senti meu sangue ferver.

— É mesmo? – eu disse, depois me virei para minha mãe. - Não pode fazer isso!

Ela abaixou o livro.

— Não comece...

— Eu acho que descobri algo sobre Tanya, a senhora prec...

— Por acaso virou investigador? - minha mãe me interrompeu levantando uma sobrancelha.

— Mãe!

— Depois falamos disso. – ela disse ignorando-me.

Então ouvi o som de passos na escada.

— Queria me ver? – Tanya disse a minha mãe.

— Sim querida. – ela sorriu. – este é Riley Biers, nosso advogado.

Tanya e ele apertaram as mãos.

— Espero que não use isso contra mim. – ele disse sorrindo.

— Queria vê-la, por que resolvi mudar meu testamento... Para incluir você e meu neto. - minha mãe disse.

Sua expressão murchou.

Isso me surpreendeu.

— O quê? - ela pareceu confusa.

Minha mãe sorriu para ela.

— Não, eu não quero que faça isso! – ela disse.

Franzi minha testa confuso.

Isso não fazia sentido.

Eu a observava.

Ela parecia sincera.

— Por que não? - minha mãe disse confusa.

— Por que não é certo! – Ela disse com a testa franzida.

Esme levantou-se do sofá.

— Mas querida, você é da família...

— Não coloque o meu nome aí. – ela disse suplicante.

 Ela parecia muito incomodada.

— Não foi por isso que eu vim aqui! – ela disse, agora pela primeira vez olhando diretamente para mim, como se quisesse se justificar. - Edward diga a ela que é loucura!

Eu não disse nada.

— Mas e seu filho? – minha mãe perguntou.

Ela parecia transtornada.

— Sei que quer o melhor para Edmund, eu também. – ela disse. – Não percebe? É por isso que estou aqui...Quero dizer, estou aqui por sua causa. - ela disse olhando para minha mãe. Depois se virou em minha direção. – e por sua causa. – ela disse direcionando seus olhos chocolates para mim. – Por que vocês acolheram e cuidaram de nós. Não por causa do dinheiro. Não estou aqui pelo dinheiro! – ela disse, as lagrimas escapando de seus olhos e escorrendo pelas bochechas.

Senti-me incomodado por tê-la julgado tão mal.

Que tipo de pessoa fria eu me tornei?

— Meu deus, claro que não! - Minha mãe disse interrompendo meus pensamentos. – Ninguém pensa isso.

Tanya ainda direcionava seus olhos para mim.

— Alguém pensa isso? – Esme disse olhando para Riley e depois para mim, com um olhar sério.

Ambos ficamos calados.

Tanya continuou.

— Por favor, pode parecer loucura, mas não quero que assine.

Esme olhou para ela, como se a avaliasse.

— Bem... O dinheiro é meu, e eu quero assinar. – ela disse calmamente. – Aliás...- ela sorriu para ela. –  Eu quero assinar mais agora do que antes.

Ela disse indo em direção ao escritório com Riley, então se virou para mim.

— Tinha alguma coisa para me dizer? - ela disse levantando uma sobrancelha em desafio.

— Não. – Respondi seco.

 

 

POV Bella

 

 

Esme fechou a porta do escritório nos deixando sozinhos na sala principal.

Eu estava tremendo.

Aquilo não estava certo.

Me senti suja.

Edward olhava para mim, com uma expressão neutra no rosto.

Então a empregada da casa veio correndo em nossa direção.

— Sr. Cullen! – ela disse. – Desculpe, mas é o Emmett, vocês precisam ver.

Olhamos um para o outro, ambos com expressões confusas no rosto e a seguimos.

Ela nos levou em direção a uma imensa área coberta da casa, a qual ainda não conhecia. Havia uma imensa piscina no local, que estava vazia, provavelmente deveria ser usada no inverno. Dentro dela estava Emmett, com uma enorme garrafa de bebidas nas mãos, usando um roupão vinho. Ele estava bêbado e dançando dentro dela.

— O que aconteceu? - Edward perguntou a ela.

— Parece que aquele tal de Demetri, o sujeito que veio arrumar a piscina só estava brincando com seus sentimentos. – ela disse balançando a cabeça. - Emmett achava que era amor...Mas sabe, eu sabia que o cretino só queria se divertir.

Edward revirou os olhos.

— Muito bem Emmett. – Edward disse.

— O que vai fazer? – ela perguntou.

— Vou tira-lo dali. – ele disse. – Não acredito nisso. – ele disse balançando a cabeça.

Edward pulou na piscina vazia.

— Vamos. - ele disse. – Me dê a mão Emmett.

Emmett veio em sua direção, mas ao invés de pegar em sua mão para sair dali, Emmett o puxou em um tango atrapalhado.

A empregada e eu rimos com a cena.

Edward finalmente conseguiu se desvencilhar dele.

— Sabe...- Emmett veio até a lateral da piscina, a encarando. - Ele também era um péssimo azulejista. – ele disse chutando a piscina, que caiu três azulejos. – Viram?

Edward olhou para nós revirando os olhos.

Finalmente ele conseguiu faze-lo subir.

Edward e eu o ajudamos a andar, carregando um braço cada. Ele era enorme e muito pesado.

A empregada foi na nossa frente, abrindo as portas.

Chegamos a cozinha, Emmett não parava de cantar em espanhol.

— Sola, fané, descangayada, la vi esta madrugada...Salir de un cabaret, flaca, dos cuartos de cogote...Y una percha en el escote bajo la nuez...

— O que ele está cantando? – eu perguntei.

— Não conhece Tango? – Emmett disse bêbado. – Ensinei Tango aos meninos, para cortejar las mujeres hermosas... – ele disse rindo, depois o riso se transformando em choro.

Levamos Emmett para o seu quarto.

— Vamos lá. – Edward disse, o colocando na cama.

— Cortejar as mulheres! - Emmett disse bêbado para ele. – Ela é uma mulher. – Emmett disse apontando para mim. - Corteje-a! – ele disse rindo e depois caindo no colchão.

Edward arrumou suas cobertas para que ele dormisse. Emmett resmungou sonolento.

— Eu sou um bobo mesmo. – ele disse triste.

— Não é. – Edward disse o enrolando-o na coberta. – Pronto, vamos fazer um taco de Emmett.

Emmett olhou para mim, eu estava encostada na porta do quarto.

— Olá senhorita C. - ele disse.

Acenei sorrindo para ele.

— Sabe ela é uma linda moça, não acha? – Emmett disse bêbado para Edward. – Dance com ela. Vá.

— Eu vou dançar, boa noite... – ele disse, para que ele se calasse.

— Boa noite. – eu disse.

Estávamos saindo do quarto, então ele se levantou de sua cama, em um salto.

— Música! – ele correu para sua estante, onde tinha um aparelho de som.

— Emmett! – Edward disse.

Um som alto de tango começou a tocar no quarto.

— Dancem! – ele disse.

Edward olhou para mim, balançando a cabeça, então pegou minhas mãos, mexendo-as.

— Isso não é dança! – Emmett disse bravo. – Tango! O que está fazendo? – ele balançou a cabeça. - Você sabe! – ele insistiu. – Tango!

Edward e eu rimos.

Desta vez, Edward colocou uma mão em minha cintura, e a outra mão no alto, como em danças que eu só havia visto da TV.

— Isso! – Emmett disse aplaudindo.

Então saímos pelo corredor, Edward me conduzindo, ele sabia muito bem o que estava fazendo.

Ele colocou a perna na frente, fazendo com que a minha perna viesse de encontro com a dele, e olhou-me com seus olhos verdes profundos, sorrindo. Voltamos no quarto, Emmett parecia estar dormindo, mas quando nos viu ele falou:

— Tango!

Então novamente Edward e eu começamos a dançar, passando pelo corredor, e depois para a cozinha. Era um ritmo fácil de acompanhar, mas eu sabia que era por que ele me conduzia.

Então ele começou a me rodopiar, e rodopiar, e depois inclinou minha perna até a altura de sua cintura. Senti meu coração acelerar.

Ate que finalmente a dança foi perdendo o ritmo, e ele me inclinou em seus braços, e me beijou.

Senti seu beijo urgente, e eu o retribui.

Era uma sensação nova.

Quando paramos para respirar, ele sorriu.

— Não sei o que está acontecendo aqui, mas eu me sinto bem. – ele disse. – Boa noite. - então novamente me beijou, e depois se afastou. – Boa noite -  ele disse, esbarrando em um vaso.

Eu não conseguia acreditar no que havia acabado de acontecer.

Sorri, tocando em meus lábios.

Então novamente ele apareceu no corredor.

— Sabe, acabei de lembrar que o meu quarto não é deste lado.

Então ele me deu mais um beijo.

— Boa noite. –  Ele disse novamente. - Eu já disse boa noite? Boa noite.

Eu ri.

Então quando eu finalmente achei que ele tivesse ido, ele voltou.

— Sabe, também acabei de me lembrar que não guardei o carro, preciso...

Desta vez eu agarrei sua camisa e o beijei. – ele retribuiu o beijo, colocando uma das mãos em meu rosto, e eu em seus cabelos.

 Então quando ele se afastou, foi andando novamente na mesma direção de antes.

— Eu não entendo os homens. – disse rindo.

— Nem eu! – Emmett gritou de seu quarto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem :)