Sra. Cullen escrita por Ellen Cullen


Capítulo 1
Mudança


Notas iniciais do capítulo

Oi gente
Estou começando essa nova fanfiction e adoraria que comentassem o que estão achando.



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POV Bella

 

James Nomad, um nome no qual gostaria de esquecer.

Eu tinha quase 18 anos, quando conheci James. Eu havia acabado de me mudar para New York. Minha mãe Reneé morreu quando eu tinha apenas seis anos, fui criada pelo meu pai Charlie, que era chefe de polícia. 

Mas depois de  algum tempo, resolvi sair de casa para viver minha vida, dando adeus a pacata cidadezinha de Forks.

No meu primeiro dia em New York, adivinhe só quem eu conheço...

Eu estava sentada em um café, com a cabeça a mil, pensando em minha vida, e eis que eu o vejo pela primeira vez.

Ele tinha o cabelo loiro claro, amarrado em um rabo de cavalo, vestia uma jaqueta de couro preta, e calça jeans rasgada. Ele olhou para mim com um sorriso encantador.

Ele foi o meu primeiro namorado, depois de alguns meses que estávamos namorando, ele me chamou para morar com ele em seu apartamento.

Ele me tratava muito bem, sempre que dava, saiamos para jantar fora, eu trabalhava em um restaurante do centro, e James trabalhava com marcenaria. Não era um emprego que pagava muito bem, mas isso não parecia importar.

James gostava de ter seus amigos sempre por perto, então nos finais de semana, o nosso pequeno apartamento ficava abarrotado de gente. Eu não gostava muito da presença deles, mas isso parecia deixa-lo feliz, então eu não reclamava.

Então naquela manhã tudo mudou.

Faziam três dias que eu estava me sentindo estranha, sentindo um grande enjoo, e muito cansaço. Não falei nada para James, e fui trabalhar.

Quando estava quase acabando meu turno, uma de minhas colegas de trabalho, Ângela Weber veio falar comigo.

— Bella, você parece mais pálida do que o normal. Está se sentindo bem? – Ela disse com seu tom doce preocupado.

— Não sei Ângela, estou me sentindo estranha, enjoada.

Neste exato momento, Jessica Stanley, minha outra colega de trabalho, que eu não suportava passou por mim.

— Já pensou que talvez possa estar gravida? – ela disse com um tom de voz malicioso.

— Jessica! - Ângela disse repreendendo-a.

Quando acabei meu turno, não conseguia para de pensar no que Jessica havia dito. Ao invés de ir direto para casa como de costume, corri para a farmácia mais próxima, e comprei um teste de gravidez.

(...)

Cheguei em casa, escutei o som de varias vozes masculinas no apartamento, eram os amigos de James.

— Bella, amorzinho, você demorou. – Ele disse, com uma lata de cerveja em uma das mãos. – Pedimos umas pizzas, vem comer.

Assim que senti o cheiro, uma ânsia se formou em minha garganta, e corri para o banheiro, fechando a porta.

Depois de vomitar, exausta, sentei na privada, tirando o teste de gravidez do bolso de trás, e li as instruções.

Alguns minutos passados, olhei para o resultado.

O símbolo de + estava nítido.

Positivo

Positivo.

Meu deus.

Fiquei sentada por mais alguns minutos. Eu nem podia acreditar. Eu estava grávida.

Grávida!

Não sei explicar, mas eu estava muito feliz.

Sai do banheiro. Eu ainda segurava aquele pequeno tubinho comprido.

James estava na sala, sentado no sofá marrom, assistindo ao jogo.

— James, preciso falar com você. – eu tentei dizer calma.

Ele tinha os olhos colados na tela.

— James! – eu tentei chamar sua atenção.

— Sim? – ele disse, sem tirar os olhos do jogo.

— Preciso falar com você.

— Agora? – ele disse.

— Sim, é importante.

Ele finalmente desviou os olhos da TV e olhou para mim.

— Em particular. – eu disse olhando para seus amigos que nos encaravam.

Ele se levantou de má vontade e veio até a cozinha.

— O que? – ele disse.

— Estou gravida! – eu disse, sentindo lagrimas de emoção se formarem.

— Como assim você está gravida?

Não consegui entender sua reação.

— O que quer dizer?

— Está tentando dizer que o filho que espera é meu? – Ele disse com um tom de voz arrogante.

— Claro que é! – eu disse me sentindo ofendida. – de quem mais seria?

— Ah, por favor, não espere que eu acredite nisso. – ele disse me dando as costas.

— Ei! – eu gritei tentando alcança-lo.

— Ei Tyler, aposto que você transou com a Bella, não é? - James disse.

— O que? - Tyler disse assustado. – não cara, nunca.

James o sacudiu, de brincadeira

— Ah, quer dizer... Sim, claro, muitas e muitas vezes.

— Viu só? Sua vagabunda. Eu quero que você aborte.

— O que? - Eu disse horrorizada. - Não!

Naquele momento senti meu chão desmoronar. O homem que eu confiei e amei, estava falando para eu fazer algo totalmente horripilante.

Eu não conseguia acreditar que aquele era o mesmo homem que eu havia beijado antes de sair para o trabalho.

Ele se aproximou de mim, tinha um olhar sombrio em seu rosto, eu nunca havia sentido medo dele como naquele momento.

— Sai do meu apartamento!

— James, por favor. – eu tentei implorar. – Eu não tenho para onde ir.

— Isso já não é mais problema meu. Você quer ter o seu filho? Então tenha, mas não comigo!

— É seu filho também seu  arrogante imbecil! - eu disse, as lagrimas transbordando em meu rosto.

Ele se aproximou mais de mim, levantando a mão, então deu um tapa em meu rosto.

Eu estava assustada. James nunca demonstrou qualquer sinal de violência, eu coloquei minha mão no rosto, sentindo o lugar quente onde ele havia batido.

Collin correu em minha direção, enquanto Tyler tirava James de perto de mim.

Arrumei a minha única mala, com as poucas roupas que eu tinha, saindo de seu apartamento. Tudo que eu pensava é que as coisas não poderiam ficar piores.

É, eu estava errada.

Depois de conseguir um lugar bem barato para morar, perto do centro, eu achei que as coisas continuariam do jeito que estavam. Mesmo eu já não estando mais com James, eu pensei que conseguiria me estabelecer.  Bem, por um tempo eu consegui. Tentei manter segredo quanto minha gravidez, mas depois do sexto mês, ficou difícil de esconder, e eu sentia as pessoas do trabalho me avaliando, até que finalmente, em uma sexta feira, a Sra. Newton me chamou em sua sala.

— Bella. – ela disse meu nome, olhando para meu avental, que parecia mais volumoso. Tentei cobri-lo com as mãos, em uma tentativa inútil de esconde-lo.- Infelizmente não posso manter uma funcionária em suas... Condições. As pessoas já estão comentando, e isso não é bom para o nosso restaurante.

— Sra. Newton. – eu tentei dizer. – Por favor, eu preciso desse emprego.

— Ah Bella, eu sinto muito, mais a minha decisão já foi tomada. Vou te dar o pagamento da semana, não posso fazer nada a respeito.

Depois, eu senti que cada dia que passava, eu ficava maior, e ninguém queria contratar um balão.

Tentei sobreviver com minhas economias. Eu já estava ficando desesperada, e sem dinheiro, e estava quase no nono mês de gestação.

Mesmo James tendo me tratado mal, ele tinha responsabilidades quanto ao filho que eu esperava dele, então decidi que eu iria em seu apartamento naquela noite.

A chuva começou a cair quando cheguei em frente ao seu prédio. Toquei a companhia do n° 07.

— Quem é? – Uma voz feminina falou do interfone.

— É a Bella, preciso falar com James.

— Bella? – ela disse. Alguns segundos depois James apareceu na janela. 

— O que você quer? – Ele disse com um tom de voz ríspido.

Fiquei irritada com seu tom de voz, eu ainda sentia raiva dele por ter me batido. Mas tentei manter a calma, eu precisava de ajuda.

— James, eu preciso de dinheiro, eu não tenho mais emprego, e já acabei com todas as minhas economias.

— E eu com isso? – ele disse olhando para baixo, a chuva me encharcando.

— Vem James, deixe essa mulher pra lá. – Disse a mulher de cabelos vermelhos volumosos e voz  melosa que se enroscava nele.

— Já vou Victória. – ele disse, se desvencilhando de seu abraço. Depois voltou a falar. - Olha eu já não tenho nada a ver com os seus problemas. Vai embora.

— Então você não se importa se eu tiver o nosso filho aqui no meio da rua? - eu disse, sentindo meu sangue ferver.

— Não me importo. - Ele fechou a janela com violência na minha cara.

Senti as lagrimas me dominarem.

Voltei para o meu apartamento, troquei minhas roupas molhadas.

Eu estava  sem saída. Não podia mais morar ali. O aluguel estava cada mês mais caro, e eu havia pago com a ultima reserva que eu tinha. Me restavam apenas 5 dólares.

Arrumei minha mochila, e sai desnorteada até a estação de trem.


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Notas finais do capítulo

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