Girassol escrita por they call me hell


Capítulo 20
Bônus: Egito




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— 20 —

 

Com as coisas na loja indo bem há mais de um ano, contrato mais três funcionárias. Verity e eu acabamos criamos uma boa amizade e ela decide ficar comigo e diz à Fred que o ajudará quando precisar. Entendo a razão disso, uma vez que agora ela tem um bebê e deve sentir-se exausta, preferindo o movimento mais tranquilo da casa da chá, mas Fred não perde a oportunidade de brincar que roubei a sua melhor funcionária.

Nós dois costumamos almoçar juntos na maioria dos dias, exceto quando estamos muito atarefados e nossos horários não coincidem. Ele me auxilia com frequência nas decisões de gerência, considerando que tem grande experiência com isso, e assim acabo aumentando o cardápio, acrescentando alguns outros doces não tão comuns para os bruxos e que muitos nascidos-trouxa sentem falta nas docerias do Beco. Isso se prova uma decisão certeira, pois as encomendas crescem e deixo de competir com os tradicionais doces bruxos para oferecer o que muitos consideram novidades.

O apoio dos nossos amigos e família também é essencial, uma vez que Gui e Fleur trazem seus colegas do Gringotts e Gina sempre convida as colegas das Harpias quando possível. Aos poucos me adapto ao ritmo e deixo a maioria das coisas prontas com antecedência, tornando os dias menos corridos.

Numa sexta-feira não abro a loja para que possa preparar minha maior entrega, a qual inclui um bolo de caldeirão gigante, tortinhas de abóbora, varinhas de alcaçuz e outros itens para o aniversário do pai de Fred. Verity me ajuda a confeitar os doces e conversamos animadamente enquanto corremos pela cozinha.

— Ele vai adorar a sua surpresa, Hermione.

Eu sorrio, me sentindo extraordinária por poder retribuir todos esses anos de carinho de alguma forma.

— Acho que essa é a primeira vez que Molly não faz todos os doces em um aniversário na Toca, mas ela parece feliz em poder se concentrar nos salgados.

— Você com certeza é a nora preferida — ela brinca.

Não quero soar convencida ou prepotente, mas acredito que seja verdade. Não porque sou melhor do que Fleur, Audrey, Angelina ou Agnetta, mas sim porque sou a mais próxima e passei anos convivendo com Molly e Arthur. Felizmente, Harry não tem concorrência nesse quesito.

— Eu cresci com eles, já que estudei com Ron. Sempre passava as férias na Toca, então acho que isso ajuda um pouco.

— Você e Fred sempre foram amigos também? Nunca perguntei como se apaixonaram, gosto de ouvir histórias assim.

Eu dou risada, pois nosso início de relacionamento não foi muito convencional e Verity me olha curiosa.

— Eu sempre dizia que não queria ninguém na minha vida porque precisava focar no trabalho e queria uma promoção no Ministério, mas desde o casamento de Gina passei a acreditar que fosse possível balancear as coisas.

Confeito as laterais do bolo com um ganache de chocolate, avaliando se está ficando bom.

— Fred e eu nunca fomos muito próximos, porque eu passava mais tempo com Gina e Ron, mas depois que me formei acabamos fazendo amizade por conta de todas as vezes em que nos encontrávamos na Toca. Foi natural nos tornarmos mais próximos com o tempo.

Depois de confeitar, começo a cortar morangos para a parte superior do bolo.

— Um dia ele estava reclamando que George estava deixando a loja de lado e passando muito tempo com Angelina, então eu brinquei que ele devia arranjar uma namorada para curar dor de cotovelo e o beijei. Eu não tinha intenção de realmente me envolver com ele, mas acabou acontecendo.

— George me contou do dia em que ele foi comprar flores para te mandar — ele ri, balançando a cabeça pela lembrança. — Ron mandou um berrador para ele umas horas depois que George pôde ouvir lá do estoque.

É minha vez de balançar a cabeça em negação, pensando sobre como são bobos.

— Ron só não me interrogou sobre as flores porque eu tinha que ir para o meu departamento.

— Ron é um bom garoto, ele se preocupa muito com vocês, por mais que não seja muito bom em demonstrar isso. Quando ele levou a namorada para conhecer a loja, falou tão bem dos irmãos que George ficou até constrangido.

Eu consigo imaginar a cena. Mesmo Gina que é a única garota e a caçula não é muito de demonstrar carinho pelos irmãos, uma vez que eles costumam mostrar que gostam uns dos outros através de brincadeiras e implicâncias. Sempre considero divertido de assistir.

— Eles vivem discutindo, mas se amam. Na ceia Fred pendurou Gina pelas roupas na árvore de natal, sem contar a guerra de comida que fizeram.

— Deve ser uma família muito divertida de se fazer parte.

— Sem dúvidas — rio, colocando meus morangos sobre o bolo. — Arthur sempre disse que eu e Harry um dia faríamos parte da família de vez, e ele não estava errado. É bom poder retribuir todas as suas gentilezas.

Verity termina de retirar as varinhas de alcaçuz das formas, fechando a caixa onde eu as levaria.

— Tem certeza de que não quer se juntar a nós, amanhã? Seria muito bem vinda com a sua família.

— Oh, não. Agradeço o convite de verdade, Hermione, mas gosto de aproveitar o tempo com meu pequeno e descansar um pouco. Divirtam-se por mim.

Quando terminamos todos os doces já é hora de fechar a loja e me despeço de Verity, subindo para o apartamento no andar superior e tomando um banho. Fred chega pouco depois com uma pizza e comemos juntos assistindo um filme.

Quando terminamos eu mostro o bolo e os doces para ele que rouba uma tortinha de abóbora descaradamente.

— Estou apenas vendo se estão boas, não precisa brigar comigo.

— São para amanhã — digo, dando um tapa leve no seu braço.

Ele finge dor, mas isso não dura muito, pois começa a rir. Estou tão cansada que apenas me jogo na cama e durmo pouco tempo depois, deitada no seu peito.

Na manhã seguinte, aproveitamos que Molly foi levar Arthur para escolher um presente e nos juntamos à Gina, Harry e Ron na decoração da Toca para a festa surpresa. Guardo o bolo na geladeira, mas colocamos os doces sobre a mesa junto com os guardanapos coloridos que Gina comprou.

Seus irmãos começam a chegar aos poucos, nos ajudando a terminar à tempo de Arthur retornar, surpreendendo-se com os enfeites. George estoura confetes pela cozinha e cantamos um parabéns animado, e Arthur nos agradece com abraços e lágrimas nos olhos pouco depois.

Ocupamos nossos lugares na mesa, comendo a deliciosa torta de frango de Molly que nunca foi tão grande quanto essa, visto que até Percy e Audrey estão presentes dessa vez.

— Podemos ir perto do final do mês — Gina diz para a mãe, o que percebo porque ela me cutuca nas costelas. — O que acha, Mione?

A olho confusa.

— A viagem para o Egito, esqueceu?

— Eu não vou poder deixar a loja, Gina.

Fred murmura um "tsc, tsc" do seu lugar ao meu lado.

— Claro que vai poder, você disse que queria muito fazer essa viagem, então nós vamos nos organizar para ir.

Sei que não vou vencer essa discussão contra os dois, então acabo concordando e não posso negar que estou ansiosa por isso. Já assisti tantos documentários e li tantos livros sobre o Egito que será a realização de um sonho.

— Como estão indo as coisas na loja, querida? — questiona Molly, olhando minhas tortinhas com admiração.

— Muito bem, eu diria. Expandir o cardápio e tenho recebido mais encomendas agora, então acho que precisarei contratar mais uma pessoa.

— Podemos procurar alguém essa semana, assim Verity não ficará sozinha quando viajarmos — Fred pisca para mim.

Do outro lado da mesa, ouço Percy:

— Hermione tem uma loja agora? Meus parabéns.

Audrey sorri para mim do lado dele.

— Com certeza farei uma visita, as tortinhas estão maravilhosas.

Sua barriga já começou a crescer, visto que descobriu a gravidez com quatro meses, mas continua sendo uma mulher muito bonita e elegante, com lindos cabelos claros que emolduram seu rosto. É também muito gentil e acho uma pena que a veja tão pouco.

— Obrigada. Ainda é tudo muito recente, mas está sendo ótimo. Fred tem me ajudado bastante.

— Eu até testei as tortinhas ontem — ele diz, muito orgulhoso.

— Um homem de sorte — Harry brinca, ganhando um cutucão de Ginevra.

Nós rimos disso enquanto ajudo Molly e retirar os salgados da mesa para colocarmos os outros doces e o bolo. Cantamos parabéns mais uma vez, por mais que Arthur fique envergonhado e diga que não é preciso, e comemos bolo de chocolate com morangos.

O dia passa de forma tão agradável que quando retorno para casa com Fred no final do dia estou exausta e só quero descansar. Passamos o final de semana assistindo filmes e comendo bobagens.

Quando a semana começa outra vez, estou tão ansiosa que não consigo pensar em outra coisa.

Acabo contratando uma jovem que acabou de se formar em Hogwarts e eu a ensino como utilizar os utensílios da cozinha e servir os clientes. Tudo parece muito simples e ela aprende rápido, me deixando mais tranquila.

Utilizo os dias seguintes para deixar o máximo de coisas adiantadas, trabalhando até tarde da noite para que o estoque de massas seja numeroso, evitando que as funcionárias tenham maiores problemas. Fred me ajuda, sendo um bom auxiliar de cozinha e tornando o trabalho mais divertido.

Ele me dá uma máquina fotográfica de presente e alguns filmes para que eu possa revelar depois, e mesmo achando que o celular é mais prático, fico agradecida pelo presente, já que ele me permitirá revelar as fotos depois e emoldurá-las para decorar a minha sala.

Quando o grande dia chega, estou eufórica e preparo uma grande mala para levar comigo. Utilizamos uma chave de portal providenciada por Arthur para chegarmos ao Egito e nos acomodamos em um belo hotel na cidade de Luxor. Meu quarto possui uma vista belíssima para o Nilo e a paisagem me encanta de tal forma que quero fotografar tudo.

Depois que guardamos as malas, alugamos carros para ir até o local onde Carlinhos trabalha e não consigo evitar o riso quando vejo que parecemos uma comitiva presidencial no meio do deserto, visto que precisamos de cinco carros para acomodar a todos.

Carlinhos nos recebe com animação, cumprimentando todos seus irmãos e cunhadas, e, por fim, seus pais. Ele cuida de dragões que eu só consigo definir como assustadores quando nos são apresentados, mas ele fala deles como se fossem crianças.

Combinamos de jantar todos juntos e Fred e eu deixamos todos para visitar o templo de Karnak, minha primeira parada dos sonhos.

Ele é tão grande, com suas numerosas colunas que imitam papiros, que me sinto pequena diante dele. Lembro de como já vi inúmeros documentários sobre ele e consigo identificar muitas coisas, como a avenida das esfinges que marca a sua entrada.

Conhecemos lá uma arqueóloga que trabalha como guia e nos leva pelas antecâmaras, explicando como os egípcios eram bruxos extremamente avançados para a sua época, tendo utilizado a magia principalmente para a construção das pirâmides e templos. Não surpreende que sejam tão bem preservadas e que os trouxas não façam ideia de como fizeram tantas coisas incríveis.

Também visitamos o Vale dos Reis, onde estão a maioria das tumbas dos famosos faraós, como a de Tutankamon que apesar de singela perto de outras foi uma das maiores descobertas da arqueologia por ser a única tumba que nunca havia sido saqueada.

Por fim, para concluir o nosso primeiro dia de viagem, conhecemos o gigantesco templo de Hatshepsut.

— Ela foi a primeira faraó mulher do Egito e o seu afilhado tentou apagá-la da história quando assumiu o lugar dela depois da sua morte, mas hoje em dia ela é muito mais famosa do que ele, principalmente por causa desse templo — digo para Fred, visivelmente animada.

Ele não é um entusiasta da área, mas me ouve atentamente e com toda a sua paciência, apreciando a vista dos lugares pelos quais passamos.

— Eles eram ótimos engenheiros, definitivamente.

— E olha que o templo foi destruído e tiveram que montá-lo de novo, como um quebra-cabeça.

Fred me olha confuso.

— Montaram ele de novo?

— Sim, usando os entalhes nas paredes como guia. Arqueólogos não fazem apenas escavações, eles também reconstroem templos destruídos, quando é possível.

Ele parece estupefato com a informação e eu mostro para ele no interior os blocos que são visivelmente novos, encaixados para ocupar o lugar daqueles que haviam se perdido há muito tempo.

Quando voltamos para o hotel no final do dia, ficamos mergulhados na banheira por conta do calor intenso até que eu me sinta uma azeitona enrugada em um pote de conserva.

Jantamos no Al-Sahaby Lane com seus irmãos e seus pais. É um restaurante belíssimo com mesas externas cercadas por colunas de madeira de onde caem pequenos adornos coloridos e fios de luz que iluminam a mesa. A vista do Nilo torna tudo ainda mais incrível.

Enquanto comemos marshi e falafel, Fred e eu contamos sobre os lugares por onde passamos ao longo do dia.

— Vou seguir vocês amanhã, pois Gina e Harry se perderam no meio do deserto e levamos duas horas para encontrar o caminho. Eu achei que nunca mais fosse voltar para casa.

Gina olha feio para Ron, mas os demais dão risada.

— Hermione tem uma lista de lugares preparada, amanhã o dia será cheio — Fred diz, muito orgulhoso por sermos os guias da família agora. — Vocês vão gostar.

— E onde iremos amanhã? — o Sr. Weasley questiona, muito interessado como sempre foi pelos modos de vida diferentes do seu.

— Vamos ao Ramesseum, o templo funerário do maior faraó do Egito, ao Museu de Mumificação e à QV66 no Vale das Rainhas, onde fica a tumba de Nefertari, a esposa de Ramsés II.

Arthur parece empolgado e com a rota combinada, terminamos nosso jantar para voltarmos ao hotel.

Me sinto cansada pela caminhada, mas me sento com Fred na beira da piscina, onde colocamos os pés e pernas dentro da água para aliviar o inchaço por conta de todo o exercício. Se não fosse pelas caminhadas diárias que ele introduziu na nossa rotina há alguns meses eu estaria completamente derrotada.

— Está se divertindo? — ele questiona, me olhando com curiosidade.

— Está brincando? Esse é o melhor dia da minha vida, Fred.

Ele ri alto pela minha agitação e sei que devo parecer uma criança agora.

— Um dia vamos visitar os templos maias na Guatemala também. E a cidade do México, onde estão as ruínas astecas — digo, sorridente.

— Anotado, madame.

Eu rio dessa vez, o achando um bobo.

— Obrigada por me convencer a vir, eu ficaria arrependida se tivesse desistido por conta da loja.

Ele pega uma das minhas mãos, entrelaçando nossos dedos.

— O mundo não para quando nos ausentamos, mas fica tudo bem, no final das contas. Relaxe um pouco.

Eu concordo, olhando para o belíssimo céu acima de nós.

— Vamos conhecer os lugares mais bonitos do mundo.

Ele concorda com um aceno, admirando as estrelas e o reflexo da lua sobre as águas do Nilo. Sinto como se estivesse em um sonho.

Passamos um longo tempo assim, em silêncio. É um momento de contemplação e não há necessidade de palavras, posso sentir a sua alegria pela minha companhia e sei que ele pode sentir a minha da mesma forma. Nosso amor transborda nesse momento.

Quando voltamos para o quarto, eu o amo de forma intensa, não apenas física como também de forma profundamente emocional. Nos enroscamos nos lençóis e tenho a certeza de que quero amá-lo por toda a minha vida.

Pego no sono pouco depois, entre os seus braços. O seu perfume é forte e delicioso, e não quero sair dali tão cedo.

Paro para pensar no quanto minha vida mudou. Se alguém me dissesse há alguns anos que esse seria o meu futuro, eu daria risada, completamente incrédula. Nunca imaginei que deixaria meu sonho de trabalhar no Ministério para me dedicar à culinária, que hoje eu amo, ou que Fred, o irmão mais velho e bobo da minha melhor amiga, seria o meu namorado.

A vida realmente não seguia nossos planos, mas às vezes nos dava coisas muito melhores do que as que podíamos imaginar.

No dia seguinte, logo cedo, vamos para o Ramesseum. É um lugar muito bonito mesmo com algumas coisas destruídas e devia ser incrível na época em que foi concluído. Arthur e eu exploramos cada milímetro e consigo identificar os cartuchos onde estão escritos o nome de Ramsés II, considerado um dos melhores, senão o melhor, faraó do Egito.

Depois vamos para o Museu de Mumificação, onde estão muitos vasos canopicos, que utilizavam para guardar os órgãos, e ferramentas antigas de cobre e obsidiana. Lembro do documentário que vi uma vez onde um arqueólogo chamado Bob Brier mumificou uma pessoa da mesma forma que faziam há três mil anos. As múmias mais famosas não estão ali, mas sim no museu do Cairo, o qual planejo visitar antes de ir embora.

Por fim, vamos à QV66, a tumba da rainha Nefertari. Por ser um local fechado, suas pinturas estão conservadas de tal forma que é possível ver as cores com as quais foram pintadas originalmente. Ela devia ser uma mulher magnífica e com certeza teve uma vida incrível, pelo que indicam as paredes. São muitas ilustrações de deuses e consigo identificar alguns entre eles, como Osíris, o deus dos mortos, Anubis, o deus da mumificação, e Maat, a deusa da justiça e da ordem.

São tantas coisas para ver que sinto como se estivesse tentando absorver uma enciclopédia gigantesca. Como não consigo ter todo o tempo que queria para analisar cada detalhe, me contento em tirar o máximo de fotos de tudo o que possível.

Nos dias seguintes nós visitamos Abu Simbel, o templo em que Ramsés II se colocava um próprio deus entre os deuses, a pirâmide e a esfinge de Gize, o Museu Egípcio e Khan el Khalili, um grande mercado com todo tipo de coisa, onde Fred me compra um belíssimo vestido branco com bordados dourados que sei que usarei no nosso próximo final de ano juntos.

Longe de casa, Fred e eu parecemos viver em um mundo só nosso agora. É uma sensação de liberdade que eu nunca tive antes já que sempre estive presa aos estudos, ao trabalho ou aos meus pais.

Viver esse momento me faz abrir os olhos para o mundo que eu nunca pensei em ver de perto e, de repente, me sinto inclinada a sonhar de novo e a crer que sonhos podem se tornar reais.


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