O Pecado de Lígia escrita por Holanda


Capítulo 2
O Acidente




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Quatro Meses Atrás

 

O avião fazia um barulho estrondoso por todos os lados, o som reverberava pela estrutura de metal sólido da aeronave, Lígia estava um tanto ocupada tentando controlar seu taquicardia devido a seu nervosismo. Aquela era sua primeira missão importante, realmente importante. 

Com dezenove anos, Lígia passou dois anos em treinamento intenso e depois mais um ano em teste indo em missões menores, mas agora era pra valer e ela iria mostrar sua força. Provaria a todos que cochichavam pelos cantos que ela não era boa o bastante, que como uma filha de Afrodite, Lígia não servia para ser guerreira. 

Todos estavam errados! Ela agora estava ali sentada no banco de um avião de combate militar, ao lado da equipe de semideuses mais prestigiada indo para o meio da Floresta Amazônica caçar uma hidra. 

Ela esticou a cabeça e olhou pela pequena janela, havia uma neblina densa no horizonte, mas ela já podia ver o verde escuro das árvores que formavam um manto logo a baixo. 

— Se preparem, estamos chegando no ponto. — Arthur disse verificando seu pequeno tablet que lhe servia como computador de campo. 

Nick assentiu para o filho de Hermes e se voltou para sua equipe. 

— Ok, pessoal, verifiquem seus equipamentos e munições, vai ser uma viagem rápida até lá embaixo, são cinco mil pés, mas tem neblina, então fiquem atentos na aterrissagem. Após o pouso a primeira coisa que faremos é nos reunidos e fazer a averiguação do terreno, entendido? 

Arthur, Bart e Sahira falaram um sonoro sim, ao mesmo tempo. Lígia percebeu seu pequeno atraso na resposta e falou sim depois de um segundo já se sentindo estúpida por não ter sido mais atenta naquele momento. 

Nick umedeceu os lábios e olhou diretamente para ela, seus olhos castanhos procuraram o verde de Lígia. 

— Você está ok? Está tudo bem se estiver insegura, é um grande monstro esse, e vai ser perigoso, se você quiser… 

A mente de Lígia disparou, estava acontecendo de novo, estavam a subestimando, como se ela fosse mais fraca que os outros. 

— Não! Eu estou perfeitamente bem! — Ela respondeu interrompendo Nick de forma rígida. 

Nick, que era filha de Zeus e protegida de Atena, nunca saberia o que é ser subestimada. 

— Não se preocupe. — Arthur disse. — Com essa belezinha aqui. — Ele deu um pequeno tapinha em uma caixa metálica de um pouco mais de trinta centímetros. — Aquela hidra vai virar purê. 

Bart fez um som estranho com a boca. 

— Deixa eu detonar? 

Sahira deu um murro no braço do irmão, ambos eram filhos de Ares, o deus da guerra. 

— Cala a boca e segue o plano. 

— Ok, gente, nada de confusão. — Nick se levantou. — Arthur cuida do explosivo, cada um sabe o seu trabalho, agora vamos saltar. 

Lígia ainda sentiu o olhar de Nick a observando, não fazia ideia do que aquilo significava e não queria pensar a respeito. A porta dos fundos do avião se abriu e os cinco semideuses caminharam em sua direção.

— Depressa! Tentem pousar no rio, evitem a copa das árvore! — Nick gritou por cima do barulho de hélices e motores que ficaram mais altos depois que a porta abriu.

— Que rio? Não dá para ver nada! — Sahira gritou de volta.

— Me sigam! — Arthur vociferou pulando para fora.

Bart e Sahira se entreolharam por um segundo e depois saltaram indo da direção do filho de Hermes. 

— Lígia? Lígia? Qual o problema? — Nick perguntou.

Ela percebeu que não havia se movido ainda, sua mão estava segurando com uma força desnecessária o fuzil de seu equipamento e sua boca estava seca.

— Lígia? Temos de ir agora, se não…

Trincando os dentes e sentindo o sangue subir para sua cabeça, Lígia ignorou qualquer coisa que Nick tinha a dizer e correu na direção da abertura saltando direto para o céu úmido. Não era a primeira vez que saltava de paraquedas, mas aquela missão significava muito para Lígia, e mesmo assim ela continuava errando, era tão frustrante.

O vento batia em seu corpo em queda fazendo uma pressão incrível, logo abaixo ela podia ver os seus três colegas que estavam abrindo seus paraquedas naquele momento, o tecido do paraquedas de Arthur era amarelo, fácil de visualizar.

Lígia sentiu a presença de alguém, e quando olhou para o lado viu Nick, a filha de Zeus lhe sorriu, o que parecia impossível para Lígia por causa do vento, mas mesmo assim Nick fez, ela sempre conseguia fazer as coisas mais impossíveis.

— Vem comigo! — Nick gritou por cima do vento, seu corpo ficou reto e ela desceu ainda mais rápido em direção ao solo.

A filha de Afrodite imitou seu movimento se inclinando na direção que ela viu Arthur ir. Logo ela começou a ver a neblina que cobria a floresta a rodear, Lígia puxou a corda ativando seu paraquedas que se inflou atrás dela e freou sua queda bruscamente, de repente estava flutuando em uma velocidade bem mais controlada.

Por alguns instante seu campo de visão sumiu no meio da neblina que ficou mais densa, mas logo clareou quando aquela espessa nuvem foi transposta e Lígia viu abaixou de seus pés o verde escuro da floresta, o rio estava lá, como Nick havia dito que estaria, ela inclinou seu paraquedas para cair naquela direção. 

Os pés dela atingiram a água do rio, não era largo e Lígia conseguiu aterrissar perto da margem assim como seus companheiros que já estava recolhendo o paraquedas de volta a mochila. Ela ignorou a sensação estranha da lama do fundo do rio nas suas botas e imitou o gestos de seus companheiros, estava finalizando a tarefa quando percebeu que os outros semideuses estavam formando um círculo a sua volta.

Lígia ficou nervosa de repente.

— Pessoal, é o seguinte…

Ela virou rápido vendo Nick se aproximar, os outros também olharam para a filha de Zeus, claro, eles não vieram procurar ela, e sim Nick.

— Na água pode ter jacarés, piranhas e enguias elétricas, na floresta diversas cobras, aranhas e até plantas nocivas, tenham muito cuidado ao seu redor, não toquem em nada desconhecido e fiquem juntos, ok? — Ela terminou.

— Esse lugar é sinistro. — falou Bart. — O campo de visão é muito limitado.

— A floresta é fechada demais. — Sahira completou a fala do irmão.

— Já sabíamos o que estava nos esperando, não adianta chorar pelo leite derramado. — Arthur disse sorrindo.

— Deus! Chega desses trocadilhos com comida! — Sahira ralhou. — Ninguém aguenta mais! 

— Uou, calma, comeu pimenta no café da manhã? — Arthur, que era loiro de olhos azuis se inclinou para perto de Sahira que não tinha como ser mais diferente no rapaz de origem estaduniense, ela tinha a pele escura, olhos castanhos intensos e usava um véu islâmico estilo hijab preto.

— Não me enche! — Sahira empurrou o ombro dele o fazendo rir.

— Sahira, se contenha! — Nick repreendeu, mas havia um sorriso divertido em seu rosto. — Arthur, se concentre em nos guiar.

— Ok, ok, eu sou o GPS ambulante da turma mesmo, quem mandou ser filho do deus dos viajantes. — Ele ligou a tela de seu tablet onde um mapa computadorizado apareceu. — O exército do Brasil recebeu denúncias de ataques estranhos através da população local, catorze e pescadores relataram terem visto o que se parecia com uma jiboia gigante com cinco cabeças e um único corpo. — Arthur dizia enquanto os semideuses adentravam na floresta. — Certamente uma hidra.

— Certamente. — Bart repetiu em tom de zombaria.

— Quieto! — Sahari exclamou irritada.

— Como eu estava dizendo antes de ser tão rudemente interrompido. — O filho de Hermes continuou. — Depois de feita a triangulação pelas informações coletadas, temos essa área como o principal ponto onde poderemos encontrar a hidra.

— Bom trabalho, fiquem atentos, caso for preciso, vamos acampar essa noite. — Nick falou.

— Argh! Espero que não. — Bart bateu a mão no próprio rosto matando um mosquito.  — Ei, Lígia, use o óculos de visão infravermelha! Eu não quero passar a noite nesse lugar.

Lígia quase pulou no lugar quando ouviu seu nome, ela jurou que havia sido esquecida, mas assim que sua ajuda foi solicitada, ela se sentiu feliz, era um sentimento que não deveria ser tão evidente, às vezes ela odiava ser tão explícita no que sentia.

Sem dizer uma palavra, Lígia puxou o grande óculos de lentes redondas e proeminentes, ela o colocou na frente dos olhos e observou em volta vendo tudo em manchas vermelhas e amarelas, notou que todos haviam parado de andar para esperar por ela.

— Nada. — Lígia respondeu.

— Vamos procurar perto da água. — Nick disse enxugando o suor da testa acobreada. — Segundo Atena, a hidra gosta de locais com água.

— Úmidos. — Lígia corrigiu quase inconsciente.

Nick a olhou levantando uma sobrancelha e depois deu um sorriso sem graça.

— Sim, úmido. 

Voltaram a caminhar pela mata, por muitas horas, Lígia ficou se perguntando se havia cometido mais um erro, oh, claro que sim, Nick era líder de seu esquadrão, ela não deveria ter corrigido sua líder, era uma coisa estúpida, será que Nick estava chateada com ela? 

— Ah! Credo, uma aranha! Tira daqui! — Arthur gritou sacudindo as mãos. —  Deus, ela é gigante! 

A aranha pulou do ombro dele para o chão, Bart girou seu fuzil e atirou fazendo o aracnídeo sumir de vista. Tudo aconteceu em um intervalo de segundos. Nick praticamente se materializou na frente do filho de Ares, quando ela se moveu? Lígia não viu. Ela agarrou o cano da arma e inclinou para o alto e Bart imediatamente ficou rígido.

O olhar que Nick deu a ele foi de gelar a espinha.

— Foi mal. — Ele falou.

— Seu idiota! — Sahira disse em um tom baixo e irritado.

Lígia não sabia o porquê, mas de repente um clima tenso se instalou, como se todos dos cincos semideuses estivesse prendendo a respiração esperando que algo saltasse e os atacasse. Nenhum deles se mexeu e parecia que a floresta havia ficado estranhamente silenciosa.

De repente um grito horrível reverberou por entre e copa das árvores.

—  Que porra foi essa? — Bart perguntou de olhos arregalados.

Nick o saltou e puxou seu próprio fuzil na direção de onde o som havia vindo. Lígia, Sahira e Arthur fizeram o mesmo. Eles viram uma movimentação entre as árvores, muito alto, então um bando de macacos passou por eles, logo acima de suas cabeças, usavam os galhos das árvores para irem o mais rápido que podia enquanto gritavam alto.

— Do que eles estão fugindo? — Bart fez a pergunta óbvia.

— Do que você acha? — Arthur apertou a mão em torno da caixa que ele carregava.

— Preparem-se! 

Lígia não precisava ouvir a ordem duas vezes, ela apontou seu fuzil na direção que o macacos vieram e não tardou para ela ver a hidra que eles vieram caçar. Ela deveria ter doze metros de comprimento, o corpo completamente coberto de escamas duras e grossas parecidas com a de um crocodilo, tinha quatro patas fortes que estava  a fazendo correr em uma velocidade surpreendente na direção deles, de seu corpo musculoso se projetava cinco cabeças de serpentes com pescoços longos, cada uma tinha mais de dois metros e uma cor marrom claro com um padrão de manchas escuras.

— Atirar! — Nick disparou uma saraivada de balas na direção do monstro que pareceu nem se importar.

Os dois filhos de Ares e Lígia seguiram seu exemplo, mas a hidra continuou avançando na direção deles tomando qualquer coisa que estivesse no seu caminho. 

— Não está funcionando! — Sahira gritou por cima do barulho dos tiros.

— Continuem chamando a atenção dela! Espalhassem! Lígia, vem comigo! Arthur, arma o detonador! 

Lígia não demorou um segundo para correr atrás de Nick para o flanco direito, ela viu pelo canto de olho, Bart e Sahira irem para a esquerda, Arthur se abaixou para abrir a caixa que ele havia trazido.

— Droga. — O filho de Hermes ralhou um tanto nervoso ao começar a mexer nos dispositivo, ele precisava rapidamente programar a detonação do explosivo e tinha de fazer direito para acabar com a hidra de uma só vez e não ferir seus amigos.

A hidra urrou irritada balançando suas cabeças de um lado para o outro sem saber qual lado atacar, ela estava sendo ferida tanto pela direita quanto pela esquerda, as balas que saiam da metralhadora de Bart estavam começando a ferir o dorso do monstro.

— Mirem na cabeça! — Nick gritou apontando seu fuzil para a região onde as cabeças da hidra ficavam.

Lígia seguiu o exemplo da filha de Zeus, isso pareceu irritar ainda mais a besta que balançou seu rabo como um chicote, ela que estava concentrada em atingir a cabeça do monstro, só percebeu tardiamente a cauda da hidra vindo em sua direção.

Ela gritou quando foi atingida em cheio na boca do estômago, o impacto foi tão violento que Lígia foi arremessada alguns metros para longe até suas costas baterem bruscamente contra o troco de algum árvore. Ela sentiu suas costelas estalarem de dor e no mesmo instante soube que estavam quebradas.

— Não! 

Lígia identificou o som da voz de Nick, ela levantou a cabeça rapidamente vendo a hidra virar todas as suas cabeças em sua direção e abrir suas cinco bocas, um líquido transparente esguichou em alta velocidade vindo das presas do monstro diretamente em sua direção.

Nick fez de novo e antes que Lígia percebesse, a filha de Zeus estava na sua frente, com o escudo apostos em seu braço. O veneno da hidra foi bloqueado, ela viu como as gotas desviadas atingiram o chão e fizeram as folhas evaporarem.

A hidra se virou na direção delas e parecia pronta para correr e atacá-las. Mas então Bart puxou um bastão das costas, acionado um dispositivo uma lâmina de lança surgiu na ponta.

— Ah não vai não! — O filho de Ares pulou e fincou a lança nas costas da hidra que urrou de dor, as cabeças viraram para trás. — Tome isso, seu dinossauro fedorento! — Ele colocou toda sua força e enfiou ainda mais a lâmina nas costas encouraçadas do monstro.

As cabeças da hidra se agitaram abrindo suas bocas, duas delas morderam o filho de Ares, uma na perna e outra no ombro

— Não! Bart! — Sahira gritou na hora que ela deu um pulo muito alto, ela tirou suas espada da cintura e girou no ar cortando fora duas cabeças da hidra que estavam prontas para atirar veneno no seu irmão.

— Droga! — Nick correu na direção da besta puxando sua própria espada, ela deslizou pelo chão e desferiu um golpe preciso na base dos pescoços do monstro.

A hidra girou e urrou ferida, suas duas cabeças decepadas por Sahira já estavam começando a se regenerar enquanto uma fumaça malcheirosa saia do sangue que havia ficado no toco onde antes existia as cabeças. As outras duas que ainda estavam prendendo Bart e fazendo  rapaz gritar de dor, balançaram e atiraram o filho de Ares longe a ponto de ele sumir no meio das árvores.

— Arthur! Tem de ser agora!

— Ok, saiam do meio! — O filho de Hermes gritou, Nick e Sahira rolaram para longe.

Arthur depois de ligar o botão do time, fechou a caixa e jogou a fazendo deslizar pelo chão na direção na hidra, a caixa parou no local certo, bem embaixo no dorso poderoso do monstro, um, dois, três segundo depois, houve uma grande explosão que fez o corpo da hidra se despedaçar.

Lígia ficou estática exatamente no canto onde havia caído, suas costelas ainda doía, por isso ela não se atreveu a se levantar e observou como no local onde a hidra estava, agora só havia restado um buraco raso com pedaços de carne e o sangue fedido do monstro. As cabeças haviam voado para várias direções, uma delas estava perto dos pés de Lígia razoavelmente intacta.

Ela engoliu a seco.

— Eh isso ai, um trabalho rápido! — Arthur falou limpando as mãos na própria calça.

— Vamos recolher amostras do veneno, como Atena pediu. — Nick disse se aproximando.

Sahira ignorou eles e correu na direção onde seu irmão foi jogado.

— Como se não dá para por a mão disso? — Arthur perguntou.

Lígia olhou a cabeça a seus pés.

— Vamos levar a cabeça inteira. — Ela disse e os dois de repente olharam para ela.

— Hmmm…. não é uma má ideia. — O filho de Hermes falou. — Vou ver se tenho algum tipo de bolsa para por a cabeça. — Ele tirou a mochila das costas e começou a verificar.

Nick caminhou em sua direção sorrindo.

— Bom trabalho, você está bem? — Ela ofereceu uma mão para Lígia que aceitou para se levantar.

— Só algumas costelas quebradas.

— Faz parte. 

— Eu não fiz muito. — Lígia confessou em voz baixa só para Nick ouvir, pelo canto de olho ela viu Sahira voltar com Bart apoiado em suas costas, a perna no filho de Ares estava dobrada em um ângulo não natural.

— Somos uma equipe, a gente se ajuda, não precisa se cobrar tanto. — Ela colocou a mão no ombro de Lígia e sorriu simpática.

Lígia assentiu.

— Ok, achei algo. — Arthur falou.

— Vamos logo com isso, Bart quebrou a perna. — Sahira falou em seu típico tom de mau humor.

Animada pelas palavras de encorajamento de Nick, Lígia se prontificou a pegar a cabeça da hidra, Arthur se aproximou abrindo o saco, quando a semideusa se abaixou para agarrar-la, a cabeça da hidra se mexeu abrindo a boca e esguichando seu veneno na direção do rosto de Lígia, ela nada pôde fazer, sentiu sua pele queimar e gritou caindo no chão, suas mãos instintivamente foram para o rosto. 

A dor era insuportável.

— Lígia! — Nick puxou sua espada e partiu a cabeça da hidra no meio, logo em seguida ela caiu de joelhos ao lado da filha de Afrodite que não parava de gritar.

— Água! Precisamos remover o veneno! — Arthur disse pegando uma garrafa.

Nick puxou a garrafa da mão dele e tentou puxar as mãos de Lígia de cima do ferimento, a pele parecia queimada e os olhos estavam esbranquiçados com uma aparência tenebrosa. Lígia resistiu, ela ainda continuava gritando diante da dor que sentia.

— Vai ficar tudo bem, eu prometo que vai ficar tudo bem. — Nick passou a água removendo os resíduos e minimizando os efeitos que o veneno ácido causava. — Arthur, liga para o resgate, depressa!

— Eles vão demorar algumas horas para chegar. 

— Tá bom! Liga logo! — Nick puxou uma gaze no bolso de trás e limpou o rosto de Lígia que parecia chorar, mas não saia nenhuma lágrima de seus olhos, a filha de Zeus cobriu os olhos dela com o curativo.

E aquela foi a última vez que Lígia viu algo com seus próprios olhos.

 


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Notas finais do capítulo

Acontece de verdade de cadáveres ainda se mexerem, é como um reflexo nos músculos que ainda podem esta passando impulsos elétricos, pq é com impulsos elétricos que o cérebro vai comandando o corpo, né. Essa é uma condição que acontece com frequência em repteis, só ver como quando vc corta o rabo de uma lagartixa e o rabo continua se mexendo. Meio que foi isso que aconteceu com a cabeça da hidra.

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