Entre Nós escrita por unalternagi


Capítulo 1
Temos que falar sobre Bella: tipo fugitiva


Notas iniciais do capítulo

O início de tudo vai partir dessa fanfic. É uma história meio pesada, mas espero que vocês gostem da escrita.



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Temos que falar sobre Bella: tipo fugitiva

Andava por sobre as folhas secas que faziam o barulho conhecido embaixo de seus pés, por anos andou e andou, decorando o caminho pelas árvores ao redor, pelo som e a posição do sol, dependendo do horário do dia. Não havia trilha alguma, nunca saberia dizer como ele havia encontrado aquela casa no meio do nada.

—Estamos chegando? – ela se lembrava de o escutar perguntar, mas não se lembrava se havia respondido.

A próxima coisa que se lembrava era de encontrar a mulher ensanguentada, vestida com sua usual camisola branca. A mulher estava fraca, chorando no canto da cama velha. Correu para ela e a abraçou.

No hospital se lembrava de querer falar com ela, querer saber sobre tudo, mas era mantida longe, até que foi chamada no quarto com o único intuito de jurar que não falaria nada mais do que eles gostariam. A história tinha que ser morta.

Morta.

Acordou suando frio, abafou o grito que ameaçou sair de sua garganta. Não poderia gritar, tinham muitas pessoas dormindo naquela casa. Se manteve deitada reparando quando os raios de sol começaram a aparecer contra o piso de madeira de seu quarto, que ficava no primeiro andar da casa.

Escutou quando alguém começou a descer as escadas e, esperando mais um tempo, se levantou e fez sua higiene matinal.

Começou a lembrar dos anos que precederam aquele. Como uma casa como a qual estava agora era tudo o que queria. O lar temporário que o policial Swan tinha conseguido para ela era ótima. Emily, a mãe, era estéril, então entrou com processos para ser uma casa temporária e, ela mesma, tinha conseguido adotar algumas crianças para cuidar junto com seu marido, Sam, o único mecânico da cidade.

Logo escutou o barulho que os meninos faziam e Emily os repreendendo porque a garota ainda dormia, ela resolveu sair para comer seu desjejum.

—Bom dia – falou em baixo tom.

Ela parecia realmente uma forasteira dentro daquela casa.

Emily era nativa e Sam também, namorados da escola, amigos desde a infância. Os dois tinham a pele morena e os cabelos e olhos negros, belezas óbvias e, todos os filhos adotivos se pareciam com eles. Tinham quatro: Embry, Quil, Jared e Paul. Os adotaram quando os pais deles morreram em um acidente de carro, feio. Por serem irmãos, os garotos se pareciam um com o outro e, talvez por convivência, as pessoas nunca diriam que Sam e Emily não eram os pais de sangue dos garotos.

Ela, por outro lado, era baixa e bem magra, a pele era translúcida e os olhos acinzentados traziam mais histórias neles do que se juntassem o passado das outras cinco pessoas naquela cozinha, apesar de saberem o geral de seu passado, nunca traziam isso a tona. Não perto dela.

—Que bom que acordou, querida? Foi culpa dos meninos? – Emily perguntou maternalmente.

—Não – ela se conteve em dizer, sentou na cadeira vazia perto de Jared.

—Quer muffin, Marie? Se sim, pegue agora antes que Embry acabe com eles – Jared a disse e ela olhou para o alimento que ele tinha dito.

Pegou um quase como reflexo do que ele tinha dito, então começou a mastigar devagar, parecia bom, ela começou com mais afinco a próxima mordida.

—É isso o que gosto de ver nas manhãs de domingo – a voz de trovão de Sam, fez Marie se encolher na cadeira, Paul a olhou em reflexo, como o mais velho, tinha uma proteção maior com os outros.

Sam colocou os pães, que fora comprar, no centro da mesa e todos começaram a se servir. Marie não comia a menos que alguém a ofertasse alguma das coisas que estavam dispostas ali e ela, por outro lado, nunca negou nada o que ofereciam.

—Vamos na delegacia hoje – Sam contou a ela quando o café acabava.

Marie novamente se encolheu em susto quando ele falou, daquela vez foi perceptível.

—Certo – ela disse em um tom mais alto que um sussurro.

—Vou com vocês, querida – Emily disse tentando a tranquilizar.

Deu certo, Marie assentiu e perguntou se poderia sair da mesa. Os pais permitiram, Emily verbalmente e Sam apenas com um aceno, assim, ela saiu de lá apressada, querendo ficar um pouco sozinha.

Mais tarde, na delegacia, ela se sentou de frente para o chefe de polícia. O policial Swan entrou pouco tempo depois.

—Marie, que bom vê-la – ele disse sinceramente e Charlie o encarou em repreensão – Diga para mim, o que está achando da casa dos Uley? – ele perguntou realmente preocupado.

Charlie teve a certeza que estava procurando há uns dias. Emmett estava envolvido demais no caso delas, mais do que era o correto e saudável.

—Tudo bem, policial – ela falou tímida.

—Isso é ótimo – ele sorriu – Bom, te chamei porque queria lhe contar pessoalmen-

—O encontraram? Ele está preso? – Marie o perguntou, se repreendendo mentalmente por tê-lo cortado, mas o policial pareceu não se importar, pelo contrário, ele quem parecia sem graça com o questionamento que a garota havia feito.

—Nós vamos encontra-lo – ele prometeu de frente para ela, percebeu seus ombros caírem com a decepção.

—Penso que sim – ela murmurou.

—Muito bem, senhorita Marie, logo a assistente social chega aqui para conversar com a senhorita para decidir se quer, ou não, entrar no processo de adoção que os Uley propuseram essa semana – Charlie falou cortando o assunto dos dois que estava ficando mais pessoal que profissional.

Fazia dois meses que ela estava com eles, Emily tinha lhe contado sobre a vontade deles, não tinha muito contra aquilo.

—E o bebê? – ela perguntou de repente.

Emmett sorriu, retomando o assunto de antes.

—Ele foi levado para sua nova família. É ótimo, isso o que te falo, foram para longe daqui, os Biers são uma família conhecida, sempre têm crianças temporárias e, sempre quiseram um bebê – Emmett contava – Ele está em Boston.

Charlie ficou encarando a menina que perdeu algo naquele momento, ela pareceu confusa, o vinco entre as sobrancelhas a entregou antes que ela se ajeitasse.

—Boston? – ela perguntou.

—Sim, longe de toda essa loucura, pensei que você gostaria de saber isso?

—Claro.

Desde o início, o seu maior sonho foi a liberdade, coisa essa que só seria conquistada se a fuga fosse bem sucedida.

Fugir.

Ela sempre soube que era sua única opção, por isso começou a pesquisar e pensar em como faria daquela vez.

Sua nova família era menos intrusa que ele o era, ela era mais livre dentro daquela casa e, por isso, pensou que poderia fazer isso dar certo, mesmo que sozinha, as coisas poderiam funcionar, mas ela tinha que ir com cautela para não meter os pés pelas mãos.

Os meses transcorreram com naturalidade e, para Marie, a ideia só ganhava mais forma a cada dia que passava.

Fugiu no mesmo dia da audiência final de adoção, sem bilhetes ou justificativas, ela não estava em sua cama pela manhã, deixando uma preocupação constante na família Uley.

.

.

Quando saiu da casa do garoto da mercearia no dia seguinte ao que ele a ajudou, não pensou que era realmente uma fuga, achou que fosse quase que um favor a ele, afinal, quem iria querer uma estranha em sua casa? Alguém sem passado nem futuro nenhum.

Levou as roupas dele por estar as vestindo e serem de melhor material e mais novas do que as que ela usava antes. Aproveitou sua aparência fresca e, depois de passar o dia batendo carteiras pelos mais diversos lugares, sempre conscientemente se mantendo longe de tudo o que conhecia naquela cidade, ela pegou o trem noturno para a cidade vizinha, Boston.

Depois de semanas, tinha coragem para ir para o endereço que havia descoberto.

Biers.

Ficou rondando a casa por alguns dias, reparando que não era o que pensava encontrar. O jardim estava mau cuidado e a casa constantemente apagada. Ouvia discussões do lado de dentro e pessoas de mais entrando e saindo do lugar.

Pensou que deveria ter o endereço errado, mas viu o homem saindo com o neném mal agasalhado de dentro de casa, ela ficou o encarando por um tempão, era mais lindo do que a mente dela poderia imaginar, era perfeito, queria tanto segurá-lo em seus braços. Ficou os observando por semanas antes que realmente tivesse certeza que o bebê não estava bem naquela casa, por dias seguidos o escutava doente, espirrando, tossindo, mal vestido, não poderia dizer mais sempre o vendo de tão longe.

Então houve a oportunidade perfeita, na noite de ano novo, conseguiu entrar na casa sem ser notada e depois sair com o bebê no colo. Enrolou o casaco do garoto da mercearia no bebê e foi quando a ideia a bateu, pensou no médico que poderia ajuda-la a cuidar do neném com todo o carinho que ele precisaria.

Ela não errou em sua suposição de que o garoto os ajudaria.

Mas, ao contrário do que ela pensou no primeiro momento que levou o neném para a casa do médico da mercearia, ela não fugiu com o bebê no dia seguinte.

Edward foi o pai de Riley desde o primeiro momento que o pegou no colo e, depois, pareceu apenas natural que a família junta fosse desenvolvida. Por laços de amor, os três deram início a uma bela história na qual, até mesmo Marie, ganhou um novo nome para escrever sua nova narrativa.

.

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Isabella Cullen era uma mulher atraente e muito autossuficiente. Fazia parte de círculos da alta sociedade de Londres. Carlisle, antes mesmo de se juntar com Esme, frequentava aquelas festas e, com Esme ao seu lado e seu carisma, tinha conseguido entrar ainda mais, conforme sua própria fortuna aumentava.

Edward e Isabella Cullen formavam um casal bem visto.

O filho único deles era de uma educação exemplar. Um garoto muito inteligente e esforçado, gentil com todos. O braço da família Cullen que tomava Edward como o patriarca era tão bem vista quanto o próprio Carlisle o era.

Isabella entrou no hospital que Carlisle trabalharia naquele dia com pressa, parou na antessala do escritório do sogro e sorriu para a mulher que tomava a cadeira.

—Siobhan, se importa em avisar Carlisle que já cheguei? – pediu educadamente, o tom contido enquanto ela tentava controlar todas as emoções que ameaçavam explodir seu peito.

—Ó – Siobhan disse surpresa – Não a vi chegar aqui, Bella, Carlisle está a sua espera – a secretária avisou e Bella sorriu, agradecendo.

Na sala de Carlisle a conversa foi rápida, a agenda dele não estava cheia naquele dia. Ele pediu para Bella agendar algumas outras consultas e uma entrevista na rádio local. Conversaram algumas amenidades e ela o garantiu que Edward e Riley estavam muito bem.

Nem em seus melhores sonhos Bella teria imaginado que ganharia uma família tão passional quanto aquela. Com exceção de sua sogra, os outros membros da família eram completamente apaixonados por Bella e Riley, os tratavam como iguais e Esme, apesar de sua repulsa óbvia direcionada a Isabella – e até mesmo ao seu filho às vezes -, não teria como negar que era uma boba por seu único neto.

Era o que importava para Isabella.

Saiu da sala de Carlisle e, mais uma vez, viu aquela foto mostrando Mary muito bem, o título da matéria tomou sua atenção e ela se aproximou do computador de Siobhan que não estava por perto.

O Mistério do Havaí: Todas as pistas até agora

Isabella sentou na cadeira de Siobhan e se distraiu lendo tudo e, no canto da mesa, achou um pedaço de papel de rascunho, começou a anotar algumas coisas. Nomes, endereços, datas. Siobhan a achou concentrada e chegou perto para ver o que fazia.

—Ó, viu isso? – ela comentou e Isabella se assustou com a aproximação que pareceu tão repentina.

—Sim, pela manhã, Edward e eu vimos isso – Bella comentou olhando para o site, terminaria de ler em outro lugar.

—Ela era linda – Siobhan comentou enquanto Bella se levantava, amassando o papel nas mãos.

Isabella não gostou de ouvir o verbo conjugado no passado, mas não disse nada. Deu mais uma olhada no computador antes de suspirar.

—Realmente o era – ela se conteve em dizer.

—Vai passar o dia aqui? – Siobhan perguntou e Bella sorriu.

—Sim, vou buscar o café do meu sogro que você sabe que ele não se alimenta se a comida não estiver na face dele – Bella disse descontraída, muito mais do que realmente se sentia.

Foi até a cafeteria que Carlisle gostava e comprou algumas coisas, pegou um jornal daquele dia enquanto esperava pelo pedido, procurou algo sobre o assunto que lhe tirou de seu centro gravitacional. O centro que ela demorou tanto para estabelecer, mas não tinha nada no jornal local. Seu nome foi chamado no mesmo momento em que escutou o celular tocar.

Edward Cullen

Foi o nome que brilhou no visor de seu celular e uma foto dele e de Riley dormindo na mesma pose, quando Riley era um pouco menor, adornava a tela do celular que foi jogado de qualquer jeito dentro da bolsa.

Ela pegou os pedidos e voltou para o hospital. Carlisle comeu, como ela instruiu e passou a manhã em algumas consultas lendo exames e julgando a necessidades de cirurgias ou apenas um novo encaminhamento para outra área de especialização.

Isabella ficou na sala dele, checando as coisas que ele tinha pedido organizando tudo o que precisaria organizar e, no meio tempo, pesquisando mais sobre o caso do desaparecimento da noiva do surfista.

Não voltou a ver Carlisle, Siobhan apenas a avisou que ele entrou em cirurgia e foi quando Bella levantou com uma pasta organizada e a agenda de couro preta que usava para as coisas de seu sogro.

—Siobhan, essa é a agenda do Carlisle, e esses são todos os convites e documentos importantes que ele tem que rever ou assinar, a agenda dele está praticamente fechada, então não terá muitos problemas, só em casos extremos que Carlisle te instruir que você adicionará coisas – Bella falava altiva, sem dar muito espaço para questionamentos.

—Vai sair? – perguntou a secretária, curiosa.

—Preciso resolver algumas coisas, avise Carlisle que Edward o explicará, sim? Por favor.

Não queria ter que pensar em algo agora.

Siobhan concordou e Isabella saiu de lá rapidamente depois de apagar o histórico de pesquisa e seus rastros do computador de Carlisle. Se apressou para a rua e pegou um táxi sem dificuldade.

Sua primeira parada foi o banco, o gerente ficou surpreso com a quantia que ela pediu para sacar, mas ela tinha o limite, então logo a entregou um envelope gordo de dinheiro. Ela colocou de forma displicente em sua bolsa, agradeceu pela atenção e saiu batendo o salto contra o chão de mármore do banco.

Chegou em sua casa com pressa. Edward não parava de ligar e ela percebeu que ele havia começado a deixar recados na caixa postal, não conseguiria lidar com aquilo agora, tinha que sair dali.

Se lembrou que era seu dia de buscar Riley, mas teve a ideia perfeita quando reparou que ainda era horário de almoço. Ligou para Laurent que a atendeu rapidamente, ela continuou dentro do teatro de tranquilidade, pediu um favor ao cunhado que concordou rapidamente, Bella queria suplicar a ele para que não a odiasse quando toda a história viesse a tona, adorava os cunhados e sogro, estava com medo de decepcioná-los e, mais que aquilo, tremia de pensar que decepcionaria os homens de sua vida.

Tirou o celular da orelha depois de se despedir de Laurent e tirou o salto se apressando para o closet. Trocou de roupa, colocando uma mais confortável e menos formal, tinha pesquisado o tempo de voo e não seria simples. Em uma mala pequena ela organizou algumas roupas, começou a procurar e achou o passaporte onde pensou que estaria. Sequer reparara na bagunça que sua pressa tinha deixado no quarto.

Foi para o banheiro para pegar alguns produtos de higiene pessoal, os básicos: sabonete, pasta e escova de dentes, e na pia do banheiro viu um batom escuro. Ficou se debatendo se aquilo seria melhor ou pior, mas não conseguiria não deixar nenhum adeus, não quando – anos atrás – Edward confessou que foi o que mais doeu quando ela foi embora a primeira vez, ainda na América, antes de lhe trazer Riley.

Escreveu rapidamente no espelho, esperava que fosse rápido e simples limpar aquilo. Suspirou quando viu, novamente, o celular brilhar a foto e o nome dele. Jogou o batom dentro da pia, queria que ele pegasse a dica que deixou no bilhete, ao mesmo tempo que queria que ele a ignorasse.

Não conseguia nem pensar em como o arrastaria para dentro daquela história horrorosa, ele não merecia aquilo e Riley menos ainda.

Riley.

Ela foi para o quarto do filho e chorou tocando as coisas impecavelmente organizadas que o filho deixava antes de sair de casa, da mesma forma que ela fazia. Sorriu ao ver a foto que ele tinha ali no porta-retratos, a tirou não querendo que ele a esquecesse, escreveu um curto bilhete para ele também antes de arrumar de novo a foto lá dentro. Pegou outra foto que Riley guardava dos três, dentro da gaveta.

Respirou fundo se levantando e indo de volta para seu quarto. Pegou suas coisas e saiu de casa atrás de um táxi. O milésimo toque do celular levou Edward, novamente, à caixa postal e, sentada já dentro do carro, ela resolveu lhe dar uma chance.

Colocou o celular em seu ouvido, escutando a voz aflita de seu companheiro.

Não sei o que fiz, falo sério. Não me abandone nessa angústia, Bella, eu te peço, atenda esse celular— ele falava com o tom de voz baixo, provavelmente estava no trabalho e, mesmo assim, continuava preocupado com ela – Não apreciei o beijo que me ofereceu essa manhã, não pareceu adequado — suspirou – Eu te amo. Não sei o que está acontecendo, mas podemos passar por isso, unidos, amor, me deixe embarcar— a voz de súplica acabou com ela, não se permitiria chorar, então desligou a mensagem antes de terminar de escutar.

Recostou a cabeça no banco de couro do táxi. Estava com medo, se sentia sozinha como não se sentia há anos. Parecia injusto a ela que, novamente, se encontrava naquela posição, mas também se convenceu que era sua melhor opção.

Antes disso, era sua única opção. Então o que mais, nesse mundo, ela poderia fazer?

Fugir. De novo.

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Olhos Solitários

Filho, Meu Filho


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Notas finais do capítulo

Deixem-me saber o que acharam.