Na Casa de Aquário, Thiago abriu a porta de sua biblioteca particular. Contemplou a vasta coleção, que lhe fora legada por Hyoga, Camus e Dégel.

                        Numa das paredes, havia as pinturas com toque mágico dadas por Thaila Fadden, membra do Esquadrão de Aurores do Ministério da Magia, representando os cinco antigos cavaleiros de Bronze.

                        Rina com o medalhão de Hades, “Yours Ever”.

                        Gustavo com a esmeralda dos Sete Mares de Poseidon.

                        Matt com o metal sagrado do fogo da lareira de Héstia.

                        Betinho com o pingente metálico das forjas de Hefesto.

                        E eu com a moeda dourada mágica da Rainha Hera, que só Jason Grace antes tinha.

                        Todos os presentes de proteção que os deuses do Olimpo haviam conferido aos cavaleiros da esperança, após o acordo de paz dos olimpianos.

                        Ele tratou de se concentrar. Gomes e Shion haviam lhe concedido uma tarefa de pesquisa. Algo que tinha a ver com Ares e seu recente comportamento.

                        O cavaleiro de Ouro não tardou a encontrar o registro dedicado ao deus da guerra. Em outros tempos, Thiago não faria questão de abrir nenhum daqueles livros, mas hoje ele estava mudado. Milene era uma testemunha.

                        Antes de abrir o livro sobre Ares, porém, sua atenção se voltou para dois volumes um pouco afastados e antigos. Colocou o livro de Ares na escrivaninha e foi averiguar.

                        Eram exemplares singularmente antigos, como ele havia pressuposto. O título do primeiro era: Titanomanquia – a batalha original. O segundo: Titanomanquia – as batalhas modernas.

                        Sabendo que não tinha nada a perder, ele levou os volumes para a mesa. Abriu-os com o livro de Ares e começou a estudá-los.