Miraculous - Decisões de um Coração Partido escrita por Lia Araujo


Capítulo 8
Pistas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783354/chapter/8

POV Adrien

Quando acordei na manhã seguinte, não vi a Mari na cama, me sentei olhando em volta. Me levantei e sai do quarto, ouvi a voz da Mari, ainda era cedo, provavelmente a Alya e o Nino ainda estariam dormindo, segui o som da voz dela até a sala de estar.

— Claro, estaremos com tudo preparado... obrigada - ela falou encerrando a chamada

— Algum problema? - perguntei e ela me olhou

— O delegado quer vim o quanto antes para mostrar as imagens para as crianças - ela falou colocando o celular no mesinha - Vou chamar o Guilhermo e acordar os demais.

— Posso ajudar em algo? - perguntei olhando-o

— Peço que não saiam daqui, ninguém pode saber que estão nesta casa - ela disse me olhando - Avisa ao Nino e a Alya, chamo vocês assim que tivermos mais alguma informação.

— Está bem - falei simplesmente

— Obrigada - ela falou pegando o celular novamente e pareceu digitar algo

— Ei! - falei me aproximando dela - Sei que está ansiosa, mas tenta ficar calma. Se estiver agitada as crianças podem ficar também.

— Tudo bem, você tem razão - ela falou e suspirou pesadamente, a abracei e beijei o topo da cabeça dela

— Vai dar tudo certo - sussurrei e ela assentiu contra o meu peito

— Obrigada - ela falou parecendo mais tranquila

— Se precisar da gente, me liga - falei e ela assentiu se afastando

Ela seguiu para o quarto dela e fui para o quarto que eu estava hospedado, Plagg dormia na almofada e me deitei na cama encarando o teto, não demorou até que eu ouvisse os passos da Mari pelo corredor indo em direção a sala, suspirei pesadamente, me sentei na cama passando a mão pelo cabelo e me levantei da cama e comecei a caminhar de um lado para o outro.

— Vai acabar fazendo um buraco no chão se continuar assim - ouvi a voz do Plagg e me virei na direção dele

— Desculpa ter te acordado - falei me sentando na cama

— O que tá acontecendo? - Plagg voou pousando ao meu lado

— É a Mari - falei e ele revirou os olhos

— Problemas no paraíso? - ele perguntou ironicamente e foi minha vez de rolar os olhos

— Não começa, Plagg - O repreendi e ele me olhou - Ela está muito agitada, o delegado vai trazer as imagens hoje para as crianças verem

— Não é pra menos ela tá assim - Plagg murmurou

— O que quer dizer? - perguntei olhando-o e ele pareceu ficar tenso - O que está escondendo, Plagg?

— Eu quis dizer que é natural - Plagg falou se afastando - Ela é responsável por cada criança e kwami que vive nessa casa.

— Tem razão - falei e passei as mãos pelo cabelo - Mas me deixa louco saber que não posso fazer nada para ajudá-la.

— Acha que não está conseguindo ajudá-la? - Plagg perguntou me olhando - Venha comigo.

Ele começou a me guiar pelo corredor em direção ao elevador

— Plagg, pra onde está me levando? - perguntei quando ele entrou no elevador

— Você vai ver, vem logo - ele falou e eu entrei no elevador

Ele apertou o botão e o elevador começou a descer, quando parou as portas abriram, Plagg saiu e o acompanhei, ele iria me levar para a área externa da mansão.

— Está me levando pra clareira? - perguntei e ele negou com a cabeça e continuou

Seguimos por uma trilha para dentro da floresta durante uns quinze minutos, até que ele parou e vi para onde ele olhava

— O que aconteceu aqui? - falei olhando em volta assustado

Tinha árvores caídas, marcas de garras nos troncos, outras pareciam ter sido reduzidas a pó, era muita destruição.

— Marinette - Plagg respondeu e o olhei surpreso - Depois que não conseguiu encontrar as crianças, ela se transformou na Lady Noir e descontou toda raiva na floresta.

— Não pode ser - sussurrei olhando a destruição

— Ela estava em desequilíbrio, Adrien - Plagg falou - Ela vinha aqui e repetia os ataques de ódio praticamente todos os dias.

— Ela parecia tão bem - falei sem desviar os olhos da paisagem a minha frente

— Ela parou de vim depois que você chegou - Plagg falou e o olhei - O Guilhermo temia que se ela continuasse assim os guardiões a expulsassem do templo

— O que minha chegada tem haver com isso? - perguntei sem entender

— Você continua lerdo, não é, garoto? - Plagg falou revirando os olhos - Você trouxe o equilíbrio que ela precisava, assim como Yin Yang, um equilibra o outro, assim como são destinados ao outro.

— Como é? - perguntei surpreso

— Não sabia? - Plagg perguntou cruzando os braços - Os portadores da destrui e da criação são destinados a ficar juntos.

— Você não podia ter me dito isso quando eu tinha 15 anos? - perguntei olhando-o e sorriu

— Pra você espantar a Ladybug de vez? - ele provocou me olhando - Você era muito meloso com Adrien e muito atirado como Chat Noir.

— Isso era culpa sua - rebati olhando-o

— Minha? Garoto, eu só te dava os poderes e una roupa de couro colada - Plagg falou com sarcasmo - Mas parece que a máscara, te dava coragem pra fazer coisas que não conseguia como Adrien.

— Isso é sério? - perguntei, ele assentiu e levei as mãos ao rosto - Como eu podia falar aquelas coisas?

— E eu que sei? - ele falou se divertindo

— Vamos voltar - falei após balançar a cabeça negativamente

Plagg sentou no meu ombro e ficamos todo o percurso em silêncio, quando estávamos indo em direção ao elevador ouvimos a voz de uma das garota do templo.

— Para! - ela parecia agitada

— Plagg, mostrar as garras - falei me transformando em Chat Noir

— Você tem certeza? - ouvi a voz da Mari

— Tenho, eu vi ele - a garota falou firme

Bati na porta e entrei

— Está tudo bem? - perguntei e a Mari me olhou surpresa - Desculpem a invasão.

— Chat Noir, há quanto tempo não o vemos - o delegado falou me olhando

— Estive resolvendo alguns assuntos nos últimos anos - falei apertando a mão dele - Vim ajudar no caso das crianças.

— Claro, imaginei isso - O delegado falou - Uma das garotas acredita ter reconhecido um dos elementos

— Eu sei que é ele - Bianca afirmou

— Você precisa se acalmar, em momentos de pressão como passou pode acabar se confundindo - O delegado falou e Bianca se levantou se aproximando da tela

— Eu sei que é ele por causa disso - ela falou apontando para o corte na cabeça - Eu acertei na cabeça dele com um pedra quando ele tentou me pegar. Foi assim que consegui fugir.

— Salve essa imagem, vamos começar a investigar esse cara - O delegado falou pro policial que assentiu - Assim que tivermos alguma notícia, entramos em contato.

— Estaremos aguardando - Guilhermo falou enquanto o policial salvava a imagem - Poderia deixar as imagens?

— Porquê? - o policial questionou intrigado

— São horas de imagens, ainda tem coisas que não vimos - Guilhermo falou simplesmente - Se pudéssemos deixar as crianças vendo, talvez elas reconheçam alguém.

— Não podemos deixar essas imagens - o delegado falou - Muito menos deixar crianças assistindo evidente sem supervisão.

— Mas, senhor... - Marinette começou a falar

— E se eu me encarregar de supervisionar as crianças - sugeri olhando o delegado - Eu ligo se alguma delas reconhecerem mais alguém.

— Está bem - o delegado cedeu - Que ninguém saiba que autorizei isso.

— Isso não sairá daqui - assegurei olhando-o

— Vamos indo - ele falou e o policial que acompanhava se aproximou deles

— Eu os acompanho até a saída - Guilhermo falou se aproximando

Eles saíram e todos ficamos quietos na sala. Não demorou até consegui ouvir o som do carro se afastando, segundos depois o Guilhermo entrou.

— Estão dispensados - Marinette falou olhando as crianças - Tentem descansar um pouco.

— Não devemos continuar assistindo as imagens? - Bianca perguntou e Mari sorriu para ela

— Você foi incrível - Mari se aproximou olhando-a nos olhos - Vai com os outros, tomaremos conta a partir daqui.

— Está bem, Mestre - Bianca falou e saiu da sala

— Vou chamar a Rena Rouge e o Carapace - Guilhermo falou e saiu da sala

— Esconder garras - desfiz a transformação

— "E se eu me encarregar de supervisionar as crianças. Eu ligo se alguma delas reconhecerem mais alguém." - Mari falou me imitando - Pensou rápido.

— Sabe como funciona, My Lady - falei em tom convencido - Ninguém resiste ao charme desse gato, nem mesmo a incrível Ladybug.

— Tá passando muito tempo com o Plagg - Mari falou com tom de riso

— Não me responsabilizo pelas ações do meu portador - Plagg falou virando a cara

— E agora? - perguntei me aproximando e indiquei a imagem congelada na tela

— Temos um rosto, vamos a procura - Mari falou simplesmente e a porta foi aberta

— Atrapalhamos? - Guilhermo falou e Mari revirou os olhos

— Descobriram alguma coisa? - Alya perguntou nos olhando

— A Bianca reconheceu um dos caras - respondi olhando-a

— Então a polícia irá procura-lo - Nino falou simplesmente - Quando localizarem poderemos resgatar as crianças.

— Não podemos esperar a polícia - Mari falou - Cada segundo é precioso, teremos que fazer isso por conta própria.

— Tem algo em mente? - Guilhermo questionou

— Sim e precisaremos de ajuda - Marinette respondeu olhando-o - Precisamos de alguém que entenda de tecnologia e que possa nos dar alguns atalhos.

— O Max - falei após lembrar do que aconteceu quando a mãe dele foi akumatizada

— Eu vou buscar o Pegasus - Guilhermo falou saindo da sala

— O Max era o Pegasus? - Alya perguntou surpresa e assentimos

— Vamos subir, alimentar bem nosso kwamis - Mari falou se levantando - Porque teremos que ficar transformados a partir do momento que o Max chegar.

— Nossas identidades precisam ser segredos - Nino falou repetindo o que a Mari nos dizia anos atrás

— Principalmente a da Mari - concordei olhando-a

— O Guilhermo não irá demora muito - Mari falou e fomos para o andar da Mari

Quando chegamos, ficamos alguns minutos no andar cuidando dos nossos kwamis, o celular da Mari tocou e ela se levantou para atender na varanda do andar, a observei e notei que ela parecia um pouco agitada, quando encerrou a ligação, ela parecia conter a raiva.

— Está tudo bem? - Alya perguntou olhando-a

— Sim - ela respondeu simplesmente e olhou a kwami - Está pronta?

— Estou - Tikki se aproximou dela

— Tikki, transformar - ela falou e se transformou na nossa frente

— Que incrível - Alya murmurou vendo o novo traje da Ladybug 

Agora era um macacão de duas cores, na parte de cima era perto com detalhes vermelhos, na parte de baixo era todo preto e tinha uma espécie de saia vermelha com bolinhas pretas, a máscara ainda era a mesma, o cabelo que antes estava solto ficou em um rabo de cavalo. Tinha também uma espécie de botas pretas, com um pequeno salto grosso e o ioiô continuava preso na cintura.

— Porque seu traje mudou? - Nino perguntou

— Acho que mudei mais que vocês nos últimos anos - Mari respondeu e foi em direção ao elevador - O Max já está aqui, quando estiverem prontos se transformem, nos encontramos na sala.

Ela falou e logo depois as portas do elevador se fechou.

Esperamos nossos kwamis se alimentarem e nos transformamos, não demorou para sairmos, quando o elevador se abriu, nos encaminhamos pelo corredor, mas paramos quando ouvimos as vozes do Guilhermo e da Mari.

— Será que é tão difícil entender que tô preocupado com você? - Guilhermo perguntou quase gritando

— Isso não te dá o direito de ligar para os guardiões para me proibir de participar do resgate das crianças - ela rebateu no mesmo tom

— Você tá muito envolvida nessa missão, Marine - Guilhermo falou alterado

— Está dizendo que não sou capaz de cumprir com meu dever? - ela perguntou irritada.

— Mas que droga, Marine - Guilhermo quase gritou - Você está abalada, não está bem desde que levaram a...

— Presta muita atenção, Guilhermo - Mari falou seria - Você gostando ou não, eu sou a responsável por este templo, sou a guardiã da caixa dos Miraculous e você não tem o direito de passar por cima da minha autoridade. Estamos entendidos?

— Sim, guardiã - Guilhermo falou a contra

Nos olhamos e seguimos rapidamente em direção a sala, antes que eles saíssem. Aquela conversa estava muito estranha, nós ficamos próximos a porta da sala, aguardando a chegada deles.

A Ladybug desceu acompanhada do Monkey King (Guilhermo usando o Miraculous do macaco) e se aproximaram de nós, visivelmente o clima entre eles estava pesado.

— Podemos ir? - Ladybug perguntou e assentimos

Ela foi na frente e abriu a porta da outra sala.

— Ladybug? - Max perguntou surpreso

— Há quanto tempo, Max? - ela perguntou sorrindo

— Pensei que estivesse morta - Max falou olhando-a

— Era mais seguro para Paris que pensassem isso - ela falou simplesmente - O Monkey King te explicou a situação?

— Sim, estou ciente dos últimos acontecimentos - Max respondeu ajeitando o óculos

— Ele disse o que precisamos que faça? - ela perguntou e ele assentiu

— O Markov já está trabalhando nisso - Max falou confiante - Em pouco tempo conseguiremos encontrá-lo.

— Obrigada, Max - Ladybug falou e ele assentiu

— Eu que agradeço por confiar em mim, mesmo depois de todos esses anos - Max disse sorrindo

— Iremos preparar tudo, assim que tivermos a localização entraremos em ação - Ladybug falou e assentimos - Max, se precisar de qualquer coisa, nós avise.

— Nesse momento tudo que quero e encontrar a localização das crianças - Max falou nos olhando 

— Acredite, Max - falei e ele me olhou - É o que todos nós queremos.

— E nós vamos conseguir - Rena Rouge falou firme

— Se me dão licença, preciso resolver um assunto antes - Ladybug falou nos olhando

— E vou ajudar o Markov - Max falou se retirando

— Está tudo bem, My Lady? - perguntei olhando-a e ela assentiu

— Está, mas preciso me reunir com a ordem dos guardiões - ela falou e vi o Guilhermo desviar o olhar - Eles querem ter uma conversa.

— Precisa de alguma coisa? - perguntei olhando-a

— Se eu não estiver de volta quando localizarem as crianças, me ligue - ela falou me olhando e assenti

— Tudo bem - falei e beijei a mão dela como costumava fazer - Cuidamos de tudo até você voltar.

— Obrigada, gatinho - ela falou e saiu

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Miraculous - Decisões de um Coração Partido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.