Celina caminhava pela floresta, acompanhada pela grande raposa. O animal parecia ter se acostumado à sua presença, como se ela fizesse parte do bando. Havia uma árvore com marca de falca na orla da floresta, mas Celina não deu importância a isso.

Ela parecia não dar importância a nada. Toda vez que se aproximava da cidade, sentia-se ansiosa e desconexa e voltava rapidamente para a floresta. Lembrava-se do mestre e da mãe, dos gritos no porão, mas pareciam estranhamente distantes, como se fossem memórias roubadas de alguém. E se fossem? E se a maldição fosse torná-la quem ela não era?