Shut Up! escrita por Daniela Mota


Capítulo 17
2ª Fase: Cápitulo 2 - A velhinha tarada


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, mil desculpas pela demora, e por favor comentem ;D



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Edward PDV


–Olha que linda, qual o nome dela? - perguntou Alice com um sorriso no rosto.

–Me chamo Ardolina - falou a velha.

–Credo, nunca vi nome mais feio, depois reclamam do nome que vou botar no meu filho... - falou Emmett.

–E que nome é mesmo? - perguntou Alice.

–Jacinto Pinto de Oliveira Cullen! - ele falou entusiasmado.

–Impossivel é não levar isso na maldade... - falei.

–Que maldade? - perguntou Emmett com cara se sonso.

Fiquei calado.

–Deixa de ser bobo, qual é a maldade em um cara se chamar Jacinto Pinto de Oliveira Cullen? É um nome tão especial! - ele perguntou mais uma vez.

–Sinceramente não vou te responder essa... - falei.

–Shhh... Seja bem-vinda! - falou Esme abraçando a velha, porque aquela mulher tinha que ser tão doce? Ou ela era fingida demais? Eu não sabia direito a resposta... Mas, eu entendi certo? A velha ia morar na mesma casa que eu? Aquela velha tarada iria conviver comigo?Ai Deus seria a visão do inferno! Creio que é melhor ir pro inferno ao ter que morar com uma velha tarada que te lambeu.

As pessoas começaram a abraçá-la.

–Que palhaçada é essa? - berrei por fim.

Isabella abriu um grande sorriso, Carlisle me condenava pelo olhar, Esme parecia suplicar que eu me calasse, o restante estava com expressão de riso.

–Sinceramente, eu tenho cara de palhaço? - perguntou Jasper tocando-se.

Isabella estava completamente linda, seu cabelo estava preso num grande rabo de cavalo, ela usava uma blusa e uma calça jeans, e encima da calça jeans uma linda bota. [tentação]

Isabella mudou sua expressão de riso, para uma que eu não consegui identificar.

–Palhaçada nenhuma! Ninguém é palhaço aqui, a não ser que você seja um!Se bem que... seria uma boa você ir trabalhar no circo. Ela é minha vó e vai morar aqui conosco, eu não vou deixá-la abandonada no azilo, eu não sou egoísta como outros por aí... E ALÉM DO MAIS, OS INCOMODADOS QUE SE MUDEM! - falou Isabella.

–Não fale comigo dessa maneira, você não manda nessa casa, escutou? - falei irado.

–Obrigada minha netinha... Mas não precisa me defender, eu já passei por isso muitas vezes, as pessoas não respeitam mais os idosos... INFELIZMENTE! Depois que já lutamos para criar filhos, eles livram-se da gente como se fôssemos apenas lixo... - ela falou abraçando Isabella e ao mesmo tempo me olhando.

–Edward, eu já te disse inúmeras vezes pra você respeitar os mais velhos... - falou Carlisle.

–Aff! - falei saindo lançando um olhar de fúria a velha idiota.

–Por que tá me olhando desse jeito? Eu não lhe fiz mal algum... - falou a velha largando de abraçar Isabella.

Subi as escadas pê da vida, desde que cheguei na maldita casa, eu não tenho nenhum sossego, só me acontece coisas ruins, abri a porta do meu quarto e subi na minha cama, derrotado, além de ter que aguentar Isabella, que não parece estar de brincadeira, ainda vou ter que aguentar a velha tarada, que ainda chega a ser pior. E além disso, terei que arrumar outro apelido pra Isabella.


Isabella PDV

Escolhi um visual simples, o tipo de roupa que eu usaria em casa agora, uma blusinha, uma calça jeans, e botas, além disso ainda coloquei uma jaqueta de couro, pelos olhos de Edward em mim, eu estava bem bonita.

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Flash back on*

Quando eu sai dessa casa, eu gostaria mesmo de saber quem eram meus pais de fato, queria saber de noticias, pelo menos... O cabeleleiro me indicou também um ótimo detetive, ele me fez várias perguntas, e eu respondi todas elas, ele não demorou muito para achar o orfanato de onde eu vim, da minha mesma cidade, ele foi ao orfanato e descobriu meus verdadeiros pais, os Villegas, eles haviam me abandonado no orfanato, durante uma fuga, eles eram criminosos, ladrões de jóias que fugiam mundo afora, e eram procurados no mundo inteiro, eram internacionalmente conhecidos, o nome deles era Janet e Victor, eles foram no orfanato e me deixaram com uma enfermeira, que hoje já tinha 45 anos, mas continuava trabalhando lá, e o detetive conseguiu informações, ele era de fato muito bom.

Também soube que eu não era registrada e fui deixada com apenas dois meses de vida, eu acho que eu era um tipo de obstáculos para meus pais, o próprio orfanato os denunciou, mas eles eram muito bons, conseguiram fugir, infelizmente ou felizmente viveram apenas mais um mês e foram encontrados mortos dentro de um banco, mortos pela sua própria gangue que fugiu com tudo. Esme e Charlie me adotaram e me registraram, eu só tinha três meses, por isso não me recordo de absolutamente nada... Com isso o detetive também descobriu que eu tinha uma avó, que, como eu, foi abandonada, mas, em um azilo, ela se chamava Ardolina Oliveira Villegas, era a mãe do meu pai... O detetive me levou no azilo, e quando eu a vi, meu coração disparou, ela parecia tão sozinha, e ela era tão doce.

–Oi, vó? - perguntei com lágrimas nos olhos.

–Quem é você? - ela perguntou.

–Sou sua netinha. - falei.

–Uma netinha? Eu tenho uma neta? - ela perguntou e abriu um sorriso no rosto, e uma lágrima de felicidade caiu dos seus olhos.

Fui ao seu encontro e lhe dei um abraço, bem forte ela o retribuiu, foi um momento muito emocionate. Resolvi então levá-la para casa, e só voltaria pra aquela casa se minha avó fosse comigo, e assim eu fiz.

Flash back off*


Apenas não entendia porque o Edward, além de me odiar, ter que odiar justamente uma senhora de 74 anos de idade? Quando ele vai entender que a casa não é dele e que estávamos bem melhor sem essa infame família Cullen que parece só querer a fortuna do meu pai que ele fez questão de ingnorar quando estava vivo? Será que o Carlisle queria enganar a minha mãe? Será que eles não passam de aproveitadores? Eu não sabia mais o que pensar...

Minha vó ainda adimirava o seu novo quarto me agradecia por tê-la tirado daquele lugar, que ela dizia ser horrivel e solitário.

–O quarto é lindo e aconchegante... - ela falou passando a mão na colcha florida da cama.

–Que bom que gostou... - falei pela centésima vez.

Era muito bom vê-la feliz, muito bom mesmo.

–Minha netinha? - ela falou.

–Oi! - falei.

–Tem maquiagem? - ela perguntou.

–Tenho, porque? - perguntei.

–Me empresta? - ela perguntou.

Porque ela queria se maquear?

–A senhora quer se maquear? - perguntei.

–Sim... - ela falou e continuou

– Não gosto de aparentar minha idade...

Ri baixinho.

–Olha, eu posso levar a senhora no quarto da Alice, e a senhora pode pedir pra ela te maquear... - falei.

–Posso ir agora? - ela perguntou.

–Claro! - falei.

Entrei no quarto de Alice, e ela estava sentada na cama, parecia destraida, pois não ouviu o barulho que minhas botas faziam ao me locomover, ela estava de cabeça baixa.

–Alice? - chamei a assustando.

–Oi mana, o que foi? - ela perguntou.

–É que eu queria, te pedi uma coisa... - falei.

–Pode falar mana! - ela falou abrindo um sorriso.

–A... minha vó quer uma repaginada. - falei e no mesmo momento seu sorriso sumiu, só não entendi o motivo.

–Ahh! - ela falou. Minha vó se dirigiu a ela.

–Tem maquiagem? - perguntou minha vó.

–Sim, a senhora quer que eu...?

–CLARO! - ela falou se sentando na cama.

Meus pensamentos estavam longe, bem longe dalí, as vezes ouvia minha vó pedi coisas a Alice, mas eu não conseguia parar de pensar em Edward, não se pode odiar enquanto ainda não deixou de amar, eu deveria dar um jeito de esquecer, pra mim era mais fácil fingi que eu o odiava do que o odiar de verdade.

XxXxxXxXXxXx

Levantei a cabeça e vi a minha vó ela estava me encarando, e tava de dar medo, o seu cabelo com cachos, tinha um batom vermelho na boca, sombra azul e ainda usava um blush, tudo exagerado, encarei Alice por um segundo, e ela também parecia confusa.

–Gostou netinha? - ela perguntou com um grande sorriso no rosto.

Eu não queria magoá-la então só fiz assenti.

–Isabella, preciso falar com você... - falou Alice.

–Bella! - corrigi.

–Você não gostava de ser chamada de Bella, porque lembrava o papai... - ela falou.

–Eu já superei isso! - falei fria. Na verdade, eu ainda não havia superado o fato de não ser filha dessa família, e nem a morte do meu pai, mas eu estava tentando ser diferente e superar meus traumas.

Ardolina PDV

Flash back on*

–MUAHAHHAHA, tchau otárias, ganhei na loteria! - falei dando uma piscadela, as velhas idiotas que ficavam pra trás enquanto eu arrumava minhas malas pra sai daquele azilo idiota.

–Aeeeew! Lili, estou muito feliz por você, você não imagina o quanto... Pode me levar junto com você? - perguntou a minha arqui-inimiga.

–Posso te levar, mas te levo prum lugar diferente! - falei rindo maliciosamente.

–Pra onde? - ela perguntou.

–Pra casa do caralho! - falei dando dedo a ela, e sai da sala, satisfeita.

Flash back off*

Estava eu, arrumada e perfeita, e agora eu teria que encontrar, o meu homem.

Edward PDV

Sentei no sofá da sala e fiquei assistindo TV, afinal eu não tinha uma TV no meu quarto, estava assistindo um programa de namoro, o que estava me estressando, então mudei pra um filme de cachorro, o cachorro estava desesperado tentando salvar o lerdo do dono, que havia caído no rio, me endireitei e pensei na hipótese de mudar pro canal do Barney, me ridicularizei um pouco, e encostei minha cabeça num lugar mais macio no sofá.

–Oi garotão... - ouvi uma voz rouca falar.

Olhei rapidamente pra TV, os donos tinham mania de chamar cachorros de garotão, uma coisa ridicula. Mas, não foi o dono, o cachorro ainda tentava tirar o dono da água. Levantei um pouco a cabeça, e não vi nada, então a encostei novamente.

–GAROTÃO? - ouvi de novo, dessa vez eu levantei com tudo e também não vi nada, quando eu estava prestes a sentar novamente, tomei o maior susto da minha vida, a velha tava na minha frente toda maqueada, pense num fantasma... Não chegava aos pés dela. Ela usava um batom na sua boca despedaçada, usada maquiagem na sua pele de velha, estava um cão. LITERALMENTE.

–Tudo bem? - ela perguntou.

–Não... - falei dando um pulo do sofá e a encarando, ela realmente estava de dar medo.

–Porque tá fugindo de mim? Eu não mordo, a não ser que você peça... É UM TIPO DE JOGO SEXUAL? - ela perguntou e eu revirei os olhos.

–Não, é porque eu tô fugindo mesmo! - falei andando pra trás.

–Porque? Eu te quero, você me quer... Somos perfeitos um pro outro, tão perfeito que o destino nos juntou novamente... - ela sussurrou.

–Eu não te quero! - falei.

–Claro que quer, uma senhora em tão boa forma como eu... - ela falou.

–Eu vou pro meu quarto! - falei.

–Não, não que tal darmos uns pegas? Ou se prefiri posso ir pro seu quarto com você... E a gente continuar com esse joguinho, só que na cama! - ela falou mordendo os lábios, se é que aquela velha tinha lábios. Eu estava andando pra trás rápido demais, tropecei nas minhas próprias pernas e cai de bunda no chão.

–Sabe garotão gostei desse jogo, é divertido! - ela falou e se agachou ouvi o som da sua coluna estralando.

–Sai daqui velha gosmenta! - berrei.

–Eu gosmenta? Me produzi toda pra você, e você me chama de gosmenta? - ela perguntou.

–VOCÊ É UMA VELHA, RIDICULA, SAIA DE PERTO DE MIM, TENHO NOJO DE VOCÊ. - falei.

–Você não quer dar uns amassos por aí? - ela perguntou. -Claro que não, minha namorada é 53 anos mais nova que você! EU TENHO NAMORADA, ESCUTOU? - falei.

–E daí? Não sou ciumenta. - ela falou.

–EU TENHO NOJO DE VOCÊ, VELHA COROCA, se eu fosse você me enterrava no quintal e morria. - falei e me levantei.

–Você não me quer? Mas, eu pensei que aquela confusão na sala, era uma mentira do nosso romance! - ela perguntou ajeitando o cabelo.

–Não temos nenhum romance, sua louca! - berrei.

–Claro que temos, lembra do nosso primeiro beijo? - ela perguntou. -Você me agarrou! - falei.

–Vai me dizer que não gostou? - ela perguntou

–Claro que não, se toca! - falei frio. A otária ainda se tocou.

–Para com isso garotão, não tem ninguém nos olhando... - ela falou verificando. E chegou mais perto de mim, passando a alisar meus cabelos, dei um tapa na sua mão.

–UUUUH SEXO SELVAGEM? - ela perguntou rindo e me deu um tapa na cara.

–Para, sua velha tarada! - berrei.

–UUH, amei o apelido, mas você exagerou na parte em que me chamou de velha... - ela falou.

Tentei me levantar, mas a velha se sentou no meu colo. E começou a alisar meu rosto.

–Que rosto perfeito, meu marido também era assim, antes de ser atropelado por um avião... - ela falou e uma lágrima caiu do seu rosto e continuou - Antes de te conhecer eu era uma garota tão sozinha.

–E vai continuar! - falei tentando me reeguer, e a velha caiu de bunda no chão, por um momento eu achei que desistiria.

–Você quer mesmo que eu vá atrás de você garotão? - ela perguntou se levantando numa velocidade extraordinária - para uma velha claro - e passou a me encarar.

–Quando vai perceber que velhas não são o meu tipo? - perguntei. -Eu não sou velha, então isso não me atinge. - falei.

–VÁ SE FERRAR! - berrei já estressado.

–Vamos nós? - ela perguntou chegando perto.

–ME DEIXA EM PAZ! - berrei.

–Sabe garotão, já ouvi falar de mulheres difíceis, mas de homens difíceis, nunca! Deixa eu ser sua garota? VAI... DEIXA! - ela falou chegando perto.

–Eu não quero te machucar! - berrei. -POR MIM, VOCÊ PODE MACHUCAR TUDINHO! - ela falou e fez uma expressão estranha, depois deu-me uma piscadela.

–Eu vou te bater, sua velha otária! Não me diga que eu não avisei! PORRA! - berrei.

–O que está havendo? - falou Isabella aparecendo na escada e continuou - Você está implicando com minha vó de novo Edward? Não tem nada pra fazer não? SE VOCÊ ENCOSTAR A MÃO NELA, EU TE JURO, QUE NO DIA SEGUINTE, VOCÊ NÃO TERÁ MAIS UMA MÃO.

–Ele quer me agredi! - falou a velha e foi correndo pra Isabella.

–Eu estou falando sério, se encostar nela, vai se ver comigo! - Isabella berrou. A velha era boa de teatro.

–Como se eu tivesse medo de VOCÊ sua... - falei.

–Sua? - perguntou Isabella de sobrancelhas levantadas.

–OTÁRIA. - berrei e me dirigi as escadas.

–Edward, eu posso não ser uma boa lutadora, mas eu tenho outras formas... E você sabe quais são, então é melhor não facilitar... - falou Isabella.

Toda minha raiva ao lembrar daquelas malditas fotos, pecorreram minha cabeça e esquentaram ela, me controlei pra não descer o pedaço de escada e bater naquela idiota.

Bella PDV

É, Edward não ter me chamado de baranga pela primeira vez na vida, me deixou muito feliz, mas ele pensa que pode maltratar minha vó? Ele está muito enganado! Guiei minha vó até o seu quarto, e a deixei lá, descansando.

Jasper PDV

Estava no meu computador, conversando com meu amigo, Orlindo, o único que me entendia, e me dava conselhos, ele estava numa situação difícil, a mãe dele descobriu sua homosexualidade e ele foi pôsto pra fora de casa friamente.

"Está morando aonde?" - digitei e rapidamente ele respondeu.

"Eu tinha umas economias guardadas, estou morando num apartamento velho, o dinheiro que tenho, só vai dar pra eu me manter um mês" - ele repondeu.

"Já considerou a proposta que eu lhe fiz?" - perguntei.

"Mas... Será que sua família vai deixar, eles não têm preconceito?" - ele perguntou.

"Não, só meu irmão, pense bem, você pode!" - falei.

"Tenho menos de um mês pra pensar :(" - ele repondeu.

"Pense com carinho, você é meu amigo, vai ser bem recebido!" - falei.

"Tudo bem..." - ele respondeu.

"Você vem?" - perguntei.

"Fale com sua família primeiro!" - ele falou.

"Claro :D" - falei.

"O que seria de mim sem você? (L)" - ele falou.

"Own ^^" - respondi.(N/b: Que conversa mais melosa...¬¬')

Ardolina PDV

O que que o garotão queria? Ele tá me dando muito trabalho. Mas é disso que eu gosto. Claro, que eu não desistiria dele, eu estou perdidamente, loucamente apaixonada, pelo brutamontes, e ele vai ser meu, um dia. Ser rica, era perfeito, estava agora na minha cama macia, coberta por um edredom macio e de qualidade, o quarto era maior do que o "espaço da felicidade" de lá do azilo, podia comer tudo que eu quisesse, e tinha o meu homem perto de mim, eu estava vivendo uma vida de uma digna rainha. Me ajeitei mais um pouco na cama, e meus olhos se fecharam lentamente, queria dormi e pensar num plano para atraí o meu garotão. Ser boazinha também já estava me estressando, mas terei que ter fama de boa moça por aqui, se não vou perder as regalias, vamos dizer que eu, ganhei na loteria.

Bella PDV

http://www.youtube.com/watch?v=nTscSy-rn9c (Música abre no youtube, coloque e continue lendo)

Ainda não tinha pensado em muita coisa pra me vingar de Edward, eu ainda tinha pena dele,eu não sou galinha em nenhum dos sentidos, eu ainda o amava, e essa era a parte que eu não consegui preencher pelo ódio, odiava a mim mesma, por ainda amar ele, mas isso logo seria esquecido com o passar do tempo. Sai do meu quarto e fiquei vagando pelo corredor.

Queria entrar no quarto de Edward e perguntar se agora ele me queria, agora, que eu não era baranga, mas também queria entrar no quarto dele e o encher de socos e pontapés, dizer que ele me perdeu, porque foi um otário e que sempre continuaria sendo, achando que pode viver sem sentimentos, queria ir na escola, e encher o mural de fotos dele, mas a porcaria da minha consciencia me dizia que eu não deveria fazer absolutamente nada, eu teria que ser mais forte, teria que ver como ele me fez sofrer e fazer ele sofrer também, da mesma maneira.

Sentei-me no chão num movimento involuntário, eu não queria ser boazinha e ingênua, não queria bancar a otária, não novamente, eu iria preencher esse amor que eu sentia, pelo ódio, eu o faria gritar meu nome, me desejar como nunca, e depois se ele fosse capaz de amar, o que eu penso que não é. Jogaria seu amor no lixo, como ele fez com o meu.

Me levantei e dei de cara com Edward, ele me encarava. Não disse nada, indiretas não saiam da minha boca, de repente eu era a mesma Isabella, respirei forte e tentei fazer algo.

–Edward? O que tá fazendo aqui? - perguntei friamente.

–Nada não, apenas estava olhando você agir que nem uma louca, sentada no chão, você não mudou nadinha. - ele falou.

–Pelo menos eu não machuco velhinhas! - falei.

Eu não tinha mesmo argumentos pra me defender.

–Eu não machuquei! - ele berrou.

–Machucou sim... PARA DE SER FINGIDO, NÃO ACREDITO EM VOCÊ! - falei.

–Que que é? Fica tirando sua onda de gostosa por aí, achando que é a maioral! Fingindo que é uma vadia, logo no primeiro dia de aula. VOCÊ NÃO PODE TER MUDADO TANTO ASSIM... - ele falou.

–Eu sou... E, eu mudei! - falei.

–Não, você deve continuar a mesma ingênua, pessoas não mudam assim! Você finge estar mudando, mas você não está! - ele falou rindo.

–Eu não sou a mesma! - berrei.

–Claro que é... Esse fingimento não me engana! - ele falou.

–Não é fingimento! - berrei.

–Bella não é? Bella você não me engana, você não me odeia como diz me odiar, uma das poucas coisas que eu sei sobre o amor, é que ele não termina tão fácil e rápido... - ele falou.

–Pois o amor que um dia eu senti por você terminou! E você anda se informando errado, quando um amor é jogado no lixo, ele acaba! - falei fria e me locomovi dalí, mas ele segurou meu braço me impedindo de me mexer, levantei a cabeça e o encarei.

–Tem certeza? - ele falou

Ele foi chegando mais perto, senti seu ar, seu cheiro, eram como uma droga para mim, a droga que eu não conseguiria resisti por mais que tentasse, me bati por dentro, me xinguei a cada centimetro que ele se aproximava e eu não me locomovia, me ridicularizei por não consegui ser forte, eu queria bater nele, queria me vingar, mas percebi que eu ainda não tinha criado um anticorpo dentro de mim, capaz de resisti a ele. Senti ele chegar mais perto dos meus lábios a cada segundo.

–Está linda! - ele falou.

–Para! Eu odeio você... - falei.

–Odeia tanto? - ele perguntou.

E os nossos lábios de colaram, de uma maneira leve e não forçada, isso era sinal de que eu estava correspondendo a porcaria do beijo, mesmo sem querer, eu tentei fugir, tentei gritar, mas não conseguia, senti seu hálito gélido e seu lábios quentes se misturarem com os meus, senti como se fosse uma boneca, aquela boneca que ele podia fazer o que quiser, que sempre e nunca iria resisti-lo, que sempre o deixaria me beijar.

Ele aumentava a intensidade do beijo, e eu já estava cansada de lutar e não dá em nada. E o que eu não esperava aconteceu, como se um anticorpo tivesse aparecido dentro de mim e evitado o antígeno que era o Edward, eu consegui me mexer, e dei-lhe um murro na cara, com todas as minhas forças, e o meu ódio, fazendo-o cair no chão, gemendo. Me agachei até ele e sussurrei soletrando no seu ouvido.


–E-U T-E O-D-E-I-O!


Eu te odeio agora

e isso é tão bom

Eu te odeio agora

Nunca pensei que te odiaria

Eu te odeio agora

Eu te odeio agora

Eu te odeio agora

tenho que te odiar


I hate you now - Sylver


Continua...


A nossa velhinha...


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Notas finais do capítulo

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