To All The Boys I've Loved Before escrita por ladyenoire


Capítulo 7
Mensagens e recados


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Estava concentrada, rabiscando possíveis vestidos para Chloé. Tudo me parecia bom, mas não bom no “padrão Chloé”. Estava precisando de mais inspiração, mas não sabia como.

É difícil quando eu preciso arrancar algo da minha mente assim. Mas quando ela está trabalhando sem pressão, as coisas fluem muito melhor. Era inevitável.

Até procurei algo nos meus croquis antigos. Entretanto, nunca fiz algo que eu imagino que Chloé Bourgeois usaria. Essa tarefa estava se mostrando um desafio e mesmo que seja um pouco estressante, desafios são bons para aprimorar as nossas habilidades.

Ouvi batidas na porta e me virei, dando de cara com a minha mãe.

— Más notícias filha, saí por alguns minutinhos da padaria hoje e fui no abrigo. Mas eles não estão com a sua caixa. – deixei meus ombros caírem e me atirei para trás na cadeira. Tudo bem que as cartas tinham sido enviadas de qualquer forma, mas a caixa era importante para mim também.

— Sério?

— Sim. Sinto muito.

— Tudo bem, obrigada.

— Não há de quê. Mas o que tinha de tão importante nela? – arregalei os olhos e forcei um sorriso.

— Ah... Poemas que eu escrevo sem nenhuma razão. E alguns rascunhos de roupas. Mas está tudo bem, não eram muitos de qualquer forma.

— Entendi. – ela sorriu – Bom, eu vou ajudar o seu pai com a nova fornada de croissants. Se precisar de mim, estarei lá em baixo.

— Certo. Obrigada novamente. – minha mãe saiu e eu dei um longo suspiro de derrota. Tikki pulou na mesa e sentou sobre os meus desenhos – É, eu não ia usar de qualquer forma. – sorri e acariciei minha a gata. – Ok, não vai adiantar nada eu ficar insistindo. Vou desenhar mais tarde. – me dei por vencida.

Levantei e pensei em ir tomar um banho. No entanto, lembrei que ainda devia uma carta para Adrien, então voltei a sentar e resolvi escrever de uma vez. 

Já tinha mais ou menos em mente o que queria escrever sobre o meu melhor amigo, mas assim que coloquei a caneta no papel, as palavras simplesmente sumiram. Parece que a minha criatividade não está ao meu favor hoje – o que é bem raro de acontecer.

Suspirei frustrada.

Por que parecia tão difícil expressar os meus sentimentos por Adrien?

Me atirei para trás e bufei. Antes que eu pudesse formular uma frase, o meu celular toca, indicando que eu havia recebido uma mensagem. Rapidamente peguei o aparelho.

— Número desconhecido? – fiz careta e abri a mensagem. Quase tive um infarto depois de ler.

Oi Marinette, aqui é o Luka. Peguei seu número com a Juleka, se não se importa. Será que podemos conversar? :)

Jesus. Amado.

Fiz uma careta de desespero e joguei o celular na cama. Como se isso de alguma forma fosse fazer com que a mensagem sumisse. Pensando bem, eu poderia sumir. Seria bem melhor.

Eu não acredito que ele tinha conseguido o meu número!

Escondi o meu rosto entre as mãos e fiquei refletindo sobre a minha miserável situação.

Eu não podia não responder à mensagem dele.

Mas eu também não conseguia responder.

— O que eu faço? O que eu faço? O que eu faço? – comecei a me remexer impaciente. Estava à ponto de ter um colapso nervoso. E depois de alguns minutos inspirando e expirando, resolvi tentar fazer alguma coisa. – Ok, muita calma nessa hora. – peguei o celular com as mãos trêmulas e comecei a digitar uma resposta.

Sem pensar duas vezes – caso contrário, certamente desistiria –, enviei.

Oi, podmos sim.

Bati minha mão na testa, ao notar que tinha errado a palavra. Agora além de maluca, ele vai achar que eu não sei escrever, ou não sei usar um celular.

Ah, ótimo! Primeiramente, como você está?

Bem e você?

Até o momento tudo sob controle.

Estou bem também. Me recuperando de uma gripe, mas bem.

Então, acho que você deve saber mais ou menos sobre o que eu quero falar.

Será que eu posso te ligar?

Respirei fundo, ficando nervosa só com a hipótese. Com toda certeza não era uma boa ideia. Mas eu tinha que negar gentilmente.

Eu prscio ajudar os meus pais na padaria agora. Mas nos falamos amnhã na escola.

Preciso*

Amanhã*

E melhoras.

:)

Ah sim, certo.

Nos falamos amanhã então.

Muito obrigado.

Até :)

Joguei o celular na cama novamente. Como eu sou idiota.

Eu literalmente marquei de conversar com Luka sobre a carta amanhã. Mas eu certamente não conseguiria fazer isso, então eu preciso encontrar um jeito de adiar ainda mais o confronto.

***

— Atenção todos! – bati na mesa do professor chamando a atenção dos meus amigos, que estavam sentados em seus respectivos lugares. Tinha chegado um pouco mais cedo, então arrastei Adrien, Nino, Alya e Nathaniel para dentro da sala de aula. – Estamos com uma emergência e eu preciso de toda a ajuda possível. – comecei a caminhar de um lado para o outro – Luka conseguiu o meu número, ele queria me ligar, eu entrei em pânico e acabamos marcando de conversar hoje. Sugestões de como eu posso fugir disso? – Nino levantou a mão. – Sim?

— Eu posso ir no banheiro?

— O quê? – indaguei incrédula.

— É que eu tomei muita água hoje de manhã. Faz parte de uma dieta que eu...

— Não, você não pode ir no banheiro antes de me dar uma solução!

— Ok senhor... Digo, Marinette.

— Que tal se você fingir que está doente e ir pra casa? – Alya sugeriu como se fosse óbvio.

— A Marinette é uma péssima mentirosa. – disse Adrien – Pode conseguir enganar o diretor, mas não os pais dela. Eles vão perguntar o que ela tem e ela vai dizer "e-eu... Eu tenho bláh bléh". – imitou a minha voz e fez caretas e gestos exagerados. Eu ficava assim quando mentia?

— Obrigada. – agradeci irônica e ele piscou e me mandou um beijo.

— De nada. Conte comigo pra tudo, Bugaboo.

— Podemos estar por perto e assim que ele tentar se aproximar, chamamos você e inventamos um assunto. – Nathaniel sugeriu.

— Excelente ideia! – apontei.

— E que tal você conversar com ele de uma vez? – minha melhor amiga cruzou os braços e me encarou – Ficar adiando só vai piorar. E além disso, não é nada demais. – suspirei.

— Não é tão simples. – antes que ela pudesse dizer algo. O sinal tocou e eu fui para o meu lugar. – Reunião encerrada.

— Hey, o que vai fazer hoje à tarde? – Adrien se inclinou na minha direção.

— A princípio tentar desenterrar inspiração pra criar o vestido da Chloé. – bufei – Essa tarefa está mais difícil do que eu imaginei.

— Ótimo. Vamos ter o nosso terceiro encontro então.

— Mas eu preciso trabalhar no vestido.

— Então, conheço o lugar perfeito para te inspirar. – piscou e se endireitou na cadeira.

— Aonde é?

— Surpresa, my lady. – ri e me endireitei também. Ao menos espero que Adrien esteja certo e eu consiga a inspiração que preciso para começar a trabalhar no vestido de Chloé.

***

Era hora do intervalo e eu estava pegando os livros no armário. Ao mesmo tempo que prestava atenção na tarefa em que eu realizava, meus olhos estavam atentos ao meu redor. Principalmente na direção da sala de Luka, de onde ele possivelmente poderia vir.

Era só eu tomar cuidado e não chamar atenção.

— Oi. – saltei pra trás com o susto e fechei o armário com força, atraindo a atenção de todos do corredor. Oh droga!

— Que susto! – coloquei a mão sobre o coração e olhei em volta, esperando que desviassem o olhar de mim – O que você quer, Voldemort? – Félix fez uma careta. Pelo menos, se estivesse conversando com ele, Luka não se aproximaria.

— Admito que essa foi boa. Mas todo mundo sabe que não se diz o nome dele em voz alta.

— Nah, você não é uma ameaça nesse nível. – balancei a mão – Mas então, o que você quer?

— Você viu o meu primo por aí? Preciso falar com ele. – fingi estar procurando no algo no bolso.

— Poxa, não está aqui. – olhei no outro – E nem aqui. – ele revirou os olhos.

— É sério, você não viu ele?

— Não. Ele deve estar no banheiro ou sei lá. Eu não sou grudada nele.

— Oh, me desculpe. Eu achei que fossem. Vocês se agarrando pelo corredor infelizmente me passou a impressão errada. – sorriu irônico e eu respirei fundo – Devo confessar que fiquei impressionado quando soube que realmente estavam juntos.

— O que quer dizer?

— Ah, você sabe... – se escorou nos armários com os braços cruzados. – Ele nunca foi o membro da família que traz orgulho, exatamente. – o encarei com um semblante confuso – Resumindo, ele é o fracassado.

— E você seria o que traz orgulho?

— Tipo isso. – ri de forma irônica.

— Essa foi a coisa mais ridícula que eu ouvi hoje. – o sorriso convencido dele se transformou em uma careta – Adrien é a melhor pessoa que eu conheço. E de fracassado, ele com certeza não tem nada. Agora se me der licença, vou procurar o meu namorado, que é a pessoa mais incrível do mundo. E que eu amo demais. – poderia ter mentido na parte do "namorado", mas fui completamente sincera no resto. Dei as costas pra ele e fui sair, porém avistei Luka na ponta do corredor, pegando algo no seu armário. Virei de frente para Félix novamente – Mas antes, eu vou no banheiro. – anunciei e adentrei rapidamente o banheiro. Dessa vez o feminino.

Haviam duas garotas ali, mas estavam prestes a sair.

Resolvi ir para dentro de uma das cabines para ter mais privacidade, enquanto mergulho nos meus próprios pensamentos, e me sentei no vaso com a tampa abaixada.

Respirei fundo e abracei os meus livros. Estava me sentindo mal por toda a situação, mas não se comparava ao que eu tinha ouvido Félix dizer sobre Adrien.

Meu melhor amigo não era um fracassado.

Eu só queria poder abraçá-lo e proteger do mundo. Mas como fazer isso, se não podia nem proteger a mim mesma do meu crush?


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAA MEU DEUS!!!

A Marinette errando as palavras na mensagem é MUITO eu!

Eu atualmente estou com a mão enfaixada, então não tenho muito a dizer (tendinite) hahaha!

Então, muito obrigada por ter lido, nos vemos no próximo capítulo! Espero que tenham gostado ♥ xoxo



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