How Did We Get Here? escrita por shellbelov3d


Capítulo 4
Three




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Os traços eram familiares e o sorriso angelical. Sim, eu conhecia aquele rosto, mas não conseguia me lembrar de quem era.

- BELLA! – A garota de cabelos ondulados e um lindo sorriso pulou em meus braços – Ah, que saudade eu estava de você, Bella!

Fiquei sem falar por um instante, apenas retribuindo o abraço que a garota me dava. Um filme da minha infância passou na minha cabeça do nada e me lembrei de onde conhecia aquele sorriso e aquela face angelical. Amanda!

- Ah, Amanda, nem acredito... É você, como ta grande! – Começamos a dar pulinhos feito crianças enquanto riamos muito.

- Você também cresceu, nossa, está linda.

- Igualmente.

Ficamos horas relembrando nossa época de infância, nossas artes. Amanda foi a melhor amiga que eu tive. A única coisa ruim da nossa vida foi quando fomos separadas pelos pais de Amanda, que se mudaram para Houston quando eu tinha dez anos e ela quinze. A diferença de idade nunca significou nada para nós, de qualquer maneira. 

- Como foi que você me achou?

- Liguei para seus tios, eles me disseram que você tinha se mudado pra cá... E também contaram dos seus pais... Sinto muito.

Ouvir Amanda falando dos meus pais não foi tão difícil como quando eu conversei com Edward, pelo contrario foi meio que reconfortante. Receber um abraço tão forte da minha antiga melhor amiga foi totalmente bom para mim, eu sabia que era um abraço sincero.

Depois de mais alguns minutos conversando e rindo e contando sobre namorados – que da minha parte não eram muitos – e sobre adolescência, Amanda fez uma carinha triste me olhando.

- Que foi?

- Tenho que ir embora, o hotel que estou hospedada é longe e estou com medo de chegar tarde lá.

- Então não vai pro hotel... Fica aqui.

- Ah, mas eu não tenho roupa nem nada.

Mordi meu lábio inferior, enquanto pensava. Eu queria mesmo Panda perto de mim, não agüentava mais a solidão e me sentia inteira com ela perto.

- Eu te empresto uma. Não vá – Fiz um beicinho infantil e Amanda riu.

- Ok, eu fico... Mas só porque você m-

Amanda foi interrompida pelo som ensurdecedor da campainha.

- Quem será uma hora dessas? – Olhei para a Amanda fingindo cara de medo e ela deu uma risadinha infantil.

- Só indo lá pra saber.

Acompanhei sua risada e fui até a porta arrastando os pés e a abri logo em seguida.

- Hey... Er, desculpa incomodar...

- Justin! O que faz aqui, garoto? Já ta tarde, criança já devia estar na cama – Soltei uma leve risada pra ele saber que eu estava apenas brincando e ele riu também.

- Haha, muito engraçado. Vim entregar essa carta, o correio entregou lá em casa, mas ta com o teu nome, então... – Ele acenou um envelope pra mim e então tirei o envelope de suas mãos e já ia fechar a porta – Não vai agradecer?

- Obrigado, Jus – Sorri sarcasticamente e ele riu, descendo as escadas que ficavam em frente a minha porta.

Tranquei a porta e fui até o sofá, fitando aquele pequeno pedaço de papel que não dizia nada, mas para mim parecia dizer tudo. Escrito com uma letra incrivelmente perfeita estava meu nome. Era um papel grosso e lilás com pequenos detalhes em dourado. Abri o envelope e senti um pequeno aperto no coração ao ler aquele pedaço de madeira explorada, ignorando totalmente a presença da minha amiga Amanda.

 

Isabella Swan,

É com imenso prazer que lhe convidamos para nosso casamento oficial, dia 1 de maio, as 18h30min.

Não teremos muita formalidade, como se pode notar no convite, porem sua presença será de extrema importância para nós.

Local; Centro Paroquial da Cidade Bridgeport.

Atenciosamente, Mike Newton e Jéssica Stanley.

 

Mais abaixo havia um pedaço rabiscado de caneta. A letra desengonçada era reconhecível, afinal, aquela letra era “a minha” quando eu estava com preguiça de fazer trabalhos escolares.

 

Bella.

Poxa, eu sinto tanto a sua falta. Você se foi e nem disse um ‘adeus’ ou um ‘tchau’. Eu e Mike não conseguimos parar de pensar se você está bem ou mal. Diga-me como você está e, por favor, compareça no meu casamento. Seria incrivelmente importante se você viesse, amiga.

Com amor, Jess.

 

Senti uma lagrima quente e grossa descer pelo meu rosto e logo já sentia braços finos me envolvendo. Retribui aquele abraço incrivelmente reconfortante não querendo sair dali nunca mais.

 

                                 Edward’s POV.

 

#Flashback on.

Tânia tagarelava algo sobre carboidratos e barras de cereais nutritivas enquanto eu brincava com as pontas de seu cabelo perfeitamente loiro. Ela alisava suas mãos por meu peito nu e meu abdômen.

- Amor? – Ela chamou, virando seu olhar para mim

- Que? – Deslizei minha mão por suas costas carinhosamente.

- Em que está pensando tanto?

- Nada – Esbocei um sorriso de canto.

- Sei... – Tânia semicerrou os olhos e eu ri.

- Você é uma boba.

- É, é. A boba que você tanto ama – Ela aproximou seus lábios dos meus e me deu um selinho demorado.

- Alem de boba é convencida. Estou feito com essa minha namorada, viu... – Fingi drama e ela deu um leve tapa no meu ombro.

- Olha só quem fala, senhor metido.

- É, é. O metido que você tanto ama – Repeti suas palavras e soltei um riso alto quando ela me deu língua.

Pra falar a verdade nem sei por que ainda estava com Tânia. Tudo bem, ela é gostosa, popular, loira e muito fácil. Porém é exatamente isso o que me incomoda. Todo mundo fala de mim, de nós, por ela ser tão falada. Isso é ruim.

- Eu nunca disse isso – Arqueou uma sobrancelha e mordeu seu lábio inferior, provavelmente segurando um riso.

- Ah, disse sim. Há quinze minutos – Fiz uma expressão irônica e ela riu bem alto.

- Ok, nessas horas não conta – Um biquinho infantil tomou conta de seus lábios e eu empinei meu nariz ao mesmo tempo em que ria com ela.

- Claro que conta, poxa – Rolei os olhos e paramos de rir tanto, sobrando apenas sorrisos em nossos lábios.

- Eu te amo, Cullen – Tânia me deu um sorriso totalmente encantador com direto e trinta e dois dentes brancos e a pele branca mais linda que eu já vi. Sinceramente, ela era a pessoa mais bonita e simpática, isso só mudava quando ela começava a falar das suas calorias. Era irritante. Fora isso, era perfeita.

- Gosto de você, Denali – Semicerrei os olhos e ela me deu um tapa forte no ombro e rimos juntos novamente.

#Flashback of.

 

Meu relacionamento com Tânia ia de mal a pior e eu acho que sei bem o porquê disso tudo. Meus pensamentos não estavam apenas nela agora porque ela era a mais perfeita e linda que eu conhecia. Por quê? Mano! Aquela Bella arrasava qualquer um, puta menina linda. E o pior de tudo é que não era só eu que achava. Fala sério! Jacob e o resto dos garotos já estavam liberando hormônios demais, não podia nem tocar no nome da aluna nova e mesmo nem sabendo o que aquela menina tinha eu já estava um pouco enciumado com eles. Que coisa, ela é linda mas em breve será minha! Bem, assim espero...

E até que eu já estava uns passos avançados dos garotos. Ela não foi rude comigo nos nossos últimos quinze minutos de conversa e ainda tinha sido sincera. Já havia levado-a para casa sem ela se opor. E por fim, eu tinha sido gentil. Não que eu não seja, é que não costumo ser gentil demais com as garotas novas. Acho que ela está sendo a primeira e única exceção.

A musica lenta acabou e o som super alto de Poker Face invadiu meus ouvidos, tirando-me de meus devaneios. Ah, festas, eu as odeio. Sinceramente, não há coisa pior e eu só venho nessas coisas porque Tânia insiste. O pior é que ela não fica perto de mim, ela saí com as amigas e me deixa no bar. Sei lá em qual copo de Caipirinha Brasileira eu já estava, só sei que alterado eu não estava nem um pouco.

- Olá... – Subi meu olhar para onde vinha essa voz. Pernas perfeitas, barriga lizinha e peitos enormes. O rosto era tampado por uma mascara branca com penas nas laterais e os cabelos louros e ondulados caiam pelos ombros. Sorri em resposta. – Está sozinho?

- Er... – Fiquei pensando se Tânia ficaria nervosa por eu dizer que sim, mas ela devia estar por aí bêbada e louca, dane-se. – Sim.

- Aceita companhia? Prazer sou Amanda – O rosto da loura foi tomado por um sorriso de orelha a orelha e ela me estendeu a mão.

 

 


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Notas finais do capítulo

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