Always in My Heart escrita por Iasmyn


Capítulo 13
Capítulo 13




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Kate POV

As últimas três semanas passaram como um sonho. Como um conto de fadas que nunca cansamos de ler ou assistir. Me sinto cada vez mais conectada com as crianças, quando estamos juntos me sinto eu mesma, menos perdida nessa casa... E com Castle. Depois daquela noite não tivemos tanto contato físico... Adoro sua companhia, mas me dói não conseguir corresponder aos seus sentimentos e ao mesmo tempo sinto saudade de seu perfume, do toque suave... Mas enquanto meus pensamentos e sentimentos continuarem essa bagunça me manterei afastada, não quero machucá-lo.

 Estava na cozinha tomando uma xícara de café quando Castle desceu as escadas apressado.

— Bom dia, babe! – Falou quando se aproximou dando-me um beijo na bochecha.

— Bom dia! Vai a algum lugar? – Perguntei o analisando melhor enquanto ele também se servia de uma xícara de café. Rick estava lindo.

— Acabaram de me ligar da editora – Castle fez uma careta adorável antes de abocanhar uma das toradas. – Eu tentei desmarcar, mas hoje a minha presença é indispensável.

— Vai me deixar sozinha com eles?

— Vai ser por poucas horas, Kate. Posso deixá-los na minha mãe também...

— Não. Eu posso ficar com os dois.  – Disse o mais confiante possível.

— Tem certeza? – Castle perguntou sem tirar os olhos de mim.

— Se me prometer que não vai largar o celular... – Castle sorriu como um garotinho que acaba de ganhar um presente.

— Prometo. – Disse e se apressou em terminar o café, o acompanhei com um sorriso no rosto.

— O número da minha mãe esta anotado na geladeira, acho que já aprendeu onde estão as coisas na cozinha, certo? – Castle falava enquanto caminhávamos até a porta.

— E onde os remédios ficam também.

— Ótimo. – Castle me olhou por alguns segundos antes de abrir a porta, apoiei-me no batente e sorri o olhando.

— Eu vou ligar se precisar, prometo. – Disse para tranquilizá-lo.

— Eu.. – Por um momento ele pareceu meio atrapalhado, levou as mãos aos cabelos e suspirou. – Eu volto logo. – Prometeu antes de sair.

Sophie e Alex não demoram muito para acordar. Após um banho cheio de espumas e muita bagunça, fomos para a cozinha preparar biscoitinhos.

— Papai vai adorar esses biscoitos, mamãe! – Sophie falou animada enquanto Alex e eu terminávamos de acrescentar os ingredientes na tigela.

— Não me lembro de ter comido nozes, mamãe... – Alex falou pensativo.

— Eu também não.. – Sophie falou misturando os ingredientes com a ajuda da mãe.

— Vocês vão gostar! Tem um gostinho bom e faz barulhinho quando a gente morde.

— Huum.. Eu amo comer! – Alex comentou animado sem tirar os olhos da tigela.

— Falta pouco, meu amor!

As crianças ajudaram a cortar a massa em diferentes formatos e acabaram fazendo uma bagunça com a farinha no meio do processo. Não me importei com a bagunça, amava ouvir as risada e vê-los tão animados.

Esperamos pacientemente os biscoitos assarem, as crianças não queriam sair da cozinha até ver como os biscoitos tinham ficado.

— Já podemos comer? – Os gêmeos perguntaram em coro assim que retirei o tabuleiro do forno.

— Ainda não. Precisam esfriar um pouquinho... Mas podíamos brincar até eles ficarem prontos. – Propus quando notei a carinha de desapontados que fizeram.

— Sim, sim! – Sophie pulou animada.

— Tá com você, mamãe. – Alex falou e saiu correndo com a irmã pela casa.

— Assim não vale! – Gritei e sai correndo atrás das crianças aos risos. Estávamos no meio da partida de esconde-esconde quando ouviu alguém tossindo.

— Sophie? Alex? – Os chamei sentindo um aperto no peito. Por favor, que fosse apenas uma brincadeira. – Sussurrei indo em direção à cozinha.

Chegando ao local encontrei Sophie em cima da cadeira com um dos biscoitos na mão Seu rostinho estava vermelho e os olhinhos cheios de lágrimas. Respirava com dificuldade e tossia sem parar. Senti minhas pernas bambearem quando a peguei no colo e lavei seu rosto delicado.

— Alex? – O chamei tentando conter as lágrimas. Sophie apoiou a cabeça em meu ombro e respirava ainda com muita dificuldade. Com as mãos tremulas peguei o papel que continha o número de Martha e corri para sala.

Alex surgiu de trás do sofá e me olhou assustado ao ver a irmã daquele jeito.

— O que foi mamãe? – Perguntou se agarrando a minha perna.

— Precisamos ir ao hospital, meu amor – Falei tentando não assustá-lo. – Preciso que me ajude tudo bem? – Alex me olhou ainda assustado, mas concordou com um aceno de cabeça.

— Pegue um casaco pra você e pra Sophie enquanto tento fazer alguns telefonemas – Alex olhou mais uma vez para a irmã e saiu.

Em poucos minutos Alex retornou com os casacos e saímos às pressas do loft. O porteiro chamou um taxi e ficou de ligar para Martha enquanto eu tentava falar com Castle. Durante todo o percurso até o hospital mais próximo ele não atendeu. Alex se agarrou em mim e tentamos fazer com que Sophie se acalmasse um pouco. Seus olhinhos já estavam inchados e as mãozinhas também.

Logo ao entrarmos no hospital Alex avistou a avó que nos esperava apreensiva na recepção.

— Eu sinto muito, Martha – Disse sem conseguir realmente olha-la enquanto ela tomava Alex em seus braços.

— Não é sua culpa, Katherine. – Falou segurando a minha mão com gentileza. – Vai ficar tudo bem.

Não tive tempo de responder, rapidamente uma equipe de enfermeiros se aproximaram e me levaram com Sophie para o atendimento. Com rapidez colocaram um aparelho para auxiliá-la na respiração e minha menininha desmaiou. Senti meu coração se quebrando em vários pedaços. Queria que fosse eu. Não a minha menina e era tudo minha culpa. Biscoito idiota. Nozes idiota.

— Preciso que espere aqui. – Uma enfermeira falou enquanto a médica se aproximava.

— É a minha filha. Preciso ficar perto dela. – Disse sentindo meu corpo todo tremer e o choro me tomar novamente.

— Ela vai ficar bem! – A enfermeira falou carinhosamente enquanto me fazia sentar em uma cadeira que eu nem sabia que estava ali. – Conseguiram chegar a tempo. Logo voltarei aqui para te chamar. - Confirmei com um aceno de cabeça e me encolhi na cadeira rezando para que minha menina ficasse bem. Que Alex estivesse bem lá fora com Martha.

Rick POV

Estava a caminho de casa quando minha mãe me ligou dizendo que Kate e as crianças estavam no hospital, imediatamente mudei de direção e segui para o hospital em que ela disse que estava pedindo para que não fosse algo grave.

Chegando ao hospital encontrei Alexander no colo da minha mãe, meu garotinho correu ao meu encontro e eu o abracei apertado.

— O que aconteceu amigão? – Perguntei ajeitando seus cabelos.

— Sophie e mamãe estão lá dentro... Não me deixaram entrar – Falou voltando a chorar.

— Esta tudo bem, querido – Martha falou o afagando em seu colo. – Sua mãe e Sophie já estão voltando. – Falou fazendo sinal para que eu entrasse logo.

Não demorei muito para encontrar Kate. Suas pernas tremiam, as mãos juntas sobre peito o rosto molhado pelas lágrimas e o olhar completamente perdido.

— Kate? – A chamei enquanto me aproximava de onde ela estava. Seu olhar frio fez com que meu estomago se revirasse.

— Você não atendeu. – Disse com os olhos cheios de lágrimas.

— Com a chuva de ontem alguns lugares estão sem sinal ainda... Eu sinto muito, meu amor. – Falei ao me sentar ao seu lado. Quando tentei pegar uma de suas mãos Kate se levantou caminhando até ao outro lado da pequena sala de espera.

— Não devia ter confiado em mim. – Falou sem se virar.

— Kate, não foi sua culpa. Não tínhamos como saber que ela é alérgica a nozes. Poderia ter acontecido com qualquer um!

— Eu sou a mãe! – Falou irritada virando-se para me encarar. – Eu deveria saber. E sabe por que eu não sei? - Falou voltando a chorar.

— Kate.. – A chamei tentando me aproximar.

— Não toque em mim. – Falou enxugando o rosto. – Sabe por que não sei? Porque sua amada Kate não está mais aqui. – Falou apontando para a aliança. - Não sou ela. Sou o que sobrou.

— Vamos passar por isso juntos. Como sempre.  - Me aproximei novamente olhando em seus olhos – Eu te amo.

— Eu não. – Falou em meio a um soluço de dor. – Por favor, não toque em mim.

Senti algo amargo em minha boca e um vazio martelar dentro de mim. Como se algo estivesse morrendo dentro de mim.


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Notas finais do capítulo

Nem todos os dias são bons...



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