Saint Seiya: Big Will - A Saga dos Deuses escrita por Wellington Junior


Capítulo 6
Capítulo 5 - Prazo


Notas iniciais do capítulo

Satoru testa suas habilidades com Raiden. Atena tenta convencer Hefesto a não guerrear contra o Olimpo. Um grupo de Cavaleiros de Prata pressiona um Cavaleiro de Bronze para obterem respostas.



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Santuário de Atena

 Satoru e Kin caminhavam lentamente em um penhasco nos limites do santuário. Os dois conversavam e pareciam um tanto quanto cansados. Por fim, Kin passou uma de suas mãos na sua testa limpando o suor e suspirando levemente enquanto sentava para observar o santuário. Satoru fez o mesmo.

 — Obrigado por me apresentar o Santuário – Satoru observou o horizonte mais uma vez, apreciando sua beleza – É muito melhor do que eu imaginei.

 Kin sorriu, colocando ambas as mãos no joelho e se inclinando para frente – Então você quer se tornar um Cavaleiro? – Kin direcionou sua visão para baixo, um pouco cabisbaixa – Por que?

 Satoru notou a mudança repentina de Kin.

 — Sim, eu quero. Meu sonho é me tornar um Cavaleiro de Ouro. Quando eu era muito jovem, meu pai não conseguiu se tornar um – Kin observava Satoru com atenção – Ele era o jovem mais promissor do Santuário na época, mas... – Satoru cerrou os punhos – Morreu me protegendo de um inimigo. Assim como meu avô, ele sempre me contava a história dos Cavaleiros de Atena. Então, antes mesmo de sua morte eu já almejava isso. Desde então passei a treinar com meu avô e vim para o Santuário.

 — Sinto muito pelo seu pai – Kin colocava sua mão no ombro de Satoru – Eu não conheci a minha família. Quando jovem, eu fui adotada pelo meu mestre Shun. Desde então ele passou a me criar e treinar. Como ele é muito pacífico, eu puxei essa característica dele e tento ao máximo evitar confrontos. As vezes eu me culpo por isso, me sinto fraca e deslocada por pensar dessa forma. Quase ninguém pensa como eu. Para conquistar a armadura de Andrômeda, eu precisei participar de uma luta além de fazer o famoso sacrifício. Acho que meu Mestre pensou que apenas o sacrifício não era o suficiente para eu merecer a armadura. Não estou dizendo que preciso da validação alheia para ter minhas próprias convicções mas... – Ela cruza os braços, tentando disfarçar sua insegurança – Me incomodo por ser uma das únicas pessoas a pensar assim. É uma fraqueza, não é? – Kin olhou para o céu, que estava muito bonito nesse dia

 — Eu não acho.

 Kin se surpreendeu com a resposta de Satoru e o encarou.

 — Se a maioria das pessoas fossem como você, o nosso mundo seria bem melhor. Eu te entendo. Na minha vila eu também me sentia diferente da maioria dos garotos da minha idade. Enquanto eu queria ser um Cavaleiro, eles brincavam e se divertiam a maior parte do tempo. Não vou mentir, eu gosto de lutar. Me sinto bem. Mas eu quero ser um Cavaleiro de Ouro justamente pra me tornar poderoso o suficiente pra defender os mais fracos e quem sabe, pouco a pouco, com as batalhas. Pode ser uma simples utopia, mas eu acredito nisso.

 Kin continou encarando Satoru e quando iria dizer algo, ele continuou.

 — Não pense que está errada por pensar assim, de longe dá pra sentir que você é diferente dos outros. Você... – Quando Satoru iria concluir, ele percebeu que Kin estava o encarando fixamente sem piscar. Os olhos de Kin eram tão castanhos que o desconcertou por um momento. Os dois perceberam que estavam se olhando por muito tempo e ficaram vermelhos, rapidamente retomando a compostura.

 Kin sorriu

 — Sabe, meu mestre sempre me disse que eu tenho um pequeno dom de sentir o cosmo das pessoas de uma forma mais profunda. E o seu, é muito quente e intenso. Você vai se tornar um grande Cavaleiro.

 Satoru e Kin sorriram juntos. Naquele momento, os dois sentiram alguém se aproximando. Kin olhou para trás e se surpreendeu

 — Raiden??

 

 Casa de Peixes

Adônis de Peixes e Karkinos de Câncer estavam conversando na escadaria da casa de Peixes. Ambos estavam discutindo sobre a ida de Atena até o palácio de Hefesto.

— Você, como sempre, nunca muda Karkinos – O Cavaleiro de Câncer o encarou por um momento confuso – Concordando com aquele guerreiro chamado Deva. Se eu não o conhecesse, não saberia que só está entediado com esses tempos pacíficos e quer o quanto antes batalhar.

Karkinos sorriu, de braços cruzados e olhos fechados – Não seja precipitado Adônis. Eu jamais iria desejar uma guerra, sabendo que muito dos meus companheiros podem morrer. – Adônis, que estava de pé, encostado em uma pilastra, olhou por cima do ombro para Karkinos.

— HAHAHAHAHA – Karkinos gargalhou incontrolavelmente – Você me conhece bem, amigo. É verdade, sinto falta de lutar, mas tudo o que eu disse foi de forma sincera – Ele se levantou – Somos Cavaleiros, temos que estar sempre prontos para lutar. Se esperarmos o Olimpo, vamos ser extintos. Mesmo atacando eles de surpresa, a chance de nos derrotarem já é enorme, então não temos muita escolha.

— O único motivo que faria com que eu concordasse com esse “ataque surpresa” ao Olimpo, é o fato de eu não querer ser um covarde como os nossos antecessores – Adônis emburrou o rosto e o virou para o lado.

— Ainda com esse pensamento? Você sabe que eles eram verdadeiros Cavaleiros no fundo. Foram muito injustiçados.

— Afrodite e Máscara da Morte eram aliados de Saga, quando se revoltou, como você ainda os defende?

Karkinos sorriu e deu uma pequena risada, como se já tivesse acostumado com essa discussão.

— Bem, querendo ou não, a batalha parece ser inevitável. Ou será com o Olimpo, ou com Hefesto.

 

Em algum lugar do Santuário de Atena

— Raiden??

— Olá Kin, eu vim parabenizá-la por se tornar uma Amazona de Bronze – Raiden possuía uma presença imponente. Ele trajava vestes comuns de treinamento e carregava a urna da armadura de Leão.

Kin e Satoru se levantaram.

— Então você soube? – Ela sorriu

— Sim, inclusive, eu acabei de ser apresentado oficialmente como um Cavaleiro.

— Meus parabéns!

Satoru estava impressionado com Raiden, ele notou a urna que ele carregava e sentia o seu cosmo extremamente poderoso.

— Satoru, esse é o Raiden. Ele é o mais novo Cavaleiro de Ouro de Leão. Na verdade, ele tem 15 anos de idade, é o Cavaleiro de Ouro mais jovem.

Satoru ficou mais surpreso ainda, Raiden era apenas dois anos mais velho que ele e já era um Cavaleiro de Ouro.

— Muito prazer – Raiden e Satoru apertaram a mão – Você é novo aqui, certo?

— S-sim – Respondeu Satoru

— Satoru é neto do lendário Kazuo, ele também quer ser um Cavaleiro de Ouro – Disse Kin.

Raiden pareceu surpreso, como se essa fosse a última coisa que esperava ouvir. Ele olhou com mais atenção pra Satoru – Neto de Kazuo? E deseja ser um Cavaleiro de Ouro? – Satoru aparentava estar receoso, como se tivesse medo de Raiden o reprovar já que ele era um Cavaleiro de Ouro.

— Trabelhe forte então! – Raiden estampou um sorriso. Satoru ficou muito mais tranquilo, como se tivesse se libertado de um fardo – Eu vou indo então, preciso resolver alguns assuntos pendentes.

— Espere! – Gritou Satoru – Você poderia lutar comigo?

Kin e Raiden se encararam, confusos.

— O que está dizendo Satoru? Lutas entre Cavaleiros ou aspirantes sem permissão são proibidas – Alertou Kin.

— Sim, eu já imaginava, mas... – Ele cerrou os punhos – Eu preciso disso. Preciso testar minha força com um Cavaleiro de Ouro. Tenho quase a mesma idade que Raiden e quero saber a distância de nossos poderes. Eu sei que parece um pedido estranho Raiden, mas não precisamos lutar seriamente. Pode ser apenas uma luta de demonstração de velocidade e imobilização – Raiden estava um pouco confuso – Por favor!

Satoru encarava Raiden fixamente e ele percebeu a vontade do garoto.

— Muito bem então – Raiden deixou sua urna no chão – Eu aceito, mas sem exagero.

Kin se afastou um pouco, ela estava curiosa. Satoru e Raiden se preparavam.

— Lá vou eu! – Satoru partiu pra cima de Raiden desferindo um soco frontal, mas antes que se desse conta, o Leão já havia desaparecido – Como é?

— Eu estou aqui – Raiden surgiu atrás de Satoru. O garoto se virou e tentou acertar outro soco, mas Raiden se abaixou e deu uma banda em Satoru. Kin se mostrou preocupada, mas logo se acalmou. Ela conhecia a índole de Raiden. Satoru se levantou e foi novamente pra cima de Raiden, dessa vez desferindo uma sequência de chutes, numa velocidade mediana

— Satoru, eu não quero soar arrogante, mas você precisa se concentrar mais, está muito lento – Raiden se esquivou facilmente de todos os chutes. Satoru não desistia e continuava a atacar, mas a velocidade dele nem sequer chegava aos pés da de Raiden.

— Droga, eu não consigo nem acompanhá-lo – Ele pensava. Satoru elevou seu cosmo minimamente, despertando a atenção de Kin e Raiden. Logo depois, ele socou o chão, abrindo um pequeno buraco. Raiden e Kin não entenderam. Por fim, Satoru deu um leve sorriso sem graça

— Como eu pensei, ainda falta muito pra mim, obrigado Raiden – Satoru o cumprimentou novamente

— Não se preocupe com isso, você tem potencial. Mas precisa descobrir uma resposta para conseguir atingir o sétimo sentido e se tornar mais forte.

— Uma resposta?

— Sim, algo que todo Cavaleiro precisa saber – Ele pega sua urna e se despede – Bom. Agora preciso ir. Muito legal te conhecer, boa sorte com seu treinamento. Até mais também Kin, se cuidem!

Satoru e Kin observavam Raiden partir. Satoru ainda estava muito pensativo sobre o que Raiden lhe disse.

— Não fica pensando nisso, o Raiden é um dos Cavaleiros mais poderosos do Santuário – Disse Kin.

Sophia, a amazona de Camaleão, vinha correndo na direção de Satoru e Kin.

— Pessoal! – Kin e Satoru notaram a chegada de Sophia – O Hugo! Ele foi capturado pelo grupo rebelde de Cavaleiros de Prata!

— O que? Tem certeza Sophia? – Indagava Kin

— Sim! – Ela respondeu arfando – Eles estão no coliseu!

— Eu vou chamar o mestre Shun, é o mais inteligente a se fazer – Disse Kin

— Não temos tempo! Precisamos ajudá-lo!

Kin não sabia o que fazer, ela sabia que se fosse sozinha estaria em desvantagem

— Grupo rebelde de Cavaleiros de Prata? – Indagou Satoru. Sophia confirmou com a cabeça.

— Vamos então, não podemos perder tempo – Afirmou Kin

— Eu vou com vocês – Disse Satoru.

— Pode ser perigoso, tem certeza? – Perguntou Kin

— Não temos tempo, vamos logo! – Chamou Sophia. Todos os três se apressaram e correram em direção ao coliseu.

 

Casa de Sagitário

Em todas as doze casas, existem dormitórios para os Cavaleiros de Ouro. São verdadeiras moradas. Em algumas casas existem até bibliotecas, com diversos livros sobre a história dos Cavaleiros de Atena, das Guerras Santas anteriores e muitos outros conteúdos e informações. Seiya entra em seu quarto, na casa de Sagitário. Juntamente dele, estavam Marin, Shaula e Shun. Ele coloca a urna da Armadura de Sagitário em um canto e se senta na cama. Ele estava muito preocupado com Saori.

— Seiya, se anime, a Atena ficará bem – Disse Shun

— Ele tem razão Seiya, Hyoga e Kiki estão com ela. – Complementa Marin.

— Eu sei, é só que – Ele passa a mão no seu braço – Eu me sinto um inútil. Todas as batalhas que enfrentamos, todas elas...mesmo vencendo, as lutas nunca param. Sinto cada cicatriz dessas batalhas no meu corpo e isso me faz pensar que a luta nunca vai acabar. Parece que lutamos por nada – Seiya estava muito cabisbaixo.

Shun se aproximou de seu Seiya e colocou a mão em seu ombro – Não é verdade, um dia tudo isso irá acabar. Nós precisamos ter fé. Até lá, precisamos estar sempre prontos.

— É verdade, mestre. Se anime – Disse Shaula.

Marin cruzou os braços e ficou pensativa – Seiya, precisamos começar a treinar o quanto antes. Você precisa recuperar a sua antiga forma. Vamos lá.

Seiya se levanta e coloca as mãos no bolso. Ele ainda estava com os pensamentos longe mas sabia que não podia evitar o conflito. Ele pensou na sua irmã e se perguntou se ela estaria bem – Logo logo eu vou voltar, Seika.

 

Palácio de Hefesto – Lemnos

A carruagem de Deva avançava pelos céus como uma estrela cadente. Um brilho dourado intenso surgia nos limites de Lemnos. Kiki e Hyoga se impressionaram ao avistarem o grandioso palácio dourado de Hefesto. Atena não se surpreendeu, ela não esboçava expressão alguma, parecia muito concentrada . Aos poucos, Deva aterrissou no solo. Um homem já aguardava na entrada, era Cedálion. Ele trajava uma armadura laranja com detalhes dourados.

— Enfim chegaram, o senhor Hefesto espera por vocês – Ele observou

Todos desceram da carruagem. Deva se dirigiu a Cedálion – Por que está vestindo sua Clâmide?

— Acha mesmo que eu receberia Atena com vestes comuns? – Deva encarou Atena e os Cavaleiros – Por aqui.

Saori, Hyoga, Kiki, Deva e Cedálion caminhavam pelo corredor principal até chegar no grande salão de Hefesto, que ficava atrás de enormes portas prateadas. Ao chegarem, Cedálion faz um sinal para prosseguirem pro salão. Hefesto e Aglaia estavam sentados em seus tronos. Aglaia vestia seu tradicional vestido azul, enquanto se penteava. Hefesto trajava seu Himation. Quando avistou Atena, Hefesto sorriu levemente. Hyoga e Kiki perceberam a enorme colisão de cosmos dos dois deuses. Hefesto se levantou e caminhou até Atena para cumprimentá-la. Aglaia apenas se levantou, como um gesto de boas vindas.

— Atena, seja bem vinda. Eu sabia que viria.

— Muito obrigada, Hefesto. Eu tenho um pedido a fazer.

— Sobre isso – Ele se virou, caminhou até uma mesa próxima de uma das pilastras e pegou uma taça de vinho – Atena, eu não posso esperar mais. Hermes veio até aqui. O Olimpo planeja agir.

— Entenda, Hefesto. Só vamos colocar em risco a vida de inocentes se resolvermos atacá-los dessa forma.

— Atena, se o Olimpo atacar, a humanidade já estará em risco. Não podemos esperar.

Antes de Atena continuar, Aglaia caminhou na direção de ambos. De forma graciosa, ela tentou convencer Atena – Atena, por favor, ajude meu marido – Ela pega nas mãos de Atena e a encara com um sorriso. Saori sentiu o cosmo extremamente gentil de Aglaia.

— Me perdoe a intromissão, mas Aglaia é a deusa da inteligência e do poder criativo, a mais jovem e bela das três graças. Como faz parte da comitiva de Afrodite, uma olimpiana, como o Olimpo permitiu a sua presença aqui? – Perguntou Hyoga. Aglaia soltou por um momento as mãos de Atena e reparou em Hyoga. Ainda com um sorriso, ela respondeu

— Eu abandonei o Olimpo para ficar do lado do meu marido, Hefesto.

— Sorte a minha – Respondeu Hefesto com um sorriso – De qualquer forma, Atena, não posso voltar atrás com a minha decisão. Vocês irão nos ajudar?

Atena permanece em silêncio por um tempo. A última coisa que ela queria era uma guerra. Hefesto percebeu a indecisão de Saori.

— Atena, eu te dou dois dias. Pense bem e me dê uma resposta dentro desse prazo. Não é nada pessoal, mas ou podemos contar com os Cavaleiros ou não.

— Eu mesma me sacrifico pra interromper essa guerra. Por favor! – Atena se ajoelhou. Hyoga e Kiki ficaram preocupados.

— Essa é a minha decisão final, eu não quero você Atena. – Disse Hefesto seriamente – Pense bem, você é a protetora da terra. Não seja ingênua. Eu admiro seus Cavaleiros faz muito tempo. Por esse motivo criei meus cabiros, com o intuito de ajudá-los na tarefa de proteger a terra. Mas se vocês se negam a cumprir esse propósito nesse momento, teremos que fazer sozinhos. Pense bem Atena, nos ajude!

Saori não sabia mais o que argumentar, tudo que ela pensava era que outra guerra iria acontecer depois de todo esse período de paz.

 

Coliseu de Atena – Santuário

Já estava anoitecendo quando no coliseu, um grupo de Cavaleiros de prata cercava um jovem em busca de resposta. Eles eram em quatro. Três deles chutavam o garoto que era um Cavaleiro de Bronze enquanto o outro, aparentemente o líder, estava de braços cruzados e sentado em um dos assentos da primeira fileira do local.

— Nos responda Cavalerio de Ave-do-Paraíso! Você sabe o paradeiro do Cavaleiro de Raposa! Por que não nos diz?

— Eu juro que não sei, estou falando a verdade!

Um dos Cavaleiros de Prata, o Cavaleiro de Hércules, chutou fortemente o rosto do Cavaleiro de Bronze – Mentira, você sabe. Por que não nos fala? Nada de bom vai sair dessa sua atitude, eu garanto. Você é o bobo da corte dos Cavaleiros, perambula por todo o santuário e sabe sobre quase tudo que se passa aqui. Nos responda!

O Cavaleiro de Bronze estava bem machucado, ele tenta se levantar mas logo outro Cavaleiro de Prata o golpeia, fazendo sair sangue dele.

O Cavaleiro de Hércules pega o Cavaleiro de Bronze pelo pescoço – Última chance. Responda.

Por um momento pareceu que ele iria responder, mas logo em seguida – Vai pro inferno – E cuspiu sangue no rosto do Hércules. O semblante de indiferença do Cavaleiro de Prata deu lugar a fúria e ódio. Rapidamente ele joga o Cavaleiro de Bronze no chão e se prepara para finalizá-lo

— Você está morto! — Quando iria se preparar para matá-lo...

— Chicote do Camaleão! – Um chicote acertou a mão do Cavaleiro de Hércules que recuou por um segundo, dando tempo de Sophia, Kin e Satoru resgatar o Cavaleiro de bronze.

— Hugo, você está bem? – Perguntou Kin, com ele nos braços. Hugo apenas confirmou com a cabeça

— Sua maldita, vai pagar caro por ferir minha mão.

Kin reparou nos Cavaleiros de Prata e reconheceu o líder deles no fundo. Ela ficou bem surpresa.

— Aquele...

— O que foi Kin? – Perguntou Satoru

— Aquele cara ao fundo, é o Thomas, Thomas de Órion. Ele é o Cavaleiro de Prata mais poderoso do Santuário. Os boatos eram verdadeiros, ele é um dos rebeldes.

— Não se distraia! Destruição de Hércules! – O Cavaleiro de Hércules desferiu um poderoso soco na direção do grupo de Kin e Satoru, mas todos conseguem se esquivar. Uma enorme cratera se abre no local.

— Esse grandão, o poder dele é descomunal – Observou Satoru.

— Precisamos levar o Hugo pra um lugar seguro. Eu não estou com a minha armadura – Disse Kin.

— Eu estou – Afirma Sophia – Mas sendo sincera, não acho que... – Sophia olhou para Hércules de cima a baixo – Eu vou segurá-lo, vão!

— Nem pensar! Sua doida, não vamos te deixar sozinha com todos esses Cavaleiros – Disse Kin.

— Destruição de Hércules! — Dessa vez, o Cavaleiro de Hércules pegou todos de surpresa, mas Satoru rapidamente conseguiu parar o golpe com as duas mãos. Kin e Sophia ficaram surpresas

— Como? Você parou meu golpe? Sem armadura ainda por cima... – O Cavaleiro de Hércules forçava o soco, que era parado por Satoru, fazendo com que o solo rachasse com o impacto.

— Não vou aguentar por muito tempo, minhas mãos parecem que vão arrebentar – Pensou Satoru, ofegante e suando. Sophia salta por cima de Satoru e aproveitando o momento de distração chicoteia o Hércules. Ele recua e Satoru cai no chão com uma enorme dor na mão.

— Satoru, você está bem? – Perguntou Sophia. Ele confirma. Os outros Cavaleiros de Prata fazem sinal de que vão atacar mas Hércules repreende

— Não! Eu acabo com eles, para trás! Você está morta garota, foi a segunda vez que me feriu de surpresa – O Cavaleiro de Prata começa a elevar seu cosmo. Kin, Sophia e Satoru sentiram que ele estava falando sério. O seu cosmo era muito poderoso.

— Já chega Klaus – Thomas, o Cavaleiro de Órion, ordena que Klaus, o Cavaleiro de Hércules, parasse, com uma voz séria e fria.

— Thomas, esse garoto e essa garota me desafiaram. Não posso deixar assim. Aliás – Ele olhou para Satoru – Quem diabos é você? Nunca te vi no santuário. E conseguiu parar meu golpe sem sequer trajar uma armadura.

— Ele é Satoru, neto de Kazuo! – Respondeu Sophia, na esperança de que essa afirmação assustasse os Cavaleiros de Prata. Thomas, ao ouvir essa informação, abre os olhos, um pouco surpreso. Ele possuía cabelos brancos e o porte físico definido. Sua pele era branca.

— Kazuo? Aluno e Shion e Dohko? – Klaus se surpreendeu, assim como os demais Cavaleiros de Prata. Thomas saltou de seu assento até o centro o coliseu.

— Você é o neto de Kazuo?

— Sim – Satoru respondeu um pouco confuso. Thomas continuava observando Satoru de forma fria e sem expressão definida, tentando acreditar.

— Entendo. No entanto, isso não importa pra mim no momento. Devolvam Hugo, temos assuntos pendentes com ele.

Kin segurou forte Hugo, com receio de Thomas atacar.

— Você ouviu elas, deixem ele em paz – Avisou Satoru. Thomas direcionou seu olhar pra Satoru

— Você pretende lutar comigo se necessário? É o que está dizendo?

Satoru não respondeu. Uma tensão se desenvolvia no local. Mas surpreendendo a todos, Klaus toma a dianteira e ataca Satoru

— É o seu fim, poder supremo de Hércules! – Klaus arremessa Satoru para cima e um poderoso cosmo o envolve violentamente, fazendo com que Satoru caísse de forma descontrolada.

— Satoru! – Kin concentra seu cosmo e começa a calcular a queda de Satoru, no momento crítico ela corre e salta rapidamente, resgatando Satoru em segurança e impedindo sua queda fatal.

— Eu disse para não atacar, Klaus – Thomas aproveita que Kin deixou Hugo largado no chão e caminha para capturar o garoto. Sophia tenta impedir, mas Thomas a golpeia no rosto. Ao ver a cena, Satoru se enfurece, sai dos braços de Kin e tenta desferir um golpe em Thomas. Ele desvia e chuta Satoru forte no estômago. Logo depois ele soca Satoru no rosto, praticamente o nocauteando.

— Você é bem fraco. Como eu pensei – Thomas pega Satoru pelo pescoço. Quando todos acharam que ele faria algo, um raio dourado aterrissa no coliseu, fazendo com que todos os Cavaleiros de Prata incluindo Thomas recuassem alguns metros. Era Raiden, imponente como um Leão. Ele pega Satoru e Hugo e os coloca nos seus ombros. Kin e Sophia ficam surpresas com sua chegada.

— O Cavaleiro de Ouro de Leão – Disseram os Cavaleiros de Prata. Thomas não se surpreendeu.

— Então vocês são alguns dos rebeldes? – Perguntou Raiden.

Thomas percebeu que a situação iria se complicar e fez um sinal para seus companheiros recuarem. Eles obedecem e antes de fazer o mesmo, Thomas olha para um Satoru quase desacordado e dá um leve sorriso. Logo depois, ele se vai. Após ver o sorriso de Thomas, Satoru desmaia.

Ignorando a fuga dos Cavaleiros de Prata, Raiden chama por Kin e Sophia – Kin, Sophia, me ajudem com eles! – As duas se apressam para tentar prestar socorros para Satoru e Hugo.

 

Casa de Áries

Um Cavaleiro de Ouro com um homem ao seu lado chega nas escadarias da Casa de Áries

— Chegamos, Grande mestre!


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