Angel of Circus escrita por Milly Malfoy


Capítulo 3
Lagoa de Anjos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥



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Capítulo 3

— Lagoa de Anjos

[...]

Eu adorei quando você começou a usar aquelas asas.

 

Pareciam até de verdade.

 

~Flashback on~

10 Anos Atrás

 

         Elsa e Angel passeando pelas ruas ao lado de um bosque.

—Aonde estamos indo, senhora? - Perguntou a jovem garotinha.

—Já te falaram que faz perguntas demais garota? Estamos dando uma volta, só isso. Não está gostando do passeio? - A mais velha ergueu uma sobrancelha.

—Estou sim, só queria saber se temos algum lugar pra ir.

—Nós vamos buscar algo para sua apresentação também. Se encontrarmos...

—O que é? - Isso só fez a curiosidade infantil piorar.

—Perguntas demais garota. Nós já devemos estar chegando. Ah lá está o lagoa. - Elsa pegou a mão da garota e a guiou em direção ao laguinho.

         Angel sentou na beirada do lagoa e se debruçou colocando a mão na água, se entretendo. A mais velha focava sua visão em outra coisa. Um grupo de cisnes brancos nadando no meio do lagoa.

—Ei, garota. Quer jogar pão pros cisnes? -Falou colocando um pão em sua mão.

—Tem cisnes aqui? Onde? -Perguntou animada. Adorava animais.

—Estão no meio do lago, joga pra eles. - Angel sorriu e arrancou um pedacinho do pão e jogou na direção do lagoa o mais longe que conseguiu.

—Ótimo, eles estão comendo. Joga mais. Tenta jogar mais perto, para eles se aproximarem da gente. Quem sabe você não consegue passar a mão em um deles. - Tentando instigar a mais nova.

—Oba! - Ela fez o que a outra pediu, cada vez jogava com menos força, para eles se aproximarem.

—Eles já estão pertinho.

—Posso passar a mão neles?

—Ainda não pode espanta-los e nadarem pra longe. Vamos tentar traze-los pra fora da água, começa a jogar na grama. -Assim ela fez, e funcionou. Um cisne criou coragem pra se aproximar, saiu do lagoa e foi pra grama buscar o pão.

—Posso passar a mão agora? - Questionou ansiosa.

—Só um segundo. –Elsa se aproximou sorrateiramente e agarrou o cisne pelo longo pescoço, o cisne soltou um som agoniado, tentando se soltar. Ela pressionou o corpo do pobre animal pra baixo para imobiliza-lo.

—O que aconteceu? Por que ele fez esse barulho? –Falou preocupada, ouvindo o bicho bater as asas desesperado.

—Nada, só estou segurando ele pra você passar a mão.

—Não esta machucando ele? - Apertou os lábios preocupada.

—Não, ele só se assustou, venha logo. – Tentou desconversar.

              Hesitante, Angel se ajoelhou na grama e passou a mão no cisne, ficando admirada com a textura macia das suas penas.

—As penas dele são tão macias de tocar! -Falou animada

—Sim, sim. Agora vamos voltar garota. Já vai anoitecer.

—Está bem. - Disse em um muxoxo desanimada.

—Vá andando garota, eu já te alcanço. - Elsa com uma mão moveu o ombro dela a direção para ajuda-la a se localizar, a outra ainda segurava o cisne.

—O que vai fazer?

—Só vai garota! -Elsa gritou —Por que pirralho conseguem  ser tão curiosos? - Murmurou mais para si mesma do que para a garota.

          Mesmo achando estranho, ela fez o que ela pediu. Andava devagar e logo Elsa a alcançou. Prestando atenção em todos os barulhos dos passos, dos movimentos , teve algumas vezes a sensação de que Elsa trazia algo pesado em uma das mãos.

~Flashback off~

[...]

—Angel! Angel! – Elsa abriu a porta afobada. A garota estava sentada de lado na penteadeira escovando o cabelo. —Ai está você, já mandei fazer a sua roupa. Expliquei pra estilista como eu queria que fosse. Você será a estrela da noite!

—Ótimo. –Respondeu desanimada –Elsa que até então sorria deu uma leve murchada.

—O que há, Angel? Você ganhou o papel principal do nosso show de Natal, esperava um pouco mais de animação. – Falou tentando faze-la prestar atenção nas novidades.

—Eu nunca disse que queria o papel. Você que me colocou nisso. -Respondeu ainda penteando os cabelos, não exatamente interessada no diálogo.

—Ora essa! Não seja ingrata garota. O público a ama. Eles amam a sua história!

—A minha história? Ou a história que a senhora contou para eles? –Retrucou atrevida, sorrindo de lado.

—Que diferença faz qual história contei? – Perguntou despreocupada.

—Que a história que contou é uma invenção. Nada que contou aconteceu.

—E qual é o problema disso, o público adorou! Eles a amam Angel. – Elsa falou como quem aponta o óbvio.

—Meu nome não é Angel!! É Rosária !! Rosária Sharpe.  Angel não existe, nunca existiu! A senhora a inventou! – Gritou histérica, parecia que a tempo era algo que ela queria dizer, finalmente saiu.

—Olha o tom de voz que usa comigo, garota. – Disse rispidamente. – Devo lembra-la que você deve ser grata a mim. Por tudo que eu fiz por você. Se não fosse por mim você seria só mais uma cega. Você foi abandonada, eu a acolhi e transformei-a em uma estrela. A plateia ama a Angel. Quer mesmo usar o nome e sobrenome dado por  quem a abandonou? – Questionou num tom severo e assustadoramente calmo. Angel se encolheu um pouco, sabia que tinha passado dos limites. Elsa não suportavam quando gritavam com ela.

—Não. Não quero usar. Desculpe. Mãe. -Falou abaixando a cabeça, algum inicio de lágrima surgiu no canto de seus olhos brancos.

—Assim é melhor. Venha aqui. - Falou abrindo os braços, Angel se aproximou e a abraçou —Viu quando é melhor quando coopera? -Falou passando a mão nos cabelos da garota, numa carícia suave.

[...]

~Flashback on~

—Está preparada pra apresentação, garota?

—Estou sim, treinei muito.

—Ótimo. Agora só falta um detalhe muito importante. Vire-se de costas. - Ela obedeceu e então Elsa pareceu encaixar algo com plumas em suas costas, sentiu um leve puxar nos suportes metálicos arredondados nas pontas que tinha em suas costas.

—Pronto. Agora é literalmente um anjo, Angel.

—São asas? Uau que legal! - Passou a mão levemente nas penas.

—Só não fica encostando muito, as penas podem soltar. Agora vamos, está na hora da sua apresentação.

~Flashback off~ 

[...]

          Jimmy observava ao redor. Estava nas coxias se preparando pra entrar no palco, mas estava procurando Angel com os olhos. Não queria subir no palco, sem saber se ela estaria assistindo ou não.

—Cara, e quase a sua vez. O que está procurando? - Um dos assistentes de camarim, um homem negro sem um braço, questionou também olhando para os lados, tentando ver o que o outro tentava enxergar.

—Não. Nada, não é nada. - Falou um pouco constrangido de ser pego dessa forma.

—Ótimo, então que tal se concentrar na sua apresentação? - Em tom sarcástico, levantou uma sobrancelha.

—Farei isso. Claro que farei. Haha - Coçou a nuca, nervosamente dando mais uma olhada discreta ao redor.

—Olha já é sua vez, vai lá.- Deu um empurrão leve em Jimmy, e quando o outro passou por ele, deu uma olhada curiosa pra traz tentando descobrir o que o outro tentava ver.

—Senhoras e senhores, apresento a vocês Jimmy – mãos de lagosta. - A plateia aplaudiu —Essa noite ele fara um sessão de mágica com vocês.

               O público estava com um número de pessoas habitual dos últimos tempos, o que era mais escasso do que estavam acostumados, mas Jimmy estava um pouco desanimado, não com o número de pessoas, mas por não ter visto uma certa pessoa.

—Boa noite senhoras e senhores, essa noite eu sou Jimmy  - o mágico, e para o primeiro truque peço para que olhem bem para a minha mão esquerda. Estão vendo? Nada nessa mão. Agora a direita. Nada aqui também... onde será que ah... -Começou tossir. De dentro da boca cuspiu uma carta Ás. —Ah. Foi aqui que eu tinha deixado. - Jimmy deu uma risadinha. A plateia riu e bateu palmas. Jimmy sorria fraco, correndo os olhos pela plateia até que olhou para as coxias e ali, discretamente debruçada no canto das cortinas estava Angel. O sorriso dele se alargou e os olhos até ganharam um brilho. Agora, verdadeiramente animado disse. —Bom. Senhoras e senhores, vamos seguir com esse show...

[...]

        Jimmy fez um ótimo show, ele narrava as mágicas com detalhes para que Angel pudesse entender e poder imaginar o que estava acontecendo. Ela achou isso muito gentil da parte dele, apesar de não entender por que ele se deu o trabalho de fazer algo assim.

—Então para meu último número eu preciso de uma assistente especial. Pode me ajudar aqui, Angel? - Ao falar o nome dela o público começou a bater palmas e assoviar. Confusa e meio hesitante foi empurrada pelas assistentes na direção do palco. —Acho que vocês conhecem a condição da Angel, certo? Por isso esse truque vai ser interessante. —Ótimo, por favor segure esse pequeno punhal em sua mão. Isso. Agora você deve escolher um desses três potes e gravar o punhal em um deles. Lembrando que dentro de dois deles tem uma maça e no outro  vou colocar a minha mão. Vou mostrar para vocês qual vai estar as maças e qual vou botar a mão. Ela escolhera aleatoriamente um para apunhalar.

—Não, como eu vou fazer isso... - Foi interrompida por ele que sussurrou baixinho.

—Psiu, só encoste nos potes que você vai saber. - Apesar de não entender exatamente o que ele quis dizer, ficou mais calma. Jimmy mostrou ao público como disse que faria em seguida pediu para ela escolher um para apunhalar. A plateia estava tensa, silenciosa e como ele pediu para ela fazer, passou a mão levemente por cada pote. E em dois deles haviam uma pequena saliência que um dos potes não tinham. Uma saliência que quase não seria perceptível para alguém comum, mas por ser cega seu tato era muito mais aguçado, então sorrio entendendo o que Jimmy quis dizer, escolheu e apunhalou aleatoriamente um dos potes com a saliência.

[...]

             Depois do show acabar Jimmy se ofereceu para acompanha-la até seu quarto. Andando na noite aberta  entre tendas, barracas e pequenos dormitórios chegar no dela.

—Acho que é a primeira vez que a plateia me viu sem minhas asas. - Falou em tom debochado.

—Por um momento fiquei com medo que você apunhalasse a minha mão. -Falou Jimmy em tom brincalhão.

—Mesmo? - Perguntou risonha.

—Não, eu sabia que você ia conseguir, confio em você. -Ela não podia ver, mas sabia que ele estava sorrindo, então sorrio de volta. Chegaram na na frente do dormitório dela —Bom queria agradecer por você ter sido a estrela do meu número, boa noite Angel. - Deu um beijo delicado na bochecha dela e saiu rumo a sua tenda.

              Ela ficou por alguns instantes sentindo o local beijado formigar, com a brisa da noite soprando em seu corpo, até que decidiu entrar em seu dormitório. Só quando já estava deitada em sua cama que percebeu que não precisou da bengala-guia na volta para o dormitório. Na verdade ela só esqueceu mesmo, nem se lembrava com que assistente de palco havia a deixado. Acho que Jimmy realmente a deixava meio fora do ar. Mas de um jeito bom. Lhe passava confiança.

[...]

Tempos depois...

—Angel. Angel!  - Elsa batia na porta do quarto da garota.

—Estou aqui - Angel abriu a porta. —O que foi?

—Seu vestido ficou pronto. Vamos experimentar, temos que ver se precisa de ajustes. - Falou agitando o figurino nas mãos.

—Está bem. - Angel se despiu e Elsa a ajudou a entrar lentamente no vestido. Ela sabia sim se vestir sozinha, mas o vestido aparentemente possuía partes com tecido fino e delicado que rasgaria fácil se fizesse um pouco de força no lugar errado, além de ser estreito em algumas regiões. Ao terminar de se vesti-la, Elsa colocou um enfeite em sua cabeça. Era uma coroa de flores brancas, tão delicada quanto o vestido.

—Oh querida, como eu queria que pudesse se ver. Está lindíssima. Será a estrela da noite de Natal! - Elsa falou segurando suas mãos. O vestido ia até um pouco abaixo do joelho, apesar de estreitar um pouco na cintura, totalmente branco, de alças e deixava as costas nuas obviamente para ser encaixado as asas. Possuía uma camada extra de um tecido extrafino semitransparente com algumas poucas pedrinhas espalhadas para parecer que o vestido brilha contra a luz.

Angel passou as mãos pelo vestido, através da textura tentando visualizar o vestido em sua cabeça. Depois dez o mesmo com a coroa.

—Parece lindo mesmo. -Falou sorrindo fraco. –São rosas?

—Sim, rosas brancas. Agora vamos tirar o vestido. Não pode sujar até o grande dia. - Elsa falou dando batendo as mãos juntas animada.

[...]

~Flashback on~

             Virou rotina os passeios ao lado do bosque que tinha ali perto de onde o circo estava temporariamente instalado. Era uma cidade grande e o circo estava fazendo sucesso, fazia 3 meses que estavam ali.

—Aproveite bem garota, essa  a última vez que vamos vir aqui. - Elsa disse enquanto olhava ao redor, não queria ver a expressão desanimada da menina.

—O que? Por que? - Virou o rosto tristonho na direção da mais velha, que se forçava a continuar a olhar ao redor.

—Ora, nós vamos trocar de cidade, nós sempre fazemos isso. - Continuava evitando o olhar.

—Mas eu não vou poder mais ver os cisnes? Não podemos mais vir no lago? - Ainda não tinha perdido a esperança.

—A não ser que você consiga levar o junto com você pra outra cidade, não. Não pode. - Falou num humor seco.

             Angel ficou chateada com a resposta, mas tentou aproveitar o passeio, já que era a última vez ali. Como sempre jogou os pães primeiro no lago depois foi guiando-os para a grama. Elsa segurava o cisne para ela passar a mão. Depois de um longo tempo brincando com o cisne, a mais velha anunciou que já era hora de ir embora.

—Vá andando na frente garota eu já a acompanho. - Disse a mais velha ainda segurando o cisne.

—Por que sempre que viemos aqui você pede para eu ir na frente? - Pergunta curiosa.

—Eu gosto de olhar a vista, só isso. Vá andando. – Retrucou impaciente, querendo se livrar da mais nova. Angel obedeceu a contragosto, quando já estava a uma distância considerável ouviu um som estranho.

Creck”

            Não sabe se foi sua imaginação, mas parecia o som de algo sendo quebrado. Logo Elsa a alcançou e foram juntas para casa. Mas pensar naquele som fez ela sentir um mal estar.

 

~Flashback off~

—Vamos ensaiar mais uma vez . Arrumem melhor esse cenário. Não quero nada além de perfeição fui clara? - Elsa falou severa, enquanto todos concordavam. Quanto mais o espetáculo se aproximava, mas tirana ela se tornava. Ela realmente não poupou gastos, enquanto alguns ensaiavam mela milésima vez, outros ajeitavam os arranjos comprados no cenário e decoravam todo o circo. Elsa realmente estava apostando todas suas fichas nesse evento. Se não desse certo, realmente teríamos um prejuízo irreparável.

Angel e outras duas garotas ajudavam a prenderem guirlandas natalinas ao redor da grande tenda do circo. Elsa marchou na direção dela, questionando rudemente:

—O que pensa que está fazendo?

—Estou ajudando a decorar a tenda. - Falou como se dissesse algo óbvio.

—Você devia estar ensaiando, não ajudando na decoração! Você vai ter o papel principal da noite, qual é o seu problema?!

—Desculpa, eu só quis ajudar. - Falou entregando um punhado de guirlandas que tinha nas mãos para as outras meninas. —Já estou indo ensaiar. – Agachou para apanhar a bengala guia e foi embora antes que a outra tivesse tempo de falar outra coisa.

Elsa a observou se afastar com um olhar penetrante.

~Flashback on~

—Está pronta para a apresentação, Angel?

—Estou sim, falta só as minhas asas. – A garota se virou de costas e Elsa prendeu as asas no suporte em suas costas.

[...]

             Após a apresentação foi parabenizada por seus colegas do circo, Elsa a abraçou emocionada, admitiu que chorou um pouco ao ouvi-la cantar.

            Feliz retornou até seu quarto/camarim e dessa vez não esperou Elsa para começar a se desarrumar. Limpou a pouca maquiagem que usava e então tentou retirar as asas do suporte, mas era bem difícil. Então sentou na cama decidida a esperar Elsa vir ajuda-la. E então começou a passar lentamente a mão pelas penas e então uma sensação de calafrio passou por todo seu corpo. Ela passou mais uma vez a mão e paralisou.

                                 “Eu conheço essa maciez, essa textura. “

 

                                       “Eu conheço essas penas.”

 

        Uma lágrima pesada caiu de seus olhos ao mesmo tempo que ouviu a porta abrindo.

—Garota, vamos te arrumar para dormir... o que ouve? - Questionou preocupada.

—Essas... asas que estou usando são dos cisnes que visitamos no lago, não são. - Apesar de não poder ver o rosto de Elsa, fez questão de olhar em sua direção.

—O que... como você... - Ela parecia assustada.

—Como pode fazer isso com aqueles pobres animaizinhos?! - Ela chorava e gritava, mas ainda sustentava um olhar acusatório.

—Espere ai, não grite comigo mocinha! E o que eu fiz não é nada demais.  Não foi só pelas asas, todos aqui gostaram de comer carne fresca no lugar daquela porcaria enlatada para variar...

~Flashback off~

 

             A noite especial estava cada vez mais próxima e Elsa estava fazendo questão de transtornar a todos. Não havia mais nenhum lugar em todo circo onde se podia ficar sossegado. Ninguém podia ficar parado. Era só ver alguém sem fazer nada que ela já lhe passava uma tarefa. “Retoque os enfeites, vá na costureira ajeitar seu traje, redecore o salão com esses novos enfeites, ensaie mais uma vez o seu número, não tem um número? Então ajude no ensaio de alguém que tenha!” Já haviam cochichos de que finalmente ela havia enlouquecido de vez, não que alguém se arrisque a dizer qualquer coisa com ela por perto.

—Angel!! Suas novas asas estão prontas, venha ver!

—Novas?

—Sim, garota! Eu lhe disse que teria um novo traje! Um especial, para uma noite especial! - Angel começou a tatear a asas para tentar visualizar ela em sua cabeça.

—Achei que seria mais na roupa. - Ela passava a mão pelas penas até encostar em uma superfície como a de um cano metálico. —O que é isso?

—É o mecanismo para as asas se movimentarem. Alguém fica atrás de você e através disso ele pode fazer asas mexerem, será o momento mais especial da noite!

—Ah entendi. -Falou verdadeiramente admirada.

—Você será o anjo da noite de Natal. – Falou Elsa acariciando a bochecha da garota. — Essa é a noite de você brilhar. - Por mais que o carinho em sua bochecha fosse afetuoso, ela pode sentir um tom ameaçador em suas palavras. — Então... não me desaponte.


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Notas finais do capítulo

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