Terrenal escrita por A Grace


Capítulo 6
Familia 2.0


Notas iniciais do capítulo

Hellow,
Demorei muito? rs
Bom, estou de volta !!
Por favor comentem o que estão achando, sou levemente carente e preciso de atenção .
Boa leitura



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Fazia uma semana que haviam voltado a Hogwarts, uma semana que Rosie fingia que todos os acontecimentos daquele natal não haviam passado do mero e usual. Uma semana que Rebecca e Roxanne não brigavam e uma semana que Albus estava tentando, sem sucesso, se aproximar de sua irmã. Também, fazia uma semana que Rose sorria para James nos corredores e Scorpius estranhava qualquer interação entre os dois e , ainda, chamava a ruiva de louca. 

 Estava tudo uma zona naquele semestre, nem ela não podia negar.  

 

—Rose!- a voz de seu irmão atraiu seus olhos para o ruivo de treze, quase catorze, anos com vestes da grifinória, sorriu fraco levantando-se do banco que estava, esperando que Hugo chegasse até ela. 

—Você cresceu? - ela afagou os cabelos do menino , sem abraçá-lo como em seu íntimo queria. O que acontecia era que, ela tinha se afastado mais do que queria de seu irmão, a rixa entre as casas em Hogwarts era absurda e em casa mal se falavam, ele estava quase sempre com seu pai e a ruiva não aguentava mais continuar de cabeça erguida enquanto seu próprio pai a desmerecida com o olhar. Apenas agradecia quando tinha alguns momentos memoráveis com o irmão, ou conversas curtas no café da manhã ou corredor, como aquela . 

—Mamãe está bem?

A ruiva apenas negou com a cabeça. Não queria proferir as palavras em voz alta, as faziam parecer mais reais. Hermione Granger , não mais Weasley, estava quebrada e Rose sabia, a mulher agia como se estivesse perfeita e que seus pesares e o divórcio não a afetasse, mas a filha pode ouvir - apenas duas vezes- o choro que vinha do quarto no fim do corredor na casa nova. Nos dias seguintes, Rose apenas fingia que nada tinha escutado e fazia panquecas com morango para mãe, que ela sabia serem as favoritas da Ministra da Magia. 

—A casa nova é bonita. - a ruiva ponderou, sentando-se novamente - apartamento, na verdade. 

— Você.. - Hugo pareceu pensar antes de formular a frase- Vai viver com ela?

—Onde mais eu viveria , Hugo? 

O irmão não a respondeu, logo depois escutou o ser chamado por Lilly Potter e o mesmo saiu em disparada, apenas deixando três palavras no ar “ te amo, ro”  antes de sair correndo atrás da pirralha dos Potter´s.  

A menina passou uma das mãos pelos cachos, será que algum dia voltaria a ter uma convivência normal com o irmão? Ela quase morria por esses momentos, mesmo que não admitisse em voz alta. Pensava que tudo poderia ter sido diferente se naquele maldito primeiro de setembro não tivesse sido selecionada para Sonserina. Se sentia mal toda vez que pensava naquele assunto.  Se tivesse o brasão da grifinória estampado no peito talvez ainda fosse próxima de Hugo, talvez soubesse se ele estava realmente se apaixonando pela prima. Talvez não tivesse que limitar se a conversas rápidas em corredores vazios. Seu pai poderia ter orgulho dela, ela sabia muito bem que se estivesse em qualquer outra casa seu pai poderia até sorrir para ela, talvez até respondesse suas cartas e assim talvez ela cogitasse a ideia de viver com ele- coisa a qual ela não havia sequer pensado, até o momento. Desamarrou a gravata verde e prata que estava em seu pescoço , como se está a estivesse sufocando.  

—Por Salazar, eu devo estar louca . - Resmungou para si mesma antes de se levantar do banco, jogando de qualquer forma sua gravata para dentro da mochila que carregava com seus livros .

Ela não podia mudar tudo que havia acontecido, nem suas escolhas e muito menos as palavras proferidas . Ela era o que era- por mais clichê que aquilo fosse. Não era o anjo que seu pai havia acreditado que ela era no dia que nasceu e muito menos a boa irmã que ela quis ser quando viu Hugo chegar em casa pela primeira vez. Revirou os olhos para si mesma antes de dobrar o corredor que a levaria para a aula de Transfiguração. Ao menos McGonagall gostava dela. 

 

—Alguém poderia me informar em que consiste o feitiço Mutare Vox ? - a voz da velha professora de transfiguração ecoou pela sala enquanto a mesma andava , sem sua antiga agilidade, pela sala. 

Aquela pergunta foi a deixa para que Rose pudesse se vangloriar de algo naquele dia horroroso que estava tendo, a menina levantou o braço e antes mesmo que a professora lhe desse o direito de voz ela começou :

—É um feitiço modificador de voz , -Minerva acenou para que a menina continuasse-  as cordas vocais do usuário ou vítima são modificadas , podendo deixar a voz mais fina ou mais grossa de acordo com o aceno de varinha. Quando é produzido por bruxos expertos na área de transfiguração, é possível imitar de maneira  idêntica a voz de uma determinada pessoa.

—10 pontos para a Sonserina . - McGonagall acenou para Rose com um sorriso discreto, ela sabia que a professora estava a comparando a sua mãe- e senhorita Weasley, coloque sua gravata por favor. 

  A sonserina rangeu os dentes levemente antes de de enrolar a gravata em seu pescoço e proferir com sua varinha um feitiço silencioso para que a mesma fizesse o nó perfeitamente em volta de seu pescoço. Talvez, até mesmo Minerva estivesse contra ela naquele dia.

Não demorou muito para que a aula acabasse, e a ruiva, que havia se sentado em uma bancada sozinha, foi a primeira a sair. Ela tinha a cabeça em zonza , rodeando os vários “e se”´s que sua vida poderia ter sido, que nem sequer notou quando Albus e Scorpius começaram a segui-la sorrateiramente como duas cobras, dando-lhe nenhum susto quando se pronunciaram :

—Por que  tanto mal humor ?

—Eu voto por falta de amor. - Albus passou o braço pelo ombro de Scorpius que observava a ruiva retirar novamente a gravata de seu pescoço- Talvez Scorpius possa resolver seu problema, priminha.

—Ele vai resolver como ? - Rose parou no corredor se encostando na pilastra - Não ouse dizer que é me beijando.

— Estou começando a achar que seu beijo é realmente muito ruim, Scorp - Albus bateu no ombro do loiro em complacência. 

— Você deveria testar , Albus - A ruiva sorriu maliciosa. - Aposto duas rodadas de cerveja amanteigada que não teria coragem. 

—Não me tente, cabeça de fogo. 

—Vocês estão me objetificando ! - Scorpius debochou pondo a mão no peito, se fingindo ofendido. -Se Roxanne estivesse aqui..

—Você estaria valendo menos que meio sapo de chocolate.

—Talvez uma varinha de alcaçuz.

— Meia - a ruiva ponderou. 

—Desse jeito vou entrar em depressão.

Albus riu alto, seguido pela risada de Rosie, era a primeira vez que ela ria naquele dia. Talvez sua nuvem negra estivesse se esvaindo. Talvez nem tudo estivesse perdido afinal. 

—Conseguimos um sorriso! - Scorpius comemorou , sorrindo maliciosamente para a melhor amiga.-Achei que teria que beijar Albus antes do jantar para te ver bem hoje. 

—Por favor não chegue essa boca nojenta perto de mim ! - Albus se afastou do amigo com uma cara de  falso nojo que fez a ruiva rir alto novamente. 

—Vocês nunca se beijaram ?

—Por Salazar! - A cara de ânsia feita por Scorpius a havia respondido. 

—Você por acaso já beijou Roxy ou Becca?

A ruiva ficou vermelha  e soltou um riso contido o que levou os rapazes a olhares surpresos e maliciosos.  Aquilo sim, era algo que eles nunca haviam imaginado. 

—Merecemos saber detalhes - Albus se pronunciou parecendo bastante interessado, porém foi cortado pelo mão da prima que fez um sinal negativo.

—Meninos.. Eu vou passar na...

—Biblioteca - os três falaram em uníssono. 

—Vamos guardar seu lugar no almoço. - Albus falou antes de depositar um beijo fraternal na testa da ruiva. 

—E queremos detalhes do que acontece naquele dormitório de vocês. - Scorpius piscou para Rose antes de ir lado a lado com Albus na direção dos jardins. 

A ruiva seguiu seu caminho em direção a biblioteca, fazendo uma nota mental de todos os  livros que precisaria para seus estudos do dia. Passou pelos corredores de maneira concentrada, não se importava com os olhares que eram direcionados a ela e muito menos com os sussurros, que ainda pareciam assustados pelo seu uniforme e sua nova postura. Em sua mente, se ela se mantivesse focada e ocupada  com tudo que havia que fazer, ela não teria nem meio segundo para pensar em besteiras, como por exemplo de que maneira ela poderia recuperar o amor de seu pai. 

 

—Rose. - uma voz irritante soou em suas costas e a ruiva revirou os olhos antes de se virar para encarar o furacão que ela ainda tinha que chamar de prima. 

—James não contou para a namoradinha que estamos de trégua ? - a sonserina avaliou a loira, que possuía uma aura de veela cada dia mais forte.

—James e eu não estamos namorando. - Dominique respirou fundo o que fez com que Rose soltasse um sorriso debochado - Eu.. 

—Essa frase já está tão clichê. - a ruiva riu pelo nariz , interrompendo a fala da outra, ela pareceu pensar por poucos segundos antes de provocar a prima , novamente- Não vai dizer que quer ajuda para conquistar o coração selvagem dele , né?

—Eu não precisaria de ajuda sua para nada , estranha.

—Nada? Eu não lembro dele querendo te beijar durantes as férias, na verdade acho que o tipo de James sejam as ruivas... - Rose aumentou o sorriso debochado, sabendo que mesmo que a frase que soltará não fosse verdade , Dominique teria uma síncope em poucos minutos.  Aquilo era apenas uma pequena afronta por ter sido chamada de “estranha”. 

—Vocês.. ? Não! - A loira amassou o papel que tinha em mão com força  fazendo a sonserina rir. - Eu duvido. Não pode ser verdade. 

— Use suas palavras Domi. Se você não conseguir formular uma frase eu jamais vou entender o que você quer dizer. 

—Cala a boca , Weasley. - Dominique rosnou antes de jogar uma bola de papel amassado e proferir a frase que pioraria o dia de Rose. – Seu pai mandou isso.

—Pra você? 

—Ele deve me considerar mais filha dele. 

Rose revirou os olhos. Não havia nem como negar a frase da loira que marchou em passos nada delicados na direção oposta da de Rose. Seu pai não se dignava nem mesmo a mandar a carta diretamente a ela. Precisava de uma mensageira de quinta. 

Ela desamassou o pergaminho e com toda a pouca boa vontade que ainda sobrava em seu ser ela leu, as palavras totalmente sem sentidos de seu progenitor.

 

“ Rose, 

 

Espero que esta carta chegue bem até você.

Desculpe  não ter te buscado na estação, porém creio que foi melhor assim. Harry me contou como bem comportada você estava. Fico feliz que já esteja mais próxima de James, talvez ele possa influenciá-la a ir para o bom caminho, junto a seus primos.

Soube, também, que conversou com Hermione sobre a separação, você disse coisas horríveis a ela, Rose. Não havia necessidade para tamanha crueldade. Sei que está magoada , e por isso peço que não influencie seu irmão com esses pensamentos escuros.  

Vocês ainda conversam, certo?  Eu não saberia dizer, visto  que Hugo parou de comentar sobre você nas cartas  dele. 

Bom, estou escrevendo apenas para informar que estou conhecendo alguém, um novo romance e espero que possa apresentar ela a Hugo em breve. E à você também. 

Ronald ,

seu pai. ”

 

—Se houvesse um troféu de pior pai do mundo, você ganharia, Ronald Weasley.- Rose amassou o papel da carta que terminará de ler e apontou sua varinha na direção do mesmo que agora flutuava em sua frente- Incendio.


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Notas finais do capítulo

Então??
Que familia não tem problemas né? MAS a falta de comunicação dos Weasley´s talvez esteja alem do aceitavel.
Obrigada por me acompanharem até aqui.
Me contem o que estão achando, custa nada rs
Miau