-Ela está com a Camille em um casebre abandonado que se localiza na parte afastada de Hamburgo.

- Falta pouco para chegarmos Tom? - Dani perguntou. Ela estava sentada ao meu lado, e estávamos dentro de um carro de policia em direção ao casebre onde Camille aprisionava Diego.

- Eu não sei. O lugar fica um pouco longe da cidade. - Falei, voltando meu olhar para a estrada. Aos poucos nos afastávamos das ruas urbanizadas e dava espaço a ruas com poucas casas e pouca movimentação.

- Eu só quero meu filho. - Dani apertou minha mão em um gesto de procurar forças.

- E você vai ter-lo. - Dei um selinho em seus lábios. Ela abriu um simples sorriso para mim e eu retribuí.

Minutos iam passando e não chegarmos nunca. Será que Vanessa mentiu sobre o endereço do tal lugar onde Camille e Diego estava? Eu bem que não confiei nela. Vi o carro parar um pouco afastado, perto de uma entrada de um sitio ou rancho sei lá.

- Acho que chegamos né? - Perguntei a David, que nos acompanhava.

- Sim. Mas essa é à entrada do rancho, onde esta localizada a tal casa velha. O delegado me avisou que vai mandar um grupo de quatro policiais entrarem e pediu que aguardássemos no carro.

- Eu não vou ficar aqui. Eu vou entrar nessa casa e pegar meu filho das mãos daquela víbora. - Ela estava para abrir a porta do carro, quando segurei de leve em seu ombro.

- Dani não faça isso. Se você entrar assim, Camille pode ameaçar matar Diego. Deixe os policias irem primeiro, eles já estão preparados nesses casos de invasão.

- Mas Tom...

- Ela pode estar armada Dani. Ela pode ameaçar matar Diego, e você só vai por a vida dele em mais risco se entrar com eles também. - David falou, e eu acho que ela acalmou-se um pouco.

- Esta bem. - Ela voltou a se sentar no banco corretamente.

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Mas minutos se passaram, os policias foram autorizados a entrarem no casebre, todos equipados com armas e colete a prova de balas. Dani estava que não se agüentava de ansiedade, seu desejo era entrar naquela casa e pegar o filho das mãos de Camille. Eu estava com esse mesmo desejo, depois que vi o delegado se comunicar com a tal equipe e ver a expressão nada satisfeita em seu rosto. David havia saído do carro e ido conversar com ele, eu apenas observava a conversa deles sem entender nada, mas sabia que coisa boa não era. Depois de um tempo David voltou pro carro e lançou a bomba.

- Ela quer vocês dois lá dentro, se não ela não solta Diego. - Ponto desmoronei no banco do carro.

- Ela o que?

- Os policias tentaram um acordo com ela, então ela resolveu soltar Diego sem nenhum arranhão, desde que Tom e você entrem no casebre e converse com ela. Ela quer os dois sem nenhuma arma e sem colete a prova de balas.

- Será que não pode ser apenas eu? Dani não esta em boas condições.

- Eu perguntei isso ao delegado, mas a resposta dele foi alta e clara. O dois junto sem nenhuma arma e o garoto estará livre.

- Eu aceito. - Dani falou firme.

- Não, você não vai. Eu vou sozinho.

- Não de jeito nenhum. Ela quer nos dois Tom. Temos que ir, ou se não ela pode machucar Diego e se ela machucar voce também, eu não sei o que será de mim. Vamos os dois.

- Dani, eu não quero colocar você em risco. Se algo acontecer a você, eu nunca vou me perdoar. Jamais.

- Tom, temos que fazer isso e juntos. Por Diego. - Fitei seus que já começavam a marejar, fitei David que confirmou com a cabeça tudo o que Dani acabará de falar. O único jeito era aceitar...

- Tudo bem, nós vamos. - eu sei que era o maior erro da minha vida, mas a vida de uma criança inocente estava em jogo.

- Vou avisar ao delegado. - David saiu do carro.

- Esse foi o meu maior erro Dani. Estou colocando nossas vidas e a de Diego em risco. E se ela mentiu, se não soltar Diego, vamos cair em uma armadilha.

- Tom, eu faço tudo para proteger as pessoas que amo. Como você e com Diego não vai ser diferente. Eu vou fazer de tudo para proteger vocês.

- Dani não fale assim. Eu vou fazer de tudo para que todos saiam bem. Não vai acontecer nada. - Por que essas palavras dentro de mim não saíram verdadeiras?

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E lá estávamos nós dois de mãos dadas em frente à casa. Meu coração palpitava forte, senti uma gotinha de suor descer em meu rosto, estava nervoso. Dani estava normal, parecia segura do que fazia desde que o filho saísse dali com vida. Fitei seu rosto motivado em salvar uma vida especial, ela fitou meu olhar de medo que uma vida se perca ali dentro.

- Está certa de que quer isso? - perguntei, soltando um pouco do aperto de nossas mãos, para que ela pudesse sair dali, eu entenderia.

- Estou! - apertou sua mão a minha. Essa era a resposta, era a escolha. A nossa escolha.

- Então lá vamos nós. - caminhamos em direção a porta do tal casebre, bati nesta e um homem mascarado abriu e permitiu nossa passagem. Dani entrou primeiro e em seguida eu, que assim que entrei olhei para trás e de uma coisa eu tinha certeza um de nós não sairia vivo daquela casa, e a porta foi fechada atrás de mim.

Continua...