Say Something escrita por Andreza Cullen


Capítulo 8
Chapter seven


Notas iniciais do capítulo

Gente, leiam as notas finais, okay?



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Chapter seven

 

 

Era segunda–feira de manhã e eu estava aproveitando a minha folga para colocar o sono em dia. Potter havia levado Scorpion para a escola, então aproveitei a cama, que agora era só uma de casal e só voltaria a se transformar em duas a noite, e me permiti dormir até às 11:00. Esses plantões acabam comigo, e aquele maldito pedaço de espuma que alguns chamavam de cama de solteiro não ajudava.  

Depois, quando finalmente me levantei e tomei um banho, aproveitei para checar alguns protocolos de pacientes recorrentes que eu tinha. Levei os papéis até a cozinha e li enquanto usava mágica para fazer o almoço. Prático. Não tanto quanto o microondas, mas não tinha nada congelado então tive que começar do zero.  

Aproveitei a papelada organizada na mesa e que estava tudo sobre controle no fogão para regir uma carta ao meu padrinho. Snape fora a única pessoa cujo eu ainda – eu disse ainda – não convencera a usar um celular. Então, sempre que queríamos nos falar tínhamos que enviar cartas pelas corujas.   

Demorado.  

Incômodo.  

Nada prático.  

E o mais importante, nunca falava com ele tanto quanto gostaria.  

Escrevi com a minha melhor ortografia, contando como Scorpion estava matando aulas de educação física (tenho certeza que ele ficaria tão orgulhoso quanto eu) para ler, e anexada junto uma foto recente do loirinho com Pansy e as cobras dela. Descrevi também como estavam as coisas no hospital, que Potter não havia conseguido se matar ainda sendo Autor e, novamente o convidando para passar uma temporada conosco.   

Ele nunca aceitava, provavelmente por causa de Sírius.  

Terminei a carta pedindo informações sobre como andava sua vida, e se ele ainda fazia crianças de 12 anos chorarem nas aulas de poções.  

Desliguei as bocas do fogão e fui até o jardim, entregando a carta para Feyre, que voou logo depois de comer uma semente, feliz por fazer alguma entrega.  

Acho que a única pessoa mais teimosa do que Snape no mundo sou eu.  

E talvez Sírius.   

  

  

Outra coisa muito legal dos humanos era aquilo chamado “Netflix”, porém ela deveria vir com um aviso alegando ser altamente viciante.  

Olhei para o relógio do meu pulso e vi que era quase duas horas da tarde, o documentário sobre alimentos que fazem mal a saúde já estava quase na metade.  

Sabe, nem eu mesmo acreditei que, assim que posei nos EUA, simplesmente não conseguia mais ingerir carne.   

Não fora uma decisão, só acontecerá. Ver ali, na minha frente um pedaço de bicho morto sem necessidade me deixava enjoado.   

Não vou mentir, se fosse necessário eu comeria sem pensar duas vezes, mas não era.   

Desnecessário.  

Tão desnecessário quanto as vidas perdidas naquela guerra.  

Quanto a própria guerra em sí.  

Então, com o passar dos anos comecei a pesquisar mais sobre coisas relacionadas a alimentação, e o desnecessário virou errado.  

Além de ser uma morte em vão, nos fazia mal. Por isso Potter nem cogitou discutir quando comuniquei que nosso filho nunca colocaria uma carcaça de bicho na boca.   

Bem, não demorou muito para o próprio Potter olhar para aquele amontoado de músculos e se tirar nojo.  

Continuei prestando atenção no desenrolar, mas um toque no celular me tirou a atenção.  

Puxei o do bolso e vi que era o número da escolinha de Scorp. Atendi no mesmo instante.  

— Malfoy.  

— Bom tarde, senhor Malfoy. Somos da escola do seu filho, Scorpion – me levantei na hora, já pensando em mil e uma coisas que poderiam ter acontecido – Ele sofreu um acidente no balanço do parquinho e já está sendo encaminhado...  

— Qual o endereço? – interrompi a mulher, já subindo as escadas para pegar meu sapato e minha carteira.  

Ela me disse o endereço e eu anotei com a primeira pena que vi na frente, desligando logo em seguida e voando pela escada para fora de casa. Eu sabia que aparatar era bem mais rápido, mas não poderia aparatar com Scorp de volta, então fui para o carro enquanto digitava o número de Potter.  

Meu sangue estava gelado e eu tive que me controlar para ter discernimento sobre as minhas ações, já que a única coisa que me importava naquele momento era saber que meu filho estava bem.  

Ele atendeu no segundo toque enquanto eu já tirava o carro da garagem. Joguei o celular no banco do carona de qualquer jeito e coloquei no viva voz.  

— Dra...  

— Potter, rápido – o cortei, indo direto ao assunto – Você precisa aparatar agora em frente a escola de Scorp que eu vou passar lá para te pegar. Ele sofreu um acidente em algum brinquedo estúpido e está no hospital – tentei manter minha voz calma, mas as palavras saíram desesperadas e tremidas, tão tremidas quanto estavam as minhas mãos agora.  

— O que?! Como assim Draco? Ele se machucou muito? – me concentrei em uma curva e ouvi Potter murmurar algumas palavras rápido para alguém, provavelmente o cenoura, e passos apressados.  

— Eu não sei, só peguei o carro o mais rápido possível. Anda Potter, esteja lá em dois minutos! – desliguei sem virar os olhos da estrada e querendo arrancar os meus cabelos pela droga do limite de velocidade. 90 KL/H nem é algo decente!  

Avistei a escola de Scorp e Potter parado logo a frente, procurando pelo carro. Antes mesmo que o automóvel parasse completamente, Potter já havia aberto a porta segurava meu celular que antes estava no banco, se sentando.  

— Eles não disseram nada, qual o estado dele? Porque precisou ir ao hospital? – a voz dele estava assustada, mas não tão tremula quando a minha.  

Balancei a cabeça em resposta, negando e acelerando. O limite havia subido para 110 km.  

As possibilidades me tiravam o raciocínio. E se ele houvesse quebrado o braço? A perna? Se cortado? Batido a cabeça?!  

Só em cogitar meu filho machucado, sozinho em um hospital trouxa eu já queria sair empurrando o mundo e tudo que estava me separando dele naquele momento.  

Assim que estacionamos em frente ao grande prédio, saímos desesperados e corremos em direção a recepção. Eu já estava pronto para exigir que me deixassem ver meu filho quando Harry segurou meu braço, fazendo com que eu o olhasse.  

— Deixa que eu fale, ok? – ele não esperou minha resposta e falou, com pressa mas sem grosseria, com a enfermeira da recepção que logo apontou para o elevador. Não ouvi o que ela havia dito, só segui Potter procurando por todos os lados algum sinal da cabeleira platinada.  

O elevador parecia querer nos matar de tão lerdo que era! Francamente, que droga era isso?!  

Assim que a porta se abriu saímos em uma grande sala com macas. De longe avistei meu filho sentado sobre uma, brincando com um dos seus bonecos da Marvel. Mal esperei a porta terminar de abrir e pulei para fora, indo de encontro a ele.  

— Scorp! – o chamei enquanto me aproximava, e seus olhos brilharam ao nos ver ali. Eu queria desesperadamente o pegar no colo e abraçar, protegendo–o de tudo e todos, mas sabia que não era a melhor coisa a se fazer antes de checar seus ferimentos.  

— Papai! Pai! – eu vi o reflexo dele pulando da cama para os seus braços, e quase enfartei em pensar que isso poderia piorar algum ferimento ou fratura. Mas quando pequeno corpinho me abraçou, ele não emitiu som algum de dor.  

— Por Merlin, como você está? – a pergunta veio quando ele ainda estava agarrado em mim, e me sentei na maca com Scorp no meu colo. Ele se ajeitou nas minhas pernas enquanto recebia um beijo demorado na testa de Potter, se agachando para ficar da nossa altura.  

— Como você e machucou? Aonde? Que horas foi? – antes que o menor tivesse a oportunidade de responder, Potter lançou mais várias perguntas.  

— Pais, calma. Eu to bem. É que eu estava brincando no balanço e apostei com meu colega para ver quem subia mais alto – ele falava como se fosse a coisa mais normal do mundo – Só que acabei escorregando para trás. Eu falei para as tias que eu estava bem e que não havia batido a cabeça, mas elas me trouxeram par cá mesmo assim – meu filho revirou os olhos e fez um bico – pelo menos pude trazer meus bonecos.  

Eu o encarei estupefato. Sabia que não deveria gritar com ele, mas só a ideia de Scorp caindo de costas e batendo com a cabeça me deixava louco. Potter se sentou ao meu lado, colocando uma das mãos nas minhas costas.  

Recuei, surpreso e o olhei.  

—Calma, ele ta bem. Eu sei que você ta se controlando para não surtar agora, e que, se fizer, vai se arrepender logo depois – sua voz estava serena, porém séria. Concordei com a cabeça e respirei fundo algumas vezes.  

Mesmo assim virei o meu filho para mim e fechei a cara, falando com a voz firme.  

— Scorpion Potter–Malfoy, nunca, mas nunca mais em toda a sua vida, faça algo assim, está me entendendo? E pode ter certeza que vou falar com as suas professoras para que você nunca mais suba nesse negócio!  

— Mas papai! – retrucou com frustração.  

— Scorp, seu papai está certo. Isso foi muito perigoso, você poderia ter quebrado algum osso, ou até pior! – ele continuava com o mesmo tom que havia usado comigo – Mas o importante é que você está bem, ta bom? Nós só ficamos muito preocupados.  

Scorp apenas assentiu repetidas vezes, parecendo cansado. Abraçou meu pescoço e tombou a cabeça no meu peito, segurava a mão de Potter. Vimos um dos médicos se aproximando.  

— Quem é o pai da criança? – seu olhar correu de mim para Potter. Mesmo que tivesse passado um bom tempo convivendo apenas com trouxas, ainda não conseguia entender como certas coisas eram tabus na vida deles.  

— Ele é o pai e esse o papai – meu filho murmurou, ainda escorado em mim e apontou para nós dois.  

O médico ainda parecia confuso.  

— Meu marido e eu somos os pais de Scorp – Harry usou o tom sério, que eu raramente via vindo dele. Significa que ele estava na defensiva.  

O doutor pareceu enfim entender o que estava acontecendo, e o clima ficou no mínimo desconfortável. Ele limpou a garganta antes de continuar.  

— Certo... Bem, Scorpion teve apenas uma pequena escoriação no ombro esquerdo causada pela queda. Já fizemos uma bateria de exames e está tudo ótimo com a criança. Foi tudo apenas um susto.  

— Certo – ele ainda estava com o tom da defensiva, e me olhou antes de falar, dizendo com os olhos pra eu ficar quieto – então ele está liberado?  

— Sim, só precisam assinar alguns documentos.  

  

  

— Draco, você já fez isso três vezes!   

— É papai, eu tô bem! – Potter estava escorado no balcão da pia e Scorp em cima da mesa sentado enquanto eu fazia outro check up nele com alguns feitiços. Até parece que eu confiaria em qualquer outra pessoa para validar o estado de Scorp que não fosse eu.  

Apenas encarei os dois, e eles entenderam que era melhor não contestar.  

— O que vão querer para o jantar? – a pergunta dele foi interrompida por uma musica alta e barulhenta. Potter puxou o celular do bolso e atendeu, saindo da cozinha por algum tempo.  

Terminei de analisar meu filho e tive certeza que ele estava realmente bem. Depositei um beijo em sua têmpora e baguncei aqueles cabelos finos.  

— Me prometa nunca mais me dar um susto desses, cobrinha.  

Ele se limitou a rir, parecendo feliz por enfim se livrar de mim. Scorp aproveitou a deixa de estar em cima da mesa e esticou a mão até o pote de biscoitos disfarçadamente enquanto eu guardava meu material. Fiz vista grossa apenas dessa vez, sabendo que de um jeito ou de outro ele comeria todo o jantar.  

Potter cruzou a porta e colocou Scorp sobre seus ombros. O mesmo já segurava nos cabelos bagunçados do pai. Por Merlin, aqueles dois juntos ainda iam me matar.  

— Scorp, Draco. Adivinha quem vem para o jantar? – o moreno perguntou enquanto colocava uma panela com água no fogão, ainda com o menor nos ombros.  

Perto. Do. Fogão.  

— Potter, desça o nosso filho daí agora! E provavelmente deve ser Teddy, já que você contou para o cenoura, que contou para Hermione, que contou para Remus, que contou para Sirius enquanto Teddy escutava atrás da porta, e agora não deixa os pais em paz enquanto não vier ver Scorp.  

Harry olhou para cima, e Scorp encontrou o olhar do pai. Então os dois me olharam ao mesmo tempo.  

— Como você... – Potter começou.  

— Faz isso? – a cobrinha terminou.  

Olhei alarmado para eles.  

— Quero vocês bem longe dos gêmeos Weasley! Pelo amor de Merlin, estão até completando as frases um do outro. E eu já falei para tirar o Scorp daí! Você não tem amor a vida, Potter?!  

  

  

  

  

  

A primeira coisa que Teddy fez quando passaram pela clareira foi correr até Scorp e quase vira–lo do avesso, alegando que precisava ter a certeza de que ele estava inteiro.  

— Mas foi só um tombo! – o loirinho bufou, frustrado.  

— Um tombo, Scorp? E se você se machucasse de verdade? Já pensou como eu ficaria... – meu filho me lançou um olhar de socorro quando seu primo começou com o discurso. Eu apenas dei de ombros. Era bem merecido isso Scorpion, bem merecido. Ele me olhou com descrença e voltou para a conversa, ou sermão, com Teddy.  

Sirius chegou e logo foi se sentando no sofá depois de me cumprimentar. Harry o acompanhou depois de dar um longo abraço em Remus. Os dois morenos já ligaram a TV e o videogame.  

— Sinceramente! – eu e o lupino falamos juntos observando a cena e rolando os olhos. Indiquei com a cabeça para que ele me seguisse até a cozinha.  

— Não é como se fosse um brinquedo sem graça. Longe disso. Mas vamos lá, eles exageram! – Remus falou enquanto eu servia uma taça de vinho para nós.  

— Nem me fale. Não consigo nem contar quantas vezes acordei e Potter estava jogado dormindo no sofá com o controle na cara e a TV ligada.  

Se seguiram alguns segundos de um silencio confortável enquanto ouvíamos os apitos do jogo vindo da sala.  

— Eu sei que vocês devem estar cansados. Mas Potter contou pra Rony, que contou pra Hermione, que me contou e eu contei para Sirius. Mas aquela coisinha travessa estava ouvindo atrás da parede com as orelhas dos Weasley e não nos deixou em paz até que nos trouxéssemos para ver Scorp. Ele queria conferir se ele estava mesmo bem, e lhe dar um sermão para nunca mais esquecer.  

Não pude conter uma risada. Realmente, se tem alguém que poderia fazer isso depois de mim e de Harry, era Teddy. Os dois cuidavam um do outro de uma forma absurda.   

— Agradeça Teddy por isso, Scorp merecia mesmo levar uma bronca. Mas não se preocupe com isso, Lupin. Vocês sabem que são sempre mais do que bem vindos aqui. E nos divertimos muito preparando o jantar, embora eu tenha que confessar que às vezes Potter quase pedia que eu o degolasse colocando nosso filho nos seus ombros como se fosse um boneco.  

— Francamente, ele também faz isso com Scorp? Sabe, às vezes me pergunto se Harry não é filho de Sirius, porque olha... Embora eu possa imaginar certinho James correndo com ele nos ombros enquanto Lily tinha um ataque.  

Paramos mais alguns segundos, imaginando a cena. Depois nos olhamos em solidariedade, suspirando.  

  

Remus me ajudou a colocar a mesa enquanto os dois continuavam vidrados naquele negócio e Teddy e Scorp brincavam com um jogo de amarelinhas mágica que eu havia dado ao meu filho no ultimo natal. Ele se movia, então você tinha que prestar muita atenção antes de pular.  

— Os dois, desliguem essa porcaria agora e venham jantar. E Sirius, a louça é sua e do Harry – Remus falou, e vi que Sirius ia retrucar – Nem pense em falar alguma coisa se não quiser dormir na casinha do cachorro!  

Eu e as crianças desatamos a rir, sabendo muito bem que se Remus quisesse, ele faria. Harry fazia piadas do tipo “se comporte se quiser um osso depois do jantar, ouviu Pads?”  

O mais velho arfou desistindo de argumentar, mas resmungando em alto e bom tom um “É isso que dá meu marido passar alguns minutos com essa doninha que você chama de esposo” para Harry, o que só fez com que ríssemos mais ainda quando Remus o encarou serio e ele abaixou a cabeça, ficando quieto.  

O jantar ocorreu maravilhosamente bem. Teddy sempre voltava a encher o prato de Scorp, dizendo que ele precisava se alimentar muito bem para se recuperar. Sirius fazia o mesmo com seu filho e com Remus, usando a desculpa que “você sabe que não posso viver em um mundo sem vocês, então tratem de comer!”. Realmente, aquele ali arrastaria um caminhão de vassouras pelos dois, e era lindo de se ver. Na maior parte eu fiquei em silencio enquanto Potter conversava com seus padrinhos, mesmo que Remus sempre tentasse estender a conversa até mim.   

Assim que acabamos a sobremesa – mousse de chocolate que eu havia usado um feitiço resfriador para ficar pronto a tempo –  Sirius e Harry foram até a cozinha cuidar da louça enquanto eu e Remus olhávamos as crianças. Mostrei a ele alguns novos documentários que havia assistido, já que o mesmo também não parecia mais estar feliz com a sua alimentação.  

— Mas já são quase 21:00! – Remus olhou assustado para o relógio trouxa pendurado em cima da televisão. Se levantou em um pulo.  

Não foram preciso dois segundos para que um Teddy com aquele olhar pidão aparecesse na sua frente, perguntando tristemente.  

— Já vamos embora, papai? Mas parece que acabamos de chegar...  

Potter e Black voltaram nesse momento para a sala. O padrinho com os braços apoiados no mais novo.  

— Sim Teddy, já esta bem tarde. Mas olha, Scorp esta bem, não está Scorp? – Lupin direcionou a pergunta ao meu filho, que acenou timidamente, também parecendo triste.  

Existem poucas coisas que eu não enjoava no mundo, e uma delas era ver esses dois brincando e como um fazia o outro feliz.  

— Sabe Remus, se vocês não se importarem, Teddy poderia passar a noite aqui – o menino agora sorria de orelha a orelha, já olhando para o pai em expectativa sem eu nem ter terminado a frase – Eles estudam na mesma escola mesmo. Passo lá amanha cedo para buscar a mochila e ele pega um uniforme emprestado de Scorp.  

— Sim papai, por favor! Eu prometo me comportar, e não comer doces escondido, e não fazer com que Scorp vá dormir tarde jogando no celular – disfarcei um sorriso, sabendo que ele faria exatamente isso. Mas eu não me importava. Aliás, isso que os tornavam crianças, certo?  

Remus olhou para Sirius, que devolveu o olhar como quem diz “a decisão é sua”.  

— Vamos Lupin, olha o olhar de esperança desse garoto! – Harry apontou para Teddy divertido, e o outro forçou mais ainda aquela expressão – Além do mais, vocês bem que estão precisando de um momento sozinhos, não é? – ouvi ele falar baixo para que as crianças não ouvissem, e Remus atingiu um tom escarlate.  

Ele analisou a situação por mais alguns momentos antes de concordar, mas depois de um baita sermão sobre se comportar e não dar trabalho.  

Transformamos a grande cama de casal de Scorp em duas de solteiros e fizemos o mesmo com a nossa, depois de ter certeza que as crianças estavam dormindo. 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Olá, tudo bem com vocês? Bem, comigo não, e eu vou compartilhar aqui um pouco sobre isso.
Primeiramente eu preciso me desculpar por não ter respondido os comentários e nem ter postado semana que vem, vou tentar consertar isso, prometo.
Agora vamos ao motivo. Essas ultimas semanas estão sendo bem difíceis para mim. Descobri esse ano que tenho Ansiedade e muitas vezes junto com as crises de ansiedade ( as minhas duram semanas) tenho também crises de panico. Essas ultimas semanas foram horríveis. Eu me sentia quebrada, assustada, não tinha forças para nada, dores de cabeça, coração acelerado e dores no peito, não consegui nem ir ao meu curso de teatro, mas tinha que estar com um sorriso no rosto e trabalhar, afinal, as contas chegam, certo? Então, me desculpem mesmo. Eu prometo que quando eu começar a tomar os remédios e conseguir, vou responder todo o amor que vocês me enviam em forma de comentário com mais amor ainda, eu só estou realmente muito mal, mas vai passar. Não desistam de mim, okay? E me deixem saber que estão aí, conversam comigo nos comentários, mesmo que eu demore um pouco para responder.
Até logo ♥



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