Watashitachi no Tabi escrita por Mrs Chappy


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Eu perdi a conta de quantas vezes escrevi esta história. Tentei captar a essência da viagem mas ter algum ponto original. Gostei do resultado, espero que possa ser do vosso agrado também.



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Despertei de repente e tudo o que vi foi obscuridade. Sentia que era um sonho mas era tão real que não sabia o que pensar. Havia algo no ar que respirava que me sufocava, como se estivesse afogando-me. Não sabia o que se passava ou onde estava, apenas conseguia sentir o ódio e escutar os gritos daqueles que prejudiquei por causa do meu ódio e da minha vingança. 

Senti alguém dizer que estava perdido, que por muito que lutasse iria morrer como aqueles que injustamente assassinei. Eu estava manchado de sangue inocente.

Sem luz e quase sem qualquer oxigénio, parecia que estava no inferno. Isso significava que a minha iniciativa pela minha redenção foi inútil: os meus pecados eram imperdoáveis. 

Desisti de lutar contra o meu destino, aceitando o meu castigo. Parecia que estava a afundar-me cada vez mais, queria chorar embora não sentisse as lágrimas a escorrerem por meu rosto. 

Os meus olhos arderam e forcei-os a abrir notando um pequeno vislumbre róseo distante. Eu sabia o que era: mesmo com os longos anos acorrentado ao rancor, sempre existia um feixe de luz de alguém a persistir na recordação do que eu era antigamente, quando os meus pais estavam vivos e brincava com Itachi.

Sakura Haruno.

Somente ela o perdoara por todos os seus pecados, o amando mais do que tudo, sabendo exactamente como ele era. Não conseguia compreender esse sentimento tão puro por ele que era apenas trevas. No entanto, com ela, ele experimentou de que poderia ser algo mais do que apenas escuridão e vazio. Estendeu a mão na direção do pequeno feixe de luz mas não a alcançou, fazendo com que o desespero se instalasse em seu coração. 

Lembranças lhe entorpeceram… Apesar de ele ser um vingador, Sakura esteve disposta a segui-lo, a permanecer ao seu lado, o amando. Abdicando de todos os seus sonhos, do seu futuro. E ele limitou-se a abandoná-la num banco de jardim na Vila. Agora, ele compreendia essa dor. Como ela conseguia suportar aquela sensação durante tanto tempo sem sucumbir ao ódio ou ao desprezo? 

De novo, ele recolheu a mão, desistindo da sua única salvação. 

“Sasuke-kun!”

Sentiu o toque em seu rosto, o surpreendendo. Era quente. Um aconchego emocional.

Inesperadamente, tornou-se mais fácil de respirar e não parecia mais que se afundava mas que flutuava. A luz estava envolta de Sakura, que o alcançou, levando a sua luz até à escuridão de Sasuke. Ela sorria afectuosa para ele, sustentando o corpo do Uchiha sem forças, em seus braços. 

Os olhos ónix lacrimejaram, ela continuava a não permitir que ele se entregasse aos seus piores sentimentos. Ele desejou lutar contra a sua essência e envolver-se naquele sentimento que Sakura nutria por ele. Queria viver de novo, sorrir com uma família, sentir o aperto no peito de felicidade ao chegar a casa. Só queria ser como era: antes de ser envolvido pela solidão. 

— Sasuke-kun!

As imagens em sua cabeça desapareceram para dar lugar a uma Sakura o observando, preocupada. O céu estava repleto de estrelas criando a imagem de milhares de luzes iluminando o manto noturno. 

Foi um sonho? 

— Se sente bem, Sasuke-kun? 

— Sim, não se preocupe. Arigato, Sakura.— Ela acenou, sorrindo envergonhada, desviando o olhar do namorado.

A Haruno porém não compreendeu a dimensão do agradecimento. Ela não o despertara apenas de um pesadelo, ela o salvara de destruir-se. 

Sasuke encarava as roupas de viagem e as mochilas de ambos espalhadas, sorrindo discreto por recordar-se de que Sakura infiltrara-se na sua missão de redenção. Aquela era supostamente uma jornada só dele, uma vez que era uma remedição dos seus pecados, e a rosada em nada estava relacionada com os seus erros. No entanto, eventualmente, ele ficou feliz pela sua companhia. Agora compreendia o motivo.

Sasuke Uchiha perdeu o seu coração quando entregara-se à vingança. Nada do que faria poderia o salvar, nem mesmo a sua viagem. Entretanto com Sakura ao seu lado, ela o transformava em alguém que poderia ter a sua alma purificada. Sakura criou um novo coração nele, um que poderia ser salvo. 

Ele sempre estivera enganado: aquela jornada não era só dele, e sim deles. Juntos

O seu perdão e o seu recomeço dependeriam sempre de Sakura Haruno.

Permitiu-se sorrir mais expressivamente quando tocou no volume na barriga da futura Uchiha, grávida de sete meses. A gravidez foi uma surpresa, nenhum dos ninjas previu aquela situação. Todavia, Sarada Uchiha era a prova de que eles se amavam e de que Sasuke Uchiha poderia conhecer o amor e reconstruir os seus sonhos. 

Ambos começaram uma viagem que não só descobriram o mundo como conheceram o que era o amor, em suas mais abundantes formas.


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