Tales Of Ladybug & Chat Noir escrita por ladyenoire


Capítulo 11
Despair Bear


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Era possível ter um sonho, dentro de outro sonho? Porque Marinette acordou tão feliz que não sabia dizer se a cena do guarda-chuva no dia anterior tinha acontecido mesmo ou não.

A garota olhou em volta e notou que ainda estava no quarto cor-de-rosa e um pequeno desespero bateu em si. Será que ficariam presos ali pra sempre? Será que eles tinham morrido? Ou estavam loucos? Se não tinham terminado a série, em que episódio estavam? Seria o primeiro da segunda temporada?

Seu celular tocou, era Adrien.

— Alô?

Marinette, é você, você?

— Sim. Você ainda tá no sonho?

Estou, mas... Eu não entendo. Já não deveríamos ter acordado?— os dois pararam para pensar. Primeiro imaginaram que acordariam depois de derrotar o primeiro akuma, depois chagaram a conclusão que precisavam terminar a temporada. Mas agora, já não sabiam mais.

— É muito estranho.

É.

— Será que não temos que terminar a segunda temporada também?

Tá, é uma boa teoria. Mas como vamos terminar essa temporada se não terminamos de assistir ela?

— Bem, então eu não faço ideia. Quem sabe temos que chegar aonde paramos, então? – engoliu em seco – Ou será que estamos presos aqui?

Não, acho que não. Uma hora vamos acordar. Bem, só não sei quando exatamente.

— Marinette, vamos! Você precisa acompanhar o seu pai até a escola! – Sabine chamou do andar de baixo.

— Já estou indo. – gritou de volta, afastando o celular e já imaginando qual episódio seria – Nos falamos na escola.

Ok, até lá e... Tenha um bom dia, Bugaboo.— ela sorriu.

— Você também, kitty.

***

Adrien estava doido para falar com Marinette, no entanto, preferiu não fazer isso no momento, visto que seu pai estava junto. Mesmo o conhecendo na vida real e sabendo que era um homem calmo, Tom Dupain ainda parecia bem assustador. E aqui, Adrien e Marinette não eram amigos de infância, então podia chegar todo descontraído.

Como previsto, enquanto Tom ensinava a classe de Marinette a fazer macarons, Chloé ligou para os bombeiros, o culpado não foi encontrado – por mais que Adrien e Marinette soubessem a verdade, não tinham como provar – e diretor puniu todo mundo exceto a Bourgeois.

— Me desculpa, Chloé, mas eu não posso ser amigo de alguém que trata os outros assim. Você tem que ser legal com as pessoas.

— L-Legal? – a loira questionou desconsertada, olhando em volta.

— Isso, legal. Não é tão difícil. – dito isso, Adrien saiu de perto dela e voltou a limpar as janelas, enquanto Chloé refletia sobre suas palavras.

***

— Eu devia ter filmado vocês duas! – Alya disse rindo, enquanto Marinette secretamente limpava a bochecha depois de cumprimentar Chloé.

— Não é necessário.

Nino foi direto cuidar da música e Alya puxou Marinette e Adrien para dançarem com ela. Porém os dois melhores amigos estavam ansiosos para um momento específico da festa.

Não demorou muito e Kim finalmente pediu para Nino tocar a música lenta e rapidamente foi chamar Chloé para dançar com ele. Alya então deu um sorrisinho para Marinette e apontou com a cabeça para Adrien.

— Vai, chama ele. – sussurrou.

—A-Ah, eu... Eu não sei.

— Amiga, depois do beijão que vocês deram no filme do Nino, ele com certeza não vai negar uma dança. – Marinette sentiu suas bochechas esquentarem.

— Mas... – a morena empurrou a melhor amiga, que bateu nas costas dele, exatamente como na série. – Me desculpa, eu...

— Tudo bem. – ele riu e segurou a mão dela – Vem, vamos dançar. – a conduziu para a pista de dança. Marinette colocou umas das mãos no ombro de Adrien, enquanto segurava a mão dele com a outra, mantendo uma distância segura.

O loiro sorriu e puxou Marinette para mais para perto, colocando a mão que ela segurava a dele, em seu ombro. Logo, colocou suas duas mãos ao redor da cintura dela.

A garota deu um sorriso tímido, que foi retribuído por Adrien e deitou sua cabeça sobre o peito dele, iniciando a dança. Obviamente Alya pediu para Nino parar a dança por alguns segundos, pois não podia perder a oportunidade de tirar uma foto do momento. Desse jeito, ao invés de dar um porta-retratos para Marinette, teria que dar um álbum de fotos.

Os dois estavam completamente imersos no momento, como se as suas mentes estivessem desligadas e apenas aproveitando um ao outro.

— Esse é o seu ursinho, Chloé? – Kim questionou, fazendo todos rirem. A Bourgeois ficou irritada e empurrou Jean-seja-qual-for-o-nome para dentro da cozinha.

Marinette e Adrien trocaram olhares preocupados.

— Eu quase me esqueci do Despair Bear.

— É, sempre tem um akuma pra atrapalhar. – disse Adrien e puxou Marinette para a saída de emergência – É melhor nos prepararmos.

— Tikki, spots on! – Marinette falou assim que o loiro fechou a portar atrás de si.

— Plagg, claws out!

***

Se tinha uma coisa que Marinette não gostava, com toda certeza era de lutar contra Adrien. Embora soubesse que tudo ficaria bem no final, não era uma sensação muito boa.

— Chat Noir, sou eu! – Ladybug disse, enquanto desviava das tentativas do loiro de pegar o seu Miraculous e tentava soltar a sua mão. – Já chega! – virou a mão dele, o puxou e girou seu corpo, de modo que conseguisse prender o braço dele nas costas.

— Cataclysm! – a mão envolta pelo brilho negro foi na direção dela.

— Patas pra cima, gatinho! – Chloé puxou a sua cauda, antes que ele acertasse Ladybug. E então ele se desequilibrou e caiu por cima do sofá, o destruindo.

— Valeu, Chloé! – a heroína agradeceu com um sorriso.

— Ei, eu fui muito legal agora, vocês viram né? – questionou aos presentes. Porém quando olhou em volta, eles já não estavam mais ali. – Vocês não são de nada! – cruzou os braços emburrada.

— Lucky Charm! – o garfo vermelho com bolinhas pretas caiu em suas mãos e assim que Chat Noir levantou, Ladybug subiu as escadas correndo.

— Ela tá maluca? Ela nunca vai conseguir sem mim! – disse Chloé e logo saiu correndo atrás da dupla.

Quando Chat Noir chegou ao telhado, a azulada não perdeu tempo em atacá-lo e colocar o plano em prática.

— Chloé, pode fazer a gentileza? – pediu com esforço, pois estava ocupada desviando dos golpes do parceiro.

— Ok, Ladybug. – dito isso, a loira começou a girar o guarda-sol, puxando o fio da pelúcia, até o corpo do ursinho se desfazer.

— Ladybug? Mas o que estamos fazendo aqui? – Chat Noir questionou, ao estar livre de Despair Bear.

— Nada, nós só estamos te salvando do akumatizado. E com “nós”, quero dizer eu e a nossa nova companheira. – apontou para Chloé, que sorriu empolgada. – E cuidado aonde pisa. – olharam para baixo e viram Jean-seja-qual-for-o-nome chutando o pé de Chat Noir.

— Eu acho que agora não precisamos mais nos preocupar. – riu e o segurou. Ladybug então pegou a cabeça do urso e arrebentou o fio solto, liberando o akuma.

— Chega de maldade, akuma! – capturou a borboleta negra e logo abriu o ioiô, fazendo-a sair purificada dali – Tchau, tchau borboletinha. – a heroína jogou o garfo para cima – Miraculous Ladybug!

O mordomo de Chloé voltou ao normal, ficando no colo de Chat Noir, que logo tratou de colocá-lo de volta no chão.

— Muito obrigada por ter me ajudado. – segurou o ursinho de Chloé e estendeu para ela – Foi muito legal da sua parte. – a garota o pegou com um sorriso.

— Foi mesmo, não foi?

Mademoiselle, eu devo confessar que não me lembro de nada! – o mordomo se aproximou.

— Basicamente você virou do mal e eu te salvei. Claro que eu tive a ajuda da Ladybug e do Chat Noir, mas eles não teriam conseguido sem mim. – Marinette e Adrien apenas balançaram a cabeça em negação.

— Bom, eu preciso ir. – Chat Noir disse assim que seu anel apitou.

— Eu também. – Ladybug jogou seu ioiô – Bug out!

***

Marinette fez careta assim que Chloé passou por ela, criticando os seus macarons – na verdade criticando o de todo mundo.

— É, a Chloé nunca vai mudar. – a azulada pulou de susto, se deparando com Adrien ao seu lado. – Eu posso? – aproximou o rosto do de Marinette.

— A-Aham. – fez menção de pegar a bandeja, porém o loiro colocou a mão na frente.

— É melhor não. – os dois riram, lembrando o que tinha acontecido na série, e que conhecendo Marinette, era bem possível de acontecer de novo. Então ele pegou um e provou. – Como previsto, está muito bom.

— Ah é? Acha então que eu cozinho tão bem quanto danço? – brincou e cruzou os braços, esperando a resposta de Adrien.

— É claro. Só não tão bem quanto escreve poemas. – deixou escapar e em seguida arregalou os olhos quando notou o que havia dito.

— Espera, o quê? – Marinette se surpreendeu com a fala, não tinha entendido o que ele quis dizer. Como assim poema? Ela até tinha escrito um mas não chegou a enviar. A não ser que Adrien tenha encontrado de alguma forma. – Você...

— A-Ah... Nada. Não é nada. – ela engoliu em seco. Por isso ele tinha dito aquelas coisas bem específicas no dia do guarda-chuva, que também a amava e etc. Quando ele tinha lido? E o mais importante, como seu poema chegou até Adrien?

— Você leu. – a ficha caiu. Será que Adrien tinha pensado que aquilo que ela escreveu era para seguir o roteiro e as coisas que ele disse ontem, não passavam disso também?

— Eu não... Eu não... – suspirou e colocou a mão na nuca, agora que já tinha dito, não tinha mais como voltar atrás – Sim, eu li. – Marinette sentiu suas bochechas esquentarem. – Mas não é nada demais! – disse apressado ao notar a reação dela. – Q-Quer dizer, não é nada ruim. Mas é demais. Mas demais bom. – apertou os olhos e se calou, vendo que podia estar piorando a situação.

— M-Me desculpa, eu não queria... Não era pra você ter lido. – cobriu o rosto com as mãos – Me desculpa.

— O quê? Você não precisa pedir desculpas, Marinette. – segurou as mãos dela, fazendo com que ela olhasse pra ele. – Você estava seguindo o roteiro, né? – ao ver a expressão da azulada assim que terminou a frase, notou que tinha se expressado completamente mal. Ele não queria dizer que ela estava atuando ao dizer que amava ele, mas sim que tinha escrito uma carta porque isso era o que aconteceria na série. Tanto que o fato das palavras serem totalmente originais de Marinette, fez com que ele não tivesse dúvidas sobre os sentimentos dela.

— É-É. Foi tudo parte do roteiro. – disse, recolhendo as mãos para si. – Inclusive o recado... No seu celular. Tudo parte do roteiro. – desviou o olhar, pois seus olhos estavam marejados.

— Não foi isso que eu...

— Se me der licença, eu preciso ajudar o meu pai. Vamos embora daqui a pouco e... Enfim, tchau, Adrien. – por fim deu as costas para o loiro, deixando que as lágrimas escorressem pelo seu rosto e desejando que à noite, quando fosse dormir, acordasse no seu quarto da vida real, sem ter uma lembrança sequer desse sonho; que antes parecia incrível, mas agora era torturante.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAA NÃO ME BATAM, BATAM NO ADRIEN!!!

Se eu lancei If Walls Could Talk ontem pra aliviar o humor de vocês e vocês não me matarem depois desse capítulo? Pff! Eu nunca faria isso... Talvez, um pouco.

Masssss calma, tudo tem um motivo pra acontecer. Tá tudo planejado, não se preocupem e também não atirem pedras na autora. Inclusive, o próximo capítulo vai fazer vocês ficarem cara a cara com a fanfic rsrs (espero que peguem a referência).

Obrigada por terem lido e nos vemos no próximo capítulo! Espero que tenham gostado ♥ xoxo



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