Depois do amanhecer escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
Light Out


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/xnSZyKCzNdI-Plano maligno do Aro.



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P.O.V. Alec.

O silêncio era demais. Ela não estava cantando, falando, dançando e não estava atendendo o maldito telefone! Sei que há algo errado.

Conseguimos subjugar o vampiro Matheus e reconquistar o controle da cidade de Volterra. 

Fui procurar por ela e descubro que está desaparecida. Coloquei todos os guardas atrás dela.

P.O.V. Renesmee.

Não. Não! Isso não está acontecendo. As bruxas me traíram e agora estão me arrastando para dentro duma Igreja. Giovana e suas seguidoras me atacaram, me subjugaram e agora estou em trabalho de parto.

—Deita ela no chão.

Estou desesperada. Tentei revidar, mas elas devem ter feito algum tipo de encantamento em mim que me deixou meio zonza.

—Devíamos levá-la para a cidade dos mortos.

—Não vamos conseguir. O bebê está vindo agora.

Elas me deitaram no chão sob os degraus de madeira envernizada da bela catedral.

—Não. É muito cedo.

Disse enquanto me contorcia. Meu Deus! Isso dói.

—Aparentemente não é.

—O plano já era muito perigoso quando o sacrifício estava pronto.

Sacrifício?

—Eu tive que subjugá-la e o trauma causou o descolamento prematuro da placenta. O bebê está vindo só teremos que nos adaptar.

—Me solta!

Giovana se aproximou e ficamos olho no olho.

—Você precisa ficar calma, Renesmee.

—Porque está fazendo isso comigo?

Peguntei, chorando de tristeza, de dor, de tudo. Ela não respondeu, foi a outra e foi uma resposta estúpida.

—Para renascer devemos sacrificar.

—O que é que isso deveria significar, sua vadiazinha psicótica?!

Eu a empurrei, lutei, mas, lá vem mais outra pontada. E eu grito.

—Os ancestrais exigem uma oferenda em troca de poder.

Disse Giovana. E a outra completou:

—E o seu filho vai ser uma boa oferenda.

—O que?! Não! Não! Vocês não vão levar o meu bebê, eu vou matar todas vocês, suas piranhas!

—Não. Não vai. E nem o Alec ou a Jane vão.

P.O.V. Alec.

Quando descobri o que o Aro planejou... Dio Mio!

—Você fez o que?!

—Eu fiz o que era melhor para todos nós. Aquela Cullen e sua prole devem morrer.

—Então, você barganhou com a vida da minha filha?! Vendeu-a para as bruxas como um Sacrifício?!

Não me segurei, eu afundei minhas presas no pescoço dele injetando uma massiva quantidade de veneno de lobisomem naquele lunático miserável.

—Irmão! Não temos tempo para isso! Precisamos ir atrás delas!

—E pensar que eu já lhe considerei um amigo e um pai.

P.O.V. Renesmee.

Aquilo era além da insanidade.

—Quando o seu bebê nascer vamos oferecê-lo á aqueles que vieram antes de nós.

Não. Não. Que horrível.

—Sinto muito, Renesmee. Mas, é do jeito que tem que ser.

—Não. Não! Não! Nãao!

Gritei, chorei, esperneei, lutei, mas eventualmente tive que dar a luz. Jane apareceu.

Elas me colocaram no altar. Tiraram meus sapatos, minha meia calça e é lógico minha calcinha para eu poder empurrar.

Quando a dor estava insuportável comecei a pensar em coisas boas. Como na carta que escrevi para a minha filhinha.

Querida Amara, ou Genevieve ou Larissa, enfim para a minha garotinha. Seu pai acaba de me perguntar se isso era uma carta de amor e acho que de um jeito é. Existem várias formas de amor, eu lembro de estar dentro da sua vó acredita? Sabia exatamente o que ela sentia enquanto estava me carregando, mas como você não é como eu e é extra-especial. Decidi te escrever para dizer o quanto estou feliz neste exato momento. Eu te amo mais do que toda e qualquer coisa no mundo.

—Me larga, sua vadia!

Jane usou seu Poder para inutilizar e depois matar uma das bruxas.

O quanto o seu pai e eu estamos ansiosos para conhecê-la.

Então, Félix chegou. E tentou ajudá-la.

—Alec ainda está preso lá fora! Tem muitas delas.

Ele decapitou uma delas com as próprias mãos.

E eu quero te fazer uma promessa. Três coisas que você vai ter que o seu pai e a sua tia nunca tiveram.  Um lar seguro, alguém para te dizer que te ama todos os dias e alguém para lutar por você não importando o motivo. Em outras palavras... uma família. Então, é isso. O resto teremos que descobrir juntas.

Com amor,

Mamãe.

Eu empurrei o bebê para fora só porque não pude evitar.

—Devem saber que isso não me trás alegria. Eu prometo que serei rápida.

—Não! Não! 

Meu Deus a dor era excruciante.

Eles subjugaram o Alec e a Jane. Toda a guarda. 

—Eu vou levar o inferno para as suas casas!

Tive que empurrar.

—Vou me banhar no seu sangue!

Berrava Alec enfurecido.

—Não! Não, por favor!

—Eu to vendo o bebê!

Disse uma das bruxas e Alec berrou:

—Vocês vão morrer gritando!

—Agora empurre! Gentilmente, gentilmente... ai.

Nasceu. Ouvi ela chorar. Eu a vi. Era tão lindinha, tão pequenininha.

Elas cortaram o cordão umbilical com uma faca.

—Vocês tem uma linda filhinha.

Eu quero segurá-la nos meus braços e protegê-la de tudo pra sempre. Naquele momento, o mundo parou.

—Devemos começar o sacrifício assim que a lua se alinhar com o céu da manhã.

Disse a bruxa, mas eu só... respondi:

—Por favor, por favor... posso segurá-la?

Giovana a colocou nos meus braços e era só... amor, mas então... me senti sufocando, afogando. Senti o talho que ela abriu na minha garganta com aquela faca.

—Não! Não!

P.O.V. Bella.

Quando cheguei á Igreja escancarei as portas. E aquela visão... nunca pensei que pudesse sentir tanta dor.

—Renesmee! Não. Não. A minha filha. O meu bebê.

Se eu pudesse produzir lágrimas neste momento seria capaz de encher o estádio do Maracanã umas mil vezes.

—Ela se foi. Eu sinto muito.

—Como?

Perguntei enquanto tirava o cadáver da minha filha com o pescoço degolado dos braços de Alec Volturi e a posicionava cuidadosamente no altar.

—Fomos superados.

—Vocês... foram superados? Vocês... foram superados!? Os invencíveis Volturi!

—Elas levaram o bebê. Mas, ainda há tempo. NÓS, podemos salvá-la.

Disse ele frisando bem o nós. Fomos todos parar no cemitério. E apesar de estarmos em maior número, as bruxas tinham encantamentos.

—É engenhoso. Posso vê-las, posso ouvi-las, senti-las e ainda assim elas não estão lá.

Disse Alec.

—Tem que haver uma maneira, mesmo que possamos apenas atravessar o encantamento.

—O que precisamos fazer é nos focar.

—Meu único foco neste momento é a minha neta e a sua segurança, você compreende?! Isso, tudo isso é o mundo que vocês criaram. Que você criou Alecssandro. Toda a sua violência, seus esquemas, sua intimidação. Os inimigos que fez a cada dia de sua existência miserável! Que resultados esperava? Que sua filha fosse nascer e ter uma vida feliz?! Que a mãe, a minha garotinha estaria viva para conhecer a própria filha?! Para criá-la? Que poderia viver e ter uma família?

—Essa era a sua fantasia não a minha!

Isso era uma mentira.

—Não, Alec! Essa era nossa esperança! Essa era a única esperança da sua família! E agora ela se foi. Você não compreende, não pode imaginar a dor. Ela era a minha criança. O meu milagre. O fruto do meu amor. E no fim, vocês Volturi conseguiram o seu intento. Tiraram ela de mim. Eu precisava dela e vocês me quebraram. Porque é o que fazem. Destroem tudo, tudo o que tocam.

P.O.V. Alec.

Isabella Cullen estava sem chão. Ela e o marido.

—Pode dizer para a sua neta o quanto a mãe dela era especial, o quanto você a amava. Quando a salvarmos.

Então, fiz o impensável. Nós fizemos o impensável. Unimos forças com o Clã Cullen para salvar a minha filha.

P.O.V. Renesmee.

De repente eu respirei. Meus pulmões doeram, minha garganta... coloquei por impulso as mãos na minha garganta. Levantei num pulo, me sentei e tentei me situar. Estava na igreja. Então, flashes horripilantes daquelas bruxas vadias me roubando a minha filha e a minha vida me vieram na mente e eu estava oficialmente com mais raiva do que jamais estive em toda a minha vida.

Me levantei daquele maldito altar e fui. Sem saber exatamente para onde estava indo. Fui parar no cemitério.

Ouvi as vozes de Alec e Jane.

—Já passamos por aqui duas vezes irmão!

—Então nos movemos mais rápido.

—Ou com mais esperteza.

P.O.V. Alec.

Se eu não estivesse morto, cairia duro com certeza. Fui correndo até onde ela estava. 

—Renesmee.

Toquei o rosto dela e por Deus, ela era real. Estava ali em carne e osso.

Estava descalça, descabelada e ensanguentada, mas estava ali.

—Como está aqui?

—Eu não sei. Acordei na Igreja, senti essa fome. Sabia do que eu precisava. Posso senti-la, ela está aqui. Posso sentir o meu bebê.

—Você morreu com o sangue da criança ainda no seu sistema. Talvez isso tenha te trazido de volta.

—O que significa que ela tem que beber o sangue da criança para sobreviver.

Logo todos os Cullens e a guarda estavam á nossa volta. A mãe abraçou a filha desesperadamente.

—Eu não ligo pra mim. Agora, vamos encontrar a nossa filha!

Ela foi como um míssil teleguiado direto e reto até o bebê e consequentemente até as malditas bruxas! Que estavam prestes a enfiar aquela maldita lâmina no peito da nossa filha.

—Não!

Peguei uma urna e atirei acertando em cheio numa delas.

—Sem misericórdia. Vamos matar todas elas.

Disse a híbrida raivosa. As bruxas nos lançaram longe.

—Seus tolos. Para vir contra nós no nosso lugar de poder, na nossa hora mais forte! Vocês não enfrentam três, enfrentam todas nós.

E realmente podíamos ver os fantasmas das bruxas mortas. Homens e mulheres.

Começamos a lutar.

P.O.V. Renesmee.

Eu quero a Giovana ela é minha. Aquela vadia ruiva tentou chegar na faca, mas eu dei um chute na barriga dela com toda a minha força. E ela atravessou o cemitério, mas se levantou.

Tentei chegar na minha filha, mas senti uma dor horrível na cabeça, como se meu cérebro estivesse virando lava.

Vi o Félix atirar algo que se parecia com uma lança e a coisa atravessou uma das bruxas e ela morreu. Quando ela morreu, metade dos espíritos sumiu.

A outra, a morena pegou a faca e ia matar o meu bebê.

—Não!

Tentamos todos chegar mais perto, mas ela fez fogo e nos barrou. Então quando ela estava prestes a matar o bebê, vi um braço atravessar o peito dela e arrancar o coração fora.

Era Caius. Ele pegou a menininha. E saiu correndo com Alec em seu encalço.

P.O.V. Alec.

Cheguei ao Castelo de São Marcus e Caius estava com a minha filha no colo ao lado do leito de Aro.

—É tarde. Ele já se foi, Caius.

Disse Marcus com seu tom de voz monótono.

—Você sequestrou minha filha, para que eu salvasse o homem que a vendeu?

—Não custava tentar.

Nós nem notamos quando ela passou voando e colocou os braços ao redor de Caius imobilizando-o. Obrigando-o a largar a criança. Eu a peguei antes que caísse.

—Vai. Ele é meu.

P.O.V. Caius.

Eu podia sentir a eletricidade fluindo pelo meu corpo, mais de dez mil joules. Era o suficiente para matar um elefante.

—Você sabia que a minha tia era inocente e ainda assim você a matou. Deve ter se sentido poderoso naquele dia. Se sente poderoso agora?

As irmãs Denali apareceram.

—Achei que seria apropriado você morrer do mesmo jeito que deveria ter morrido aquele dia na clareira. Te dar um gostinho do seu próprio veneno.

Tânia Denali abriu minha mandíbula até arrancar a cabeça fora. Separar a parte inferior da superior. E eu só vi o fogo vindo. 

P.O.V. Tânia.

Foi bom vê-lo queimar. Eu esperava que Marcus fosse ajudar o irmão, mas ele se quer reagiu.

—Não vai tentar nos matar? Nos impedir de te matar?

—Oh, criança, este momento é uma mera formalidade. Eu morri muito antes de você se quer pensar em nascer como humana.

—Então, se você quer tanto morrer... vou te deixar viver.

—Mas, eu não vou. Vou te conceder algo que aposto que jamais concedeu a ninguém. Misericórdia.

E a híbrida matou Marius. E ele morreu sorrindo.


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