O Dia das Mães de Inuyasha escrita por Eire


Capítulo 1
O dia das mães de Inuyasha


Notas iniciais do capítulo

Disclaimer: os personagens de Inuyasha não me pertencem, eu apenas me utilizo deles sem fins lucrativos para me divertir e divertir os possíveis leitores.A música utilizada também não é minha, é das Spices Girls e se chama Mama. Achei a letra muito bonitinha e resolvi aproveitar a letra na fic que eu fiz em homenagem àquelas que sempre estão no nosso pé, sempre brigam com a gente, mas sempre querem o nosso melhor: nossas queridas mamães (“okaasan”s e “haha”s como preferirem alguns).Cronologicamente essa fic se encaixaria depois da fic Imortal, mas não é preciso ler ela para entender o enredo dessa. Vocês só precisam saber que nessa fic o Naraku já foi derrotado.A Kikyou morreu e o Inuyasha está junto da Kagome, que está esperando um filho(a) do hanyou. Não vou dizer mais nada, se não estrago a surpresa. Eu tentei dar um título melhor pra fic, mas não consegui. Desculpem qualquer erro que ela possa vir a ter.É que eu a fiz na maior correria para terminar antes do dia das mães.



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She used to be my only enemy and never let me free,
Ela costumava ser minha única inimiga e nunca me deixava livre
Catching me in places that I know I shouldn't be,
Me buscava nos lugares que eu sei que não deveria estar
Every other day I crossed the line,
Cada dia eu passava dos limites,
I didn't mean to be so bad,
Eu não parecia ser tão ruim,
I never thought you would
Eu nunca pensei que você se tornaria
become the friend I never had.
a amiga que eu nunca tive.

Kagome esta sentada debaixo da Árvore Sagrada junto da sua mãe. Seu coração batia num ritimo bem acelerado. Fora ela quem havia pedido para conversar com a mãe ali, mas agora estava com medo da reação da mãe à notícia que ela ia lhe dar. Juntou um pouco de coragem, lembrou-se de que apesar de ter discutido com ela várias vezes desde o início da sua adolescência, a mãe já tinha lhe dito várias vezes que era sua amiga, confidente. Já tinha comprovado isso por tantas vezes. Que outra mãe aceitaria que a filha faltasse da escola para ir viajar no tempo, onde tinha passado por vários perigos, e ainda por cima acompanhada de um rapaz, bem, nem mesmo um rapaz, mas um meio-youkai? Kagome se lembrou de que quando tinha voltado da outra era, sofrendo por ter sido abandonada por Inuyasha, fora a mãe quem lhe tinha consolado. Como ela chorou no ombro da sua mãe! Mas em nenhum momento a Sr. Higurashi exigiu que a filha lhe contasse realmente o que tinha acontecido para ela sofrer tanto, apenas disse que iria esperar que Kagome lhe contasse, quando achasse que a hora havia chegado. E a hora finalmente havia chegado.

_Mamãe, tem algo que a senhora precisa saber. Eu... Eu nem ao menos sei como lhe contar, mas...simplesmente não posso continuar a esconder isso. E..e..e..eu...eu es...es...t...

_Você quer me contar que está grávida?

Kagome olhou para a mãe com os olhos arregalados.

_A senhora sabia.

_Ora, querida. Eu conheço muito bem os meus filhos e sei quando estão me escondendo alguma coisa. Há dias que percebi isso, mas não lhe disse nada porque estava esperando que você me contasse.

_Bem...eu...eu fiquei com medo da senhora ficar brava comigo. Me expulsar de casa.
_Por que acha que eu faria isso?

_Só tenho 17 anos, sou solteira, o pai do meu filho me abandonou e ainda por cima ele não é totalmente humano.


_Eu nunca deixaria você sozinha querida. Não me importo se o meu netinho vai ter sangue de hanyou, eu me preocupo é como você vai cuidar dessa criança sem o pai dela. Ainda não consigo acreditar no que o Inuyasha fez com você. Abandoná-la grávida.

_Snif! Mamãe, ele não sabia da minha gravidez e se ficasse sabendo ele iria querer ficar comigo apenas por causa do bebê. Não quero atrapalhar a felicidade dele. Agora ele está junto do verdadeiro amor dele: a Kikyou. Talvez ela até venha a ter filhos dele. O que eu mais quero é esquecer dele mamãe, pra sempre.

Kagome se abraçou à mãe e chorou. Mais tarde as duas deram a notícia ao resto da família. O avô da Kagome ficou indignado ao saber que a neta não pensava em ir atrás de Inuyasha para fazê-lo assumir a responsabilidade. Alguns dias depois a mãe de Kagome pediu ao vovô para selar o poço e isso foi feito. Depois de alguns meses ficou decidido que Kagome iria passar um tempo na casa da tia, no interior, onde iria ter o filho. Era uma tentativa da mãe de Kagome para fazer a filha esquecer de Inuyasha, já que, apesar de ter dito que queria esquecer o hanyou, a pobre jovem vivia suspirando diante do poço ou da árvore sagrada, esperando a volta de Inuyasha.


Mas ela acabou não viajando para a casa da tia porque bem na hora em que ela já estava indo embora, saindo de táxi para o aeroporto, Inuyasha havia voltado e eles tinham se acertado. Agora eram noivos e só não haviam se casado ainda porque o vovô não queria que sua neta se casasse com a barriga aparecendo, então eles iam esperar o bebê nascer. Mas dormiam juntos na mesma cama, afinal eles logo iam ter um filho mesmo. Inuyasha sorriu ao ver que a sua Kagome havia acabado de acordar ao seu lado.

_Bom dia meu amor!

_Bom dia Inu-chan.- E logo depois se seguiu um bocejo de Kagome.

Inuyasha arqueou a sobrancelha ao olhar para ela. Tinha uma cara de bravo.

_Lá vem você de novo com esse apelido. O que vão pensar de mim se virem você me chamando assim. Já pensou se a moda pega.
_Ai, ai! Sabe que eu adoro essa cara que você faz quando finge que tá zangado. Pode ficar tranqüilo que só eu vou te chamar assim. É só uma forma carinhosa.

_Feh! Deixa pra lá. Você dormiu bem?

_Demorei a dormir ontem e acordei várias vezes, essa barriga está cada vez mais me deixando desconfortável.

_Isso logo vai passar. Sabe que seu pudesse, dividiria esse “fardo” com você, mas parece que não é assim que a natureza quis que as coisas fossem.

_Feh! Acho que nenhum homem agüentaria passar por uma gravidez, vocês ficam se gabando de serem fortes, mas não conseguiriam agüentar uma gravidez nem por um dia.

_Você está falando igualzinho a mim e eu não disse nada para te deixar brava.

_Não, você não disse.

_Está vendo, você fica reclamando de que tem que carregar o bebê, mas sou eu quem tem que agüentar o seu mau humor e as suas crises de sensibilidade.

_O que é que você está querendo dizer com isso Inuyasha?

Ouviram batidas na porta e logo em seguida a voz do irmão de Kagome, dizendo que o café da manhã estava servido.

_Bem, acho que é melhor nós irmos comer alguma coisa. Eu ainda tenho que visitar a outra era.

_O que você vai fazer lá sozinho? Por que não pode me levar com você?

_ Por que você pode dar a luz a qualquer momento, é muito perigoso pra você nesse estado em que está. É melhor ficar aqui. Eu vou visitar o túmulo da minha mãe. Vou contar a ela sobre o nosso bebê. Sonhei com ela essa noite.

_Que coincidência eu sonhei com a minha mãe também. Aliás, minha nossa! Como eu pude esquecer?

_Esquecer o quê?

_O dia das mães é no próximo domingo e eu ainda não comprei nada para dar de presente a minha mãe. Ela tem sido tão boa comigo nos últimos tempos. Eu nunca pensei nisso, mas minha mãe tem se tornado uma amiga maravilhosa, talvez a minha melhor amiga.

_O que é “dia das mães”?

_Ora, meu querido “Inu-chan” - ao ouvir o apelido Inuyasha fez uma cara emburrada -o dia das mães é o que o próprio nome já diz. É um dia dedicado às mães, normalmente os filhos compram presentes e dão às suas mães como prova de carinho, amor, gratidão. Só recentemente é que começamos a comemorar essa data aqui em nossa cidade. Eu realmente tinha me esquecido. Eu e Souta precisamos comprar alguma coisa pra mamãe. Afinal ela merece.

_Você tem sorte de ter sua mãe por perto para poder dar um presente pra ela, eu não tenho a minha junto de mim há tanto tempo.

_Você sente a falta dela? – Kagome perguntou isso e abraçou Inuyasha. Ele raramente falava da sua infância, da sua mãe. E ela sempre respeitava isso.

_É claro que eu sinto. Pensei ter superado tudo isso, mas ultimamente tenho pensado muito nela. Acho que ela iria gostar de você e iria ficar contente em saber que eu ia dar a ela um neto. Ela foi durante muito tempo o único ser humano que me tratou bem, que me amou, até eu conhecer a Kikyou e depois você. Mas ela e você foram as únicas que me aceitaram como hanyou.

_Como ela era? Digo, eu vi aquela vez como ela era quando o Sesshoumaru armou aquela cilada pra você, usando a mulher-nada pra você pensar que era a sua mãe. Ela era daquele jeito?

_Sim. Minha mãe era muito linda. Realmente posso entender porque o meu pai se apaixonou por ela. Ela era, doce, gentil, meiga, carinhosa, sempre me abraçava, era também muito brava. Eu era um garoto muito arteiro, sabe. Espero que nosso filho não dê tanto trabalho pra gente, como eu dava a ela. Ela não gostava que eu andasse sozinho, ás vezes eu pensava que ela não queria me ver livre. Eu não podia sair de perto dela, mas eu acabava escapando, principalmente quando ela vinha atrás de mim com a escova de cabelo, ela vivia tentando desembaraçar o meu cabelo e eu me escondia dela, ela me achava em cada lugar, normalmente eram lugares onde ela dizia que eu não devia estar.Vivia passando dos limites. Eu não achava que eu era tão ruim. Apenas queria conhecer o mundo, as pessoas e houve um dia...um dia.... que mudou minha vida pra sempre. A mamãe sempre me dizia pra evitar as pessoas do vilarejo, pois eles sempre olhavam a gente com um olhar de ódio e desprezo, mas eu não entendia porque, até que um dia enquanto eles estavam brincando de bola eu me aproximei, ignorando as regras da mamãe, eu queria brincar junto deles, um dos homens me jogou a bola, na verdade ele jogou a bola longe pra eu ter que sair correndo pra buscar e quando eu a peguei e voltei os olhos para eles, tinham ido embora...porque, porque tinham ódio de mim e da minha mãe. Eu vi lágrimas nos olhos dela naquele dia, porque ela sabia o que eu ia passar e eu me senti culpado por fazer minha mãe chorar...eu...eu...

Kagome abraçou Inuyasha, que chorava em seu ombro, lágrimas que por muito tempo ele tinha contido.

_Eu entendi naquele dia que tudo aquilo que a minha mãe fazia comigo era pelo meu bem, porque ela me amava. Antes eu não sabia o porquê. Mas naquele dia eu compreendi, vi através dos olhos dela o quanto ela me amava. Eu só queria ter podido dizer que também a amava, que me importava com ela, que ela era a minha única amiga.


Back then I didn't know why,
Antes eu não sabia o porquê,
why you were misunderstood,
porque você era tão incompreendida,
So now I see through your eyes,
mas agora eu vejo através de seus olhos,
all that you did was love,
tudo que você fez era por amor.
Mama I love you, Mama I care,
Mama eu te amo, mama eu me importo,
Mama I love you, Mama my friend,
mama eu te amo, mama minha amiga,
My friend.
Minha amiga.


_Inuyasha, ela sabia disso. Tenho certeza. Acho que você realmente deveria ir visitar o túmulo dela e levar uma flor pra ela, daí você podia aproveitar pra dizer isso a ela. Tenho certeza que ela vai te escutar. Fale do nosso bebê, do nosso casamento e diga a ela que assim que for possível eu vou visitá-la e vou levar o neto ou a neta dela para ela conhecer. Diga a ela que o filho dela está em boas mãos porque eu vou cuidar muito bem de você meu Inuyasha.

_Obrigado, meu amor. Muito obrigado. Você não se importa mesmo se eu for até lá?

_Claro que não.

_Você me promete que vai se comportar enquanto eu estiver fora.

_Prometo Inu-chan.

Inuyasha deu um beijo na sua amada Kagome e depois disso eles desceram para tomar café. Depois do desjejum Inuyasha pulou no poço para ir visitar o túmulo de sua mãe e Kagome foi conversar com Souta sobre o presente da mãe deles. Resolveram ir ao Shopping comprar e inventaram uma desculpa para poderem sair. Como a mãe de Kagome tinha ido ao mercadinho do bairro eles deixaram um bilhetinho na geladeira e Kagome agradeceu aos céus pela mãe não está por ali, porque ela provavelmente não deixaria Kagome sair com Souta no estado em que estava. Mas ela achava que Inuyasha e a mãe estavam exagerando ao acharem que o bebê logo ia nascer. Na mesma hora em que Inuyasha estava chegando no túmulo da sua mãe, Kagome e Souta estavam chegando à estação do metrô. Ao entrarem no metrô um rapaz deu o lugar a Kagome depois que já tinham começado a se mover. Kagome sentiu algo que já havia sentido antes, ao acordar e não tinha dito nada a ninguém. Hoje o seu bebezinho estava muito inquieto, mexendo muito e as dores pareciam estar seguindo uma certa lógica.

_ “Não. Acho que estou imaginando coisas. Isso deve ser normal. Meu bebê não vai nascer hoje, a doutora Hyoko disse que isso só vai acontecer na semana que vem. Então é melhor você parar com isso, Júnior. Só porque seu pai está longe resolveu começar com isso é” - Ufa!

Kagome soltou um suspiro e Souta que estava em pé ficou preocupado com a irmã.

_Mana, você está bem?

_Ah, estou ótima.

Kagome estava suando.

_Você acha que fizemos bem em sair sem avisar a mamãe?

_Souta, se disséssemos a ela aonde iríamos e o que íamos fazer não ia haver surpresa nenhuma e depois ela não iria me deixar sair.

_Você não acha que o Inuyasha vai ficar bravo com a gente?

_O Inuyasha é meu noivo, pai do meu filho, mas não é meu dono e não tem o direito de mandar nos lugares aonde vou. Além disso, provavelmente vamos voltar antes dele.

_Onde ele foi?

Kagome soltou outro suspiro, devido a uma nova pontada.

_Ele foi visitar a mãe dele.

_Mas você não disse que a mãe dele estava morta.

_E ela está. Ele foi visitar o túmulo dela.

_...

_Ai. Ai! Ufa. “Mas o que é isso?”

De repente tudo balançou, o metrô parou, as luzes se apagaram. Ouviram-se alguns gritos. Era um pequeno tremor de terra. Algumas pessoas que estavam em pé caíram. Felizmente não foi nada muito grave, mas depois de alguns segundos todos perceberam que estavam isolados naquele lugar.

_O que está acontecendo mana?

_Acho que foi um terremoto, mas já parou e felizmente parece que ninguém se machucou.

_As portas estão travadas. Como vamos sair daqui?

_ Fica calmo Souta que logo eles vão arrumar isso “eu espero”. Enquanto isso fica perto de mim.

Eles não sabiam, mas o tremor tinha causado um problema no distribuidor de energia e deixado a maior parte daquela região sem luz. Além de ter causado alguns problemas em outros lugares da cidade.

De repente Kagome soltou um grito de dor.

_Ai!

Um velhinho se aproximou dela.

_Está tudo bem moça.

_Eu acho que não. Acho que o meu bebê vai nascer.

_Essa não. Por favor, alguém aí, minha irmã precisa de ajuda.

_Mocinha você tem certeza disso.

_Acho que sim. Souta, preciso que você pegue o celular na minha bolsa e ligue pra emergência.

_Mas ele não está funcionando mana, acho que a bateria acabou.

Algumas pessoas se aproximaram para ajudar.

_Eu tenho um celular.

_Eu estou fazendo faculdade de medicina. – disse um rapaz.

_Ótimo, então em último caso você fará o parto. – disse uma mocinha.

_Mas eu nunca fiz isso, eu estou no primeiro ano ainda.

_Então porque disse que estuda medicina. Acho que não tem ninguém aqui que já tenha feito isso antes e você parece ser o único habilitado para isso.

O velho senhor tentou acalmar os ânimos.

_Vamos tentar ficar calmos. Vamos esperar o socorro. Já pediram, logo vão estar aqui.
_Acho que ela não pode esperar. A bolsa estourou.

Todos olharam para Kagome, seu assento estava molhado.

_Mana, você fez xixi?

_Claro que não seu bobo. “Meu Deus o que eu vou fazer? Inuyasha onde você está?” – Por um momento Kagome imaginou a cena, o hanyou ali, desesperado sem saber o que fazer para ajudá-la também, e mais nervoso ainda que aquelas pessoas, afinal ele é o pai. Talvez ele não iria ser de grande ajuda.-“ Eu quero a minha mãe. Acho que ela saberia o que fazer numa situação destas.” Ai... Ai!

_Alguém aí tem algum tipo de experiência com isso?

De repente do fundo do vagão surgiu uma mulher muito bonita, ela tinha os cabelos negros bem longos, olhos violetas, um sorriso meigo nos lábios, estranhamente ela estava se vestindo de uma forma que não se era mais costume. Apesar de os japoneses ainda usarem kimono, eles não se vestiam assim sempre e muito menos como aquela mulher. Ela estava vestida com um kimono rosa, todo florido bem grande e parecia estar usando uma roupa por cima de outra, parecia com o modo de vestir das princesas e nobres do Japão nos séculos XIV ou XV. Ela se aproximou de Kagome, parecia a única pessoa calma naquele momento. Ela deu um sorriso a Kagome e acariciou seu rosto.

_Vai ficar tudo bem querida. Já passei por uma situação dessas. Quando meu filho nasceu estava numa situação bem pior. Eu vou ajudar você já que ninguém aqui pode fazer isso.

O estudante de medicina resolveu dar uma de mandou e mandou a mulher sair dali.
_Olha aqui, é melhor a senhora deixar eu cuidar disso, essa moça precisa dos cuidados de alguém que saiba o que está fazendo.

_Você acha que eu não sei o que estou fazendo. É você, meu rapaz, que parece não saber o que fazer. Está até suando frio. Se quiser pode me ajudar. Também vou precisar da sua ajuda garotinho. Qual é o seu nome? – ela fez essa pergunta se dirigindo a Souta.

_Souta, eu...eu sou irmão dela.

_Então querido você vai ajudar a acalmar a sua irmã. É melhor vocês abrirem espaço para ela respirar se não podem ajudar de outra forma.

Kagome soltou outro grito. A senhora foi até perto dela.

_Querida, vai ficar tudo bem, só precisa confiar em mim. Você confia em mim?

Kagome afirmou com a cabeça. Ela não conseguia entender, mas aquela mulher parecia estar deixando ela mais calma. Era estranho, havia algo de familiar nos olhos dela. Kagome teve a impressão de que já tinha visto aquela mulher antes. Mas não conseguia se lembrar onde.

Com a ajuda do estudante de Medicina e de outra mulher a estranha mulher colocou Kagome meio que deitada no chão do metrô que antes eles forraram com o manto que aquela mulher estava usando por cima do seu kimono. Ela tirou a calcinha de Kagome e abriu a bolsa que estava usando procurando por algo para enrolar o bebê assim que nascesse.

_ A senhora vai precisar de água, álcool. Eu tenho álcool aqui.

Uma colegial tinha água.

_Obrigada. Também vou precisar de algo para cortar o cordão umbilical.

Um senhor que estava no canto gritou:

_Eu tenho um canivete.

_Dê-me aqui.

Ela pegou o canivete e entregou para o estudante de medicina. Pediu para ele molhar o canivete com álcool, ela lavou as mãos com a água mineral que a mocinha tinha oferecido e depois limpou as mãos com o álcool. Posicionou-se diante de Kagome. Olhou nos olhos dela ao falar.

_Muito bem querida, quero que você faça bastante força para ajudar seu filho vir ao mundo. Não se preocupe que tudo vai dar certo.

Kagome fez força, mas nada aconteceu. Todos estavam apreensivos.

_Eu não sei se consigo senhora...senhora, a senhora nem ao menos me disse seu nome.Ai!

_E também não sei o seu, minha filha.

_É Kagome. Kagome Higurashi.

_Muito prazer querida, o meu é Izayoi. É tudo que precisa saber. Onde está o pai dessa criança, não me diga que, assim como eu você vai ter que criar seu filho sozinha.

_Não...ele...está...comigo.Estamos...noivos...Ai...Nós...só...arf...não... nos...casamos...ai...ainda porque o meu avô achou melhor esperar o bebê nascer. Meu noivo não está aqui...porque...arf...ele foi visitar o túmulo da mãe dele e meu irmão e eu aproveitamos para ir comprar o presente da minha mãe.

Souta interveio nessa hora.

_Eu disse pra ela que o Inuyasha e a mamãe iam ficar bravos.

_Quem é Inuyasha?

_É...ai...o pai do meu bebê...arf...ai...meu noivo. Aaaaaaiiiiii!

_Calma querida, já estamos quase lá, faça só mais um pouquinho de força.
Nesse momento o estudante de medicina desmaiou.

_Ora, como esse rapaz pretende ser médico. Vamos lá querida, mais força. Eu sei que consegue. Pelo seu neném.

_Aaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!

Ouviu-se um choro de bebê bem alto ecoando pelo lugar. As pessoas que estavam lá respiraram aliviadas. Kagome estava se derramando em lágrimas.

_É uma menina, minha filha. Você deu a luz a uma menininha linda, me lembra o meu filho quando nasceu.- Izayoi disse isso enquanto entregava a criança à mãe.

_Meu Deus, ela é tão pequenininha, é tão linda. Olha Souta. Querida esse é o seu tio e eu sou a sua mamãe.

_Olha mana, ela tem os olhinhos da cor dos olhos do Inuyasha.

_É, ela puxou o pai. Não é meu amorzinho. O Papai vai ficar babando em cima de você, eu tenho certeza. Não sei como agradecer a senhora, muito obrigada Sr. Izayoi.
_Ora querida, não fiz mais do que a minha obrigação.

Kagome notou que Izayoi tinha lágrimas nos olhos enquanto olhava para as duas: Kagome e sua filha.

_Se quer mesmo me agradecer, eu sei de um jeito. Cuide dessa criança muito bem, dê a ela todo o amor que puder e nunca desista de lutar por ela. Também peço que cuide do seu futuro esposo, tenho certeza que ele deve precisar de muito amor. Deve ter sofrido muito até hoje.

Kagome ia perguntar algo, mas ouviram barulho de ambulância. Alguém nos fundos gritou.

_Até que enfim a emergência chegou.

_Minha filha, eu vou acompanhar vocês duas até o hospital para ter certeza de que você vai estar bem.

Nisso chegaram os para-médicos e tiraram Kagome e o bebê dali. Elogiaram o trabalho que aquela estranha mulher tinha feito. E levaram em outra maca o pobre estudante de medicina que ainda permanecia desacordado.


Longe dali na casa de Kagome todos estavam preocupados com ela e com Souta que ainda não tinham voltado. Inuyasha andava de um lado pra outro praguejando um monte de palavras que a mãe de Kagome daria tudo para não ouvir. A preocupação deles era maior por causa do tremor de terra que tinha ocorrido. O avô de Kagome já tinha ligado para o celular da neta várias vezes e nada. Também tentaram ligar pra alguma amiga dela. Inuyasha já tinha tentado farejar o cheiro dela, mas também não tinha adiantado de muito coisa. De repente ouviram o telefone tocar e correram para perto dele encostando os três ao mesmo tempo as mãos no aparelho. A mãe de Kagome atendeu. Era Souta, depois de uma rápida conversa da qual Inuyasha e o Vovô conseguiram extrair apenas algumas palavras, como: hospital, metrô, Kagome, emergência, bebê a mãe de Kagome desligou o telefone e Vovô e Inuyasha perguntaram em uníssono.

_Onde está a Kagome?

_Acalmem-se. Souta me disse que agora está tudo bem. Parece que na hora do tremor eles estavam no metrô e como era de se esperar ele parou e eles ficaram isolados lá por mais de uma hora. A Kagome passou mal e....

_A Kagome passou mal? Essa não. Eu sabia que não deveria ter deixado ela sozinha.
_Acalme-se Inuyasha. O Souta me disse que ela está bem. Está no Hospital Geral junto da sua filha.

_Minha...fi...filha... Minha filha. Kagome deu a luz.

_Sim. Souta me disse que ela entrou em trabalho de parto no metrô e foi uma mulher quem a ajudou. Pobre da minha menina deve ter sentido tanto medo.

_Eu quero ver minha mulher e minha filha agora. Onde é esse tal de hospital?

_Acalme-se, nós vamos pra lá todos juntos. Primeiro vá pegar a sacola com as coisas do bebê que estão no quarto de vocês e, por favor, Inuyasha coloque um boné para esconder essas orelhinhas. Seria bom também se você trocasse de roupa.

Antes mesmo que a Sra. Higurashi terminasse de falar Inuyasha já tinha subido a escada.

_Acho que ele nem ouviu você. – disse o vovô.

Inuyasha desceu as escadas com a bolsa que Kagome já tinha deixado pronta e um boné da seleção japonesa de futebol na cabeça.

_Vamos logo.

Eles chamaram um táxi, o qual Inuyasha esperou emburrado e depois disso seguiram para o hospital. Ao chegarem lá foram correndo até o quarto onde estava Kagome. Souta estava na porta. Ao ver o filho a senhora Higurashi o abraçou.

_Tudo bem com você querido?

_Sim mamãe, mas eu fiquei com um pouqinho de medo por causa da Kagome. A nenenzinha é linda, parece com ela, mas tem os olhos do Inuyasha.

_Elas estão aí dentro?

_Sim. Eu saí porque uma enfermeira entrou.

_Eu quero vê-las agora.

Inuyasha ia abrir a porta, mas antes disso a enfermeira abriu e saiu dando um sorriso.

_Vocês são da família?

_Sim, nós somos. Eu sou a mãe dela. Esse é o vovô e este é o meu genro.

_Podem entrar, mas, por favor, não façam muito barulho, ela tem que estar calma. Está amamentando.

Eles entraram no quarto, Kagome estava sentada na cama, vestida com uma camisola do hospital, nos braços segurava algo que Inuyasha enxergava apenas como um enbrulhinho. Alheia a todos que estavam a sua volta a nenenzinha apenas continuava a mamar, sugando com bastante vontade. A mãe de Kagome chegou perto da filha e lhe deu um beijo na testa, enquanto Inuyasha continuava parado na porta, admirando a cena como se estivesse vendo um quadro, uma cena de filme, não algo real. Ele nem ao menos piscava.

_Kagome, você nos deixou tão preocupados. Está tudo bem com vocês duas.

_Sim, agora nós estamos bem mamãe. Com quem a senhora acha que ela parece?

_Deixe me ver, ela me lembra um pouco você quando nasceu, mas acho que tem alguma coisa do Inuyasha.

_A mulher que fez o parto disse que ela parecia com o filho dela quando nasceu. Eu acho que não se parece com ninguém. E espero que quando ela crescer ela não fique parecendo com o pai dela, vai ser mais bonita se parecer com a mana.

_O que você está dizendo pirralho? Você disse na porta que ela se parecia com a Kagome. – Inuyasha finalmente parecia ter acordado do transe.

_Eu só queria irritar você.

_Ora , seu pirralho, você merece uns cascudos pra aprender.

No colo de Kagome a menina fez um som que parecia um início de choro.

_Inuyasha! Está assustando ela. Calma meu anjinho. Calma, o papai não quis te assustar.

_Me desculpe Kagome.

Inuyasha se aproximou da cama e sentou-se do lado de Kagome, olhando com cara de bobo para a filha. Deu um beijo nos lábios de Kagome.

_Obrigado pela filha linda que você me deu.

_Não. Obrigada você pela filhinha linda que você me deu. Agora nós somos uma família de verdade.

_Uma família. Eu nunca pensei que um dia eu teria uma família. Hoje é o dia mais feliz da minha vida.

_É o meu também.

_Ah! Vocês três juntos estão tão bonitinhos. Que pena que não temos uma máquina para tirar foto. – a mãe de kagome falou desanimada.

_Não se preocupe, eu trouxe a câmera digital.

_Vovô, o senhor não perdeu tempo, não é mesmo.

_Mas é claro que não meu neto. Acha que depois de ter aprendido a usar essa coisa eu não iria trazer ela para tirar um retrato da minha bisneta. Vamos lá, Kagome e Inuyasha olhem para cá.

CLICK!

_Eu não gosto desse negócio de foto, sempre fico zonzo. Não vai fazer mal a neném.

_Não meu amor.

_Ela tem bastante fome, né. Ainda não parou de mamar.

_Puxou você.

Enquanto conversavam a menina parou de mamar e a mãe de Kagome pegou a neta no colo para mostrar a filha como fazer para a criança arrotar. Depois entregou a menina para Inuyasha.

_Não. Senhora Higurashi, eu não sei segurar. Vou acabar machucando ela.

_Meu filho você tem que aprender a segurar sua filha. Kagome vai precisar de sua ajuda e também é bom para a menina ir se acostumando com você.

Inuyasha segurou a menina no colo de uma forma desajeitada. Ela sorriu para ele.

_Parece com sua mãe sorrindo. Definitivamente ela se parece com você, Ka-chan.

_Mas olhe os olhinhos dela. São iguais aos seus.

_ Não entendo porque ela puxou os meus olhos de hanyou, ela nem ao menos tem cheiro youkai.

_Eu não me importo com isso. Sempre achei os seus olhos lindos e agora nossa filhinha também vai ter olhinhos dourados. Precisamos dar um nome a ela Inuyasha.

_Eu não pensei nisso. Acho que não sou bom nisso. Porque você não escolhe o nome.

_Eu pensei em tantos nomes. Há tantos que eu gosto, mas não sei muito bem qual escolher. Eu queria, isto é se você concordar, dar a ela o nome da mulher que me ajudou no parto. Como uma forma de agradecimento.

_Qual é o nome dela, minha filha?

_Izayoi.

_É um belo nome minha neta.

_Também acho querida.

_E você Inuyasha?

O hanyou estava parado com os olhos vidrados, desde que tinha ouvido o nome que tentas lembranças lhe trazia.

_Você quer dar o nome de Izayoi a nossa filha?

_Sim. Você vê algum problema?

_ Não, nenhum.

_Então, por que essa cara?

_A minha mãe se chamava Izayoi.

_Você nunca me disse isso.

_É que você nunca me perguntou.

_Então vamos dar a ela o nome de Izayoi, como uma homenagem à mulher que me ajudou e como uma homenagem a sua mãe também.. Mamãe, a senhora não se importa se dermos a nossa filha o nome da mãe do Inuyasha?

_Claro que não querida. Eu vou poder ter minha neta perto de mim sempre, mas a outra avó ela nem ao menos conheceu. Acho que é uma justa homenagem.

_Vamos dar a ela esse nome mesmo Inuyasha?

Inuyasha olhou para a filha nos seus braços, até que ela tinha algo que o fazia se lembrar da sua mãe. Estava achando estranho o fato dessa mulher que ajudou Kagome se chamar Izayoi. A menina mais uma vez sorriu para ele.

_Você quer se chamar Izayoi, menina? – a menina deu outro sorriso.

_Então esse vai ser o seu nome. Daqui pra frente você vai se chamar Izayoi. Tem muita responsabilidade ao carregar esse nome garotinha, pertenceu a alguém muito importante.

Nos braços do pai Izayoi soltou um pequeno bocejo e fechou os olhos dourados para dormir. Tinha passado por muita coisa naquele seu primeiro dia de vida. Estava cansada.

_Ela dormiu. Parece até um anjo dormindo.

_Coloque ela neste bercinho que está aí do lado.

Inuyasha fez o que Kagome lhe pediu.

_Kagome, como era essa mulher que ajudou você no metrô?

_Não sei porque, mas achei que ela tinha algo de familiar. Ela era uma senhora ainda jovem, acho que era um pouco mais velha que eu.Tinha a pele branca como leite e os cabelos bem compridos. A franja do cabelo dela era cortada no mesmo estilo que a franja do cabelo da Sango. Era muito bonita. Disse que tinha um filho e que o tinha criado sozinha. A voz dela conversando comigo me manteve calma, enquanto todo mundo naquele lugar estava apreensivo e nervoso.

_Ela estava usando uma roupa estranha, né mana? Parecia que tinha um kimono em cima do outro.

_É, agora que o Souta falou eu me lembro, nunca vi alguém andar no metrô com uma roupa daquelas, poucas vezes na minha vida vi alguém usar uma roupa daquelas, a não ser na sua era.

_Na minha era?

_Sim. Para mim ela foi como um anjo que me ajudou a trazer nossa filha ao mundo.

_Essa mulher ainda está aqui?

_Eu não sei Inuyasha. Acho que ela já deve ter ido embora.

_Antes de vocês chegarem eu a vi na recepção. Ela até me pediu para mandar lembranças pra você Kagome.

_Isso faz muito tempo Souta?

_Acho que não.

_Com licença, mas eu preciso falar com essa mulher. Eu quero agradecê-la pessoalmente pelo que fez por você e pela nossa filha.

Inuyasha saiu do quarto correndo. Ele precisava tirar aquela dúvida da cabeça. Precisava ver essa estranha mulher que tinha ajudado sua amada e sua filhinha. Será que era apenas coincidência ela ter o mesmo nome da sua mãe. Kagome falara em roupas do seu tempo. Alguma coisa nele dizia que tinha algo de estranho naquilo tudo. Encontrou na recepção a mesma enfermeira que tinham encontrado na porta do quarto de Kagome.

_É, por acaso a senhora viu uma mulher de cabelos compridos, vestindo um kimono por aqui?

_Sim. A senhora que ajudou a sua esposa no parto?

_Sim, é ela mesma.

_Ela estava aqui não faz algus minutos. O Senhor queria falar com ela?

_Eu gostaria de agradecê-la.

Talvez o senhor ainda a alcance na saída. Ela disse que ia pegar um táxi.

Inuyasha saiu de lá sem nem ao menos agradecer a enfermeira, que ficou pensando como Kagome tinha se casado com alguém tão sem educação. “Pelo menos ele é bonito. Em certo ponto essa garota tem sorte”.

Já na saída do hospital Inuyasha viu ao longe a mulher se afastando. Seu coração deu um salto ao sentir um cheiro que ele não sentia há muito tempo. Correu para alcançá-la.

_Espere, senhora Izayoi. Eu gostaria de falar com a senhora. Eu sou o pai da criança que a senhora ajudou a vir ao mundo hoje. Gostaria de agradecer.

_Sua noiva já me agradeceu. – Ela disse isso sem nem olhar para trás e continuou sua caminhada.

_Espere, eu preciso falar com você... mamãe.

A mulher parou, mas não olhou para trás.

_Deve estar me confundindo com alguém rapaz, meu filho está bem longe de mim. Não o vejo há muito tempo.

_Também não vejo minha mãe há muito tempo.

_Eu sinto muito querido, mas não sou a sua mãe. É melhor você voltar para sua noiva e sua filha.

_Você sabe que não pode me enganar mãe. Ninguém consegue enganar o meu faro. Eu reconheceria esse cheiro em qualquer lugar do mundo. O primeiro cheiro que eu senti na minha vida. O único cheiro que por muito tempo era seguro pra mim.

Izayoi não conseguiu mais segurar as lágrimas que estavam contendo, virou se e olhou para Inuyasha que a olhou espantado.

_M...Ma...mãe!?

Izayoi apenas fez um sinal afirmativo com a cabeça e correu para abraçar o filho que ela não via há muito tempo. Os dois permaneceram assim por um bom tempo, como se recordassem de coisas, Inuyasha se sentiu novamente como uma criança, como a criança que sempre corria para os braços da mãe.


I didn't want to hear it then but
Eu não queria ouvir isso antes mas
I'm not ashamed to say it now,
Eu não tenho vergonha de dizer isso agora,
Every little thing you
Todas as coisas mínimas que você
said and did was right for me,
dizia e fazia eram certas para mim,
I had a lot of time to think about,
eu tive muito tempo para pensar sobre,
about the way I used to be,
sobre a maneira que eu costumava ser,
Never had a sense of my responsibility.
nunca tive senso de minha responsabilidade.


Quando os dois se separam Inuyasha fez uma pergunta que estava martelando na sua cabeça.

_Como é que você pode estar aqui?

_Eu vim ajudar sua noiva a trazer minha neta a este mundo. Não havia ninguém naquele lugar capaz de ajudá-la. Eu nem ao menos deveria ter dito o meu nome de verdade pra ela, não deveria ter deixado você me reconhecer.

_Você sabe que isso seria impossível. Eu nunca me esqueceria do seu cheiro, do seu rosto e a flor que está nos seus cabelos fui eu quem deu pra você. Eu a levei para o seu túmulo hoje. Como você pode estar com ela aqui.

_Digamos que eu tenha autorização para transitar entre o tempo e o espaço. Kagome precisava de ajuda e eu vim ajudá-la. Eu vi quando foi ao túmulo hoje, estava lá junto de você quando pressenti o que ia acontecer e vim para cá, não sem antes avisar você.

–Me avisar. Mas eu não me lembro.

_Eu avisei seu subconsciente. Avisei sua mente. Você ia ficar mais um tempo no passado, mas resolveu voltar, não foi?

_Sim. Eu tive um pressentimento. Então era você.

_Sim, era a única forma que eu tinha para avisar você que Kagome precisava da sua ajuda.

_Você está viva? Eu sei que vi você morrer, mas você não cheira como alguém que está morto e pude senti-la ao abraçá-la.

_Eu não posso mais viver nesse mundo. Eu morri sim, porque fui fraca demais e não pude ficar com você. Eu o fiz sofrer tanto. Hoje me tornei uma espécie de anjo. Por isso tenho permissão para atravessar os dois mundos. Minha missão é ajudar pessoas necessitadas, na maioria das vezes mães que precisarem de alguma ajuda. Alguns entenderiam como punição, mas eu não vejo assim, é uma forma de me redimir por ter deixado você sozinho.

_Você não teve culpa mãe, a culpa não foi sua, nem do velho, nem mesmo minha apesar de eu ter pensado isso durante muito tempo. Você simplesmente não pode ficar comigo e ninguém deve dizer que foi sua culpa. Enquanto esteve comigo você foi a melhor...mãe que alguém poderia ter. Eu ser que nunca disse isso antes, mas não tenho vergonha de dizer isso agora, hoje eu sei que todas as coisas mínimas que você fazia e dizia eram certas para mim. Eu tive muito tempo para pensar sobre como eu era, como eu agia, eu não tinha responsabilidade por nada. Mas hoje eu vejo que você sempre teve razão, hoje eu vejo que você era incompreendida. Hoje eu tenho uma família também e eu gostaria de ser para minha filha um pai parecido pelo menos um pouquinho com você.


Back then I didn't know why,
Antes eu não sabia o porquê,
why you were misunderstood,
porque você era tão incompreendida,
So now I see through your eyes,
mas agora eu vejo através de seus olhos,
all that you did was love,
tudo que você fez era por amor.
Mama I love you, Mama I care,
Mama eu te amo, mama eu me importo,
Mama I love you, Mama my friend,
mama eu te amo, mama minha amiga,
My friend.
Minha amiga


_Ah! Meu menino.

Izayoi abraçou o filho e Inuyasha começou a chorar.

_Mamãe, eu sei que eu nunca disse isso pra você, mas hoje eu entendo que tudo que você fez por mim, foi porque você me amava e eu queria dizer a você que...que...Mamãe eu sempre me importei muito com você, eu te amo mamãe. Você sempre foi a minha melhor amiga. A única pessoa que se importava comigo. A única pessoa que me amava.

_E eu ainda te amo meu filho. Nunca deixei de amá-lo. Sempre estive perto de você durante todos esses anos. Não sabe o quanto sofri ao vê-lo lacrado naquela árvore, meu menino.

_Me desculpe por não ter dito o quanto te amo antes. Eu...

_Não se preocupe querido, eu sempre soube. Eu conheço o seu coração. E também sei que você ama muito a Kagome.

_A senhora a conheceu. O que achou dela?

_Ela é uma boa moça e te ama muito, e o que é melhor ama você do jeito que você é e é isso que mais me adimira nela. Você deve fazê-la feliz para ser feliz também e, por favor, cuide muito bem da pequena Izayoi.

_Como sabe que é esse o nome que demos a ela?

_Eu sei de muitas coisas meu menino, muitas coisas. Agora eu preciso ir embora, já fiquei bastante tempo aqui. Volte pra sua família. Elas precisam de você.

_Eu não quero que vá embora de novo mamãe.

_Eu não posso ficar aqui, este não é o meu mundo. Eu sempre vou estar por perto, para afagar você, Kagome, Izayoi e outros filhos que talvez vocês venham a ter. Estou muito orgulhosa de você e o seu pai também.


_Papai...Você se encontrou com ele.
_Não posso vê-lo sempre. Só vou me reunir a ele depois que minha missão terminar. Enquanto isso vou estar por perto para proteger você e sua família.

_ Mãe, já que você pode falar com aqueles que já morreram poderia dar um recado meu a Kikyou.

_Não tenho como fazer isso meu filho. A alma dela está no mundo dos vivos e nesse momento a garota que carrega essa alma está conversando com a mãe e o irmão enquanto observa a filha recém-nascida dormir.

_Está me dizendo que a Kagome e a Kikyou são a mesma pessoa.

_No fundo você sempre soube disso. Elas não são a mesma pessoa, mas Kagome carrega dentro dela a mesma essência da Kikyou. Vocês dois são almas gêmeas. Como eu e seu pai. Agora realmente preciso ir. Mande lembranças minhas a Kagome e a pequena Izayoi. Adeus meu menino.

_Adeus okaasan!

Inuyasha observou com os olhos cheios de lágrimas enquanto a mãe desaparecia no horizonte. Esperou um tempo ali fora até entrar de novo no hospital. Ele não queria que ninguém percebesse que ele tinha estado chorando.


No quarto de Kagome, enquanto esperavam Inuyasha voltar. Kagome, sua mãe e Souta estavam conversando bem baixinho para não acordar o bebê.

_Mãe, quando eu e a mana nascemos você passou pelas mesmas coisas que a mana passou hoje.

_Quer saber se dei à luz a vocês em algum lugar inusitado.

_Não, quero saber se doeu.

_Sim, meu filho, você, por exemplo, levou 12 horas para nascer.

_Damos muito trabalho para você não é mamãe?

_Não Kagome, vocês não me dão trabalho algum. Acho que depois de hoje você vai perceber que muitas vezes as dores e os sofrimentos que temos não são nada comparados com a felicidade de se ter um filho. Eu poderia perder tudo o que eu tenho e ainda assim seria a mulher mais rica do mundo porque tenho duas jóias muito preciosas aqui comigo: vocês dois.

_Acho que posso entender você mamãe. Minha Izayoi é agora a única jóia que me importa. Eu só espero poder ser pra ela uma mãe tão boa e tão legal como a senhora é pra gente. Espero poder ser uma amiga pra ela.

_Você vai ser sim querida. Tenho a impressão de que você e Inuyasha vão ser ótimos pais.

_Ih! Mana, acabei de me lembrar com toda essa confusão eu me esqueci. Mamãe, nós acabamos esquecendo de comprar o seu presente de dia das mães.

_Desculpe mamãe. Souta e eu íamos comprar, mas aí aconteceu aquilo tudo e...

_Tudo bem. O melhor presente que eu poderia ganhar é a companhia de vocês dois, ou melhor, de vocês três, afinal sou um pouquinho mãe da Izayoi também, não é mesmo.

Nessa hora Inuyasha entrou no quarto. Seu rosto estava tranqüilo e sereno, ele sorriu ao ver a mãe de Kagome abraçada aos filhos. Foi até perto do berço para ver a filha dormindo. Quando ouviu a senhora Higurashi lhe chamar.

_Venha até aqui, meu filho. Você também faz parte dessa família. Vai se casar com a minha filha, é meu filho também. Deixe-me dar um abraço em você também.

_Não precisa ficar com vergonha Inuyasha, eu empresto minha mãe pra você um pouquinho.

_Mas é bom ficar bem claro que a sua mãe não vai substituir a minha, se não ela pode ficar com ciúmes. Tenho certeza de que ela deve estar nos vendo agora. Vou aceitar sua oferta senhora Higurashi.

Inuyasha abraçou a mãe de Kagome, que foi abraçada por Souta e também por Kagome. Dali a pouco chegou o avô de Kagome que achou tudo muito estranho. Ele tinha ido ao banheiro. Notou que todos tinham lágrimas nos olhos, até mesmo Inuaysha.

_ Mas o que aconteceu aqui?

_Nada vovô, somos apenas uma família feliz. – Inuyasha disse enquanto empurrava todo mundo para fora do quarto para deixa Kagome descansar um pouco. Antes de sair Kagome o chamou.

_Inuyasha, por que você demorou em voltar lá de fora?

_É uma longa história meu amor. Outro dia eu te conto agora é melhor você dormir, mamãe.

_Boa noite otousan!

_Boa noite okaasan!

Inuyasha fechou a porta e saiu todo sorridente do quarto. Tinha que pensar agora num presente do dia das mães para o seu amor e para a senhora Higurashi. Ainda daria tempo, pois estavam na sexta-feira e o dia das mães seria no domingo.

_ “Mamãe gostou do meu presente. Ela estava usando a flor”.


But now I'm sure I know why,
Mas agora vejo que realmente sei o porquê,
why you were misunderstood,
porque você era tão incompreendida,
So now I see through your eyes,
Pois agora eu vejo através de seus olhos,
all all I can give you is love,
tudo que posso te dar é amor.
Mama I love you, Mama I care,
Mama eu te amo, mama eu me importo,
Mama I love you, Mama my friend,
mama eu te amo, mama minha amiga,
My friend.
Minha amiga.

Mama I love you, Mama I care,
Mama eu te amo, mama eu me importo,
Mama I love you, Mama my friend,
Mama eu te amo, mama eu me importo,
You're my friend.
Você é minha amiga.


A todos um feliz dia das mães e não se esqueçam de dar um abraço na sua mãe, mesmo que não tenha comprado nada pra ela. Ela vai ficar contente só com o fato de você estar junto dela.
E se puderem fazer algum comentário sobre essa fic eu ficaria agradecida.
Eire.



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