The Truth Untold escrita por ladyenoire


Capítulo 4
A investigação pessoal de Marinette


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Hoje pela manhã o período de aula era livre. Chamei Alya para estudar física comigo, visto que eu estava claramente precisando. Porém a minha melhor amiga disse que precisava discutir a sua estratégia para provar que o Félix é o Chat Noir com o Nino. Logo fui abandonada.

Kim estava jogando basquete com Ivan e Alix. Juleka e Rose estavam compondo músicas, enquanto Nathaniel desenhava na sala de artes. Max e Mylene estavam na informática. Chloé e Sabrina nos sofás da biblioteca mexendo no celular. Lila não sei e nem quero saber. E Adrien está vindo na minha direção agora.

Espera... Adrien está vindo na minha direção agora!

— Posso? – apontou para o lugar na minha frente e eu assenti – Alya me disse que você queria estudar física.

— Sim. Mas ela me trocou pelas paranoias dela de que Félix é o Chat Noir. – o loiro riu.

— Posso estudar com você, se quiser. Sei muito sobre física, corpos e essas coisas. – se aproximou com um sorriso sugestivo e eu recuei assustada, logo ele riu – Brincadeira. Mas sim, eu gosto de física. – fiz uma careta – Eu sei, eu sei. Realmente não é muito comum encontrar pessoas que gostam de física. Mas o que posso fazer? Ela é incrível! – rapidamente lembrei de Chat Noir.

— Acho que você exagerou. Mas vou relevar, porque realmente preciso estudar.

— Tá bom. Vamos começar.

Adrien começou a me explicar alguns conceitos e até fizemos alguns exercícios. Por um milagre eu consegui prestar atenção no conteúdo e não no rosto incrivelmente lindo do loiro.

— Ei, olha ali. – Adrien cochichou e apontou com a cabeça para o fundo da biblioteca, aonde Félix se dirigia. – O que acha de darmos uma espiada?

— Acho ótimo. – trocamos olhares determinados e levantamos tentando parecer discretos.

Félix entrou no penúltimo corredor de livros e eu e Adrien passamos por ele e fomos no último.

Comecei a observar ele entre os livros da prateleira. Félix estava de costas para nós e escolhendo o que iria pegar, enquanto cantarolava uma melodia baixa. Quando ele virou na direção da prateleira em que estávamos, eu e Adrien nos abaixamos rapidamente.

— Eu acho... Que vi um anel na mão dele. – Adrien cochichou e eu arregalei os olhos.

— Não é possível!

— Eu sei, não tem como ele ser o Chat Noir. Isso é só uma coincidência. – falou com certeza.

Félix parou de mexer nos livros e então levantamos para ver se ele já tinha ido embora ou se ainda estava ali. Meus olhos percorreram o local e pelo alcance da minha visão, não havia mais ninguém ali.

— Ele já... – antes que eu terminasse a minha fala, Adrien segurou o meu pulso e me colocou de costas para a prateleira. Em seguida aproximou seu corpo do meu. – O que...

— Bem que eu tinha escutado alguma coisa. – olhei para o lado, vendo Félix parado na frente do corredor – Vão para um quarto, seus idiotas. Aqui não é lugar de fazer esse tipo de coisa. – revirou os olhos e saiu.

Adrien soltou a respiração que estava prendendo e se afastou.

— Me desculpa por isso. É que eu consegui escutar ele se aproximando e tive que pensar rápido pra ele não achar que estávamos espionando. – assenti ainda abalada pelo que tinha acabado de acontecer. – Acho melhor irmos para a aula, o período livre já está acabando.

— Ok. – respondi simples e saí atrás dele.

Quase tive um ataque há alguns segundos com a aproximação de Adrien. Não se pode fazer uma coisa dessas. Deveria ser considerado crime.

— Conseguiram estudar física? – Alya indagou sentando ao meu lado no laboratório de química.

— Sim.

— E você conseguiu não surtar? – apenas a encarei e ela riu. – Óbvio que não.

— Mas não vamos falar de mim. – balancei as mãos – Como está a sua investigação?

— Muito boa. – Alya sorriu convencida – Mas não posso dar detalhes para a concorrência. – nós duas rimos.

Meu celular vibrou e eu notei que era uma mensagem de Chat Noir. Sorri instantaneamente.

Como vai, my lady?

Vou bem e você?

Melhor agora.

Soltei um a risada baixa e dei graças à Deus que Alya não percebeu por estar concentrada no seu blog.

Uma ideia surgiu na minha cabeça e eu decidi colocá-la em prática.

Posso te fazer uma pergunta?

É claro.

Você sabe que não podemos revelar as nossas identidades, mas eu queria saber uma coisa da sua vida pessoal.

Poderia me dizer alguma coisa sobre você?

Sabe, que não revele muito.

Faço tudo o que você quiser. Mas, porque quer saber?

Curiosidade.

A curiosidade é muito perigosa, pois ela matou o gato.

Portanto, acho que preciso responder. Não quero morrer.

Em troca quero que diga algo sobre você.

Pode ser?

Sim.

Feito então.

Bom, posso dizer que eu toco piano.

Agora sua vez.

Li a mensagem e parei para pensar. Que eu saiba, Félix não toca piano. O problema é que eu não poderia usar isso para provar que ele não é o Chat Noir. Como eu explicaria que Chat Noir me disse isso?

Eu gosto de desenhar.

Principalmente roupas.

Uma aspirante à estilista, my lady?

Interessante!

Parei de responder assim que a professora entrou na sala de aula. Não queria correr o risco de ter o meu celular confiscado.

***

Na hora do intervalo, saí primeiro que os meus amigos. Dei a rápida desculpa que iria ao banheiro, mas na verdade fui esperar Félix sair da sala dele.

Tudo bem que eu não podia usar a informação de Chat Noir para provar que na verdade ele não era o Félix. Mas eu poderia concluir a minha investigação pessoal e eu estava mais do que ansiosa para isso.

— O que você pretende fazer? – Tikki abriu minha bolsa e sussurrou.

— Você já vai ver, agora se esconde. – sussurrei de volta.

Assim que avistei Félix sair da sala de aula, respirei fundo tomando coragem e fui até ele.

— Oi. – parei em sua frente e ele me encarou surpreso.

— Ora ora, se não é a namoradinha do Agreste? – engoli em seco e senti minhas bochechas esquentarem de leve. – O que você quer? – perguntou em um tom rude, o que me fez querer socar a cara dele. Mas me controlei, pois precisava da informação.

— Posso... Hum... Te fazer uma pergunta? – tentei falar da maneira mais calma possível, o que fez o garoto em minha frente me encarar surpreso novamente.

Em seguida o olhar de Félix foi voltando ao normal.

— Já fez. – disse sério e eu respirei fundo.

— Eu quero fazer outra pergunta.

— Não. – sorri irônica.

— Tudo bem, então. – coloquei minhas mãos na frente do meu corpo em sinal de rendição e saí.

— Espera! – chamou e eu me virei na direção dele – Pode fazer a pergunta. – estranhei a sua reação, porém não reclamei.

— Você, por acaso, sabe tocar piano?

— Não. Por que quer saber? – suspirei aliviada ao ouvir isso e coloquei minhas mãos na cintura, fazendo uma pose animada. – Ei, eu fiz uma pergunta. – minha expressão animada se tornou em uma expressão irritada.

— Curiosidade, apenas. É proibido? – sério, como eu pude sequer chegar a suspeitar que esse idiota é o Chat?

— Não, mas eu...

— Ok, muito obrigada pela informação. – virei as costas e saí, não querendo alongar a conversa. Porém Félix parou na minha frente, me impedindo. – O que é?

— Você e o Agreste estão namorando? – sorri nervosa. A resposta era óbvia, mas só de imaginar a possibilidade eu ficava desconsertada.

— Nós, não...

— Marinette, achei você. – Adrien apareceu ao nosso lado – O seu irmão pediu pra eu te encontrar, ele quer falar com você.

— A-Ah, sim...

— Continuamos depois. – Félix disse, virou as costas e saiu. Adrien se aproximou de mim, encarando o mais velho se afastar.

— Desculpa a curiosidade, mas do que estavam falando?

— Nada demais. Tentei conversar com ele pra ver se eu acho uma pista, é. – respondi nervosa. De fato não era mentira, apenas omiti a parte da minha curiosidade específica. – Então, você sabe o que o Kim quer?

— Ah, ele não quer nada. Eu inventei isso porque imaginei que o Félix estava te aborrecendo. – o loiro riu – Sinto muito, não sabia que estava investigando.

— Não, tudo bem. Eu já tinha terminado. – balancei as mãos – A propósito não consegui nada, infelizmente.

— Sem problemas. Sei que vamos conseguir provar a verdade. – Adrien estendeu o punho e eu bati o meu, tendo um rápido déjà vu. O meu toque com Chat Noir era exatamente assim.

Antes que eu pudesse refletir mais sobre o assunto, ouvimos uma explosão vindo de fora da escola. Provavelmente mais um akuma. Alguns alunos corriam na direção para ver o que era e outros corriam para dentro da escola para se esconder.

— O que foi isso? – Adrien olhou preocupado.

— Não sei o que é, mas não deve ser bom. – falei e em seguida o loiro se virou para mim e segurou os meus ombros – Fica aqui e se esconde, Marinette. Vou ver o que é. – assenti e ele saiu correndo.

Mais uma explosão foi ouvida e então eu corri para a sala de aula vazia mais próxima e fechei a porta. Permaneci escorada nela, encarando um ponto específico.

— O que houve? Você precisa transformar rápido! – Tikki chamou a minha atenção quando notou que eu estava parada.

— Desculpa, eu só... Estou pensando. Deixa pra lá. – balancei a cabeça despertando – Tikki, spots on!

Ora de deixar a investigação pessoal da Marinette de lado, pois a Ladybug precisa entrar em cena agora.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAA HUMMM ADRIEN RSRS!!!!!

Primeiramente queria dizer que estou muito feliz com a atenção que vocês estão dando pra fanfic :3 Valeu mesmo *----*

Em segundo lugar eu fiz uma enquete no Twitter perguntando se vocês queriam outras oneshots com finais alternativos dos episódios da série (já que muita gente gostou de Carven). As respostas foram positivas, portanto, teremos mais uma oneshot em breve. Qual episódio será reescrito? É surpresa, mas posso afirmar que é da segunda temporada.

Enfim, muito obrigada por terem lido e espero que tenham gostado ♥ xoxo



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