Revolução Vilã escrita por Sirena
O capitão respirou fundo, ponderando por um momento. Receber uma maldição da Malévola seria pior do que ser engolido pelo Tic-Tac? Não poderia ser assim tão ruim... Poderia? E mais, importante de tudo:
Ele queria descobrir?
— Por que eu fui abrir minha boca? – suspirou por fim - Vai pela sombra, Gaston!
— E quem disse que eu vou? Os incomodados que se mudem.... Malzinha.
— Esse apelido pega mesmo, hein? — Úrsula deu risada, olhando os olhos esbugalhados de Malévola.
— Ah, por favor, vocês não passam de um bando de velhos resmungões que o tempo esqueceu. — Gothel bufou perdendo completamente a compostura e paciência para aquela discussão.
— Acha mesmo que fomos mesmos esquecidos? Que ninguém tem medo de nós? Pois não me livro dessa vozinha na minha cabeça, dizendo que vocês não são dignos nem de cosplay.
— Vamos encarar os fatos, vocês não têm motivação alguma. — Dr. Facilier suspirou sentando-se na mesa.
— Ah, e você tem? — Hans bufou.
— Claro! E isso é porque eu sou mal, principezinho. Enquanto você, você é o tipo de gente que eu engano com meus acordos. Na verdade, acho que até o príncipe Naveen tinha mais cérebro que você... Mesmo que nenhum dos dois faça uso dele, no fim. Mas, poderia ir a minha loja para fazermos um acordo, talvez eu consiga um pouco de inteligência para você com meus amigos do outro lado.
— Como se eu fosse perder meu tempo indo lá.
— É, você não iria, mesmo se seus irmãos não tivessem te posto de castigo, não é? — Gothel deu risada.
— Gothel! Eu te disse pra não contar!
— Ah! Por favor! — Gancho jogou a cabeça para trás, coçando o pescoço com o próprio gancho. — Ele ainda fica de castigo? Tem quantos anos, dez? Como bem disseram os outros, não passam de crianças querendo brincar de serem más.
— Sim, todos sabem que crianças são péssimas para guardar segredos, não é, Gothel? — Úrsula zombou dando risada.
— E pra mentir pra meninas inocentes, nem se fala. — Facilier incentivou.
— Especialmente quando são boazinhas e gostam de brincar de casinha. — e a Rainha Má é claro que não ficou de fora.
Hans resolveu aproveitar para tentar sair de fininho enquanto todos estavam distraídos insultando a Gothel.
— Ah, por favor! Vão falar só de mim agora?
— Mas estamos falando dos dois, mesmo! — Facilier riu batendo com a bengala no chão.
Hans os olhou por sobre o ombro e voltou para perto deles batendo o pé com raiva.
— Se a carapuça serviu a culpa não é nossa. — Gancho concordou antes que o príncipe pudesse falar algo.
— E quem são vocês pra virem ofender a gente? Não conseguiram ganhar dos seus inimigos e vem cobrar isso da gente? Que bagunça é essa afinal de contas? — Hans bufou.
— Ah, acredite, amaldiçoei muitos reinos antes e depois daquele. — Malévola riu. — E de qualquer forma, por mais que tenhamos falhado, ainda causamos pesadelos nos heróis até hoje, enquanto Rapunzel, Elsa e Anna nem devem lembrar do nome de vocês.
— Malévola, aprenda a ofender antes de abrir a boca. — Gothel bufou.
— Sabe a sensação de virar pedra, querida? — se tivesse prestado mais atenção, Gothel teria reparado que a voz de Malévola estava exageradamente dócil.
— O que...
— Porque se não calar a boca, vai descobrir logo, logo. — Malévola piscou os olhos, fazendo a voz mais inocente possível, seu cetro brilhou num verde perigoso.
— Ah, querem saber, isso já cansou. — Gaston bufou jogando os braços para cima. — O fato é, os vilões não têm mais pelo que lutar, mas ainda são meio egoístas, então, podemos usar isso a nosso favor.
— Meio egoístas, meio, bem meio, foca no meio, meio é a palavra-chave. — Úrsula reforçou dando mais ênfase do que o realmente necessário por alguma razão.
— É, bem... — Gaston piscou tentando recuperar a linha do que estava falando. — Então por que não resolvemos isso de uma vez? Matamos esses dois e espalhamos por aí que se o mal continuar assim vamos matar todos, um vilão de cada vez. Começando por aquele siri-caranguejo-caracol mutante indeciso com crise de identidade Tamatoa, da Moana.
— Aprecio a ideia. — Malévola falou, o desejo de sangue ardendo em sua voz.
— Não, pera, calma aí... — Hans murmurou.
— Gente, estamos todos do mesmo lado aqui, né? — Gothel forçou um sorriso começando a recuar.
— Maldade, mentira, traição e outras coisas que envolvam isso, sei lá... Tem crianças aqui, por favor!
— Crianças, fechem os olhos, a situação vai ficar meio feia agora... — a Rainha Má deu risada.
Mas, apesar do príncipe ser, aparentemente, um tanto desprovido da inteligência em alguns momentos, naquele, ele teve uma ideia rápida e questionou:
— Facilier, agora é uma boa hora para pedir um acordo que meio assim, salve nossas vidas?
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