Dream escrita por Mira Pevas


Capítulo 1
Dream (Oneshot)


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?
Minha primeira fic no fandom de Jojo com o shipp AbbacchioxBruno.
Música usada para inspiração: Dream by Bishop Briggs (https://www.youtube.com/watch?v=bqsiJPK-94Q)
Boa leitura,
Mira Pevas.
*Nota: Narancia e Fugo tem 11 e 10 anos, respectivamente.



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Aquele sonho se repetia todos os dias, deixando-me calado e sem vontade de fazer mais nada pelo resto do dia. Ficava apenas observando Fugo ensinando matemática para Narancia. Provavelmente Bruno ia chegar tarde hoje, já que ele trabalha muitos períodos para poder sustentar nossa família. Queria poder voltar a trabalhar, mas nossos filhos não podiam ficar sozinhos.

Estava vendo televisão com as crianças quando o som da tranca me desperta e vejo Bruno entrando em casa com seu semblante cansado.

— Boa noite. – Murmurou deixando a bolsa em qualquer lugar e se encaminhou para perto de nossos filhos.

Ele os abraçou apertado, logo seguiu para perto de mim depositando um beijo na minha testa e caindo no sofá.

— Não aguento mais aquele lugar. Todo dia um problema novo. – Falou ofegante.

Narancia se aproximou dele abraçando-o.

— Vai ficar tudo bem. – Afagou os cabelos negros do mais velho. — Você sempre dizia isso quando eu tinha aquele pesadelo. 

— Eu sei, Narancia. – Abriu um sorriso de lado e beijou a bochecha do pequeno.

— Tá na hora de dormir, Narancia. – Fugo se encaminhou para perto de mim, abraçando-me apertado. — Boa noite, pai. — Seguiu para Bruno, que beijou a testa do mais novo. — Boa noite, papai.

— Poxa… Agora que eu queria conversar com o papai! – Narancia fez biquinho e se despediu de nós, levando um puxão de orelha do irmão mais novo.

Suspirei e olhei para Bruno, que me encarava preocupado. Ele sabia que não ando dormindo muito bem devido aos pesadelos que eu tenho. Levantei-me do sofá, estendi minha mão para meu cônjuge que pegou carinhosamente e o puxei para nosso quarto. No caminho, ele começou a reclamar do chefe dele e eu não dei muita atenção àquilo.

Ele se sentou na cama, tocou no ombro reclamando de dor.

— Você passa muito tempo sentado naquele escritório. — Aproximei-me por trás dele, coloquei minhas mãos nos seus ombros e comecei a massageá-los com certa pressão.

— Giorno não me dá folga. – Grunhiu baixo quando achei um nó.

— Você deveria mandá-lo ir a merda. — Brinquei.

— É a sua cara falar isso, por isso que não dura num emprego. — Reclamou fazendo uma careta e mordeu o lábio quando apliquei mais força que o necessário devido ao comentário.

— Isso é pra você aprender. – Murmurei e beijei seu pescoço.

Ele sorriu de lado e direcionou seu olhar para mim.

— Tem algo lhe incomodando? – Indagou num tom preocupado.

Engoli em seco e suspirei pesado. Sentei ao seu lado, cruzei minhas pernas e hesitei. Será que ele ficaria triste se eu falasse sobre o sonho.

— Leone, sou seu marido, não precisamos ter segredos. – Ele tocou no meu queixo fazendo-me erguer meu rosto e olhá-lo naqueles olhos azuis que eu tanto amo.

Meneei a cabeça, limpando a garganta e segurei sua mão.

— Esse sonho é estranho. Parece que foi em outra vida, não sei… – disse baixo. — Ele é muito fantasioso. Éramos da máfia – ri –, estávamos atrás de alguém. Eu tinha que usar meu poder para descobrir quem era essa pessoa, mas… Eu morri… – olhei para Bruno, esfreguei minha mão no nariz não querendo chorar. — Porém eu morri sem conseguir dizer o que eu sentia por todos meus companheiros, principalmente pra você.

Encarei seus olhos, que continham uma preocupação já conhecida. Segurei a mão dele fixando meu olhar ali.

— Você ficou tão abalado com minha morte, pois ela foi repentina. Eu consegui cumprir com a minha missão, mas… – ergui meu olhar para seu rosto. — Eu queria ter ido até o fim. Eu queria ter conseguido lutar com vocês. Completar a missão sem nenhuma baixa. Voltar pro nosso restaurante favorito pra comemorar, comer bolo de morango e tomar um bom vinho. Só que… – mordi o lábio inferior prendendo o choro. — Eu sei que nem todos voltaram sãos e salvos. Eu sei que o sentimento de vitória não se comparava a perda que nossa equipe teve. Eu só queria que todos estivessem bem. Queria comemorar, mas…

Bruno tocou com os dedos nos meus lábios. Eu estava segurando as lágrimas daquele sonho que eu não sabia pq eu sempre tinha. Era a mesma coisa toda vez. O sentimento horrível que se entranhava em minhas veias.

— Leone… – ele suspirou pesado e beijou meus lábios com urgência.

Puxei-o para meu colo, passando meu braço esquerdo por sua cintura e tocando no seu rosto com minha mão direita. Senti seus dedos de entrelaçando as mechas do meu cabelo e afagando de leve. Afastamo-nos um pouco e nos encaramos.

— Às vezes… – proferiu num sussurro. — Eu tenho o mesmo sonho. Somos da máfia, eu fico um morto-vivo, você morre. Pessoas que amamos morrem e se machucam. Eu fico incrivelmente aflito com as coisas que se passam nesse sonho. São tão…

— Vívidos… – falamos juntos num tom vazio.

Acariciei sua bochecha com o polegar e coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. Ele esfregou seu rosto de leve na minha mão e suspirou pesado.

— Ainda bem que é só um sonho. – Disse por fim. — Isso nunca iria acontecer conosco. Até porque nossa família é feliz. – Sorri.

— Nossa família é feliz. – Ele sorriu e beijou meus lábios calmamente. — Pra ser mais feliz você precisa arranjar um emprego. 

Rolei os olhos grunhindo de desgosto. Ele riu baixo e encostou nossas testas.

— Mas ainda sim eu te amo.

Ele encarou meus olhos fazendo-me sorrir de lado e assentir.

— Eu também te amo.

Roubei um selinho e o joguei na cama. Fiquei em cima dele olhando ele abrir aquele maldito sorriso. Eu não conseguia tirar meu sorriso do rosto por causa dele. Bruno é a coisa mais importante na minha vida. Se não fosse por ele, eu não teria uma família e vida tão maravilhosa quanto essa. Mesmo com todas as dificuldades que passamos. Eu não trocaria isso por nada.

— Você tá pensando muito. – Ele me empurrou pro lado ficando em cima de mim. — Se lembra que eu que fico por cima? – Arqueou a sobrancelha.

— Mas eu que te fodo. – Bati na sua bunda.

— Ainda sim é bom. – Brincou e me beijou.

Eu realmente amo essa vida. Eu sou feliz com a pessoa pela qual eu sempre admirei e amei. Não queria mudar nada disso. Eu quero ficar aqui para sempre.


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Notas finais do capítulo

Comentem!
Agradeço desde já sua leitura.
Até a próxima,
Mira Pevas.



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