No final de semana, marcamos de ir no cinema com Felipe e Nayara estava divertido mesmo na implicância de assistirmos um filme de romance contra os meninos de heróis ou terror acabamos pegando uma sessão de “filme neutro”, mas vivia travando e o cinema começou a ficar vazio e Felipe xingava alto e quase fomos expulsos do cinema por causa dos gritos irritantes de Felipe que depois que depois pediu desculpas.

—- Sorte que a atendente devolveu o dinheiro e conseguimos convencer o guardinha a não nos prender.

—- É achei que ele iria chamar a policia e teríamos que ir pra delegacia e só sair de lá com nossos pais.

—- E agora pra onde vamos? Era a ultima sessão e o shopping já está praticamente fechado – disse Nayara.

—- Vamos pro parque, apesar de ser de noite há muita gente na rua – respondi e Gabriel concordou.

Fomos até o carro de Felipe já que o de Gabriel estava na manutenção e ficamos lá no gramado vendo as estrelas e conversando como se nunca tivéssemos conversado antes e riamos e falando o quanto nos amávamos tanto como casal como amigos e entre uma besteira ou outra juramos ser amigos para sempre.

Quando olhamos o relógio já se passavam das onze da noite e resolvemos pegar as coisas que havíamos comprado pro cinema e que havíamos comido no parque, jogamos o lixo no latão e caminhamos abraçados com nossos respectivos namorados e rindo altamente de histórias e acontecimentos passados escutamos um estrondo vindo do céu e quando olhamos começou uma chuva bem forte e corremos em direção ao carro de Felipe e rindo, pois havíamos no molhado, pouco, mas estávamos molhados e rimos alto.

—- Manu, não esquece que essa semana você vai dormir em casa – respondeu Nayara quando me deixou em frente a minha casa, Gabriel ficara no carro pois iria de carona com Felipe até sua casa assenti para  minha melhor amiga e dei um beijo demorado em meu namorado e ignorei a chuva e corri para área e acenei para os três, Felipe piscou os faróis e vi Gabriel sorrir e acenar no banco traseiro e me mandar um beijo.

Passei pela porta da frente o mais devagar possível que consegui com o coturno molhado e ao pendurar a chaves vi tio Lucio deitado no sofá da sala ele respirava fundo, mas não chegava a ser um ronco, ri disso.

Me aproximei e sacudi seu ombro delicadamente, mas ele resmungou e se virou pro lado, segurei um riso.

—- Tio, tio – chamei, mas ele grunhiu e se virou para o outro lado, ri baixinho agora entendia de onde vinha o sono pesado de Luciano.

—- Tio, eu já cheguei – falei alto, mas ele continuou de olhos fechados, mas parecia estar me ouvindo – Acorda tio, pode ir dormir no quarto, a tia vai te xingar por estar dormindo no sofá todo torto desse jeito.

Tio Lucio acordou meio cambaleante e caminhou até o quarto o acompanhei com medo que caísse no caminho ele se deitou ao lado de tia Ana que dormia profundamente e a abraçou e dormiu novamente.

Gabriel me ligou pelo whatsapp enquanto eu lavava o rosto tirando o pouco de maquiagem que havia passado para ir no cinema voltei para o quarto e peguei uma calça de moletom azul marinho e vesti uma blusa de flanela cinza coloquei a jaqueta vermelha no cabide e o restante das roupas levei até a lavanderia e as coloquei no cesto de lixo e ao voltar para o quarto me deitei sob as cobertas e o encarei e ele sorriu.

—- Está mesmo frio – diz ele se enfiando debaixo das cobertas estava com uma regata preta toda larga.

—- Se cubra, por favor, não quero namorado gripado nas férias – resmunguei no telefone e ele riu alto.

—- Claro, muito menos eu quero ficar de cama, apesar de poder ter uma enfermeira particular – disse ele.

Ri de seu humor e conversamos amenidades e enviamos fotos de coisas equivalentes aos assuntos que conversávamos olhei para o relógio e já se passava das duas da manhã, mas nenhum de nós parecia ter sono.